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Prêmio Nobel de Literatura 2021

Bartleby

Next time is next time. Now is now.
Com um pouco mais de uma semana até a divulgação (que acontecerá dia 7/10) do/a premiado/a desse ano, resolvi abrir esse tópico com alguns nomes interessantes :)

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Como sempre, a gente tem esses sites de apostas com uns autores cheios de chances verdadeiras (László Krasznahorkai, Anne Carson, Mircea Cartarescu etc) e outros que, bem, nem sonhando (J.K. Rowling, Stephen King, Richard Osman etc — sempre bom lembrar que esses sites aceitam apostas do público, então qualquer doido pessoa cheia da grana disposta a colocar uns dindin em quem quiser, pode).

Esse blog é bem bacana também por trazer a atenção a muitos nomes desconhecidos que podem ou não ter chance.

Nesse ano e nos dois seguintes, a Academia Sueca pediu o auxílio de experts externos nas seguintes áreas: os países africanos, escritores em língua espanhola, árabe e persa, países do leste asiático, países de expressão eslava, e indiana.

Então talvez nesse, ou nos próximos anos, teremos alguém bem desconhecido, provavelmente não publicado no Brasil (embora isso não seja nada novo, infelizmente) - ou talvez dê alguma figurinha carimbada europeia de novo* =P

Tendo dito tudo isso, aqui vão uns autores que eu acho bem capaz de ganhar esse ano:

na linha de frente —

Annie Ernaux: escritora francesa de auto-ficção, trazendo um olhar mais sociológico e múltiplo do que solipsista (ela tem dois livros publicados aqui, O Lugar, memória sobre o pai dela, e Os Anos, sua obra mais famosa).

Jon Fosse: escritor norueguês de peças e romances; suas peças são bem minimalistas, tendo em geral poucos personagens, que mais servem para articular de forma melancólica preocupações humanas como solidão, abandono, desconexão, ansiedade etc. Seus romances são bem repetitivos, com uma prosa lenta que busca hipnotizar o leitor. Ele tem sido chamado de o Beckett norueguês. Seu romance Melancolia, um dos mais famosos, saiu aqui no Brasil.

Mia Couto: precisa de introdução? rs Escritor moçambicano, cujo primeiro romance Terra Sonâmbula, criando uma atmosfera desoladora mas cheia de elementos espirituais, mágicos e poéticos, traça um panorama dos males que as guerras causaram ao seu país, tema recorrente em sua obra, assim como racismo, os maus tratos à mulher, entre outros. É famoso também por gerar neologismos, combinando palavras diferentes e obtendo significados múltiplos, em alguns casos juntando palavras de dialetos africanos ao português (prática de que tem se afastado nos últimos anos, por temer ser rotulado como "o escritor de palavras inventadas"). Recentemente publicou sua obra de maior fôlego, a trilogia As Areias do Imperador (Mulheres de Cinza - Sombras da Água - O Bebedor de Horizontes) sobre a Moçambique dos fins do séc XIX.

Michel Houellebecq: escritor francês, mais polêmico que mamilos, que, em prosa destituída de floreios, e através de personagens hediondos, pretende narrar as hipocrisias e ruína moral da sociedade contemporânea. Recebeu grande destaque depois da publicação de seu romance As Partículas Elementares, ganhando vários prêmios por ele, e também por O Mapa e o Território, conquistando o Goncourt. É famoso por prever espisódios bombásticos da atualidade, como quando Submissão, sobre um futuro em que a França passa a ser governada por um partido muçulmano, foi publicado dias antes do ataque terrorista à revista Charlie Hebdo por sua charge irreverente sobre a crença muçulmana.

