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Manifestações de J.K. Rowling

  • Criador do tópico Criador do tópico Haran
  • Data de Criação Data de Criação
Não vou entrar no mérito de analisar ou procurar pelo em ovo no que a JK escreveu.
Só sei que quanto mais tendência de "cancelamento", de "politicamente correto" entre outras coisas, mais distância e nojo vou criando das redes sociais altamente popularescas.

Exatamente, a vontade de excluir tudo e mandar o povo lavar roupa, é grande. Dando aquela revisitada no Orkut percebi o quão diferente as redes sociais mudaram, lá (no orkut) não tinha "reações", então o povo era mais despreocupado em ser aceito ou receber "likes", o que torna a navegação bem mais fluída, o povo não se preocupava tanto em "dar a opinião porque o mundo que se dane, falo mesmo", o caso era mais curtir as pessoas do seu próprio circulo e até mesmo conhecer outras, mas nunca na intenção de "ser aceito".

A única coisa que me prende em excluir Facebook são os meus contatos que não desejo perder e minha página de autor, mas também se eu me arretar eu excluo tudo, parto pro e-mail e que se lasque.
 
E, na pegada do discurso, eu acredito que seja um desserviço tomar todo questionamento por "cancelamento". De igual modo, prefiro entender a perspectiva de uma esquerda que questiona discursos problemáticos como uma esquerda transformadora ao invés de uma esquerda lacradora. Eu acho que a fala do Daniel Radcliffe não foi desrespeitosa. Pelo contrário. Ele iniciou sua fala dizendo que poderiam pintar isso como uma briga, mas que não era isso, e que ele tinha consciência de que a J.K foi fundamental para que a vida dele tomasse os rumos que tomou.

O twitter pegou fogo, Cleo. Se você der uma lida por cima, já vai ver que estão chamando a JK de "véia do Harry Potter", colocando a mulher no mesmo balaio do véio da Havan. E é dai pra baixo. Galera tomou essa fala como a prova final e definitiva que a JK é o pior lixo dos lixos e a maior decepção da vida. O que é uma puta hipocrisia, mas ok. Outra babaquice que eu vi foi colocarem a foto dela junto do Monteiro Lobato e outros autores racistas, pedófilos e criminosos do pior tipo, pra questionar quem separava a obra do autor. Nesse quesito, eu defendo a JK (mesmo esse discurso dela sendo muito radfem) pelo simples motivo de: ELA ESTÁ VIVA. Não adianta nada querer exigir que o Monteiro Lobato ou o Lovecraft aprendam qualquer coisa porque o pó dos ossinhos deles já desapareceu da face da Terra. Mas a JK tá ai, e duvido que ela faça qualquer reflexão sobre os posicionamentos dela quando tudo que ela recebe é hate, cancelamento e a alcunha de "Pior Decepção da Vida" dos fãs. Eu li bastante sobre a causa trans, já ouvi bastante sobre isso da comunidade trans, tanto na faculdade quanto nas mídias, e identifiquei os principais pontos (por isso o alinhamento com o discurso radfem), mas não é nem de longe problemático o suficiente pra descartar qualquer possibilidade de entendimento e mudança de pensamento. Não é como se ela negasse veementemente que pessoas trans são trans, como é o caso das radfems mais extremistas, que acham que mulher trans é "homem disfarçado e fantasiado" e homem trans é mulher que se deixou levar pela sedução do patriarcado e quer desfrutar dos privilégios sob disfarce também.
 
O Ron de Harry Potter dá lição após declarações transfóbicas de J.K. Rowling
UOL - POR BRUNO TOMÉ - 12/06/2020 - Link original
(...)​
“Eu apoio firmemente a comunidade trans ao redor do mundo e compartilho dos sentimentos expressados pelos meus colegas. Mulheres trans são mulheres. Homens trans são homens. Todos deveríamos poder viver com amor e sem julgamentos”, declarou o ator de Ron.​
(...)​
“Pessoas trans são o que dizem ser e merecem viver suas vidas sem serem constantemente questionadas ou informadas de que não são quem dizem ser. Quero que minhas seguidoras trans saibam que eu e tantas outras pessoas ao redor do mundo consideramos, respeitamos e amamos vocês por quem são”, escreveu a atriz de Hermione.​
(...)​

As falas em si mesmas são irretocáveis... mas acho triste esses atores aí, que nasceram com a bunda virada para Lua, quererem sair por cima da J.K. no que diz respeito à inclusão, empatia ou seja lá o que for, escritora que saiu da pobreza e do abuso e inspirou toda uma geração no que diz respeito justamente a esses valores, e sem a qual eles seriam anônimos.... O mínimo que eles tinham que fazer é acenar positivamente para a J.K., já que não são tweets casuais pró-transexuais né, se trata de uma reação direta às manifestações por parte dela.

