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Desculpe tê-lo superestimado, mas achei que estava claro no texto que os motivos eram o fato de não haver nenhum outro caso de ressureição de Elfos além de Lúthien, que tinha todo um enredo para justificá-la.
Infelizmente não tenho HoME 12, portanto não posso argumentar muito, mas acredito que trechos não publicados por Tolkien provavelmente não estavam de seu agrado, a exemplo do próprio Silmarilion.
Bem reconheço uma ironia quando leio uma... pois bem, vou continuar em tom ameno.
Tolkien descreve a controvérsia dos Glorfindeis não apenas em cartas, mas deixou vários manuscritos sobre o assunto. Ele ponderou muito e escreveu tudo que realmente queria, para resolver o assunto.
Como o assunto não se adaptava em nada publicável ele deixou de fazê-lo. Porém nada nos indica o seu arrendimento em tê-los escrito. E tudo que está nos últimos volumes do HoME não apenas são versões antigas de contos publicados. São os incríveis manuscritos que narram os detalhes interessantes de Arda.
Em HoME 12, temos a descrição completa do funcionamento da ressurreição dos elfos.
Vou transcrever algumas palavras do próprio J R R Tolkien, traduzidas, sobre o assunto.
"...quando Glorfindel foi morto seu espírito foi para Mandos e foi julgado, e então permaneceu nos Salões de Espera até que Manwë lhe concedesse liberdade. Os Elfos eram por natureza destinados a serem ‘imortais’, até os limites desconhecidos da vida na Terra como um mundo habitável, e seus desligamentos corporais eram mortificantes. Era o dever dos Vala, então, restaurá-los, se eles fossem mortos, para a vida encarnada, se eles assim o desejassem – a não ser por alguma razão grave [e rara]: como os feitos de grande mal, ou quaisquer feitos de malícia dos quais permanecessem obstinadamente sem arrependimento. Quando eles eram re-incorporados eles podiam permaneceer em Valinor ou retornar para a Terra-média se seu lar tivesse sido lá. Nós podemos então razoavelmente supor que Glorfindel, após a purificação ou perdão de sua parte na rebelião dos Noldor, foi liberto de Mandos e tornou-se ele mesmo novamente, mas permaneceu no Reino Abençoado – pois Gondolin foi destruída e todos ou a maioria de seus parentes tinham perecido."
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Justamente por isso, e pelo fato de O Senhor dos Anéis já estar publicado, que acredito que, fosse ele vivo, teria feito a adaptação no Silmarilion. Uma vez que a morte de Glorfindel, no ano 514, era parte importante da Queda de Gondolin, acredito que a solução adotada seria a mudança do nome do Glorfindel I.
Aí está mais um trecho sobre isso. Note como se encaixa com seu argumento.
"Esta dificuldade, muito mais séria que a linguística, deve ser considerada primeiro. De qualquer modo a solução mais simples à primeira vista deve ser abandonada: aquela na qual temos uma mera duplicação de nome, e que Glorfindel de Gondolin e Glorfindel de Valfenda são pessoas diferentes. Esta repetição de um nome tão impressionante, embora possível, não é crível. Nenhum outro personagem de destaque nas lendas Élficas como relatadas em O Silmarillion e O Senhor dos Anéis tem um nome usado por outra personalidade Élfica de importância."
Note porém que o caso de Glorfindel foi especial. Por ser um grande elfo, e merecedor, recebeu o perdão de Manwë. E após muito tempo, provavelmente em 1600 da segunda Era, ele regressou à Terra-Média. Fato novo, que nunca fora relatado entre os elfos residentes lá.
Porém nada confirma que apenas ele havia recebido o privilégio da ressurreição. Pois todos os anteriores, deveriam viver em Valinor após suas ressurreições. E assim, nada consta nos escritos da Terra-Média.
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O mesmo Fingolfin feriu Morgoth, um Vala. Você pode me diser qual Elfo da Terceira Era seria capaz de um feito similar?
Realmente, os elfos da Primeira Era eram superiores. Sobretudo, os Noldorin com relação ao poder de combate. Porém mesmo Fingolfin foi esmagado no final.
E vale lembrar, que não apenas os elfos foram gradativamente perdendo o seu poder, mas como tudo relativo aos grandes poderes, também tiveram seu declínio. Assim, podemos dizer uma comparação de poderes entre os elfos da Terceira era e os demais seres continua equivalente.
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O fato de ele ter fugido da queda de Angband não o torna um covarde. Sauron também fugiu e, tivesse ele os seus poderes, que estavam retidos em seu Anel, não teria pra ninguém na Terra Média da Terceira Era.
Sauron também era um covarde naquela época! Não era nem a sombra do que se tornou com o passar dos séculos.
Mas comparemos os Balrogs com outro ser, alguém tão antigo quanto eles: "Olórin", nosso querido Gandalf.
Façamos um exercício mental, e imaginemos Olórin batalhando ao lado de Glorfindel, Turgon, Fingolfin, Fëanor e cia. quantos Balrogs ele não teria desmantelado? Ou você acha realmente que os Noldorin superariam o poder de Gandalf?
Agora retornemos nossos olhares à cena de Moria. Onde ele quase se apavora com a presença do Balrog.
Ou seja, Balrogs são maios poderosos na Terceira Era, ao contrário de todos os demais seres.
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Não esqueça que o mesmo Sauron havia sido derrotado antes, com Anel e tudo, por 2 Elfos e 1 humano.
Sauron nem de longe possuia todo o contigente de aliados que ele angariou na Guerra do Anel, utilizando-se do poder do Um Anel. E era essa a grande vantagem do mesmo nesta guerra.
Já contra Isildur só tiveram que enfrentar orcs. E se defrontar com Sauron.
Ei essa discussão está fazendo nós escrevermos posts bíblicos!!!
Gaemitrel
Thain da Toca Bauru
Ombudsman,
Porta-Voz e
Assessor de Imprensa
do Conselho Branco