Inthain Hirvegil nasceu nos Ermos do Norte e cresceu no convívio de homens conhecidos como Guardiões, descendentes do antigo povo de Númenor que teve o bom senso de vir para a Terra-Média enquanto Ar-Parazhôn era corroído por Sauron. Seguindo os passos de seu pai, Arvellon, aprendeu com ele e com vários outros as artes de andar furtivamente na floresta, espiar inimigos, lutar com armas, entender o clima e os caminhos longuíquos daquela região, além de beneficiar-se de sua ancestralidade e possuir bons olhos para a noite.
Aos 20, começando a andar em missões reais com o grupo de seu pai, fora emboscado por orcs - criaturas horrendas, caricaturas de gente, que ele só ouvira em histórias - ao sul de Bri, e apenas ele sobreviveu, pois fingiu-se de morto. Muito sangue nobre fora derramado, e após enterrar os seus parentes e amigos vagou por algum tempo sozinho. Teve que aprender na marra como viver apenas com material silvestre, e estava muito magro; entretanto, uma raiva intensa cresceu em seu peito, fazendo-o caçar orcs por onde quer que estivessem; muitos da área acreditavam que um espírito vingativo dos dúnedain vagava por Eriador, trazendo a justiça dos Valar sobre os malignos servos da Escuridão.
Ao encontrar Amon Sûl, um espírito muito antigo "apossou-se" dele, e o fez relembrar todas as histórias dos tempos antigos; prostrando-se em desespero, pediu ajuda aos Valar, para que dessem um rumo digno à sua vida. Neste momento, dois elfos o viram e notaram sua linhagem - e situação. Levaram-no quasimorto para Valfenda, onde foi curado tanto de seu desespero quanto da sua falta de alimentos. Melhor, agradeceu aos elfos e ofereceu seus serviços àquele povo, aliado dos númenorianos desde que desembarcaram em Lindon. Mestre Elrond, sendo irmão de Elros, o patriarca dos dúnedain, era a pessoa mais nobre que ele vira em toda a sua vida, e demorou um pouco para conseguir olhar em seus olhos.
Lá ele reencontrou sua mãe, Morfinnien, uma linda senhora oriunda de Dol Amroth, que conhecera Arvallon quando este acompanhou Thorongil em seu serviço contra a Escuridão no distante Sul. Apaixonaram-se e ela resolveu vir com ele para o norte, ávida por aventuras e para ver os elfos de Rivendell de perto. Sob certos aspectos físicos lembrava Morwen, possuindo um cabelo longo e negro como absidiano, e olhos penetrantes. Mas antes a alegre senhora estava triste e arrependida de ter vindo (não de ter casado), pois perdera o marido, amigos e até o filho. Reencontrá-lo animou seu coração e ela recuperou a vontade de viver, além de relembrá-la de seu marido - louro como o povo de Hador de Dór-Lómin, dos tempos antigos.
Tendo um semblante de sangue dos elfos de Lothlórien - afinal, a mãe era uma parente distante do Príncipe Imharil - Inthain recebeu as mais altas educações pelos elfos, inclusive várias estudos sobre a línmgua falada emn Rivendell, sindarin. Por fim conhecera Aragorn II, o chefe dos Guardiões, o senhor dos dúnedain. Imediatamente Inthain deu-lhe juramento de obedicência e fidelidade, seguindo o seu senhor para onde ele fosse. Como primeira missão, Aragorn pediu-lhe que fosse averiguar o aumento repentino de lobos nas proximidades do Condado - uma terra de pequenos humanóides, chamados hobbits - muito pacíficos, mas corajosos; a história de um deles, Bilbo Baggins, enfrentando a sapiência do dragão Smaug era famosa naquela região.
Aceitando com obstinação tal missão, recebeu as bênçãos de sua mãe e uma carta de recomentadação escrita pelo próprio Elrond a Círdan dos Portos; na carta, dizia que Inthain era um fervoroso inimigo de orcs e de outras criaturas vis; possuindo um conhecimento da região Norte, poderia auxiliar qualquer ajuda que Círdan provavelmente daria ao Condado, pois morava próximo.
Nos portos, Inthain encantou-se com Belegarr, o Grande Mar; poucos residentes do interior tinham o privilégio de ter tal visão, e não por pouco tempo ficou admirando aquela água sem fim, andando descalso na praia rasa. Mas o serviço o chamava e Círdan, o único elfo com barba conhecido - significando que ele era muito mais velho que Númenor - pediu-lhe que auxiliasse um grupo de investigadores a não se perder nos Ermos. O dúnedain aceitou tal tarefa com honra e não via a hora de conhecer seus novos companheiros de viagens.
Aparência: Louro, olhos azuis penetrantes, pele clara, prefere deixar o cabelo curto para não prender-se em galhos e ramos, cultiva uma barba rala, também loura. Usa uma antiga armadura dúnedain doada por Elrond, além da espada e escudo de seu pai (armadura traz o emblema de Arnor, pois é de um dos tombados no desastre dos Campos de Lis; o escudo o símbolo dos Guardiões).