Em bem menor escala, lembra os antifas querendo malhar a imagem do Churchill por este ou aquele aspecto da vida do sujeito que hoje é datado e mal visto, Churchill que foi uma grande força opositora justamente ao fascismo.[1] Falta de senso de proporção e certa piedade 'filial'...

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Última edição:
Então, concordo com a ideia aqui apresentada de que a galera está pegando pesado demais nesse cancelamento da J.K.Rowling. Não que as falas dela não se mostrem criticáveis e irresponsáveis (porque são), mas porque o que ficou nítido no longo texto escrito pela autora é que ela precisa vencer seus traumas pessoais que nublam sua visão sobre o assunto.

O que me pareceu ao ler o texto que ela escreveu em resposta basicamente foi que a autora é uma pessoa que como sabemos comeu o pão que o diabo amassou, sofreu violências das mais graves e que conseguiu se recompor graças a militância pessoal sobre o valor das mulheres. O problema é que isso, junto dos traumas causou uma trava pessoal nela.

Ao meu ver o que ela precisava mesmo era trancar o twitter, fazer terapia e só voltar quando a terapia demonstrar sinais positivos. Porque veja bem, li o texto gigante dela e basicamente toda a fala transfóbica dela é motivada pelos traumas pessoais que ela sofreu na vida por ser mulher etc. E os traumas e violências sofridos por ela motivou uma onda de abobrinha em seus comentários transfóbicos.

Ao que parece é um ouroborus tenso, onde ela não consegue compreender a realidade trans por conta de seus traumas pessoais causando com suas declarações mais danos e violência contra pessoas trans.

Enfim, é uma grande irresponsabilidade da J.K. e ela nem se dá conta disso por seu próprio histórico pessoal, o que se mostra triste e trágico ao mesmo tempo.
 
Mas gente, sério mesmo, vocês realmente veem tanto problema em trocar o termo mulheres por pessoas? É tão difícil assim? Mulheres são pessoas e, como já mencionado, nem toda mulher menstrua, seja por problemas, seja por escolha, seja por ser trans.
Veja bem, não estamos falando de trocar a palavra mulheres mulheres por uma "terminologia com oitenta palavras para cobrir todas as ressalvas possíveis", mas por uma outra palavra: pessoas. Se isso vai trazer algum alento na vida de alguém, se vai abarcar alguém que estava se sentindo excluído, é um problema tão grande?

Eu acho que tem alguns problemas sim, Erendis. Você mantem o significado da palavra pessoa, mas amplia o significado da palavra mulher. Dessa forma, uma mulher pode ser uma pessoa que menstrua, uma pessoa que não menstrua por não ser saudável (algo aceito universalmente), por estar na menopausa (também aceito), por ser XY (não há unanimidade sobre a aceitação disso).
Estamos entrando num tipo de novilíngua, via direito de minorias. Pergunta sincera: as pessoas têm ou não têm o direito de recusar a imposição de um novo significado para uma palavra?

No geral, Rowling apenas emitiu uma opinião, onde não vi qualquer ofensa ou ataque.
 
A única coisa que me prende em excluir Facebook são os meus contatos que não desejo perder e minha página de autor, mas também se eu me arretar eu excluo tudo, parto pro e-mail e que se lasque.

Já joguei pro alto, essa semana excluo tudo, só estou pegando o email das pessoas queridas antes de excluir de vez. Bye bye boring internet.
(Só estou mantendo o Instagram porque acesso pelo computador e como é apenas fotografias, é mais tranquilo)
 
Achei pertinente



Muitas pessoas estão dizendo nos comentários que a opinião da Blaire White, uma mulher trans, “não conta” porque ela é “conservadora”, como “gays bolsonaristas.”

