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Sua memória é bem conhecida. Achar que Dilma vai instaurar um estado de sítio seria chamado de análise fria, Thor? Aquilo sim foi bem embasado, né?

A história mostra que estadistas desesperados e com apego exagerado ao poder muitas vezes fazem o que for necessário para permanecerem no poder. Não entendo por considera essa suposição tão absurda assim.
 
A história mostra que estadistas desesperados e com apego exagerado ao poder muitas vezes fazem o que for necessário para permanecerem no poder. Não entendo por considera essa suposição tão absurda assim.
Ninguém disse que ela não poderia fazer isso, mas aquela fala que você alegou significar isso foi vista por todos (que me lembre) que era paranoia sua. A historia também mostra que um povo despolitizado ou alienado, que anseia pelo fim de uma injustiça ou pelo fim da corrupção não costuma tomar as melhores escolhas.
 
Olha, pelo visto o debate se envenenou por aqui também.

É um fato que a direita e a oposição em geral das ruas não é conhecida por ser extremamente polida em seus 'argumentos'. Seja bostejando sobre o Bolsa Família, liberalismo, política internacional, políticas econômicas e fiscais, a intelectualidade média da classe média e pequena burguesia que se insurge contra o lulopetismo não é dos mais altos. Não estamos falando de liberais, de conservadores, social-democratas da oposição, forças políticas oficiais, movimentos sociais, estamos falando de uma massa indistinta, de classe social média ou mais ou menos assemelhada a isso, com poucos conhecimentos em política, uma parca formação cultural ou politico-partidária, e todos aqueles sintomas que fazem a esquerda classificá-los como fascistas (com ou sem razão, não pretendo discutir isso aqui, saibam apenas que há razões teóricas para essa posição), enfim, o medo social, revanchismo, ódio social e de classe, retórica e narrativas muito características de certa fase do capitalismo... enfim, sobre isso muito já foi escrito, reescrito, revisado.

Por outro lado, não sejamos cegos que no que se refere à retórica do 'golpe' há muita falsidade, uma narrativa clara e conscientemente falsificada feita pelo governo e repetida acriticamente por esquerdistas governistas. Há mentira, cretinice, falsidade.

Enfim, vocês querem mesmo descer a esse nível de troca de afabilidades e juízos morais na Valinor? Apesar das tretas malignas (e de eu ser um péssimo exemplo disso) sempre houve um debate de alto nível por aqui. Essas trocas de acusações rasteiras não fazem muito pela verdade, particularmente em momentos como esse em que somos obscurecidos de toda verdade pelas muitas 'interpretações' da verdade, a politização ou ideologização da realidade. Vocês querem seguir pelo caminho do moralismo ideológico? Não vejo muito futuro aí.

Você assistiu o espetáculo que aconteceu naquele domingo fatídico? O impeachment deveria se pautar nos supostos crimes cometidos, não por revanchismo.

Mas o que aquela palhaçada invalida no processo de impeachment. Há crime, há tipificação penal, só o que o showzinho nos faz pensar é na legitimidade moral de serem esses lixos humanos os juízes da presidenta mas não a acusação em si. Ela se mantém.
 
Não entendi a quem você se refere quando diz aí que o "debate se envenenou".
Eu pus o vídeo do Villa (o flagelo dos petralhas rsrs) por duas razões simples:
1- Ele desmancha a "narrativa do golpe", esclarecendo vários pontos sobre o Cunha ser o Grande Arquiteto da coisa;
2- Ele menciona ali pro meio o "pedido de sanções" da presidente e o critica com veemência, inclusive sugerindo que fosse crime de lesa-pátria. este ponto em particular é importante aqui pois a Clara e outros estavam menosprezando a fonte usada no tópico e diminuindo a gravidade dos fatos. Resulte ou não resulte em sanções, o fato (é um fato) de a presidente ficar pedindo isso em rede internacional é grave, sim. E não me importa nada que a fonte sejam "blogueiros bosta" quando a notícia for verdadeira.
 
Não entendi a quem você se refere quando diz aí que o "debate se envenenou".
Eu pus o vídeo do Villa (o flagelo dos petralhas rsrs) por duas razões simples:
1- Ele desmancha a "narrativa do golpe", esclarecendo vários pontos sobre o Cunha ser o Grande Arquiteto da coisa;
2- Ele menciona ali pro meio o "pedido de sanções" da presidente e o critica com veemência, inclusive sugerindo que fosse crime de lesa-pátria. este ponto em particular é importante aqui pois a Clara e outros estavam menosprezando a fonte usada no tópico e diminuindo a gravidade dos fatos. Resulte ou não resulte em sanções, o fato (é um fato) de a presidente ficar pedindo isso em rede internacional é grave, sim. E não me importa nada que a fonte sejam "blogueiros bosta" quando a notícia for verdadeira.

Mas eu concordo com você, é loucura dela. Não implicando que não existam diversos elementos golpistas na configuração política do processo está caracterizada a materialidade do crime, sua tipificação etc, enfim, todos os elementos que põe por terra as ideias de 'golpe'. Isso nem é defesa, é desespero.
 
Então cadê o envenenamento do debate aqui?
É uma circunstância cada vez mais presente no debate político no Brasil, acho que a Clara apontou bem isso. Existe uma predisposição dos governistas a se ater menos aos fatos que a uma determinada narrativa de golpe, ou de sabotagem institucional do governo, e dos opositores, a outras narrativas rasteiras, características da classe média em tempos de crise. As circunstâncias sociais e políticas mesmo envenenam o debate, colocam as pessoas menos diante de fatos que de avaliações ideologizadas da realidade.

