Aguirre teve o primeiro desentendimento com a torcida do Galo ao fazer a polêmica substituição Cazares e entrada do Robinho, a expectativa era ver os dois atuando no jogo.Valeu o resultado, mas Libertadores não é festa e os jogos são difíceis como esse como o Del Vale: o Galo poderia ter feito um placar melhor nos primeiros 20 minutos em que efetivamente jogou futebol de campeão. O segundo tempo foi preocupante em termos de sequência na competição.
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Quinta-feira, 25/02/2016 às 10:00 por
Leonardo Miranda
Atlético-MG de Diego Aguirre impressiona pela intensidade no início do jogo
Diego Aguirre se notabilizou no Inter semifinalista da Libertadores pela grande intensidade de sua equipe, em especial no início do jogo. Movimentos coordenados, velocidade e muitos gols - o Inter chegava aos 20 minutos com 2x0 ou 1x0 sempre. No Galo a estratégia é a mesma.
Isso faz parte do modelo de jogo do treinador: ele acredita que esse esforço no início faz o gol chegar logo, e com a vantagem no placar, a equipe pode diminuir de ritmo e controlar o jogo trocando passes na defesa ou marcando o adversário. O Atlético foi perfeito por 30 minutos - poderia ter feito 2x0 ou 3x0 - e nos outros 60 minutos foi pouco ameaçado. Caiu ou foi a estratégia? Veremos a seguir:
30 minutos perfeitos - é a intensidade
Entenda intensidade como a rapidez de raciocínio, decisão e movimento para executar as demandas do jogo. Quando dizemos que o Galo é intenso, estamos falando que os 11 em campo pensam juntos e se movimentam de forma coletiva. Nos primeiros 30 minutos contra o Del Valle o Galo atacou com coordenação e velocidade de movimentos pouco vista no futebol brasileiro.
Rafael Carioca iniciava a construção das jogadas e Cazares, Patric, Donizete e Luan se aproximavam dele, gerando linhas de passe - o que chamamos de APOIO. Ao mesmo tempo, os laterais avançavam quase até a linha de fundo, bem abertos para receber a bola - o que chamamos de AMPLITUDE. No ataque, também chamado de terço final, Rafael aparecia e Pratto e Cazares recuam, procurando o espaço ENTRELINHA enquanto os pontas começavam a correr, gerando PROFUNDIDADE. 1, 2, 3, 4 conceitos táticos trabalhados em lances de 3 ou 4 segundos. Isso é intensidade
Organização defensiva: bloco compacto, Cazares e Pratto à frente
Nos momentos onde não tinha a posse de bola e era atacado, o Atlético se portou de forma intensa: todos voltavam rapidamente para formar um bloco compacto de 8 jogadores, perto do gol de Victor. O Del Valle pouco penetrou - 2 chutes de longa distância assustaram mais.
O Galo “caiu de produção” ou controlou o jogo?
É uma questão de estratégia. Era assim com o Internacional também: começo intenso, gols e depois cansar o adversário "escondendo" a bola na defesa ou dificultando sua penetração no campo de ataque com esse bloco baixo e compacto. O Galo não marcou por zona - marcou por encaixes individuais curtos e com muita pressão na bola, evitando que o Indepiendente chegasse na grande área em condições de finalizar.
Robinho entrou como meia central do 4-2-3-1
A grande contratação da temporada entrou no lugar de Cazares (vaias? por qual motivo?) e ocupou o centro da linha de 3 meias composta por Luan, ele e Patric. Ele não foi tão acionado, normal para uma estreia com pouco ritmo de jogo. Mas Aguirre pode usá-lo em outras funções, como a referência do ataque, por um dos lados ou como ontem.
Durou pouco, mas o Atlético foi perfeito nos primeiros 30 minutos de jogo. Uma das melhores exibições de um time brasileiro no ano e que tudo para evoluir ainda mais com o excelente Diego Aguirre e sua comissão técnica.
Fonte:
http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/painel-tatico/1.html
Espero que a análise esteja correta pq a queda de produção da equipe na segunda etapa deixa todo mundo tenso.