Recusa de Bolsonaro para comprar vacinas vai matar 90 mil
Pesquisadores calcularam quantas vidas poderiam ter sido salvas se o governo tivesse aceitado antes as ofertas do Butantan e da Pfizer.
theintercept.com
[...] O cálculo de vidas perdidas foi feito com um modelo matemático criado por pesquisadores da USP, do Instituto Butantan e da FGV que leva em consideração variáveis como eficácia, cobertura e velocidade de vacinação, além de número de casos e óbitos já registrados. A fórmula está em um artigo, ainda inédito, que foi submetido à revista científica “Theoretical Biology and Medical Modelling” e está em revisão.
No cálculo, feito no final do ano passado – portanto, antes da segunda onda e do surgimento das novas variantes do coronavírus –, eles estimaram em mais de 40 mil as vidas perdidas pelo primeiro mês de atraso na vacinação por causa da recusa do governo. Agora, pedimos a um dos autores, Eduardo Massad, médico e professor da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas, a FGV, que atualizasse a conta, levando em consideração o cenário atual. E o resultado é ainda pior: “pelo menos 90 mil óbitos poderiam ter sido evitados até o final de 2021 se as ofertas da Pfizer e do Butantan tivessem sido aceitas”, ele me falou. [...]