Confesso que não sei se ela é conservadora realmente, dei uma passada rápida pelo canal do youtube e pelo twitter dela e não encontrei o que estão dizendo, e nunca tinha ouvido falar nela antes desse texto. No fundo, não me importa. Eu não acho que a opinião de uma pessoa sobre determinado assunto seja inválida porque eu discordo dela em outros pontos. Isso é democracia: é sobre encontrar pontos em comum nas diferenças.

Em todo caso, decidi acrescentar ao post a opinião de Buck Angel, homem trans há 25 anos, transativista e liberal. Concordo menos ainda com o Buck do que com a Blaire; Buck é produtor de filmes pornô, e quem frequenta esta página sabe bem o meu posicionamento sobre a indústria pornográfica. Porém, sobre a questão do sexo biológico, nós concordamos. Espero que por não ser “conservador” a opinião dele conte, já que o argumento é esse.

Por último, eu não estou usando ninguém de “token” para defender a J.K. A minha opinião sobre esse assunto é a mesma e é defendida abertamente desde muito antes da J.K. se manifestar. O objetivo é apenas mostrar que existem pessoas trans com pontos de vista diferentes do tribunal da internet.

..............................................................

Mulher trans dá sua opinião sobre J.K. Rowling. Toma aí esse “lugar de fala”:

“Ironicamente, é em grande parte uma brigada de pessoas que não são trans que se ofendem em nome de pessoas trans, em vez de pessoas trans estarem ultrajadas. Como uma mulher trans que sabe exatamente como é a transfobia, analisei de perto cada palavra do discurso de Rowling no Twitter e não consegui encontrar um pingo de ódio. O sexo biológico é uma realidade científica e, ao apagá-lo, invalida-se a existência de pessoas trans. Se eu não tivesse nascido homem biologicamente, por que eu teria feito a transição? A transição médica depende do fato de que o indivíduo trans está descontente com o seu sexo biológico e procura mudar os aspectos que a ciência pode alterar. Eu twittei o seguinte em resposta à multidão irracional de ódio contra Rowling:

“Negar a existência do sexo biológico nega a existência de pessoas trans. Você não é desconstruído, é burro.”

A esmagadora maioria de pessoas trans que conheci reconhece a realidade do sexo biológico (esse é meio que o ponto todo...). São os cavaleiros brancos hiper-desconstruídos que afirmam lutar por pessoas trans que, ao mesmo tempo, nos fazem parecer negadores da ciência, os que questionam a opinião de Rowling. Eu entendo o que Rowling está falando. Embora pareça apoiar sinceramente as pessoas trans e se oponha à discriminação que elas enfrentam, ela se recusa a fingir que sua vida e suas experiências não foram moldadas por seu próprio sexo, que é feminino. Simpatizar com essa posição requer uma capacidade de entender as nuances, que a maioria das pessoas no Twitter não parece possuir, mas é a verdade.

Como mulher trans, há muitos paralelos em minha experiência e problemas que posso enfrentar que refletem as mulheres biológicas, mas não negarei que também haja diferenças. Não compreendo a luta de crescer como mulher biológica, entrar na puberdade, lidar com menstruação, gravidez ou qualquer outra realidade que exclusivamente as fêmeas biológicas experimentam. Isso é simplesmente um fato, e afirmar isso não é odioso ou preconceituoso. Não me sinto invalidada ao reconhecer as diferenças entre mulheres trans e mulheres biológicas porque estou segura comigo e com a minha vida.”

Veja a tradução completa e o vídeo aqui: https://link.medium.com/UDV360Bsj7
 

Politicaly Correct, Modern Hobbit Nov 19, 2001

Thread: J.R.R. Tolkien and political correctness


Tolkien's myths are a political fantasy
In a world built on myth, we can’t ignore the reactionary politics at the heart of Tolkien’s Middle Earth

Damien Walter
Fri 12 Dec 2014 17.52 GMT Last modified on Wed 21 Aug 2019 13.09 BST


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A spin doctor called Gandalf...manipulator of modern myth.
A spin doctor called Gandalf... Photograph: Mark Pokorny/AP

