Epístola aos fluminenses.
1 Profeta Nicolaos, servo de Darcy Ribeiro, a todos os intelectuais em Axé e Amém, que estão no Flúmen, com os nacionalistas e desenvolvimentistas:
2 Filhinhos, a paz de Darcy Ribeiro! Ainda não é chegada a hora, mas há de vigiar, pois o dia está próximo
3 Por graça de nosso profeta Darcy Ribeiro, da qual as previsões foram dadas por Deus ao seu espírito quando em descanso no templo do Amazonas, repasso aos meus irmãos a palavra que herdei em mãos:
4 Chegará o dia em que as cinco regiões do Império Moreno passará pelas maiores pragas resultantes da desordem cósmica que paira sobre suas terras verdes desde
MMXIX
5 Mas esperas que ainda não é o tempo do fim, pois áquele que habita na terra em que um dia pisou Dom Sebastião Teu Deus, terá mais um reinado, doloroso, mas que não irá durar por muito tempo, pois é forte nosso Ti'Ão que o julga
6 Mas por que tem medo, caríssimo? Não te amedronta, eu mesmo direi o mistério que correrá por essa terra e que me foi revelado quando em estive em visita ao Flúmen de Januário
7 Nos sete terreiros desta cidade, me foi revelado por todos os anciãos, que virá um homem, calvo e entendedor de números, que irá derrotar o usurpador do trono com cetro de ferro e vozes de cantigas populares e forte saraiva,
8 Eis que me foi mostrado, por um anjo do senhor, que o homem virá de uma casa, gigante casa em meio ao cangaço, passará pela cidade espiritual do Flúmen donde trará o fim a guerra física e espiritual entre as duas futuras religiões do Império, e com sua espada extinguirá todas as antigas e profanas religiões: católicos, pagãos velho-romanos e helênicos. E pelas palavras saídas de sua boca, surgirá a nova aliança que deitará ordens e desordens advindas da tribo atlantista, pois é forte Dom Sebastião que julga
9 Também tive uma outra revelação. Quem tem ouvidos ouça como será a nova aliança.
A nova cidade que saía do mar tinha paredes de bronze; suas portas eram preenchidas por letras das vozes populares eternas;
Suas portas não fechavam em noites de terreiro nem nas manhãs de missa;
10 E vi, junto da chegada do senhor Dom Sebastião, a proclamação da Nova Aliança, simbolizada na união carnal entre a Ortodoxia e a Umbanda: um casamento entre uma umbandista e um cristão que tinham lugar reservado na Nova Nova Roma, pois eram puros. Vozes e trovões ecoaram da serra da mantiqueira fluminense.
"Eis que eu renovo todas as coisas", disse Ti'Âo nosso Deus. Nesse dia, o Cristo da rejuvenescida cidade recebeu gigantescos guias de Umbanda que foram colocados em seu pescoço pelo profeta Ciro II que voava pela cidade num cachorro caramelo.
E todos falavam: "Ai ai daquela antiga cidade, pois nosso Dom Sebastião jogou seus restos no Atlântico!"
Dom Sebastião também prendeu o usurpador de seu trono por mil anos; o império das faces morenas resolveu todos os seus problemas, todos passaram a degustar das melhores comidas e da sabedoria da gloriosa ciência da geopolítica sagrada, e da união espiritual entre as duas religiões do Império, um novo Cosmo floresceu.
Carta enviada aos sete templos novirromanos. Aqui, o relato fiel de coisas que virão acontecer e que estão próximas.