• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

O mundo de tolkien existe (existiu)?

Não acredito que o mundo que Tolkien descreve no livro existe ou existiu físicamente, mas quando leio algum livro dele, sinto como se estivesse na estória, como se aquele mundo estivesse ao meu redor, parece que escuto a voz dos personagens, o barulho das vilas, dos rios, da floresta e tudo mais. E aí posso ter certeza que esse mundo existe, em nossos corações e em nossa imaginação e é isso que conta. Não importa se esse mundo é real ou não, se conseguirmos tirar algo de bom para nossas vidas, já é o suficiente. E tenho certeza que Tolkien pensou nisso ao escrever os livros!
Pois, mesmo que pareça um simples livro de ação e aventura, sempre podemos usar o que está escrito lá para melhorar o mundo que nos rodeia! :highfive: :cerva:
 
Ah, gente! É claro que existe! rsrs, a mente de cada um pode ser o mundo, não é porque ela não é fisicamente tocável que ela não existe. Nós não tocamos um elétron e ele existe! E como diria Descartes, penso, logo existo. Portanto, Tolkien pensou e a TM existe!
 
Se formos partir da Lógica de Tolkien, para o Tokien ele existiu fisicamente.

Afinal de contas, o Senhor dos Anéis não foi escrito por Tolkien, foi relatado segundo o Livro Vermelho, escrito por Bilbo e posteriormente passado a Frodo. Ele não escreve o Hobbit ou SdA, ele traduz do Livro vermelho. Ou seja, para Tolkien o Livro vermelho existiu, e logo quem o escreveu tem que ter existido.

A mente é uma arma poderosa, e ela é capaz de criar coisas e tornar realidade quando ninguém pode provar nada sobre elas =]
 
Existiu de forma subcriativa,certo? Ou melhor, ele não acreditava no que escreveu segundo o que o livro é uma cópia do Livro Vermelho, são camadas ficcionais.
 
Última edição:
Se você for ver o tanto de mistérios que existem no mundo hoje, ou no próprio cosmos, é dificícil dizer o que não existiu na Terra ou no Universo.
 
Literatura tem vida própria;
A linha tênue entre realidade e ficcção está exatamente na perspectiva.
Nem tudo que se tem por real é inegável.

Quanto ao nivel de detalhamento da obra, por exemplo, ser um fator exponencial para afirmar ou negar a veracidade da terra média, eu discordo. Tolkien é incomparável, literalmente quase perfeito, linguisticamente um talento...mas a obra, em si, não provem na minha visão, de uma realidade paralela, o que é claro, não exclui a realidade ou a ficção desta.

Depende da sua relação com a obra, da forma como ela lhe foi apreciada.

Eu por exemplo, conheci Tolkien muito cedo...pra mim, é impossivel se lembrar da adolescência sem me remeter as páginas de senhor dos anéis, as idas na biblioteca...

Isso pra mim, é irrefutavelmente, real.

;)
 
Sempre gostei de sentir um vento forte no rosto imaginando estar em algum descampado de Rohan, ou entrar em alguma floresta e imaginar que a qualquer momento encontrarei um mallorn, Galadriel, Bombadil ou até mesmo um silencioso Hobbit. Admiro as tempestades pensando em como seria admirá-las em Minas Tirith. Entro em cavernas e logo penso em um anão ou em um orc...é bem hilário. Sempre imaginei que um dia eu veria o logo de Tolkien cintilando em alguma árvore ou pedra e que tocando-o eu viajaria no mesmo instante para a Terra-média...é bem louco, mas é somente questão de acreditar e se divertir!!!!
 
Até hoje eu só li O Hobbit e me pareceu que Tolkien passa sim a idéia de que nosso mundo e o dele estão relacionados (são o mesmo), se me lembro bem em uma das descrições dos hobbits ele fala que eles são capazes de ouvir os humanos há quilômetros de distância, e se escondem de nós (me corrijam caso eu tenha me confundido - memória fraca :roll:).
Mas é fato que seus textos descrevem de forma absurda como se Tolkien estivesse presente em todos os momentos, chamá-lo de Deus realmente é o mais perto da posição que ele ocupa nas histórias, então se o mundo de Tolkien existe ou não, prefiro responder que ele conseguiu trazer para a realidade tudo o que existia em sua imaginação.
 
