Henrique MP
Usuário
As legendas no diálogo entre Bilbo e Gollum ficaram estranhíssimas mesmo...
Ele dizia "what's in his pocket!?" e aparecia "tem".
Ele dizia "what's in his pocket!?" e aparecia "tem".
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Acabamos de voltar do cinema, então ainda tento digerir o filme. De qualquer forma, ele me agradou bastante, e era o que eu esperava, mas dei 9 pelos detalhes que me desagradaram:
Radagast foi quase uma decepção, achei o personagem meio deslocado e a personalidade doidona ainda não desceu.
Azog estava muito CG para o meu gosto.
Gigantes de Pedra, a parte que menos gostei.
Tema dos Nazgûl no enfrentamento do Thorin com o Azog, na cena dos wargs e orcs no pinheiral. Apesar de ter ficado foda mesmo assim, acho que o tema está tão ligado aos Espectros que poderiam ter pensado num tema melhor ali.
Aquela sombra negra representando o Necromante: sério que não tinha nada mais criativo para representar aquilo?
O que agradou:
A revelação Martin Freeman como Bilbo.
O prólogo, com a chegada do Smaug, Erebor, Valle e tudo relacionado. Fodástico!
Conselho Branco!
Warg Branco e o Topo do Vento. Uma liberdade que não me incomodou.
A borboleta que o Gandalf usa para chamar as Águias. Assim como gosto da mariposa no SdA, achei a conexão perfeita (e mais uma liberdade que não é ofensiva).
Thorin!
O visual de Dol Guldur.
Advinhas no Escuro e o Gollum que está mais perfeito do que nunca.
Não é só, mas por enquanto deixo isso registrado por aqui. =P
E aqui outro comentário: Muita gente tem reclamado do tom leve e cômico do filme, mas isso para mim era mais do que esperado (e, na verdade, a fidelidade está aí também, pois o livro é assim, não é?!). A adaptação irá ganhar maturidade conforme a progressão da história nos outros filmes. Aliás, como no livro, onde a coisa começa a deslanchar e a ganhar cara de épico quando os anões estão por conta própria em Mirkwood, até o final.
Em tempo, acertaram a mão com a Galadriel!
E Azannulbizar? Vc não gostou?
Também foi uma das coisas que mais gostei no filme e curiosamente não está no livro, mas ficou perfeito. Foi ótimo ouvir aquelas falas de Galadriel com Gandalf quando o Saruman falava. Achei aquilo puro cinema. Sou fã de Cate Galadriel Blanchett e realmente ela estava majestosa. Como será que Peter vai usa-Los no outros filmes ? se é que vai... Espero.Foi uma das coisas que mais gostei. Ela está mais respeitosa, mais imponente, como deve ser uma elfa como ela. O Conselho Branco estava majestoso com a fina flor da Terra Média. Tudo naquelas cenas estava impecável: cenário, figurinos e maquiagens, música de fundo, diálogos e interpretações.
Gostaria de fazer algumas observações a partir do que você escreveu sobre a questão da obra fílmica em contraponto à obra literária, enfatizando que o incomodo causado pelo filme, a meu ver, foi quanto à atmosfera e ao clima estabelecidos. Estamos frente a um impasse: seguir a mesma estética e clima de O Senhor dos Anéis, ou ser fiel ao livro de Tolkien? Peter Jackson, pelo visto, decide ser fiel ao livro. E não devemos julgar a obra fílmica como uma obra “ruim” ou “boa” por isso. Afinal de contas, este campo de adaptação é muito complicado e controverso. Se ele tivesse feito o oposto, talvez criticássemos a maneira como ele se desprendeu do livro.
Iniciando então esta discussão concordo que é muito raso usar a justificativa que o filme foi baseado em um livro mais infantilizado para tratar todos os assuntos abordados no filme como uma comédia sarrista. Isso seria válido se todo o universo da Terra-Média não tivesse sido criado anteriormente na trilogia fílmica O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001); As duas torres (2002) e O Retorno do Rei (2003).
Na trilogia O Senhor dos Anéis, havia sido criada uma unidade para a Terra-Média, uma atmosfera que diverge da apresentada em O Hobbit - Uma Jornada inesperada (2012). Digo, pois, que fica difícil imaginar personagens como Aragorn e Legolas vivendo a empreitada do Anel apenas 60 anos depois, na mesma terra que este Grão-orc. E não me refiro apenas aos cenários ou aos figurinos, mas sim, como dito acima, à atmosfera e climas estabelecidos. Embora em alguns momentos a diferença na caracterização ajude a somar no distanciamento deste universo, vide a maneira como foram modificadas as características dos Orcs (tanto em aparência, quanto em vestimenta), eles não seguem a mesma estética de O Senhor dos Anéis, a sensação causada foi que a utilização exacerbada da tecnologia tornou os orcs seres mais artificiais, e menos humanizados. O orc Azog, e os orcs da batalha de Azanulbizar; o Grão-orc e os orcs de sua caverna; todos possuem aspecto muito diferente de todos os Orcs apresentados anteriormente na trilogia fílmica O Senhor dos Anéis.