It’s a double-edged magical sword, being a fan of JRR Tolkien. On one hand we’ve had the joy of watching Lord of the Rings go from cult success to, arguably, the most successful and influential story of the last century. And we get to laugh in the face of critics who claimed LotR would never amount to anything, while watching a sumptuous (if absurdly long) adaption of The Hobbit.
On the other hand, you also have to consider the serious criticisms made of Tolkien’s writing, such as Michael Moorcock’s in his 1978 essay, Epic Pooh. As a storyteller Tolkien is on a par with Homer or the anonymous bard behind Beowulf, the epic poets who so influenced his work. But as works of modern mythology, the art Tolkien called “mythopoeia”, both Lord of the Rings and The Hobbit are open to serious criticism.
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To understand why takes a little consideration of what we really mean by the word “myth”. The world can be a bafflingly complex place. Why is the sky blue? What’s this rocky stuff I’m standing on? Who are all these hairless chimps I’m surrounded by? The only way we don’t just keep babbling endless questions like hyperactive six-year-olds is by reducing the infinite complexities of existence to something more simple. To a story. Stories that we call myths.
Science gives us far more accurate answers to our questions than ever before. But we’re still dependent on myths to actually comprehend the science. The multi-dimensional expansion of energy, space and time we call the Big Bang wasn’t literally a bang any more than God saying “Let there be light” was literally how the universe was created. They’re both mythic ideas that point at an actual truth our mammalian minds aren’t equipped to grasp.
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Myths are a lens through which we investigate the mysteries of the world around us. Change the myth, and you can change the world – as JRR Tolkien well knew when, alongside other writers including CS Lewis, he began to consider the possibility of creating new myths to help us better understand the modern world – or if not to understand it better, then to understand it differently. Tolkien borrowed the Greek term “mythpoesis” to describe the task of modern myth-making, and so the literary concept of mythopoeia was born.


Tolkien’s myths are profoundly conservative. Both The Hobbit and Lord of the Rings turn on the “return of the king” to his rightful throne. In both cases this “victory” means the reassertion of a feudal social structure which had been disrupted by “evil”. Both books are one-sided recollections made the Baggins family, members of the landed gentry, in the Red Book of Westmarch – an unreliable historical source if ever there was one. A balanced telling might well have shown Smaug to be much more of a reforming force in the valley of Dale.


And of course Sauron doesn’t even get to appear on the page in The Lord of the Rings, at least not in any form more substantial than a huge burning eye, exactly the kind of treatment one would expect in a work of propaganda.


We’re left to take on trust from Gandalf, a manipulative spin doctor, and the Elves, immortal elitists who kill humans and hobbits for even entering their territory, when they say that the maker of the one ring is evil. Isn’t it more likely that the orcs, who live in dire poverty, actually support Sauron because he represents the liberal forces of science and industrialisation, in the face of a brutally oppressive conservative social order?


The Hobbit and Lord of the Rings aren’t fantasies because they feature dragons, elves and talking trees. They’re fantasies because they mythologise human history, ignoring the brutality and oppression that were part and parcel of a world ruled by men with swords. But we shouldn’t be surprised that the wish to return to a more conservative society, one where people knew their place is so popular. It’s the same myth that conservative political parties such as Ukip have always played on: the myth of a better world that has been lost, but can be reclaimed by turning back the clock.


Whatever the limitations of his own myth-making, Tolkien’s genius as a storyteller rekindled the flame of mythopoeia for generations of writers who followed. Today our bookshelves and cinema screens are once again heaving with modern myths. And they represent a vastly diverse spectrum of worldviews, from the authoritarian fantasy of Orson Scott Card’s Enders Game, to the anti-capitalist metaphor of The Hunger Games. The latter is so potent that the three-finger salute given by Katniss Everdeen has become a symbol of freedom. What clearer sign could there be that the contemporary world is still powered by myth?

Correção política de Tauriel no Hobbit de Peter Jackson- personagem era uma Mary Sue?



Alex Massie[/quote]
What the cancelling of JK Rowling is really about

12 June 2020, 2:29pm

JK Rowling (photo: Getty)

