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Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith (2005)

  • Criador do tópico Criador do tópico bechara
  • Data de Criação Data de Criação
Está aqui o tópico movido, que se refere à um novo music video do Ep. III

Ithilwen Feiniel disse:
OMG! Muito legal!!!!

A Hero Falls

Desculpem se alguém já tiver colocado, mas acho que vcs não viram ainda! Eu amei!!

Tem algumas poucas cenas novas. Quem não quiser ver nem o menor spoiler...não baixe.

Eu já disse que amei? Eu amei esse video!! Gostei muito do clip do Duel of the fates e principalmente o Across the Stars, mas esse agora é meu preferido! =)

Enjoy!!

18 dias e contando....
 
Está aqui o tópico movido, que se refere à um novo music video do Ep. III

Ithilwen Feiniel disse:
OMG! Muito legal!!!!

A Hero Falls

Desculpem se alguém já tiver colocado, mas acho que vcs não viram ainda! Eu amei!!

Tem algumas poucas cenas novas. Quem não quiser ver nem o menor spoiler...não baixe.

Eu já disse que amei? Eu amei esse video!! Gostei muito do clip do Duel of the fates e principalmente o Across the Stars, mas esse agora é meu preferido! =)

Enjoy!!

18 dias e contando....
 
Bem, eu acabei de ver esse Music Video, e adorei. Achei a música bem elaborada, e as cenas novas muito bem feitas (especialmente o Obi pulando de sua caça no meio da nave inimiga, e destruindo aqueles droids 8O ) e claro, todas as cenas de Grievous e 3PO...

e em relação à essas fotos, Eu acho que a tropa lá está recebendo ordens de um jedi comum, talvez o Obi, de fazer uma coisa lá. Por que o Palpatine ia se preocupar em mandar um clone bilhares de anos luz de distância matar todos os jedis mais pertos? Pra mim nao faz sentido. :|
 
Bem, eu acabei de ver esse Music Video, e adorei. Achei a música bem elaborada, e as cenas novas muito bem feitas (especialmente o Obi pulando de sua caça no meio da nave inimiga, e destruindo aqueles droids 8O ) e claro, todas as cenas de Grievous e 3PO...

e em relação à essas fotos, Eu acho que a tropa lá está recebendo ordens de um jedi comum, talvez o Obi, de fazer uma coisa lá. Por que o Palpatine ia se preocupar em mandar um clone bilhares de anos luz de distância matar todos os jedis mais pertos? Pra mim nao faz sentido. :|
 
Bem, eu acabei de ver esse Music Video, e adorei. Achei a música bem elaborada, e as cenas novas muito bem feitas (especialmente o Obi pulando de sua caça no meio da nave inimiga, e destruindo aqueles droids 8O ) e claro, todas as cenas de Grievous e 3PO...

e em relação à essas fotos, Eu acho que a tropa lá está recebendo ordens de um jedi comum, talvez o Obi, de fazer uma coisa lá. Por que o Palpatine ia se preocupar em mandar um clone bilhares de anos luz de distância matar todos os jedis mais pertos? Pra mim nao faz sentido. :|
 
Ankalimon disse:
Jumping Jack Flash disse:
lá no site tá dia 20, mas já sairam notícias de que aqui seria dia 19 mesmo. mas se for 19, vai ser numa quinta feira, um dia meio incomum acho pra estréias aqui.
enfim......eu não sei :mrgreen:
Quando eu fui assistir Robôs (Não chega nem aos pés de Os Incriveís), passou o trailer do Epi. III ele dizia que estreava dia 20, mas quem sabe temos uma pré-estréia surpresa dia 19? (Tá, viajei nessa...)

A estréia de Matrix Revolutions se não me engano foi em uma Quarta e a do antecessor foi em uma Quinta.

Se for ter a estréia MUNDIAL, acho que o dia da semana não vai interferir na data.

Se o Brasil tiver fãs tão alucinados que irão faltar no trabalho, faculdade,etc para ver a estréia será como no mundo todo, mas aqui duvido que vai ter algo do tipo. :|
 
Ankalimon disse:
Jumping Jack Flash disse:
lá no site tá dia 20, mas já sairam notícias de que aqui seria dia 19 mesmo. mas se for 19, vai ser numa quinta feira, um dia meio incomum acho pra estréias aqui.
enfim......eu não sei :mrgreen:
Quando eu fui assistir Robôs (Não chega nem aos pés de Os Incriveís), passou o trailer do Epi. III ele dizia que estreava dia 20, mas quem sabe temos uma pré-estréia surpresa dia 19? (Tá, viajei nessa...)

