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[L] [V] [Treze Horas]

  • Criador do tópico Criador do tópico V
  • Data de Criação Data de Criação
gostei do texto... num sei pq ms me deu um ar d clichê toda essa estória d gangster :| ms tah legal.

achei interessante as descrições dos "olhares" entre frank e Tim; por mais q pareça mta coisa pra se dizer com um olhar só, ficou mto natural...
 
egoNullius disse:
O mistério que o envolve é insuportável. A cada descrição ou fala, mais uma dúvida me acomete. Você já disse que só participará da primeira das quatro partes, o que me leva a crer que ele será morto - ainda lembrando o fato de sua vida curta. Mas por que morto? Não me parece que por algum motivo banal - afinal um deus não se perfídia a isso -, mas por algum erro de Tim. Tenho-o como uma espécie de espião, algum policial infiltrado ou qualquer vassalo de um inimigo de Vinny, que morre por ser desmascarado.

Eu não disse que ele ia participar só da primeira parte. Eu disse que ele é o protagonista da primeira parte. 8-)

Em que época se passa a história?

Em algum lugar entre a descida na Lua e a queda do WTC. :mrgreen:


E por que motivos, a não ser por Angela, os personagens não tem nomes brasileiros? Isso me leva inevitavelmente a fazer uma terceira pergunta: A história se passa no Brasil? :?

Vou responder essa pergunta com outra: quantos balconistas brasileiros que você conhece têm uma espingarda atrás do balcão? :wink:
 
V disse:
Eu não disse que ele ia participar só da primeira parte. Eu disse que ele é o protagonista da primeira parte. 8-)
Pronto! Lá se foi por água abaixo minha tese sobre o Tim. Conclusões precipitadas, má interpretação de texto; vou me lembrar disso na próxima vez. :|

V disse:
E por que motivos, a não ser por Angela, os personagens não tem nomes brasileiros? Isso me leva inevitavelmente a fazer uma terceira pergunta: A história se passa no Brasil? :?
Vou responder essa pergunta com outra: quantos balconistas brasileiros que você conhece têm uma espingarda atrás do balcão? :wink:
Bem, isso não resolve muita coisa. O único balconista brasileiro que conheço, na verdade é ela, e trabalha em uma loja de roupas, não em uma 'lavanderia'. :roll:
 
egoNullius disse:
V disse:
E por que motivos, a não ser por Angela, os personagens não tem nomes brasileiros? Isso me leva inevitavelmente a fazer uma terceira pergunta: A história se passa no Brasil? :?
Vou responder essa pergunta com outra: quantos balconistas brasileiros que você conhece têm uma espingarda atrás do balcão? :wink:
Bem, isso não resolve muita coisa. O único balconista brasileiro que conheço, na verdade é ela, e trabalha em uma loja de roupas, não em uma 'lavanderia'. :roll:

Certo. :lol:

Bom, a história se passa nos EUA, embora isso não seja importante. Pode considerar que é Nova York, embora nem eu tenha muita certeza disso. É uma cidade genérica. Pode chamar do que quiser, Metropolis, Gotham City... :mrgreen:
 
V, a história está boa, prende a atenção do leitor, cumprindo uma das suas principais funções. Me lembra um pouco um roteiro de filme policial. E, V por favor terminh de escrever a história!!!!
 
Acabei de ler todo o tópico. Muito boa a história V, continue nesse estílo. Realmente está demorando um pouco para a continuação, mas não se apresse, faça um texto legal e bem construido, como vem fazendo.
 
Tenho certeza que o Frank está metido até o pescoço nisso tudo.
E faço minha aposta; o protagonista da segunda parte vai ser alguém totalmente diferente, que não aparece na história na primeira parte. Mas até lá tem chão. Se forem faltar dez capítulos, pela média atual de cinco meses de demora, vamos demorar uns quatro anos!
Tudo bem, vou tentar aguardar. :mrgreen:
 
Caramba, tá bom vai. Vou tentar terminar o próximo hoje. :roll:

Mas já vou adiantando que não vai aontecer nada de relevante. :tsc:
 
4- Whisky e Vodca


- Destilados? – perguntava a pequena senhora, parada em frente ao balcão. Tim não respondeu. Aliás, nem ao menos pareceu tomar conhecimento da pergunta, ainda embasbacado com a mixórdia de formas estranhas que, de alguma forma, se equilibrava na cabeça da mulher.
- Destilados? – insistiu ela.
- Ah, sim. Claro! – acordou Tim. – Terceira prateleira, à esquerda – disse ele, apontando.

A senhora sorriu e dirigiu-se vagarosamente ao local que Tim havia indicado. Este ficou observando-a, tentando definir aquelas formas, esforçando-se em tirar alguma coerência ou propósito daquele penteado, que mais parecia o cruzamento de um peru com um liqüidificador. Um tempo depois ela voltou, trazendo uma garrafa de Jack Daniels, que colocou delicadamente sobre o balcão. Dirigiu-se então à área das geladeiras, que ficava na parede dos fundos, ainda com a mesma lentidão. Tim deu uma olhada para o outro lado da rua, onde Frank, recostado em seu carrinho, enxugava as lágrimas provenientes do acesso de riso a que finalmente conseguira dar um fim. Tim desviou o olhar rapidamente, preocupado em manter-se sério. Sua força de vontade estava sendo posta à prova naquele momento, indubitavelmente. A senhora retornou, após alguns minutos, trazendo uma caixa de suco de laranja, que ela depositou ao lado do whisky, com o mesmo zelo. Sem dizer nada, encaminhou-se novamente ao lugar de onde acabar de vir. Após alguns segundos, Tim esticou o pescoço para ver onde ela estava, um tanto irritado por sua lentidão, mas as prateleiras eram mais altas, e a escondiam.