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Shall we start with an easy question? As a general rule, would it be appropriate for a 15-year-old boy to enter athletic or sporting competitions restricted to children under the age of 12? I fancy that, like most people, you think the answer to this is ‘No’ – just as you accept that it would be wrong to match a heavyweight boxer with a welterweight. A mismatch is all but guaranteed. It is a question of fairness.
So let’s ask another, slightly more challenging, question. As a general rule, is it appropriate for people born male to enter women’s sporting competitions? Some people think so, even when those contests are in sports in which men, by virtue of their greater strength, enjoy a significant advantage. Thus under current regulations Laurel Hubbard, formerly known as Gavin, and in her youth a champion weightlifter in New Zealand before she changed gender around seven years ago, is eligible to compete in women’s competitions. She has since twice won her class in the Oceania weightlifting competition.
And good luck to her, you may feel like saying. Her testosterone levels are low enough to make her eligible to compete and that’s all that need be said on the subject. Except that, unfortunately, it is not. Some of Hubbard’s rivals object to competing against someone who has lived – and trained – as a man for most of their life.
Nor is Laurel Hubbard just a one-off. It may be rare for natal males to be competing in women’s sports, but it is becoming less and less rare. You may, again, feel this is only fair. Transgender athletes must be given the opportunity to compete. But then some of you may also feel that this is unfair. You may feel that, especially in sports that rely on strength and explosiveness, natal males have an unfair advantage over their female-born rivals. And you may feel that the unfairness of not allowing this small number of trans-athletes to compete is outweighed by the greater unfairness endured by women athletes if people such as Laurel Hubbard are permitted to compete in women’s sport.
The point is not so much that one side of this argument is correct and the other wrong. The point is that it illustrates what is to some an unwelcome, perhaps even an uncomfortable, reality. Despite what some people, including politicians who ought to know better, claim sometimes there really is a collision between women’s rights and the rights of transgender people.
Other examples of this are equally apparent. At present, some trans-women prisoners are accommodated in male prisons and others are incarcerated in female gaols. The rights of a prisoner to be housed in the estate of their preference is balanced against the right of other prisoners to be protected from some, albeit a small number, of their fellow inmates. Again, the collision is evident and the answer to the problem is neither easily found nor necessarily universally applicable.
Which brings me, as of course it must, to JK Rowling and the Terf Wars. I should acknowledge that Rowling is a friend, while insisting even if she were not, I would likely write all of this anyway. I rather admire her bravery in refusing to be silenced or bullied into submission on this subject. It would be much easier and certainly more comfortable for her to say nothing or, if asked for her opinion, to repeat the kind of self-serving platitudes favoured by, well, some of the actors whose careers she helped make.
I suspect Rowling does not object to being criticised by Daniel Radcliffe, Emma Watson and Eddie Redmayne. She has a commitment to liberalism and free speech that is firm enough to withstand that. But the reaction to her recent comments is illustrative both of the fatally toxic nature of this debate and the manner in which it is frequently no kind of debate at all.
For we are asked to believe, and take seriously, the proposition that Rowling is the very worst kind of witch: a transphobic one. How this can be squared with her actual words remains a mystery. Last December, to take but one of many instances, Rowling tweeted: ‘Dress however you please. Call yourself whatever you like. Sleep with any consenting adult who’ll have you. Live your best life in peace and security. But force women out of their jobs for stating that sex is real?’ I know, the bigotry is overwhelming.
Rowling’s chief sin is her refusal to recant her views. She will not be shamed or bullied into withdrawing her remarks. Nor will she volunteer to spend the rest of her days in a re-education camp. A mere difference of opinion is impermissible these days; those who hold what is deemed the wrong views must be punished or cancelled or otherwise burnt at the metaphorical stake.
That most people actually agree with Rowling is neither here nor there. Or rather, it is precisely because most people actually agree with her that her views must be considered heretical. If they were not, some reality might have to be accepted and that, we are now discovering, would be a still graver problem.

