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Trocar o Pazuello pelo tal Queiroga foi como trocar seis por meia dúzia. Mas pelo visto qualquer dos nomes mencionados na matéria já seria um avanço no lugar desse estrupício:

 
Foi preciso um ano inteiro e 300 mil mortes pra esse governo finalmente criar o seu comitê anti-covid.

Foi preciso um ano inteiro, 300 mil mortes e uma carta - também tardia - de banqueiros. Daí se criou essa comissão pra dizerem que se está fazendo alguma coisa. A conferir se será efetiva - para o bem de todos, espero mesmo que seja.

Mas não tenho ilusões quanto a essa moderação de tom do Bolsonaro. Não é a primeira vez que ele, acuado, dá essa suavizada (ainda que mentindo escancaradamente). Foi assim também quando prenderam o Queiroz - conteve a escalada do discurso golpista que, naquele momento, ia a toda. Bolsonaro é inadministrável, é uma máquina de gerar instabilidade e produzir crises - e, para além da questão humanitária, é péssimo para o "capitalismo brasileiro". Talvez empresários e banqueiros tenham começado a perceber isso. Talvez...
 
"Quero deixar claro que não ficaremos alienados aqui, votando matérias teóricas como se o mundo real fosse apenas algo que existisse no noticiário. Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados. Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta Presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas, frutos da autocrítica, do instinto de sobrevivência, da sabedoria, da inteligência emocional e da capacidade política. Mas alerto que, dentre todas as mazelas brasileiras, nenhuma é mais importante do que a pandemia. Não é hora de tensionamentos, de CPIs ou de lockdowns parlamentares. Medidas com níveis decrescentes de danos políticos devem ser evitadas. Mas isso não depende apenas desta Casa. Depende também, sobretudo, daqueles que fora daqui precisam ter a sensibilidade de que o momento é grave, a solidariedade é grande, mas tudo tem limite. Tudo. E o limite do Parlamento brasileiro, a Casa do Povo, é quando o mínimo de sensatez em relação ao povo não está sendo obedecido” (Arthur Lira, presidente da Câmara)

 
Mal conheço esse Lira é já quero lhe dar palmas pelo discurso. :clap:

cof cof alvo da lava jato no nucleo do PP cof cof

mas né. podia ser um alvo da lava jato E AINDA negacionista. é nesse nível que estamos. só estou avisando para não ir gostando muito do homi, ele não merece.
 
O discurso foi bem escrito, de fato. Mas alerta amarelo já era pra ter vindo há tempos. Resta saber quantas mil vidas a mais serão necessárias pra vir o vermelho...
 
Sim, o alerta deveria ter sido dado ainda pelo Maia.
Na verdade, o Maia deveria ter mesmo era encaminhado algum ou vários pedidos de impeachment apensados para votação.
 
Ernesto Araújo foi embora tarde, mas no lugar dele não espero algo muito melhor.
Olha, considerando que tivemos uma recusa maciça inédita na história recente (Senado + 300 diplomatas de carreira), acho que o Bolsonaro vai tentar, sim, encontrar um nome que preste e apazigue os ânimos. Ele já recebeu um "cartão amarelo" do Lira. Deve estar com o c* piscando de medo de um impeachment.
 
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