Can Xue: certamente a mais obscura da lista, a escritora chinesa, cujo pseudônimo significa algo como "neve suja que permanece após o fim do inverno", costuma ser comparada a Kafka, Borges, Italo Calvino, entre outros, pelo modo como mistura uma poética do desconserto e absurdo da condição humana, aliada a um interesse pela metaficção enquanto observa o comportamento humano manifestado como performance. Seus contos podem ser uma porta de entrada mais fácil (embora falar em "fácil" sobre Can Xue seja complicado) por serem, obviamente, mais curtos; mas não se engane, para lê-la, há que se estar atento para captar sentidos muito além do literal. Infelizmente ainda não é publicada no Brasil. Ela tem várias traduções para o inglês, no entanto.


também não me espantaria se algum desses ganhasse esse ano, mas já tô cansado de escrever, deem um google =P —

Ivan Vladislavic, Zoë Wicomb, Homero Aridjis, Hélène Cixous, Karl One Knausgard, Péter Nádas, Dubravka Ugresic, Ludmila Ulitskaia, Yu Hua, Dag Solstad, Adonis, Anne Carson, Mircea Cartarescu.



Por fim, um vídeo com Ellen Mattson, membro da Academia Sueca, explicando o processo de escolha dos escritores:



E vocês, quem vocês acham que leva o prêmio esse ano, e quem vocês queriam que levasse?

*brincadeiras à parte, eu, particularmente, não me importo de onde venha a pessoa, desde que seja um/a baita escritor/a, mas entendo a necessidade de diversidade...
 
Última edição:
É o prêmio mais aleatório do mundo.
Eu nunca arrisco nem um palpite.
:dente:
---

Mas o tópico me lembrou deste livro que eu encontrei certa vez na Livraria Cultura.
Pra quem gosta de curiosidades, intrigas e fofocas sobre o Nobel, deve ser um prato cheio:


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Abril de 2018 fez tremer as estruturas da láurea mais prestigiosa do planeta. Aconteceu na área de literatura, mas não deixou de repercutir nas outras categorias, ao expor a céu aberto que o prêmio, aplaudido e reverenciado pelas nações mais poderosas do Ocidente, tem também um lado obscuro, que inquieta críticos e candidatos. Uns condenam omissões, outros detectam erros e injustiças, outros ainda denunciam dúbios interesses. Daí as eternização de perguntas pertinentes, até hoje não elucidadas, apesar de reformas feitas pela Fundação Nobel para remover tabus do passado. Algumas delas: Quais critérios e políticas embasam os comitês Nobel para escolher seus laureados? Por que a maioria das láureas vai para personalidades anglo-saxônicas? Por que um país continental como o Brasil é considerado "periférico" e jamais foi premiado apesar de ter indicados de peso nas diversas categorias? Por que, desde 1901, só 48 mulheres conquistaram o prêmio, contra mais de 800 homens? Como e por que foi negado o Nobel da Paz a Mahatma Gandhi, o maior apóstolo da não violência? Ou a Dom Hélder Câmara, quatro vezes candidato favorito? Símbolo poderoso da cultura Ocidental, o Nobel continua vivo e despertando grandes emoções. Mas será que essa nobre distinção gozará de sustentabilidade no futuro? Conseguirá a Academia Sueca superar a crise provocada pela presença de um predador sexual em sua área de premiação, a literatura? Ou, em outras palavras: Terá seu capital de credibilidade se esgotado para sempre? MALDITO PRÊMIO NOBEL! O reverso da medalha busca responder as questões que marcam a trajetória dessa láurea universal criada pelo Pai da Dinamite, o sueco Alfred Nobel. Trata-se de uma história fascinante, que envolve prestígio, paixões e vitórias, mas também grandes controvérsias, além de intrigas, preconceitos e até traições.
 
Tem um texto bem legal publicado no site do Nobel (em si um artigo editado de um livro inteiro dedicado ao assunto) e escrito por um dos membros da Academia Sueca detalhando os 100 primeiros anos do prêmio, é bem interessante, tira muitas dúvidas.


e sobre a aleatoriedade da coisa, nos anos recentes descobri um macete que acaba prevendo bem até o resultado: a Academia mantém uma biblioteca para auxiliar os membros nas leituras dos autores que eles estão cotejando para o prêmio - é uma biblioteca pública também, mas durante o verão sueco (Junho-Agosto), quando a Academia lê mais a fundo as obras dos autores, a biblioteca fica fechada, e dá pra ver os livros que foram pegos... nos últimos quatro anos, nas especulações sobre o prêmio, os nomes dos ganhadores tavam sempre lá e com várias obras retiradas hehe
 
