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Fiodor Dostoiévski

  • Criador do tópico Criador do tópico Fëanor
  • Data de Criação Data de Criação

Fëanor

Fnord
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Breve Biografia:

Nome Completo: Fiodor Mikhailovich Dostoiévski (em russo, ????? ??????????? ????????????)
Nascimento: 11 de Outubro de 1821
Morte: 9 de Fevereiro de 1881

O gênio da literatura russa era epilético, tendo seu primeiro ataque aos 17 anos, quando descobriu que seu fora assassinado. Aos 28 anos foi preso por participar de reuniões conspiratórias contra o governo, e condenado a morte. Foi salvo em cima da hora, tendo sua pena substituída por 9 anos na Sibéria, o que lhe garantiu fortes experiências, descritas sobretudo no romance Recordações das Casas dos Mortos. Além dos sorimentos durante o tempo de prisão, suas crises epiléticas - que ele acreditava serem encontros divinos - constituíram forte influência sobre suas obras.

Entre suas principais obras, destacam-se Crime e Castigo (1866), O Idiota (1868) e Os Irmãos Karamazov (1880).
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Dostoiévski é um de meus autores favoritos. Seu estilo narrativo, buscando uma espécie de realismo transcendental do ser humano é incrível, e foi uma verdadeira revolução. Sua primazia em descrever o que se passa na mente dos personagens é algo único.

E por enquanto eu só li as obras mais famosas dele: Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov. Não consigo preferir uma em detrimento de outra, ambas são obras geniais.

Ler mais obras dele é mais uma de minhas pretensões literárias para 2008.
 
Meu escritor favorito. Ele é o cara. Acho que era o Henry Miller que dizia que o Dosotoiévski foi o único homem que havia lhe dado a alma, e o Nietzsche dizia que Dostoievski foi a única pessoa que lhe ensinou algo de psiclogia. ]

Enfim, eu podia fik muito tempo aki falando sobre esse cara, mas pra resumi uma historinha. Quando alguém me pergunta o que eu acho de tal autor (Tipo Machado, etc) eu digo bom , mas não é Dostoievski.
 
Eu li Crime e Castigo é achei fantástico.

Concordo com Fëa quanto a descrição do psicológico, da mente e taus: é maravilhoso. Olha, eu acho que muitos escritores mundo afora deveriam aprender alguma coisa com ele...
 
Eu li Crime e Castigo ano passado mas acho que não estava preparada, não. Não estou dizendo que não gostei, pelo contrário, achei muito bom. Mas não foi uma experiência OMG como costuma ser com todo mundo que lê esse livro.
 
[align=justify]O que eu mais gosto de Dostoiévski é uma novela chamada O Sonho de um Homem Ridículo a edição que eu comprei vem em um livro chamado Duas Narrativas Fantásticas da editora 34, além dessa novela que eu citei tem A Dócil (também de Dostoiévski). As duas são extraordinárias e examinam a mente humana de uma forma que só ele sabe...

Memórias do Subsolo também é fantástico!

Dostoiévski é Dostoiéviski, não adianta...[/align]
 
A Dócil Criatura é um dos livros mais apaixonantes que existem. É tocante e leve [fofo para vocês perceberem o grau]. Crime e Castigo mudou um pouco a minha perspectiva quando eu li. É denso, assustador e sufocante. Noites Brancas também é muito bonito. Ainda tenho para ler O Jogador.

Dostoiévski, acho [imo], é único.
 
Do Dostoiévski estou lendo O Idiota, e realmente é algo diferente, muito bom o jeito que ele analisa os personagens, suas ações e reações nas situações da história. Pretendo ler Crime e Castigo também, assim que terminar esse.
 
Do dosta eu li o jogador e o crime e castigo. Ainda não li o karamazov porque estou esperando a tradução da editora 34 (ou seria 54?)

BTW, é foda pra caralho.
 
Li Crime e castigo, Os Irmão Karamazov, O Crocodilo e Os Demônios (esses dois últimos pela 34). É um dos meus escritores favoritos. Acho fantástico como ele retrata a sociedade russa de sua época sob a influência da religião que acresce um caráter falso-moralista aos seus personagens. Foda.
 