Mas é fato que seus textos descrevem de forma absurda como se Tolkien estivesse presente em todos os momentos, chamá-lo de Deus realmente é o mais perto da posição que ele ocupa nas histórias, então se o mundo de Tolkien existe ou não, prefiro responder que ele conseguiu trazer para a realidade tudo o que existia em sua imaginação.

De fato essa caracterização que vc deu de Tolkien comparando-o a Deus (Deus da obra) é muito pertinente. Essa sensação acontece porque o narrador é onisciente, ou seja, ele tem consciencia total do que acontece com os personagens, tanto das ações quanto dos sentimentos, nada é invisível à percepção do narrador. Curioso é que o nome que se dá a essa voz narrativa, também é uma das caracteristicas de Deus (Cristianismo): a onisciencia.

Mas, apesar disso, o narrador não é a mesma coisa que escritor/autor. São "eus" diferentes. Enquanto o narrador é senhor da obra e dos personagens (no caso da onisciencia total), o autor é a mente criativa por tras de tudo (incluindo o narrador). Mas, essa posição de privilégio em relação a obra não significa que o autor seja Deus da obra. No momento em que um novo texto é escrito, este não é mais posse do seu autor, mas todos que o leem passam a ser co-autores da obra. Isso se dá pq cada um, conforme vai lendo, acrescenta conhecimentos ao texto relacinando-os a outras obras e construindo dentro de si uma descrição desse universo que está alem do dominio do autor inicial. Nisso está a beleza da literatura... a capacidade, a liberdade que cada um tem estruturar um texto segundo a sua propria imaginação, podendo dar a um texto antigo e batido uma nova leitura levantando novos questionamentos...
 
De fato essa caracterização que vc deu de Tolkien comparando-o a Deus (Deus da obra) é muito pertinente. Essa sensação acontece porque o narrador é onisciente, ou seja, ele tem consciencia total do que acontece com os personagens, tanto das ações quanto dos sentimentos, nada é invisível à percepção do narrador. Curioso é que o nome que se dá a essa voz narrativa, também é uma das caracteristicas de Deus (Cristianismo): a onisciencia.
Eu não me lembro exatamente os trechos, mas lendo O Hobbit (o único que li até agora) eu achei que o narrador (Tolkien) fazia parte daquele mundo, sendo assim não apenas Deus da obra, mas Deus desse mundo que ele criou (e que parece se relacionar com o nosso).
É um assunto interessante, vou ver se acho em O Hobbit passagens que demonstrem o que estou falando, a menos que eu esteja falando besteira... :dente:
 
Eu não me lembro exatamente os trechos, mas lendo O Hobbit (o único que li até agora) eu achei que o narrador (Tolkien) fazia parte daquele mundo, sendo assim não apenas Deus da obra, mas Deus desse mundo que ele criou (e que parece se relacionar com o nosso).

A sim... Certamente é um assunto muito interessante! :) Mas, o narrador não é Tolkien. É como eu disse, são coisas diferentes, o narrador e o escritor. O narrador é Deus da obra e do mundo, alem de conhecer profundamente cada personagem. Já o autor é superior ao narrador. Ele não domina apenas o mundo criado, mas é o responsável por fazer as ligações praticas de verossimilhança entre a obra criada e mundo real.
 
Bem quem somos nós para julgar o que existe,pois,até hoje eu me pergunto se a vida não é só mais um sonho,pois se pensarmos tem coisas que parecem ser impossiveis de existir e mesmo assim existem.
A TM pode existir em outra dimenção,mas o que realmente importa é que nada é impossivel se voce acreditar que é.
De certa forma o mundo de tolkien existe,não sou a dona da verdade,mas acredito que tudo pode existir.
 