In truth, I suspect we are often talking past one another in this debate. At the very least we are talking about two different groups of people. In the first, we find actual transgender people. Many have led difficult lives. They are much misunderstood and the world very often evinces little interest in understanding them better. They are often – though not always, for we should not assume trans-lives must be tragic – victims of bullying or abuse or other forms of discrimination and prejudice. They are a minority – and a small one at that – whose lives should wherever possible be made easier and gentler.
In my experience the so-called Terfs (trans-exclusionary radical feminists, if you’re only catching up now) have few issues with trans-men and trans-women of this kind. They are not actually hugely concerned by the idea that a tiny number of trans-women might use female bathrooms and changing rooms. After all, they have done so for years without, until recently, very much controversy. If that was all there was to this controversy it would not be much of a storm at all. In the case of trans-women this reflects itself in an acceptance that, sure, trans-women are women even if they are not, and cannot, quite be women or have the full experience of womanhood enjoyed – and sometimes endured – by people born as girls. Not all women are alike, you might say.
But there is another group, some of whom we might call ‘trans allies’ and others who might best be characterised as ‘part-time’ or ‘lifestyle’ trans-people, whose voices often seem to be heard more than those of, if you will, actual trans-people themselves. These men – for if it is not always men it usually seems to be men – frequently display an intolerance so extreme it is reminiscent of a mindset always evident in the early days of a movement seeking to establish a joyously authoritarian regime.
Some of the many, many, messages about and sent to JK Rowling demonstrate as much. Hence: ‘JK Rowling can suck my big transgender cock’. The abuse is mindless but what it reveals is interesting.
Sex is, except in a tiny number of cases, binary while gender is a spectrum. From which it follows that being trans seems to exist on a spectrum too. At one end lie those who have fully transitioned. They seem to me to inhabit a quite separate category from those who enjoy abusing anyone, but especially any woman, who dares disagree with them. Invitations to ‘suck my chick-dick’ do not, on the whole, do much to advance the proposition that ‘trans-women are women’.
But then a bloke with balls and a beard makes an unconvincing woman, no matter how you look at him. One may, as a matter of consideration, take him at his word and honour his own self-identification without, as a matter of reality, buying into it without reservation. For without that reservation we must believe that men who have no intention of actually transitioning are just as much a woman as all the natal women you have ever met in your life.
Even so, it is obvious there is a generational divide here. The young – which for these purposes I define as those under 30 – often take a markedly different view to their elders. There are, I think, some plausible reasons for that. As a political matter, the salience of class has declined and been replaced, in spades, by identity. Self-expression is the road to self-validation and you are who or what you say you are. There is much that is valuable about this, not least in the way it enables today’s youth to embrace a more diverse range of experience than was the case for their parents’ or grandparents’ generation. At its best, this leads to a kinder, more tolerant, accepting world.
Sometimes, however, it also leads to darker places. Even if the numbers are small, we should I think be concerned that children who have not yet been to primary school can be referred to gender identity services. We should be concerned by the spectacle of teenagers too young to vote taking life-changing hormonal treatments. We should be concerned by a culture that, in parts, decrees lesbians are bigots if they decline to date people with penises.
https://subscription.spectator.co.uk/?prom=A571D&pkgcode=03

And we might, I think, be concerned by a culture which says the barrier to being a woman – or a man – is no greater than a reluctance to say ‘I am a woman’. For if anyone can be a woman and can become so merely by stating it, is there then anything particular or unique about being a woman? And if there is nothing particular or unique about womanhood, is there any need to protect woman as a distinct class of people or insist that, in some places and at some times, there is a need for women-only spaces?
At which point you begin to realise that, for some, this is not actually about cancelling JK Rowling so much as it is about cancelling womanhood itself. For it seems worth noting that women are expected to accept a vastly expanded definition of womanhood much more than men are required to endorse a comparably broadened measure of masculinity.
Trans rights are trans rights just as women’s rights are women’s rights. Sometimes – often we must hope – these will fit neatly together. But on occasion they may be in conflict with one another and it is not transphobic to say so any more than it is controversial to say that any other competing set of interests may from time to time collide.
https://www.spectator.co.uk/writer/alex-massie
Written byAlex Massie
Alex Massie is Scotland Editor of The Spectator.
 
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De boa.... isso, sim, é que é lacração verdadeira no bom e original sentido



Lacração / Lacrar


Thaís Stein


Thaís Stein

Bacharel em Publicidade e Propaganda


A gíria lacração, ou lacrar, é um sinônimo para “arrasar” ou “mandar bem”. O termo é utilizado como elogio para alguém que fez alguma coisa tão bem que deixou os outros sem reação.
Uma pessoa que “lacrou” não deixa brechas para que alguém coloque defeitos ou tente falar mal. Além disso, o termo também pode ser usado para se referir à vitória sobre outras pessoas, como no caso “ela lacrou as inimigas”, ou seja, ela venceu as inimigas, deixou-as sem ação.

Confesso que não sei se ela é conservadora realmente, dei uma passada rápida pelo canal do youtube e pelo twitter dela e não encontrei o que estão dizendo, e nunca tinha ouvido falar nela antes desse texto. No fundo, não me importa. Eu não acho que a opinião de uma pessoa sobre determinado assunto seja inválida porque eu discordo dela em outros pontos. Isso é democracia: é sobre encontrar pontos em comum nas diferenças.

