*Ceinwyn*
Ogra rosa
Senhores jurados, senhora juiza, eis os esclarecimentos pedidos:
Apresento na pergunta um equívoco. Sauron ainda podia se disfarçar de forma agradável até a Queda de Númenor. Somente após este episódio ele perdeu a capacidade de metarmofesear sua aparência. Mesmo partindo de um pressuposto equivocado, a de que Saurou não precisou se disfarçar, a pergunta tem resposta. Ar- Pharazôn não tinha propensão ao mal que o fizesse ouvir Sauron. Tinha sim, dentro de si, uma grande angústia perante a morte, um desejo de se imortalizar e imortalizar seu reino que os cegavam, o que facilitou e muito o trabalho insidioso de Sauron. Trabalho, repito, facilitado um pouco mais pela ainda capacidade de disfarce de sua real natureza.
Não se pode negar que o réu promoveu um Golpe de Estado. Em defesa do mesmo, lembramos que o fez por ter um projeto de Estado a cumprir, e efetivamente cumpriu. Não buscou o poder pelo simples prazer de ter poder.Elevou Númenor como nenhum outro antecessor o fizera. Governou seu país de acordo com seu projeto, que poderia ser comprometido caso Míriel assumisse o trono. Assumido o trono não de acordo com o melhor método possível, o fez para levar a cabo seu projeto de país, de acordo com suas convicções - convicções que compartilhava com a maior parte da população, aliás.Pergunta para a Defesa: Vocês têm alguma coisa a dizer sobre a acusação de que Ar-Pharazôn usurpou o trono ao se casar com Miriel?
DEFESA,
Firma-se forte a alegação da influência de Sauron como desencadeadora da atitude do acusado. Temos Celebrimbor como exemplo célebre de senhor que foi ludibriado por aquele - que, no entanto, disfarçava-se de Annatar, o Senhor dos Presentes.
Sauron jamais apresentou-se em disfarces para o réu. Eu presumo que não precisou do dom da ilusão, pois já encontrou em Ar-Pharazôn um recipiente aberto à maldade. O que, senão a própria propensão ao mal, levaria Ar-Pharazôn, um sujeito esclarecido da natureza de seu refém, a dar ouvidos ao Senhor das Mentiras?
Apresento na pergunta um equívoco. Sauron ainda podia se disfarçar de forma agradável até a Queda de Númenor. Somente após este episódio ele perdeu a capacidade de metarmofesear sua aparência. Mesmo partindo de um pressuposto equivocado, a de que Saurou não precisou se disfarçar, a pergunta tem resposta. Ar- Pharazôn não tinha propensão ao mal que o fizesse ouvir Sauron. Tinha sim, dentro de si, uma grande angústia perante a morte, um desejo de se imortalizar e imortalizar seu reino que os cegavam, o que facilitou e muito o trabalho insidioso de Sauron. Trabalho, repito, facilitado um pouco mais pela ainda capacidade de disfarce de sua real natureza.