Realmente temos percepções bem distintas. Tem um dado que ainda não vi em lugar algum e que provavelmente é o que causa essa diferença: como está a rejeição do brasileiro ao PT? Se isso foi importante para a eleição em 2018, deverá ser também importante em 2022. A gente vê que a aprovação do Bolsonaro está caindo, mas isso não me diz nada sobre a redução da rejeição ao PT.
De qualquer forma, se o PT está com essa bola toda, não entendo pq não tem nenhum político ativamente se manifestando em entrevistas e etc - diferente do Ciro.
O PT de fato não vive o melhor dos seus momentos. Encolheu bastante, basta olhar para os seus últimos resultados eleitorais. Mas ainda hegemoniza o campo político à esquerda e tem uma base social de fato, coisa que falta a todos os demais partidos de esquerda.
Além do que o
@Neithan colocou, entendo que, hipoteticamente, se o PT não indicasse o cabeça da chapa, a importância da rejeição ao partido se diluiria consideravelmente.
Além disso, em 22, o país deverá estar numa situação lastimável, considerando as tendências do momento. Pandemia se agravando drasticamente, desempregados na casa dos 15 milhões (sem considerar os que já se encontram em desalento), sem perspectiva de vacinação numa escala importante no curto prazo que permitisse a retomada da atividade econômica num patamar relevante, recessão, situação fiscal agravada, para além de todo o desastre humanitário, etc. Eu olho pra tudo isso e me pergunto se o antibolsonarismo não poderá ser a bola da vez. Aí, é claro... ficamos no campo das especulações, não temos bola de cristal.
Sobre 18, eu ainda faria uma ressalva... sem pôr em dúvida que o antipetismo jogou um papel importante naquelas eleições, anoto que enquanto não foi impedido pela justiça eleitoral, quem liderava as pesquisas, com alguma folga, era o Lula, não o Bolsonaro. Mesmo tendo o seu capital político bastante dilapidado nos últimos tempos, o Lula ainda é uma peça relevante no tabuleiro. Goste-se ou não...