E tem aquilo também: se a banda não muda nunca o próprio som, acusam ela de não ser "inovadora"; se muda, acusam de não se manter fiel "às raízes". Tipo, sempre tá ruim.
Mas o negócio é que no metal a coisa pende naturalmente para a imutabilidade: os fãs das bandas do estilo gostam delas pelo som que faziam quando começaram ouvi-las e não querem que elas mudem. É aquele negócio de que não se mexe em time que tá ganhando. E no caso do metal eu tenho que concordar.
Muita gente critica o Manowar, por exemplo, nem tanto pela atitude "true" deles, mas por fazerem exatamente o mesmo som de sempre, como se isso fosse realmente ruim em uma banda de metal. Neste caso, é justamente uma das virtudes do Manowar manter aquilo que se dispôs a fazer desde o início, e o fã pode ir comprar qualquer disco da banda sem medo de que venha bomba por aí. Quando deram uma "leve" mudada em um álbum, o Fighting the World, em algumas músicas, pessoal caiu de pau em cima, a banda percebeu a cagada e voltou a fazer o que sabia fazer de melhor.
Outro exemplo é o Grave Digger, que é completamente constante no que faz e faz muito bem, sendo uma das bandas de metal mais respeitadas até hoje pela qualidade e coerência do material, que é sempre bem feito (campeã dos álbuns conceituais), além de ter um dos melhores vocalistas da cena.
Em resumo é isto: no metal, se tu estiver fazendo algo bem, continue nessa mesma linha que o sucesso é garantido. Ecletismo é coisa de banda de rock progressivo, que tenta de fato soar diferente a cada álbum (Pink Floyd, Jethro Tull, PFM...), não de metal.