Obrigado por divulgar o trabalho dela aqui @Indu . Estou adorando o canal de youtube da Blaire White a despeito dela ser filiada ao partido republicano americano ( o que não quer dizer, necessariamente, que ela tenha sido ou pelo menos seja ainda uma eleitora ou apoiadora do Trump )



:clap::clap:

:beer: :beer: :amem::amem::yep::yep: :clap::clap:
 
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E esse outro dela aqui é muito apropos sobre a questão toda:


E excelente é também esse outro vídeo aqui:

O explicado aí, a respeito de se praticar tolerâcia e respeito ao invés de só pregar, e que o termo "tolerar" implica em se reconhecer disparidades de opinião, estilo de vida e crenças, é perfeitamente resumido e simbolizado por essa imagem aqui extraída de Wonder Woman vol 2 #17 de 1987

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Voltando a falar do vídeo e sobre a conduta de muita gente "da esquerda"*, lá nos USA e aqui também.

*E olha que eu e a maioria da minha família, de ambos os lados, nos consideramos "de esquerda" e-ou centrão, diga-se de passagem.

Infelizmente, em muitos casos, o que se afirma lá é totalmente verdadeiro como vcs podem conferir no que aconteceu nessa postagem minha sobre a treta, na qual eu só colei o link sobre a controvérsia no Facebook,.

Nela, um ex-amigo americano gay do fandom da Mulher Maravilha* ( onde, pelo menos antes dos filmes, perto de 80% dos fãs do sexo masculino eram gays-inclusive eu ) disse, pra mim , basicamente, o famoso: "se não concorda comigo em tudo nessa questão vc está contra mim; ou vc é amigo ou inimigo, transfóbico ou validador da transexualidade.

Confiram: meu post ·

* E falando nisso tem uma história natalina ótima da Wonder Woman feita justamente a respeito disso e editada por Mark Waid ( de Kingdom Come) com arte e roteiro de Eric Shanower (Bronze Age, Mágico de Oz)

Por, polidamente, dizer para ele que não me sentia preparado pra julgar a suposta transfobia das postagens e declarações da Rowling sem conferir, primeiro, o que, quando, por que, para quem, onde e como ela falou exatamente, e que não concordo com a filosofia do "com ou contra mim" sem nuance e matização alguma, o sujeito já me bloqueou (good riddance) e andou fazendo o mesmo com outras pessoas facebook afora.
 
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Esse video da Lady Gaga em minha opinião, lacra mesmo assuntos e episódios tristes como esse da tentativa de linchamento moral da Rowling na mídia social e imprensa marrom.

Espero que ele e essa postagem minha sirvam pra piscar uma luzinha no fim do tunel.

nota sobre o vídeo da Gaga: ela não menciona o nome mas "Diabolos" em grego, como o Tolkien gostava de chamá-lo, inclusive identificando-o com Melkor, significa "Aquele que Divide".

Esse vídeo lacrador da Gaga também vale uma conferida.
Lembrando aqui que "Diabolos", a forma com que Tolkien preferia se referir, ao Demônio identificando-o com Melkor, significa "Aquele que Divide":


Tolkien's Dark_Lord_as_a_Political_Figure

Legendado aqui


A meu ver, a imagem que simboliza tudo sobre a natureza e a necessidade da tolerância para o homem moderno globalizado é essa aqui compartilhada no Face, há vários anos atrás.

Ver anexo 87442
 
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E falando em imprensa marrom ( e outras mídias similares ) a galera continua botando lenha na fogueira e preparando os garfos e facas tentanto gerar controvérsia, dissabor e cizânia entre celebridades.

Espero que esse vídeo se eleve um pouco acima disso mas a abertura dele não me deixou otimista.


Esse outro, pelo menos, começa bem e aparenta ter boas intenções ainda que, talvez, bem mal executadas. Mas vale a postada aqui pra dar uma matizada e contrabalanço nos vídeos da Blaire White.

 
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Para tornar a nojeira dessa cruzada contra a JKR mais palatável vamos dar umas risadas com mais essas pérolas de quando o Politicamente Incorreto era o Canônico.

 
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