Última edição:
É o único prêmio que eu acompanho, e acho uma boa vitrine para conhecer escritores. Como sempre, torço para que seja um romancista pouco publicado no país.
É o único prêmio que realmente me interessa também, de verdade. O que mais gosto nele são uma série de fatores:

que, exceto quando um dos membros falece (ou, mais recentemente, depois do escândalo de 2018, quando um membro decide sair da Academia), o painel do júri é o mesmo todo ano, com o mesmo objetivo, mudando conforme o tempo e as gerações passam, mas devagar, ao contrário de prêmios como o Booker que tem um júri novo a cada ano, e os livros que escolhem e os critérios usados varia drasticamente; o que me leva ao segundo ponto...

o Nobel premia a obra inteira de um autor, eles leem todos os livros do fulano, e pesam os prós e contras, buscando uma totalidade na obra que seja consistente, então isso dá um emoção a mais, a esperança de que ao menos a maioria do que um laureado escreveu vale a pena ler (em resumo, um paraíso para completistas)...

outro ponto seria, como disse a senhora no vídeo ali em cima, o mérito literário está acima de tudo, mais do que preocupações políticas, geográficas, representacionais etc. Isso acaba deixando muito gente frustrada, querendo que o prêmio circule pelo mundo mais, saia do mundinho eurocêntrico, e eles, a Academia, fazem a parte deles, como demonstrado no post inicial, mas no final o que importa não é ter uma voz diversa para fazer a instituição parecer atenta às demandas populares, mas premiar aquele que o júri achou o mais merecedor de ser premiado, tendo em vista a qualidade literária da obra produzida.



Enfim, não é um prêmio sem seus defeitos (digo isso em matéria de seu passado, sua concepção - também no artigo que postei lá no início fica detalhado como nas primeiras décadas o prêmio deu uma ênfase muito mais forte às palavras crípticas do sr. Nobel quanto a premiar uma obra "numa direção idealista", coisa que já gerou muita discussão pelos anos, e acabou galardeando muitos autores hoje esquecidos, que prezavam por um maior significado humanista do que artístico), com o tempo vem se aperfeiçoando, e desde umas décadas os vencedores têm sido bem sólidos.

Daí que, de um tempo pra cá, vai chegando a temporada do Nobel, e eu fico todo animado :)
 
É o único prêmio que realmente me interessa também, de verdade. O que mais gosto nele são uma série de fatores:

que, exceto quando um dos membros falece (ou, mais recentemente, depois do escândalo de 2018, quando um membro decide sair da Academia), o painel do júri é o mesmo todo ano, com o mesmo objetivo, mudando conforme o tempo e as gerações passam, mas devagar, ao contrário de prêmios como o Booker que tem um júri novo a cada ano, e os livros que escolhem e os critérios usados varia drasticamente; o que me leva ao segundo ponto...

o Nobel premia a obra inteira de um autor, eles leem todos os livros do fulano, e pesam os prós e contras, buscando uma totalidade na obra que seja consistente, então isso dá um emoção a mais, a esperança de que ao menos a maioria do que um laureado escreveu vale a pena ler (em resumo, um paraíso para completistas)...

outro ponto seria, como disse a senhora no vídeo ali em cima, o mérito literário está acima de tudo, mais do que preocupações políticas, geográficas, representacionais etc. Isso acaba deixando muito gente frustrada, querendo que o prêmio circule pelo mundo mais, saia do mundinho eurocêntrico, e eles, a Academia, fazem a parte deles, como demonstrado no post inicial, mas no final o que importa não é ter uma voz diversa para fazer a instituição parecer atenta às demandas populares, mas premiar aquele que o júri achou o mais merecedor de ser premiado, tendo em vista a qualidade literária da obra produzida.



