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Reforma da Língua Portuguesa

  • Criador do tópico Criador do tópico nana
  • Data de Criação Data de Criação
Eu acho que surtam demais por bobagem. Não é a primeira reforma ortográfica e não será a última. A unificação gramatical do português trás uma série de benefícios - grandes coisas ter que aprender algumas regras novas.

Não muda "caligrafia" nem pronúncia, nem jeito de falar nem impõe maneira de falar ou de pronunciar. Nada disso. Só ortografia.

Mas o problema está na ortografia, que é a base. Basicamente, essa simplificação e unificação está considerando exatamente QUEM? (ou que país?)

Decerto que há simplificações, e que façam sentido para um país (por exemplo, Cabo Verde). Mas faz sentido para o Brasil?

Na verdade - e mais provável - se é simplificação do português brasileiro, fará sentido para outros povos?

Creio que é uma tentativa meio chumbrega para tentar ficar parecido com o Inglês: todos os países que tem a Rainha na moeda acabam se entendendo razoavelmente bem (exceto pelo supper e pelo dinner, entre outras bobagenzinhas).

Isso para o dia-a-dia não vejo problema. A gente liga o "foda-se" que normalmente os falantes do "internetes" ligavam pra a lingua formal. Aumenta-se o número de pessoas que vão falar do jeito que querem, mas agora com certa razão...

O problema eu vejo se eu não entender o que está escrito em um contrato.

Quando o contrato era escrito em Brasilguês, e fosse lido por um português, ele estaria de sobre aviso que haveria diferenças sutis nas clausulas. A gente chamava um tradutor juramentado e dava um jeito.

Mas agora, tecnicamente não devemos ficar com o pé pra trás, já que a língua foi "unificada".

As dúvidas - quando surgirem - serão por conta de legislação ou por gramática? Antes sabíamos que teríamos de chamar advogado e tradutor juramentado, mas com essa nova regra, onde começa e termina o trabalho de advogados e lingüístas?

(ainda bem que agora a letra é 12pt, porque senão seria aumentaria a dor de cabeça!)

De novo, estou considerando que o padrão BRASILEIRO seja imposto em todos os contratos, inclusive de Moçambique e Timor-Leste. (E neste último caso, as brigas por conta de mal-entendidos aumentarão ou não?)

Minha opinião: queriam simplificar, e isso é otimo, vai diminuir o número de tradutores juramentados de portugues para português (o que convenhamos chega a ser ridículo, traduzir um documento para a mesma língua).

Mas se não disser exatamente que somos os Imperialistas que impõe a língua para todo mundo - porque somos em número a maioria falante dessa birosca - para evitar esse tipo de absurdo, então simplesmente não simplifica, mas trumbica: todo mundo pensa que fala a mesma língua mas não fala... mesmo com essa normalização!
 
Eu acho incorreto usar o termo simplificação. O termo correto é unificação, porque? Não se está simplificando a ortografia, na verdade, pelo que entendi está se comparando as diferenças e se chegando a um consenso sobre o que fazer no caso de diferenças entre os diversos portugueses.

Não há empobrecimento do idioma (mesmo porque o idioma em si não está sendo mexido - e nem se poderia, depende do povo), só unificação de regras.

Lembro de um dicionário lá em casa com a "Reforma Ortográfica de 1943" :g: Cá estamos de novo
 
O por trás dessa eforma é unificar a ortografia dos vários portugueses que existem: de Portugal, brasileiro, africano. Mais nada. Da mesma forma que você tem que decorar que a trema vai em algumas palavras sabendo a pronúncia delas, vocêcontinua tendo que saber a pronúncia da mesma. Uma coisa não implica em outra, são apenas diferentes maneiras de escrever.

O objetivo continua válido: uniformidade ortográfica.

Sabia que português não é uma das línguas oficiais da ONU? Essa reforma vai fortalecer a posição de que venha a ser - muito mais fácil do que fazer três ou quatro documentos com pequenas diferenças, todos em português. Mesma coisa pra FIFA. E o COI.

CRIMEEEEEE! O meu portugues não é ligua oficial da ONU??? Valha.me santissima trindade! é a sexta lingua ou quinta mais falada do mundo! que vergonha!
 
É que não tem um mínimo de uniformidade ortográfica (embora eu ache que não seja a única razão). Cada português é escrito de uma forma e pra ser idioma oficial você teria que produzir várias versões de um documento pra mesma língua. Sem chance.
 
Às vezes eu acho que o número de falantes e a importância do país que fala tal língua é que são primordiais para a ONU. Por exemplo, o espanhol é uma das línguas oficiais, e não creio que haja nenhum acordo ortográfico entre todos os países de língua espanhola (não encontrei nada, e no espanhol há falantes e falantes). O francês tem menos falantes que o português, mas relevando a importância da França (creio que esteja ligada ao ideal de democracia no passado), por isso esteja entre eles. O esperanto ou a interlíngua seria o ideal, IMO.
 
