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O povo parece longe de pacificado. É claro que a pressão popular é um elemento importante para o impeachment ir pra frente - afinal, é o momento perfeito para os políticos polirem a vitrine para o eleitorado insatisfeito. Como eu disse, o povo parece longe de pacificado. Inclusive, mordi a língua, pq reclamei com o @Eriadan que não tinha ninguém nas ruas e parece que o povo está aí fora. Então fica a pergunta: Cadê Ciro/Rede?

Se é pura questão de conveniência, é em grande parte pq as regras foram desenhadas dessa maneira.

Se o processo é longo e tenebroso, pouco importa. Se o cara tiver que cair, que caia.
** Posts duplicados combinados **
Agora, na boa, ninguém merece essa frescura de "nem sei por que ainda me presto a argumentar".
 
Isso não é motivo algum. Quem viu as sessões da câmara sabe que a oposição obstruiu a pauta durante todo esse segundo mandato da Dilma, tornando o país ingovernável. Aí tiraram ela é puseram um vice que concordou em governar para eles. E agora que ele é presidente, temos que engolir isso:

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Agora pode querer o bem do país? Quem queria o bem do país antes estava errado? Porque "o PT tinha que sair" (que é o que a galera diz).

Lembrando. . .
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Parabéns aos coniventes cheios de desculpas.
 
mais um ano do país a deus dará... esse processo é longo e tenebroso demais pra ocorrer 2 vezes em um único mandato.
Cara, eu acho que o resto do mandato de Temer será tenebroso com novo processo de impeachment ou não. É uma crise de legitimidade.
 
A princípio todo mundo quer o bem do país, mas só um projeto pode ser adotado. Se a manutenção de Dilma no poder afundasse de vez o país, so be it. Se fosse possível obrigar o Temer a seguir o plano de governo e se isso significasse o naufrágio do país, so be it. É o preço da democracia.
 
talvez não, por isso tem que se chorar na constituição. O julgamento do impeachment é político e não jurídico. E isso não entendi o porquê.
Será que em outros países também é assim? [apenas curiosidade minha]
 
Aliás, não sei o Ciro, mas pelo que vi no google o Cid Gomes já entrou com pedido de impeachment. Jura que vai adiante :gotinha:
Ah, então é o mesmo. Se o fundamento é idêntico, quero só ver o que dirão Temer e seus apoiadores. Claro que o impeachment é julgamento político, mas ainda assim é o julgamento de um ato. Um mesmo ato ou é crime ou não é.

A propósito, com base nisso mesmo eu acho que o julgamento do impeachment poderia ser anulado com a votação que manteve os direitos políticos de Dilma. Anulado para dizer o menos, porque dá até pra alegar que ela revogou o impeachment, já que julgou exatamente o mesmo crime e foi posterior.
 
Última edição:
leva a entender os juros e a inflação não?

Muito me preocupa esse pensamento do nosso chanceler, uma gradual abertura da economia é necessário, apesar desse movimento internacional um pouco contrário.
 
Não existe nem livre-mercado nem protecionismo, existe e o ajustamento de políticas econômicas de mercado e social-assistenciais para atender certas demandas pragmatico-eleitoralmente estabelecidas. A situação concreta do Brasil é de ajustes políticos entre elites econômicas e políticas para que seus interesses sejam atingidos, e acordos potenciais para se atender a um mínimo de pacificação social.

É uma discussão inútil e abstrata essa de protecionismo e isolacionismo. Além de ser velha e mofada.
 
Não existe nem livre-mercado nem protecionismo, existe e o ajustamento de políticas econômicas de mercado e social-assistenciais para atender certas demandas pragmatico-eleitoralmente estabelecidas. A situação concreta do Brasil é de ajustes políticos entre elites econômicas e políticas para que seus interesses sejam atingidos, e acordos potenciais para se atender a um mínimo de pacificação social.

É uma discussão inútil e abstrata essa de protecionismo e isolacionismo. Além de ser velha e mofada.

A inexistência, na prática, de "modelos puros" (livre-mercado ou protecionismo) não impede a discussão em torno da intensidade desses modelos. O Brasil é claramente um país protecionista no comércio internacional. E não tem nada de abstrato nisso, basta olhar qualquer medida de intensidade do comércio e de valores de tarifas. É óbvio e evidente que a atual configuração das coisas se dá em função dessa conjugação de interesses de elites político-econômicas com as necessidades eleitorais. Reconhecer isso, contudo, não anula a importância de se discutir se ajustes mais ao sul ou mais ao norte podem ser melhores ou piores. E realmente, a discussão não é nova. O que também não implica que ela não permaneça importante hoje.