Enfim, não é um prêmio sem seus defeitos (digo isso em matéria de seu passado, sua concepção - também no artigo que postei lá no início fica detalhado como nas primeiras décadas o prêmio deu uma ênfase muito mais forte às palavras crípticas do sr. Nobel quanto a premiar uma obra "numa direção idealista", coisa que já gerou muita discussão pelos anos, e acabou galardeando muitos autores hoje esquecidos, que prezavam por um maior significado humanista do que artístico), com o tempo vem se aperfeiçoando, e desde umas décadas os vencedores têm sido bem sólidos.

Daí que, de um tempo pra cá, vai chegando a temporada do Nobel, e eu fico todo animado :)

O que achou do Dylan ser laureado e da polêmica que esse prêmio gerou?
 
É o único prêmio que eu acompanho, e acho uma boa vitrine para conhecer escritores. Como sempre, torço para que seja um romancista pouco publicado no país.

Eu até tinha esse pensamento, mas somente na era pré Internet, mas hoje não vejo absolutamente o menor sentido se prender muito a essa premiação ,que como vitrine é apenas uma em milhares e ainda assim longe de ser a melhor de todas.
 
O que achou do Dylan ser laureado e da polêmica que esse prêmio gerou?
Dylan foi um choque na época, pra todo mundo interessado em literatura, né? Eu lembro que fiquei sem conseguir processar direito a informação por uma semana mais ou menos, foi surreal.

Eu sempre fui mais de ouvir música sem me preocupar com a letra, ouvindo só pelo som mesmo, então com o prêmio eu acabei ficando mais atento ao texto também, quando percebo que é bom e parece uma parte significativa do projeto (recentemente achei mais interessante o álbum Punisher de Phoebe Bridgers, por exemplo, depois de ter lido as letras).

Eu mesmo tinha começado a ouvir Dylan só tipo uns quatro-seis anos antes do prêmio. Me apaixonei por vários discos, mas como disse, só escutava, sem prestar atenção ao que ele dizia.

Aí veio o Nobel e depois de ter ficado pasmo, fiquei curioso, para saber como, por quê... e fui ler as letras, e fiquei deslumbrado como elas soam tão bem, mesmo no papel, a métrica, as rimas, as imagens, é tudo tão vibrante, as palavras em si dançam no papel. É muito certo dizer que Dylan deixou um legado imenso a sua geração e às futuras, com o tanto de versos icônicos que ele escreveu. Agora o volumão das letras completas dele é meio que minha segunda bíblia, tô sempre consultando.

E é interessante ver que, conforme críticos e leitores/ouvintes comuns muitas vezes estão sempre prontos a revirar os olhos e resmungar que ele ganhou o prêmio, muitos professores de Literatura o defendem, alguns tendo escrito livros bem interessantes sobre sua importância (na verdade, é de se supor que grande parte do motivo pelo qual Dylan foi laureado se deu pelo trabalho acadêmico sobre ele — só no site do Nobel dá pra ver um sem-número de artigos que a Academia consultou).

E por fim, deixo umas de suas composições preferidas:

Darkness at the break of noon
Shadows even the silver spoon
The handmade blade, the child’s balloon
Eclipses both the sun and moon
To understand you know too soon
There is no sense in trying

Pointed threats, they bluff with scorn
Suicide remarks are torn
From the fool’s gold mouthpiece the hollow horn
Plays wasted words, proves to warn
That he not busy being born is busy dying

Temptation’s page flies out the door
You follow, find yourself at war
Watch waterfalls of pity roar
You feel to moan but unlike before
You discover that you’d just be one more
Person crying

So don’t fear if you hear
A foreign sound to your ear
It’s alright, Ma, I’m only sighing

As some warn victory, some downfall
Private reasons great or small
Can be seen in the eyes of those that call
To make all that should be killed to crawl
While others say don’t hate nothing at all
Except hatred

Disillusioned words like bullets bark
As human gods aim for their mark
Make everything from toy guns that spark
To flesh-colored Christs that glow in the dark
It’s easy to see without looking too far
That not much is really sacred

While preachers preach of evil fates
Teachers teach that knowledge waits
Can lead to hundred-dollar plates
Goodness hides behind its gates
But even the president of the United States
Sometimes must have to stand naked