(não encontrei nada, e no espanhol há falantes e falantes)

O problema não são os falantes: diversidade sempre vai existir. É a uma certa uniformidade ortográfica o mais importante. Eu acho que as pessoas ainda estão confundindo muito a reforma ortográfica com "reformas na língua".
 
O português, de fato, é a lingua mais difícil do mundo. Tanto que foi preciso "emburrá-la", por fazermos parte de um país (ou seria pais? Hahaha!) de maus leitores. Grande bobagem. Porque o #$% do presidente não assina propostas realmente edificantes para o Brasil?
 
O Tanto que foi preciso "emburrá-la", por fazermos parte de um país (ou seria pais? Hahaha!) de maus leitores. Grande bobagem.

A língua não foi empobrecida, e para maus leitores tanto faz um trema a mais ou a menos.

E quero a contra reforma da reforma, vou voltar a escrever elle e phármacia.:mrgreen:
Não estou contra , mas por exemplo alguém que hoje tem 60 anos, já passou por uma reforma e uma modificação da reforma, e agora outra reforma. Um sistema ortográfico não deveria ser algo imposto a cada 30 anos, vai embananar a cabeça de muita gente.
O objetivo da uniformizar a gramática do português africano, brasileiro e de Portugal, é ótimo, e espero que torne-se útil também.
 
A língua não foi empobrecida, e para maus leitores tanto faz um trema a mais ou a menos.

Concordo plenamente com isso.

Aliás, devo dizer que apesar de ser contra a reforma, já pensei bastante sobre esse aspecto e não acho que a idéia é empobrecer/facilitar - quem dá a entender isso é a mída (hehe, sempre ela) - quando faz reportagens cuja introdução mostra a dificuldade das pessoas em utilizar trema, por exemplo. Isso dá uma sensação de "Ei, seus problemas acabaram!", mas na realidade o "problema" continuará.
 
Concordo plenamente com isso.

Aliás, devo dizer que apesar de ser contra a reforma, já pensei bastante sobre esse aspecto e não acho que a idéia é empobrecer/facilitar - quem dá a entender isso é a mída (hehe, sempre ela) - quando faz reportagens cuja introdução mostra a dificuldade das pessoas em utilizar trema, por exemplo. Isso dá uma sensação de "Ei, seus problemas acabaram!", mas na realidade o "problema" continuará.
Exatamente, como se o problema de tudo fosse a trema e não a má qualidade do ensino no país!
 
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Reforma ortográfica não tem nada a ver com a boa ou má educação nacional, tem a ver com outros objetivos. Há que se ter isso bem claro ao discuti-la... discutir qualidade de educação ao falar de reforma é conversar sobre fritar ovos quando você está fazendo um bife à milanesa. Há ovos, mas é o único ponto em comum.
 
Nessa história de "melhorar" a posição do idioma português junto a ONU, COI, etc

Se a intenção é fazer uma reforma no sentido de haver uma maior unificação do idioma é preciso haver uma discussão muito mais profunda, pois ainda existem outras situações com pouco em comum entre o Brasil e os demais paises.

Uma delas é o uso do acento circunflexo e agudo. Aqui o cidadão se chama Antônio. Em Portugal António.

Pelo menos aqui no Brasil uma dessas reformas que foram além da ortografia e que já aconteceu aqui foi um avanço e tanto pois palavras consagradas como: objetivo, Batista e Atualidades ainda são escritas em Portugal com aquela letra "muda" que não serve absolutamente pra nada ficando: objectivo, Baptista, actualidades. Ou seja um gasto inútil de caracteres.

Sou favorável que aconteça outra assim pois ainda existem palavras assim que de minha parte mereciam ter a letra "morta" amputada como: nascimento e oscilação.
 
Última edição:
A discussão aconteceu, claro, entre os círculos dos especialistas. Não é algo a ser votado democraticamente, pelo povo, em urnas eletrônicas. Vamos dar um certo crédito pros especialistas de verdade.

E todo mundo sabe que, quando algo é feito por uma comissão, na qual há interesses diferentes, procura-se o melhor meio termo e, incrementalmente busca-se novas melhoras em cima disso. Não dá pra deixar de fazer algo pq não é ótimo para todos.
 
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Reforma ortográfica não tem nada a ver com a boa ou má educação nacional, tem a ver com outros objetivos. Há que se ter isso bem claro ao discuti-la... discutir qualidade de educação ao falar de reforma é conversar sobre fritar ovos quando você está fazendo um bife à milanesa. Há ovos, mas é o único ponto em comum.
Eu não quis misturar as coisas, Deriel. Disse aquilo dentro do contexto do que a Joy havia dito.

Ela se referiu ao que a mídia diz em relação a Reforma. E nesse caso, é exatamente daquela forma que ela colocou e que eu confirmei abaixo.
 
Só sei que eu tô feliz por não ter mais que usar o trema, pq além de chato, eu não encontro no teclado do meu notebook. :lol:
 
O trema não deveria ter sido tirado, pois era um elo de ligação entre o falado e o escrito. Nesse sentido a língua foi "empobrecida" sim.
 

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