Agora, é claro que se queremos discutir essa coisa num nível mais profundo, precisamos discutir os arranjos institucionais e políticos do país. Uma reconfiguração desses arranjos é condição necessária para permitir que outras questões que deles dependem sejam desamarradas e então debatidas de maneira mais pragmática. Mas, insisto, isso em nada anula a importância de diagnosticar esses pontos.
 
Sem PEC do teto dos gastos, governo vê rombo fiscal ir a R$ 588 bi em 2026

Fernando Rodrigues
30/09/2016 13:00
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Projeção está em powerpoint que Planalto usa para 'evangelizar' políticos
Limitação das despesas impedirá trajetória insustentável da dívida, diz texto
Governo diz que medida não reduzirá verbas em saúde e educação
Exclusivo: leia neste post a íntegra do estudo usado pelo Planalto


O presidente Michel Temer, ao lado dos ministros Eliseu Padilha (à esquerda) e Henrique Meirelles

Se não conseguir aprovar no Congresso o projeto que limita os gastos públicos, o governo estima que o rombo nas contas públicas chegará a R$ 588,4 bilhões em 2026. A informação está em um powerpoint que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, vem usando em palestras nos últimos dias para convencer políticos, empresários e sociedade civil sobre a necessidade da medida.

A apresentação, com 21 lâminas, elenca uma série de vantagens decorrentes da aprovação da proposta. Também mostra casos de sucesso de países em que o limite para despesas do governo já foi implementado e deu resultado positivo, como Estados Unidos, Japão e Suécia. Leia a íntegra do documento neste link.
Colaborou para esta apuração o repórter do UOL Guilherme Moraes.

A principal ferramenta usada pelo governo para convencer os congressistas é descrever um cenário catastrófico para o caso de a PEC 241 (Proposta de Emenda à Constituição) não ser aprovada pelo Congresso. Ao invés de começar a ter um superávit a partir de 2019, o governo afirma que, sem o limite de gastos, o país entrará numa espiral deficitária que levará a um megarrombo de R$ 588,4 bilhões em 2026.
Eis página do powerpoint usado pelo Planalto que faz as projeções de déficit com e sem a PEC do teto dos gastos (clique na imagem para ampliar):


Com a aprovação da medida, segundo o texto, também seria poupado dinheiro para o pagamento de juros. Ao invés de R$ 1,6 trilhão, a conta cairia para R$ 1,2 trilhão em 2026. O estoque da dívida pública federal seria reduzido de R$ 14,6 trilhões para R$ 10,3 trilhões, corrigindo ''uma trajetória não sustentável''.
Segundo tem dito em reuniões internas do governo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, ''a situação do Brasil é, sob alguns aspectos, pior do que a da Grécia''. É uma referência ao país europeu que entrou em profunda crise econômica em anos recentes.
Os dados estão apresentados nos seguintes slides (clique na imagens para ampliar):


O material, que é revisado diariamente pela equipe econômica do governo, também exalta a melhora nos indicadores de confiança do mercado e do consumidor desde que Michel Temer assumiu interinamente a Presidência da República, em maio.
O powerpoint foi usado por Eliseu Padilha no jantar de Temer com ministros de Estado e líderes partidários no Palácio da Alvorada na 3ª feira (27.set). Também foi apresentado em um almoço com empresários de mídia em Brasília no dia seguinte. Nesta 6ª feira (30.set), os dados estão sendo utilizados em encontro do ministro com empresários em Porto Alegre (RS).

O Palácio do Planalto tem se empenhado nas últimas semanas para acelerar a agenda do ajuste fiscal. O trabalho tem 2 objetivos imperativos: 1) aprovar a emenda constitucional do limite dos gastos na Câmara e no Senado antes do final do ano e 2) aprovar em uma comissão especial o texto preliminar da reforma da Previdência ainda em 2016.

O governo acha que o PT sairá desorientado das eleições do próximo domingo (2.out) –o partido lidera em pouquíssimos grandes centros urbanos, como mostrou o Blog neste levantamento. Deve ser aberto um vácuo no campo petista e das esquerdas no Congresso. O Planalto quer aproveitar esse day-after. Acredita que pode apressar a aprovação do projeto que cria um teto para os gastos públicos.