An’ though the rules of the road have been lodged
It’s only people’s games that you got to dodge
And it’s alright, Ma, I can make it

Advertising signs they con
You into thinking you’re the one
That can do what’s never been done
That can win what’s never been won
Meantime life outside goes on
All around you

You lose yourself, you reappear
You suddenly find you got nothing to fear
Alone you stand with nobody near
When a trembling distant voice, unclear
Startles your sleeping ears to hear
That somebody thinks they really found you

A question in your nerves is lit
Yet you know there is no answer fit
To satisfy, insure you not to quit
To keep it in your mind and not forget
That it is not he or she or them or it
That you belong to

Although the masters make the rules
For the wise men and the fools
I got nothing, Ma, to live up to

For them that must obey authority
That they do not respect in any degree
Who despise their jobs, their destinies
Speak jealously of them that are free
Cultivate their flowers to be
Nothing more than something they invest in

While some on principles baptized
To strict party platform ties
Social clubs in drag disguise
Outsiders they can freely criticize
Tell nothing except who to idolize
And then say God bless him

While one who sings with his tongue on fire
Gargles in the rat race choir
Bent out of shape from society’s pliers
Cares not to come up any higher
But rather get you down in the hole
That he’s in

But I mean no harm nor put fault
On anyone that lives in a vault
But it’s alright, Ma, if I can’t please him

Old lady judges watch people in pairs
Limited in sex, they dare
To push fake morals, insult and stare
While money doesn’t talk, it swears
Obscenity, who really cares
Propaganda, all is phony

While them that defend what they cannot see
With a killer’s pride, security
It blows the minds most bitterly
For them that think death’s honesty
Won’t fall upon them naturally
Life sometimes must get lonely

My eyes collide head-on with stuffed
Graveyards, false gods, I scuff
At pettiness which plays so rough
Walk upside-down inside handcuffs
Kick my legs to crash it off
Say okay, I have had enough
what else can you show me?

And if my thought-dreams could be seen
They’d probably put my head in a guillotine
But it’s alright, Ma, it’s life, and life only

The guilty undertaker sighs
The lonesome organ grinder cries
The silver saxophones say I should refuse you
The cracked bells and washed-out horns
Blow into my face with scorn
But it’s not that way
I wasn’t born to lose you

I want you, I want you
I want you so bad
Honey, I want you

The drunken politician leaps
Upon the street where mothers weep
And the saviors who are fast asleep, they wait for you
And I wait for them to interrupt
Me drinkin’ from my broken cup
And ask me to
Open up the gate for you

I want you, I want you
I want you so bad
Honey, I want you

How all my fathers, they’ve gone down
True love they’ve been without it
But all their daughters put me down
’Cause I don’t think about it

Well, I return to the Queen of Spades
And talk with my chambermaid
She knows that I’m not afraid to look at her
She is good to me
And there’s nothing she doesn’t see
She knows where I’d like to be
But it doesn’t matter

I want you, I want you
I want you so bad
Honey, I want you

Now your dancing child with his Chinese suit
He spoke to me, I took his flute
No, I wasn’t very cute to him, was I?
But I did it, though, because he lied
Because he took you for a ride
And because time was on his side
And because I . . .

I want you, I want you
I want you so bad
Honey, I want you

I ain’t lookin’ to compete with you
Beat or cheat or mistreat you
Simplify you, classify you
Deny, defy or crucify you
All I really want to do
Is, baby, be friends with you

No, and I ain’t lookin’ to fight with you
Frighten you or tighten you
Drag you down or drain you down
Chain you down or bring you down
All I really want to do
Is, baby, be friends with you

I ain’t lookin’ to block you up
Shock or knock or lock you up
Analyze you, categorize you
Finalize you or advertise you
All I really want to do
Is, baby, be friends with you

I don’t want to straight-face you
Race or chase you, track or trace you
Or disgrace you or displace you
Or define you or confine you
All I really want to do
Is, baby, be friends with you

