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Cinco Livros Favoritos com Zirak-tarâg

  • Criador do tópico Criador do tópico Melian
  • Data de Criação Data de Criação
Eu fico muito tristinho quando alguém diz que odeia os clássicos... :(

E existe a outra face disso: a pessoa canonista que diz que só lê os clássicos, sob o jargão do "teste do tempo". E aí eu digo isso já vestindo a carapuça, porque andei um pouco nessa linha por uns tempos...

Sobre a lista do menino Zirak, depois volto pra comentar. Só adianto, pra não floodar 100% ( :dente: ) , que não li nenhum dos livros que ele escolheu. Dos que entraram nas menções honrosas, eu li três.
 
E existe a outra face disso: a pessoa canonista que diz que só lê os clássicos, sob o jargão do "teste do tempo". E aí eu digo isso já vestindo a carapuça, porque andei um pouco nessa linha por uns tempos...
Ouvi dizer que tem um olavete por aí, famosinho, recomendando aos seus alunos que não leiam nada com menos de 200 anos... (exceto se for Olavo; ou Ortega y Gasset; ou Louis Lavelle; ou Xavier Zubiri; ou, ou, ou... qualquer um com o aval do guru :rofl:).

Sobre as menções honrosas, que deixei passar, só não li ainda o "1984"...
O Hobbit é sem dúvida, disparadamente, o que menos me envolveu.
Os outros são todos muito bons.
Ainda vou reler os quatro (Quincas, Policarpo, Werther, Bovary). Quem nunca leu o Werther na juventude, né? Saudades de uma sofrência gratuita...
 
O Dawkins deveria ser interditado. :rofl:

Mas O Gene Egoísta é bom, mostra como a complexidade surge sem precisar de uma consciência ou vontade por trás e dá uma noção boa de estatística.
 
VELHO RICO não vê nada de extraordinário num livro em que o cara vira inseto e fica o resto do tempo preocupado porque, agora que é um inseto, não poderá trabalhar para sustentar sua família. Então tá, velho rico.
 
Desconheço quatro dos livros dessa lista, aproveitando para checar se tem algo do meu gênero de escolha.

Metamorfose como favorito, isso é que é escolha difícil, :lol: não fui muito longe na leitura desse livro.
Caramba nem tem 19 e já leu essa lista, só fui encara o metamorfose quando tinha uns 25 e nem consegui terminar
8O
 
Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo...

Um trem que não me lembrei de comentar: como sou a primeira a ler as listinhas (minha curiosidade agradece), acabei ficando empolgada com o título Baú de Espantos, e fui caçar o livrinho do Quintana para ler. Eu já tinha certa familiaridade com o tom "fantasmagórico" de alguns dos seus poemas, por isso, achei que gostaria do livrinho. Não me decepcionei.

Para quem não conhece a poesia de Quintana, ela tem a particularidade, que muito me agrada, de que poema puxa poema, o que se pode depreender do uso costumeiro de reticências, que, de súbito, "finalizam" o verso: porque um verdadeiro poema continua sempre... e essa continuação se dá do modo mais inesperado do mundo, porque, num momento, o Quintana tece intertexto com Camões, noutro, com Agatha Christie (É sério! Num poema de Baú de Espantos, dedicado ao Erico Verissimo, tem um intertexto fantástico com O Caso dos Dez Negrinhos [que eu jamais vou conseguir chamar de E não sobrou nenhum]). E, para a alegria da mineira, aqui, a poesia de Mário Quintana também conversa com "Marília de Dirceu". Preciso dizer o quão surpresa fiquei quando, no meio de um poema, Quintana citou John Keats? A thing of beauty is a joy for ever. :grinlove:

A poesia de Quintana adora opostos complementares: Deus x Diabo; finitude x eternidade; poeta x poesia; novo x velho; e, assim, sucessivamente. No frigir dos ovos, Mario Quintana usa a poesia como disfarce; seus poemas não falam do que está no papel, eles falam, a partir do que está ali, de tudo o que não pode estar.

Os 99 poemas reunidos no Baú cumprem o papel de sintetizar a tônica da poética do Quintana: surpresa e espanto; diante da vida, da morte, e de todas as indagações que forjam os seres humanos enquanto eles percorrem o caminho entre um extremo e outro.

Teus poemas, não os dates nunca... Um poema Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho, Se existe hora, é sempre a hora
extrema
Quando o Anjo Azrael nos estende ao sedento Lábio o cálice inextinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez nem tenha ainda nascido,
Dedica, pois, teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso...
 

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