Já li o Crime e Castigo duas vezes (a última para fazer um trabalho) e gostei bastante do livro. Adoro o estilo de escrita de Dostoiévski, a forma como descreve os pensamentos e estado de espírito das personagens nas situações em que são confrontadas é soberba. Claro que não é um livro perfeito, afinal, uma obra com século e meio está inevitavelmente ultrapassado em muitos aspectos (e a religiosidade de Dostoiévski por vezes atrapalha um pouco, embora possamos disfarçar isso sobre a perspectiva de que as pessoas na época eram mesmo assim). Mas as emoções das personagens mantém-se intemporais, e isso é que importa.

Agora estou lendo os irmãos Karamazov.

Anica disse:
Eu li Crime e Castigo ano passado mas acho que não estava preparada, não. Não estou dizendo que não gostei, pelo contrário, achei muito bom. Mas não foi uma experiência OMG como costuma ser com todo mundo que lê esse livro.

Não sei se foi o seu caso, mas ir com as expectativas demasiado elevadas nunca dá bom resultado (seja em literatura, cinema ou qualquer outro meio artístico). O truque é pormos de lado tudo o que nos foi dito sobre aquilo que vamos ler, ignorar todas as opiniões que ouvimos para que não nos influenciem, ir com calma, apreciar a leitura. Assim uma pessoa consegue assimilar muito melhor o que lê e criar a sua impressão sobre a obra sem estar sujeita a influências exteriores, sem que surja no pensamento o sempre incómodo "estava à espera de mais". É que muitas pessoas também tendem a exagerar um pouco na sua apreciação sobre determinada coisa quando gostam dela, conduzindo a expectativas desproporcionais por parte dos outros.

Além disso, no meu caso, nunca compreendo de imediato toda a dimensão de um livro imediatamente após a sua leitura. Normalmente preciso de um tempo para pensar sobre o que li, interpretar devidamente as passagens mais importantes, etc. Felizmente tive o cuidado de seguir aquilo que referi durante a leitura do Crime e Castigo, abstendo-me de pensar muito nas opiniões que tinha ouvido. Se tivesse feito isso, interiorizando enquanto lia o volume "dizem que é um dos melhores romances de sempre, dizem que é um dos melhores romances de sempre...", teria pensado várias vezes (até porque o livro é grande e com passagens mais lentas) "Ora, não está sendo tão bom assim", o que afectaria a minha opinião final e faria com que torcesse um pouco o nariz à obra, tornando-me um pouco mais crítico na sua interpretação.
 
Só li Crime e Castigo, mas achei excelente. Se tornou um dos meus livros preferidos, pretendo pegar outros livros dele agora. Pena que não li traduzido diretamente do russo... alguém sabe se há muita diferença entre as traduções?

Sobre a religiosidade, eu achei que ia ser bem pior... quando a Sônia leu uma passagem da Bíbla pro Raskólnikov[aliás, meu trecho preferido do livro fica perto dessa parte], achei que ia ser aquilo o resto do livro...

Já ouvi gente falar do final, que é ruim, feliz,"pop", etc, que devia ter sido melhor. Não concordo. Tá, a pena dele foi atenuada, mas ainda assim ele foi preso... se apaixonar pela Sônia não foi surpresa nenhuma, e, bem, a coisa mais "feliz" que poderia ter acontecido era ele se arrepender do crime que cometeu. E isso não aconteceu, portanto...

Ah, o trecho: ^^

"A vela quase no fim iluminava frouxamente naquele quarto um assassino e uma prostituta reunidos singularmente reunidos para ler o livro sagrado."

Sim, é apensas isso, mas essa frase é impactante. =P
 
O tio Dostô é um dos meus favoritos. Entre os russos, é o mais genial - na minha opinião. 'Os Demônios' e 'Os Irmãos Karamazóv' são os dois que mais me marcaram, mas tenho de dar destaque a 'Crime e Castigo' e 'Recordações da Casa dos Mortos'.