I don’t want to meet your kin
Make you spin or do you in
Or select you or dissect you
Or inspect you or reject you
All I really want to do
Is, baby, be friends with you

I don’t want to fake you out
Take or shake or forsake you out
I ain’t lookin’ for you to feel like me
See like me or be like me
All I really want to do
Is, baby, be friends with you
 
Eu até tinha esse pensamento, mas somente na era pré Internet, mas hoje não vejo absolutamente o menor sentido se prender muito a essa premiação ,que como vitrine é apenas uma em milhares e ainda assim longe de ser a melhor de todas.
Qual seria a melhor, em termos de Literatura, na sua opinião :) ?

O simples fato do Dylan ter escrito um verso como "Bird fly high by the light of the moon" já justifica qualquer prêmio que forem dar pro homi!
Ah, nossa, sim! E me lembrou duma coisa que amo nele, as rimas internas:

You’re a man of the mountains, you can walk on the clouds
Manipulator of crowds, you’re a dream twister

🥰
 
Eu até tinha esse pensamento, mas somente na era pré Internet, mas hoje não vejo absolutamente o menor sentido se prender muito a essa premiação ,que como vitrine é apenas uma em milhares e ainda assim longe de ser a melhor de todas.
Eu provavelmente não teria lido Patrick Modiano e J.M.G Le Clézio se eles não tivessem ganhado o Nobel, e hoje os coloco entre meus escritores preferidos. A Svetlana Aleksiévitch talvez nunca nem tivesse sido publicada por aqui, não fosse o Nobel.
 
Eu provavelmente não teria lido Patrick Modiano e J.M.G Le Clézio se eles não tivessem ganhado o Nobel, e hoje os coloco entre meus escritores preferidos. A Svetlana Aleksiévitch talvez nunca nem tivesse sido publicada por aqui, não fosse o Nobel.
isso que nem assim as traduções deles aumentam muito, se de todo; a Svetlana foi sortuda, já tem a obra toda dela aqui (também convenhamos, tanto os assuntos que ela aborda como a maneira em que os dispõe são bem apelativos, justifica o interesse do público e mercado em investir nela; mas é, só depois do Nobel) 🥰

E acho que a cia das letras desistiu do Mo Yan 😢
 
Qual seria a melhor, em termos de Literatura, na sua opinião :) ?

Depende muito do ano. A FIL (Feira Internacional do Livro) de Guadalajara foi a que me fez gostar mais de novos autores em maior quantidade. A Frankfurter Buchmesse da Alemanha é outra que já me trouxe ótimas indicações. O bom da Internet atual é poder acompanhar com mais facilidade a programação das maiores feiras e eventos literários nos países e idiomas que você tem maior afinidade (por isso a preferência vai muito do gosto de cada um). A vantagem é que alguns indicados ao Nobel literário, eu já pude tomar conhecimento prévio alguns anos antes, porque já tinha visto os nomes sendo relacionados nessas feiras e eventos. Se eu não acompanhasse e fosse "esperar" apenas quando eles fossem relacionados no Nobel, deixaria de conhecer suas obras bem antes.
 
Depende muito do ano. A FIL (Feira Internacional do Livro) de Guadalajara foi a que me fez gostar mais de novos autores em maior quantidade. A Frankfurter Buchmesse da Alemanha é outra que já me trouxe ótimas indicações. O bom da Internet atual é poder acompanhar com mais facilidade a programação das maiores feiras e eventos literários nos países e idiomas que você tem maior afinidade (por isso a preferência vai muito do gosto de cada um). A vantagem é que alguns indicados ao Nobel literário, eu já pude tomar conhecimento prévio alguns anos antes, porque já tinha visto os nomes sendo relacionados nessas feiras e eventos. Se eu não acompanhasse e fosse "esperar" apenas quando eles fossem relacionados no Nobel, deixaria de conhecer suas obras bem antes.
Sim, verdade! Muito escritor bom que já conheci dando olhada em outros prêmios e fóruns mais dedicados a Literatura mundial. O negócio é teimar e buscar ir atrás mesmo...
 

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