Ser alucinadamente feliz é como brincar de jogo do contente, mas de uma maneira mais intensa; é viver sob a égide do jogo do contente, é viver sabendo que as coisas muito ruins vão te paralisar, mas quando você conseguir voltar a se movimentar, pode ficar como um guaxinim empalhado com os braços para o alto, ou seja: tanto como se estivesse comemorando um gol do seu time quanto como se estivesse passando por uma revista policial ou fazendo uma prece. As interpretações são diversas, e as perspectivas também. Eu, como leitora de quadrinhos e brasileira, sempre vejo o guaxinim empalhado da capa do livro como o Rocket Raccoon – cujo planeta de origem é um manicômio, sabiam? – , sendo assaltado e gritando: “Perdi, perdi!”.