Sobre a diferença entre os livros em questão, O Hobbit foi escrito em meados de 1930 por Tolkien e publicado em 1937 como uma estória criada para os seus filhos, portanto, obviamente mais infantil. Já o Senhor dos Anéis foi desenvolvido entre 1937 e 1955 como uma obra muito mais séria e complexa. Compreendo esta diferença literária, porém, tratando-se da obra fílmica, percebemos uma diferença muito grande entre uma obra e outra, como se a estória se passasse em outro universo, e não na mesma Terra-Média. E isto faz com que o filme soe desarmoniso em relação às trilogias anteriores feitas pelo diretor Peter Jackson.
Uma crítica feita no jornal "The Hollywood Reporter", por Todd McCarthy trata sobre a adaptação, neste artigo ele afirma que: "Provavelmente nunca existiu uma adaptação literária tão fiel quanto "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada". [...] Em termos cinematográficos, no entanto, esta produção é meio arrastada, muito explicativa e sem momentos fortes" (a reportagem completa se encontra no site: http://www.hollywoodreporter.com/movie/hobbit-an-unexpected-journey/review/397416). Sobre este assunto, posso dizer que em determinados momentos de O Hobbit - Uma Jornada inesperada (2012) podemos notar aspectos muito infantis e deslocados, que se assemelham em atmosfera e clima à filmes como: Willow (1988), dirigido por Ron Howard; O Labirinto - A magia do tempo (Labyrinth, 1986) dirigido por Jim Henson, que conta com David Bowie no elenco. Ou até mesmo A Caravana da Coragem (1984), dirigido por John Korty. Filmes datados por características infantis que pertencem a um gênero definido de fantasia/comédia e que cumprem com o que se propõem. A questão é que a atmosfera deles lembra determinadas passagens do filme O Hobbit, tais como as aparições de Radagast com seu trenó.
Além disso, diversos elementos apresentados não precisavam da utilização desmedida de tecnologia, que ao invés de acrescentar emoção e tensão, criam uma sensação de estranhamento e distanciamento, pois a cena acaba não sendo crível. Tal como a sequencia de cenas na qual os anões e Gandalf lutam contra os orcs: a partir do momento em que a fenda se abre na caverna que eles estavam buscando abrigo nas Montanhas Sombrias; enquanto eles matam orcs derrubando-os com uma rocha; até a morte do Grão-orc e a queda deles em um precipício, na qual não sofreram nenhum arranhão; até a saída deles de dentro da montanha. Toda esta sequencia no filme se assemelha a um jogo de videogame e ao filme Piratas do Caribe IV: navegando em águas misteriosas (2011), dirigido por Rob Marshall - o que concordo com Barlach, não ser um elogio.
No livro encontramos aspectos de humor e até mesmo cantorias, mas o exagero da adaptação para o filme fez com que a sequencia se tornasse absurda. (A passagem descrita se encontra no capítulo: “Montanha acima, montanha adentro” in, TOLKIEN, J.R.R. O Hobbit. São Paulo, SP: Martins Fontes. 2002).
Para elucidar esta discussão cito aqui outra polêmica em relação à utilização demasiada da tecnologia em filmes: a diferença entre a primeira trilogia fílmica feita por George Lucas (Star Wars episódios IV [1977], episódio V [1980] e VI [1983]) em contraponto com a trilogia atual (Star Wars episódios I [1999], episódio II [2002] e episódio III [2005]), onde a tecnologia provoca incomodo em alguns aspectos - não todos, obviamente. Afinal de contas, muitas coisas foram aprimoradas-. Mas, como citado no filme Fanboys (2009) de Kyle Newman: "We should keep the puppets" ("Deveríamos manter os bonecos"), frase que se refere ao personagem Yoda, que na trilogia antiga havia sido feito como uma marionete manipulada por Frank Oz (de “Os Muppets”); e que na trilogia atual foi transformado em CGI: Common Gateway Interface. *
Veja bem, não digo que o avanço tecnológico prejudica a obra fílmica, ou que não acrescenta na sua composição. Afinal de contas a tecnologia de Motion Capture desenvolvida pela WETA Digital para O Senhor dos Anéis possibilitou a existência do personagem Gollum como ele é e revolucionou a tecnologia do cinema, além de atualmente concorrer com a ILM: Industria Light and Magic que vinha liderando o mercado de efeitos especiais desde quando foi criada em 1975 por George Lucas para o primeiro filme da série Star Wars. Mas a crítica é por abusar da tecnologia em momentos desnecessários, que pode distanciar o espectador do filme.