Redundância não. Pensei mesmo em uma objetivação do universo tolkieniano sobre o nosso mundo, como se nossas mitologias fossem todas linguagens anunciando uma verdade universal, verdade perfeitamente exemplificada no universo tolkeiniano.

Bom, nisso sabe-se que Tolkien acreditava [parte em negrito] e foi nisso que ele se baseou para começar SdA.

Pelo que já li a respeito - embora esteja meio enferrujada. To em outra vibe no momento - Tolkien quis criar um passado mítico para a Inglaterra. Um passado épico, grandioso, admirável e tão maravilhoso que seria plausivelmente real - mesmo envolvendo magia e seres extraordinários demais!

Ele quis criar para a Inglaterra algo que fosse equivalente ao "passado" dos gregos, por exemplo. Eu diria que ele fez um trabalho com intenção semelhante [semelhante não é sinônimo de igual, antes que retruquem!] a Camões ao escrever Os Lusíadas. A intenção de criar um épico. Obviamente - pelo menos é o que me parece - Tolkien foi mais bem sucedido, até porque não tentou copiar outro autor / poeta... ele preferiu - com razão - usar seu próprio estilo de escrita!
Mas a ideia era a de "enobrecer" seu próprio povo através de seus - supostos - heroicos ancestrais! É uma ideia bem antiga: todo rei, todo imperador, ou equivalente, da Idade Antiga e da Idade Média afirmava ter poderosos ancestrais afim de legitimar seu lugar no trono. Muitos se declaravam deuses ou semi-deuses, especialmente no Egito Antigo e na Roma Antiga. No mundo cristão, era comum lançar mão desse "passado mítico glorioso", em que os homens eram mais fortes, mais honrados, mais altos, mais resistentes, mais bravos e com vida mais longeva.
Assim sendo, ao tentar "recriar" esse "passado" da Inglaterra, Tolkien estava seguindo esse tipo de conceito, esse tipo de linha de raciocínio.

As vezes, por algumas fontes, tenho a impressão que Tolkien realmente acreditava que era capaz de estar redescobrindo e reescrevendo um passado existente e esquecido. Por outro lado, nas referências que já vi em suas Cartas - livro que eu ainda não tenho, então dependo dos quotes dos colegas daqui do Fórum - me parece que das 2 uma: ou ele tinha consciência de que isso era um trabalho de exercício imaginário e literário ou ele procurava assim fazer parecer para não ser taxado de tolo e excêntrico.
Afinal, por mais minucioso que fosse - e ele era MUITO - e por mais que procurasse indícios em velhas canções, poemas, lendas, etc... para (re)construir o legendarium da Terra-Média, ele não era um historiador, arqueólogo ou coisa do tipo.... ele era um escritor, e como tal não procurava indícios em fatos, em pedras, em ruínas, em tumbas ou em materiais testados por carbono para comprovar a idade... e sim em velhas histórias das quais - muitas - ninguém nem sabia quem era o autor. Sua fonte era puramente literária e, do ponto de vista histórico-científico, certamente duvidosas!

Fosse como fosse, é mais que óbvio que ele conseguiu o seu intento se estamos aqui discutindo a possível veracidade dos fatos por ele narrados. Ele conseguiu criar um universo mítico tão atraente ao ponto das pessoas chegarem a cogitar que pudesse mesmo ter existido e até a desejar isso!


Agora, por outro lado, existe uma teoria muito loka que vi esse dias - enquanto pesquisava sobre multiuniversos e coisas do tipo - que diz que tudo que nós criamos em nossa mente se torna real em algum lugar do universo. Ou seja, se você cria um mundo - com fez Tolkien e diversos outros autores - ele pode se tornar uma espécie de universo paralelo. Então, se for assim - e seria muito legal se for mesmo - imagine o tamanho da responsabilidade apenas por imaginar algo inocentemente? 8-O :ahn?:

Citando - por que não? - Dumbledore:

"Claro que está acontecendo em sua mente, Harry, mas por que isto significaria que não é real?"
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.644,79
Termina em:
Back
Topo