Não é o que está ocorrendo aqui? Se a impressão foi errada, perdão.
 
É uma circunstância cada vez mais presente no debate político no Brasil, acho que a Clara apontou bem isso. Existe uma predisposição dos governistas a se ater menos aos fatos que a uma determinada narrativa de golpe, ou de sabotagem institucional do governo, e dos opositores, a outras narrativas rasteiras, características da classe média em tempos de crise. As circunstâncias sociais e políticas mesmo envenenam o debate, colocam as pessoas menos diante de fatos que de avaliações ideologizadas da realidade.

Não é o que está ocorrendo aqui? Se a impressão foi errada, perdão.

Pagz, eu perguntei por ignorância mesmo. Tenho acompanhado pouco no fórum o debate sobre o impedimento. Tô bem sem saco e quando começo a ler, quase sempre me deparo com umas opiniões tão retardadas que parece que foram defecadas.
** Posts duplicados combinados **
Opiniões bostas dos dois lados, btw.
 
E eu não quero participar dessa barafunda, fujo dela no facebook como o diabo foge da cruz.

Escrevi um textão sobre isso no facebook, que eu preferia não postar aqui, afinal eu não estou em posição de aconselhar ninguém, mas acho que é uma exortação particularmente válida para os dias de hoje:

Nós não podemos fugir da ideologia, ela nos é inescapável. Aqueles que se colocam idealisticamente contrários a ela, que a acusam de ser parcial, de ser um recorte deturpado da realidade, uma recusa a enxergar o todo, não sabem do que falam. Não existe nenhuma afirmação que façamos, nenhuma manifestação verbal do pensamento que seja anti-ideológica, que seja mesmo não-ideológica. Não há palavras não-ideológicas nem nada no pensamento humano que seja pré-ideológico. Talvez a dita ideologia particular (uma abstração, não há ideologia ou pensamento isoladamente produzido) não esteja enformada por princípios político-partidárias, ou ideologias filosófico-políticas, aquelas cunhadas pelo pensador X ou pelo teórico Y. Mas ela existe, ela se manifesta na verbalização do pensamento, e preexiste a ele como uma intencionalidade da consciência.

Dito de outra maneira, a ideologia é o filtro consciente e responsável pelo qual se intenciona a manifestação do pensamento. O pensamento verbalizado não é jamais uma palavra jogada ao vento, não há palavras jogadas ao vento, todas elas se conformam a determinadas estruturas de pensamento, estruturas linguísticas, se operacionalizam mental-verbalmente. Nada do que vocês dizem é simplesmente jogado fora. Quando digo que a ideologia é inescapável, quero dizer que não existe fora de abstração qualquer palavra que seja desinteressada, pura, ela é sempre um meio para um fim, no caso, a comunicação. E o que se quer comunicar? Oras, se se quer comunica algo, a palavra é intencional. O conteúdo da intenção é uma relação do conteúdo da mensagem com a realidade externa.

Nós nunca nos dirigimos 'puramente' ao mundo, sempre nos dirigimos a pessoas. É com elas que mantemos contato, estabelecemos relações. É com o outro que nos descobrimos a nós mesmos e, a partir daí, vamos nos aprofundando no outro, mergulhando no outro. Esse diálogo não tem fim, mas tem substância e os tijolos desse edifício são as palavras. Intencionais. Ideológicas. Antes de qualquer discurso ideológico pronto, nós nos manifestamos intencionalmente, verbalmente, ideologicamente. Essa interrelação é que compõe um discurso humano, um encontro do Eu com o Outro, a ideologia é Valor.

Vocês são responsáveis por TUDO aquilo que falam, seja aqui no fórum, no facebook, twitter, não apenas em artigos acadêmicos, livros. Não serão exigidas análises detalhadas e científicas, um apurado rigor técnico, conhecimentos jurídicos, isso é apenas recomendável. O que é exigido é que vocês entendem o valor da palavra. Ela não morre, não se desgasta, ou se joga no lixo. Ela sempre vive e mesmo quando o valor que a fundamenta está sendo pisoteado no mesmo momento em que ela é proferida, ela continua cheia de valor, fecunda. Ela vive e se reproduz. O envenenamento do discurso público e político no Brasil é exatamente isso: não é uma questão moral de classes sociais se acusando mutuamente, de indivíduos se desrespeitando, é de como todo esse desrespeito, esse desvalor, está desarticulando e corroendo todas as condições de qualquer debate público, faz cair por terra até mesmo as distinção entre público e privado. Há uma óbvia questão política, de classe, mas há algo ainda mais fundamental: a palavra está viciada. Quando se malbarata a palavra, se polui as fontes mais diretas e puras de qualquer discurso, do valor mesmo daquelas relações básicas e plenas de valor e sentido que revelam o ser humano. Nós rasgamos o valor do ser humano a cada momento nessa crise política porque estamos destruindo a palavra.

Vocês são responsáveis pelas palavras proferidas, todos nós somos. A palavra é um dom, uma graça vinda do alto, não é lixo, é um tesouro a ser preservado. Esse é valor dela e das outras ideologias. Quando não há mais o outro, não há mais luta nem mesmo a simples política. And make no mistake... quando a política morrer morre a humanidade junto com ela. Preservem a palavra.
 

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