Uma coisa que eu acho bastante interesssante sobre ele é a epilepsia. Ele dizia que durante os ataques tinha visões de Deus, e isso o inspirava a escrever - ao menos na fase final de sua obra. Isso é bem patente no Karamazóv, na figura de Ivan, o irmão do meio.
Como curiosidade, o nome médico pra epilepsias que levam a inspirações artísticas é 'Síndrome de Dostoievsk', e entre outros artistas e escritores célebres, Proust padecia dela.
 
Do Dostoiévski, li "Crime e Castigo" e "O Jogador".

"Crime e Castigo" é brilhante; mergulhei no mesmo enquanto estive lendo.
"O Jogador" não me chamou muito a atenção; acho que tenho que relê-lo.

Muito interessante esse detalhe sobre a epilepsia e a "Síndrome de Dostoiévski".

No momento, estou esperando pelo lançamento de "Os Irmãos Karamazovi" pela Editora 34. Ouvi dizer que sai agora no primeiro semestre de 2008.
 
Li Crime e Castigo e comecei a ler O Idiota na livraria outro dia e já o coloquei na lista.
 
O último que li dele foi O Jogador. Tive que lê-lo para um trabalho da faculdade, mas no fim nem precisou. =( O primeiro que li foi Uma criatura dócil, mas acho que é um conto grande ... lindo e triste.
 
Eu li "Crime e Castigo" no começo desse ano. Dostoiévski é realmente o mestre do romance existencialista. Falar tão profundamente da existência humana com tantos méritos literários não é pra qualquer um. Diria que ninguém consegue fazer isso como o autor russo.

Décimo disse:
Adoro o estilo de escrita de Dostoiévski, a forma como descreve os pensamentos e estado de espírito das personagens nas situações em que são confrontadas é soberba.

Esse é com certeza o maior mérito do Dostoiévski. Caracterizar profundamente personagens tão diferentes e fazê-las confrontarem-se num debate ideológico. O resultado disso no livro é fantástico.

Décimo disse:
(e a religiosidade de Dostoiévski por vezes atrapalha um pouco, embora possamos disfarçar isso sobre a perspectiva de que as pessoas na época eram mesmo assim)

Eu não sei se posso falar com conhecimento de causa, afinal só li "Crime e Castigo", mas achei exatamente o contrário. Dostoiévski discute sim religião, mas não a torna enfadonha, mas antes a traz para o meio dos debates das personagens. Afinal, Deus e religião são importantes questões humanas e de certa forma são utilizadas para a explicação do mundo e da vida.

Trillian disse:
Sobre a religiosidade, eu achei que ia ser bem pior... quando a Sônia leu uma passagem da Bíbla pro Raskólnikov[aliás, meu trecho preferido do livro fica perto dessa parte], achei que ia ser aquilo o resto do livro...

Os diálogos de Sônia e Raskólnikov são os melhores do livro. De longe! É com ela, que o taciturno e misterioso protagonista "se abre" e é sincero, é com ela que se dá a conhecer todos os motivos e pensamentos de Raskólnikov.

Fora as cenas memoráveis em que ele se compraz em fazê-la sofrer, mostrando a ela um pessimismo que com certeza irá se abater sobre ela e seus irmãos. Para depois de ter a moça totalmente desesperançada e chorosa, se lançar aos pés dela e dizer que isso é para prestar homenagem ao sofrimento humano. Sofrimento que Sônia representa.
 
Dostoievski sonhava em escrever "a vida de um grande pecador" e seus últimos romances são fragmentos desse sonho. Paul Evdokimov observou que a palavra empregada por Dostoievski, "jitié", é a mesma usada tradicionalmente na Igreja russa para designara vida de um santo, uma vida voltada para Deus:para o escritor, essa palavra terá sempre esse significado na sua luta e revolta contra Deus. Essa revolta é a mesma de Ivan em "Irmãos Karamasov": " se Deus existe, a vida terrestre deve ser o Reino de Deus onde tudo é claridade e medida, por outro lado, se o mundo está cheio de enigmas e contradições revoltantes para a razão, Deus não existe." E Ivan parece ser definitivamente revoltado. Para ele , o irracional só pode ser um absurdo, ele não se contenta em simplesmente protestar contra o desastre da criação, ele é forçado a negar toda a transcendÊncia. O personagem Ivan caracteriza bem o niilismo .
 

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