Portanto, encerro esta argumentação constatando que elementos como os citados aqui fazem com que determinados filmes percam sua identidade visual, como a que estava sendo criada em O Senhor dos Anéis. Creio que o filme O Hobbit não precisasse se apoiar tanto na sede de inovação tecnológica e nas piadas desmedidas. Porém, o longa-metragem cumpre, com maestria, o papel de adaptar o livro para o filme, pois, como já foi dito no início deste texto: não devemos julgar a obra filmica como uma obra “ruim” ou “boa”, devemos entender o nível de dificuldade que esta adaptação requer. O Hobbit - Uma Jornada inesperada (2012) é contagiante, e certamente irá interferir na vida de muitas pessoas, assim como Senhor dos Anéis. Considero uma obra interessante para ser analisada, e se fosse necessário dar uma nota para ilustrar a satisfação com o filme, seria a nota 9.
Muito obrigada,
Eldariel.
*(Quanto a esta questão há quem prefira marionete, e há quem prefira o CGI. Trago apenas esta discussão neste escrito como um exemplo, não se atenham a ele.)
Calimbadil disse:Deixando de lado essa questão, temos um filme com o qual me sinto muito mais confortável (por mais que a falta de sangue e as granadas de pinha ainda me doam)
Há também aspectos relacionados ao fato de que o filme é voltado para um público mais infantil (explicações desnecessárias para cenas autoexplicativas, ausência de sangue, comédia pastelão), mas são todos opcionais (para o diretor) e não são empecilho para o bom aproveitamento do filme.
Francamente, é ruim não ser o público alvo de um filme baseado numa obra que eu adoro e, logo, não ser atendido em várias expectativas. Há uma argumentação pra essa parte, no entanto, como dá pra perceber, estou com sono e vou parar por aqui.
As granadas de pinha nao tem no livro nao? Faz tempo que nao leio o Hobbit, esqueci
Se não for ele é o estúdio. Estratégia clássica para permitir mais bilheteria. Não é à toa que filmes com orçamento alto sempre caem nesse subterfúgio.Eu ja ouvi dizerem em algum lugar (informacao duvidosa ) que o PJ gosta de fazer o filme com menos restricao de idade possivel.
Passeando um pouco heheheheNossa, o Calimbadil! Filme trazendo a galera de 2006 em peso!!
Tambem nao curti a ausencia de sangue, mas no senhor dos aneis a uma boa economia em sangue tambem. Eles colocaram sangue soh a ponto de nao ficar tosco. Eu ja ouvi dizerem em algum lugar (informacao duvidosa ) que o PJ gosta de fazer o filme com menos restricao de idade possivel.
As granadas de pinha nao tem no livro nao? Faz tempo que nao leio o Hobbit, esqueci
Para resolver a ausência de sangue, bem que o DVD/Bluray poderia ser lançado com um código para destravar o sangue nas batalhas. Tipo A B A C A B B. A lá MKI. lol
Eu simplesmente gosto mais do ponto de vista do Frodo, que narra "O senhor dos anéis", do que do ponto de vista do Bilbo, que narra "O Hobbit". É uma questão central lembrar que a diferença pesada da estética entre os dois grupos de filmes se dá pela diferença de tom entre os dois livros.
Radagast: ficou forçado demais. Da mesma forma que as cenas de miscelânea com CGI, parecia mais algum filme da série "A era do gelo" do que seu "predecessor" "O senhor dos Anéis".
AZOG!: a partir do momento que esse cara não morreu na batalha de Azanulbizar, a vaca atolou. As piores partes do roteiro envolvem esse cara, tipo, o capitão gancho. Me incomoda por alterar a história, me incomoda por não ajudar o roteiro e me incomoda porque ele parece um boneco feito no paint.
ausência de sangue, comédia pastelão
A vaca atolou! Alguém termina de matar ele, por favor?!
Isso sim é lindo de se ver.Não que o Peter Jackson não goste de sangue!
Se alguém quiser rir um pouco segue uma das cenas mais famosas de filmes zombie trash. Uma cena do filme Fome animal (Braindead, 1992) dirigido por PJ:
Para maiores de 18 anos
Somente nesta cena do cortador de grama foram gastos 500 litros de sangue de porco... No filme todo foram usados mil litros!