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Visitante
Re: Indicações (98ª Semana)
Cantona ganhando enquete? Como assim, Brasil?
Cantona ganhando enquete? Como assim, Brasil?
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Cantona ganhando enquete? Como assim, Brasil?
Já vai começar com a encheção de saco, vai, Calion?
Mas teve gente que ficou meses tentando, até conseguir eleger seu escritor.
Pergunta pro Cantona.
É que Tolkien já tem uma área inteira do fórum só pra ele, por isso ele nunca tinha sido indicado antes e ta perdendo a enquete no momento...
Hem? Hem? Você aí, lambeu os beiços?
Então, só votar no Sabino!
Olha, na semana que ganhou o Daniel Galera, a Lynoka me prometeu chocolate aerado e que daria um jeito de eu salpicar o chocolate nele. Até hoje e nada...
É disso que falo, minha cara. Se Cantona não me conhece pessoalmente nem faz a menor ideia de onde eu moro, como mandar-me-á o pão-de-queijo? E, mesmo que soubesse, como mandar-mo-ia saboroso e quentinho, sem que este se estragasse no caminho. E como, ao votar, poderia eu ter certeza de que aquele mandar-mo-ia? Assinou promissória, por acaso? Destarte, mesmo que isto não fosse desonesto, jamais vender-lhe-ia eu meu voto.
Esse bicho é resumidamente a cara que fazemos quando lemos um post cheio de mandar-me-á; mandar-mo-ia; vender-lhe-ia
Pelo menos pra mim que tenho QI baixo :
Diante de alguém que se preocupa em utilizar corretamente o português, creio que a expressão facial mais correta seria essa aqui:
Vamos tentar zerar a lista de tópicos a serem criados até a 100ª semana?
Blé, Calion. Me inscrevi hoje na faculdade de letras-Português [contei pra vocês? então! logo serei professora de português além de pedagoga ]e digo: Que chato! Sossega aí e fala com a gente na boa! -84 de karma não fizeram você entender que ser "politicamente correto" é chato? Quem é que liga pra uma vírgula fora do lugar ou o uso correto dos frufrus das língua portuguesa? Aqui é só alegria e amor <3 (Tá, pode me dar bad karma por isso se quiser, mas quem avisa amigo é)
Calion e Pagz - português arcaico.
Lynn - tiopês.
Quant'á, senhor, que m'eu de vós parti Por D. Dinis
Quant'á, senhor, que m'eu de vós parti
atan muyt'á que nunca vi prazer
nen pesar, e quero-vos eu dizer
como prazer nem pesar non er vi:
perdi o sen e non poss'estremar
o ben do mal, nen prazer do pesar.
E, des que m'eu, senhor, per bõa fé,
de vós parti, creed'agora ben
que non vi prazer, nen pesar de ren,
e aquesto direy-vos por que é:
perdi o se e non poss'estremar
o ben do mal, nen prazer do pesar.
Ca, mya senhor, ben des aquela vez
que m'eu de vós parti, no coraçon
nunca ar ouv'eu pesar des enton,
nen prazer, e direy-vos que my-o fez:
perdi o sen e non poss'estremar
o ben do mal, nen prazer do pesar.
AUTO DA BARCA DO INFERNO Gil Vicente
Auto de moralidade composto por Gil Vicente por contemplação da sereníssima e muito católica
rainha Lianor, nossa senhora, e representado por seu mandado ao poderoso príncipe e mui alto rei
Manuel, primeiro de Portugal deste nome.
Começa a declaração e argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no
ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos de passar em
um de dous batéis que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pera o paraíso e o outro pera o
inferno: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um arrais
infernal e um companheiro.
O primeiro intrelocutor é um Fidalgo que chega com um Paje, que lhe leva um rabo mui
comprido e üa cadeira de espaldas. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha.
DIABO: À barca, à barca, hou lá!
que temos gentil maré!
- Ora venha o carro a ré!
COMPANHEIRO: Feito, feito!
DIABO: Bem está!
Vai tu muitieramá,
e atesa aquele palanco
e despeja aquele banco,
pera a gente que virá.
À barca, à barca, hu-u!
Asinha, que se quer ir!
Oh, que tempo de partir,
louvores a Berzebu!
- Ora, sus! que fazes tu?
Despeja todo esse leito!
COMPANHEIRO: Em boa hora! Feito, feito!
DIABO: Abaixa aramá esse cu!
Faze aquela poja lesta e alija aquela driça.
COMPANHEIRO: Oh-oh, caça! Oh-oh, iça, iça!
DIABO: Oh, que caravela esta!
Põe bandeiras, que é festa.
Verga alta! Âncora a pique!
- Ó poderoso dom Anrique,
cá vindes vós?... Que cousa é esta?...
As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca d'antes navegados
Passaram aind'além da Taprobana.
Em perigos e guerras esforçados
Muito mais que prometi'a forç'umana.
E'ntre gente remot'edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
Como não votar no Tolkien? Gosto do Flaubert também (dos demais nunca li nada) mas o professor é o professor!! ^^