- A senhora quer ajuda? – perguntou ele, num tom desnecessariamente alto.
- Não, eu estou bem – respondeu ela, de algum lugar. – Não tenho pressa.

Tim deu de ombros, pegou um jornal e começou a folhear, com desinteresse. Sem parar de virar as páginas, olhou para fora novamente e notou que o mendigo havia acordado, e se esforçava para andar em linha reta. Tim parou de virar as páginas e passou a observar o homem, que continuava tentando caminhar, mas tropeçava a cada investida. Ele tinha uma garrafa de vodca na mão, e aparentemente todo seu conteúdo na cabeça. Ajeitou os trapos, passou a mão pelos cabelos ensebados, coçou a barriga e soltou um arroto; deu uma boa olhada na garrafa e então, com um movimento brusco, largou-a no chão. Após fazer isso, ficou parado por um momento, aparentemente pensativo (embora não fosse possível afirmar com certeza). A garrafa não quebrou, mas rolou copiosamente até o meio-fio. Tim acompanhou sua trajetória instintivamente, num daqueles momentos em que a gente faz as coisas sem pensar, apenas para ser interrompido pelo vagabundo que, entusiasmado, começara a gritar algo sobre o fim do mundo. Tim achou que já tinha lhe dado atenção demais, e voltou a olhar o jornal. Nesse momento, a senhora retornava, carregando um pacote de pão. Ela colocou o pacote no balcão, ao lado da caixa de suco, e olhou para fora, onde o mendigo ainda fazia seu discurso apocalíptico.

- Pobre homem – lamentou a senhora.

Tim não respondeu. Limitou-se a olhar novamente o maltrapilho, que tinha parado de gritar e estava momentaneamente estático, com a boca aberta e o dedo indicador em riste, como se, no meio de uma oratória importante, tivesse perdido o fio da meada.

- Um homem tão jovem, nesse estado deplorável – ela continuou. Realmente, o mendigo parecia ser bem novo (para um mendigo, pelo menos). – Não é como você, não é mesmo, meu rapaz? Tenho certeza de que você é um jovem direito e responsável. Eu sei dessas coisas. Aposto que você tem uma namorada.
- Não exatamente – disse Tim, ignorando a impertinência da velha. Qualquer outro dia, a resposta teria sido simplesmente "não". Ele percebeu isso, e se perguntou por que havia respondido daquela forma. Ela ignorou o "exatamente" e disse:
- Ah, mas um moço bonito como você! Tenho certeza de que qualquer moça ficaria... oh! – ela se deteve, de repente, como se atingida por uma constatação constrangedora. Tim não entendeu, e ela continuou: - Você não é gay, é?
- Não, claro que não! – respondeu ele, espantado.
A mulher o olhava, desconfiada.
- Se você quer saber, eu... – ele parou no meio da frase e olhou em volta, sentindo-se observado. – olha, gostaria que não falássemos sobre isso, se fosse possível.
- É claro que é possível, meu jovem. Basta pedir com educação.

Um momento de silêncio constrangedor se seguiu, até que Tim se lembrou de que, de acordo com as regras de conduta dos balconistas, havia algo que ele deveria perguntar:

- Mais alguma coisa?
- Um pacote de Camels – pediu ela.

Ele colocou o pacote no balcão e registrou na máquina. Começou a colocar as compras numa sacola, tentando não olhar diretamente para aquela selva de bobs, grampos e tufos de cabelo que lutavam por um lugar no espaço cefálico da pequena senhora, e falhando categoricamente. Ela percebeu.

- O que você tanto olha, rapaz?
- Desculpe... mas... – disse Tim, apontando receosamente para o penteado alienígena.

Ela fazia cara de quem não estava entendendo. Então, de repente, uma constatação pareceu atingi-la em cheio, como um soco no estômago. A velha ficou branca.

- Eu... esqueci meu chapéu, não? – perguntou ela.

Ah, isso explicava tudo. Tim lembrou-se da garrafa de Jack Daniels – de fato, tirando-se uma média entre idade e hábitos de consumo, tal esquecimento não devia ser um acontecimento isolado.


__________
 
Muito para dizer, mas como não pretendo repetir comentários maldosos como os que fiz anteriormente, falarei mais sobre o texto no próximo capítulo. :twisted:

Brincadeiras à parte, é só que você demorou um pouco para não acrescentar nada. Mas, tudo bem. O texto continua muito agradável. Continue! :evil:
 
Legal...estou aqui tentando imaginar como é o cabelo da velhinha. E algo me diz que ela não entrou na história por entrar...
 
"O dia-a-dia numa loja d conveniencias"
tentando não olhar diretamente para aquela selva de bobs, grampos e tufos de cabelo que lutavam por um lugar no espaço cefálico da pequena senhora, e falhando categoricamente.

:lol: :lol:

To gostando mais desse ultimo texto...

V tem idéia di qão grande vai ficar a história toda né?[/quote]
 
Se ele postar uma por semana, tb vão reclamar, pois a história está boa.
A Primeira Parte nem parece chegar perto do anticlimax e já estamos pensando nas outras... Vai ser bem grande...
Pergunta? Pq chama 13 Horas?
 

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