PISO PARA SAÚDE E EDUCAÇÃO

O ministro Eliseu Padilha tem enfatizado, durante suas apresentações, que o projeto não fixa um teto para os gastos do governo em saúde e educação. Esse será o principal argumento da oposição, liderada pelo PT, para atrasar a tramitação da PEC.
Padilha sustenta que, ao contrário, o texto cria um piso para investimentos nessas áreas, permitindo que o governo gaste mais do que mínimo exigido pela Constituição. Eis as planilhas apresentadas pelo governo sobre os gastos com saúde e educação:


ENTENDA A PEC DO TETO DOS GASTOS

A Proposta de Emenda à Constituição 241/2016 foi apresentada em junho pelo governo Michel Temer, antes mesmo da consolidação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O projeto estabelece um teto para as despesas federais primárias. Isto é, todos os gastos do governo, exceto o que é pago de juros e amortização das dívidas interna e externa.

A ideia é desvincular as despesas públicas do desempenho da economia (variação do PIB), como ocorre hoje. Ao invés disso, os gastos só poderão aumentar no limite da inflação do ano anterior. Dessa forma, o crescimento real seria igual a zero.
A PEC ainda está sendo analisada em comissão especial da Câmara, o 2º passo de um longo trâmite. Nesta semana, aliados de Michel Temer acertaram um cronograma de votação da proposta com o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na comissão, a deliberação deve ser já na próxima semana. O texto seria votado em 1º turno pelo plenário no dia 10 de outubro e, em 2º turno, no dia 24, com possibilidade de se adiantar para o dia 17 do mesmo mês. Depois, a proposta vai ao Senado, onde também precisa ser aprovada em 2 turnos antes de partir para a sanção presidencial.
 
E a PEC, ao que parece, será aprovada por larga margem, visto o resultado na primeira votação no plenário da Câmara.

Para variar, minha opinião é mista: eu acho que um ajuste "doloroso" para todas as partes é sim necessário, mas 20 anos é way too much time. Mesmo considerando-se só os 10 primeiros anos, após os quais os termos do regime fiscal poderão ser renegociados, a proposta significa o resto do governo Temer e mais os dois próximos mandatos presos a essa mordaça financeira. Se o PIB crescer, não haverá investimentos nem redistribuições adicionais.

Falta um Congresso funcional, com direita e esquerda claros e bem definidos, que pudessem cada uma puxar sardinha para seu lado e assim chegar a um acordo mais harmonioso para todas as partes. Com o desmanche do PT, o Legislativo ficou refém de um único grupo organizado de interesses. Mostra como o nosso Legislativo e seu respectivo sistema político-eleitoral são completamente disfuncionais.
 
Ontem o Congresso aprovou uma verba adicional de R$ 1 ,10 bilhão para o Ministério da Educação.

A verba será utilizada da seguinte forma: R$ 700 milhões para pagar dívidas do FIES e os outros R$ 400 vão para o ENEM.

Uma chance para você acertar qual o partido que votou contra.
 
Não acompanhei esse caso aí, mas parece que agora que o PT deixou de ser situação, podemos esperar novamente por aqueles votos de oposição totalmente desarrazoados e birrentos como era típico deles nos anos 90.
 
E aí, delação Oderbrecht derruba Temer?

Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo

A possibilidade de o governo de Michel Temer (PMDB-SP) não conseguir atravessar a turbulência da delação premiada da empreiteira Odebrecht passou a ser considerada e discutida entre lideranças de partidos diversos como o PSDB e o PT.

Alternativas a Temer passaram a ser aventadas e até nomes que poderiam ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são citados.

Entre eles está o de Fernando Henrique Cardoso e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

Jobim, que foi ministro dos governos FHC, Lula e Dilma, teria a vantagem de circular por todos os principais partidos, conseguindo um mínimo consenso em caso de crise extrema. E um problema: ele foi contratado pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a ser investigada naOperação Lava Jato.

Em 2017, no entanto, a Odebrecht já teria encerrado a delação, com o pagamento de pesadas multas e a punição de seus dirigentes.

As dúvidas em relação à capacidade de o governo Temer aguentar o maremoto que se anuncia surgiram depois de informações de que a delação da empreiteira pode atingir os três principais auxiliares do presidente: Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, e Moreira Franco, do Programa de Parcerias de Investimentos. O próprio Temer estaria citado.

A delação, que deve ter mais de uma centena de parlamentares citados, pode incluir também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segundo pessoa próxima às negociações da empresa com o Ministério Público Federal. Ele não se manifesta.


Olha o FHC voltando aí gente!
 

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