A estréia de Matrix Revolutions se não me engano foi em uma Quarta e a do antecessor foi em uma Quinta.

Se for ter a estréia MUNDIAL, acho que o dia da semana não vai interferir na data.

Se o Brasil tiver fãs tão alucinados que irão faltar no trabalho, faculdade,etc para ver a estréia será como no mundo todo, mas aqui duvido que vai ter algo do tipo. :|
 
Ankalimon disse:
Jumping Jack Flash disse:
lá no site tá dia 20, mas já sairam notícias de que aqui seria dia 19 mesmo. mas se for 19, vai ser numa quinta feira, um dia meio incomum acho pra estréias aqui.
enfim......eu não sei :mrgreen:
Quando eu fui assistir Robôs (Não chega nem aos pés de Os Incriveís), passou o trailer do Epi. III ele dizia que estreava dia 20, mas quem sabe temos uma pré-estréia surpresa dia 19? (Tá, viajei nessa...)

A estréia de Matrix Revolutions se não me engano foi em uma Quarta e a do antecessor foi em uma Quinta.

Se for ter a estréia MUNDIAL, acho que o dia da semana não vai interferir na data.

Se o Brasil tiver fãs tão alucinados que irão faltar no trabalho, faculdade,etc para ver a estréia será como no mundo todo, mas aqui duvido que vai ter algo do tipo. :|
 
O Revista Time chegou na frente, e o critico de cinema dela já fez sua critica.

Alias contem alguns SPOILERS, pontando .. ja sabem. Leu por q quiz.


Até o final de Vingança dos Sith, o maléfico Darth Sidious avança sobre Yoda, de quem a maior parte dos companheiros do Conselho Jedi foi cruelmente dizimada enquanto a República é traída e o malvado Império expande suas asas de abutre. “Finalmente”, sibila o Lorde Sith, sentindo a vitória sobre um inimigo, “os Jedi não existem mais”. Yoda, com todo o seu conhecimento e poder sobre a Força, compactados em uma bola de pêlo de meio metro de altura, encara-o duramente e dispara uma de suas sentenças oraculares, ditas em ordem inversa: “Não!, se tiver de dizer algo a respeito.”

A saga Star Wars poderia ter terminado 22 anos atrás, quando Retorno de Jedi concluiu a trilogia de filmes de fantasia espacial que revolucionou o entretenimento de massa, desde a elaboração e marketing dos filmes ao design de brinquedos e videogames. A aventura exaustiva de 8 anos de George Lucas – que nenhum estúdio queria financiar – transformou-se em um improvável triunfo. Star Wars (1977), O Império Contra-Ataca (1980) e Retorno de Jedi (1983) arrecadaram 1,3 bilhão de dólares no mundo todo, numa época em que isso era dinheiro de verdade. Lucas tornou-se um dos homens mais ricos do cinema, o fulgurante senhor de seu próprio destino. Agora ele poderia dirigir aqueles filmes de arte que ele vive dizendo que quer fazer.

Um único problema, um longo e tentador fio solto. Aos olhos de Lucas, a odisséia de Star Wars foi finalizada em apenas uma extremidade. Ele mostrou como Luke Skywalker liderou um bando de rebeldes para “destruir os Sith”, como dizia a profecia, “e trazer equilíbrio à Força”. Ainda havia uma outra história, ainda mais complexa, na mente do cineasta: como a ambição pode se irmanar à obsessão e converter ao Lado Negro – isto é, como Anakin, o pai de Luke, transformou-se no mortífero Darth Vader. O cérebro de Lucas ficou repleto de tramas, personagens, criaturas exóticas, mundos a serem esmiuçados além das palavras e esquetes em seus cadernos. Também ao renumerar os episódios existentes em IV, V e VI, ele implicitamente prometeu uma trilogia inicial aos milhões de fãs de Star Wars.

“Então, eu disse ‘bem vou fazer os últimos três porque se eu não fizer, provavelmente vou lamentar isso’”, ele recordou recentemente, sentado em seu escritório, no Rancho Skywalker, área de 6.500 acres, em Marin County, Califórnia, contendo uma instalação para produção que a generosidade de Star Wars lhe proporcionou. “Daí veio um monte de gente dizendo que estava seguindo o caminho errado”. Mas o talento de Lucas, talvez seu fardo, seja uma teimosa veia artística – uma determinação em seguir sua própria voz e estilo. Mudar o curso que ele estabeleceu? Não!, se ele tiver que dizer alguma coisa a respeito E, na verdade, ele teve a única palavra. “Eu disse ‘quero contar esta história em particular nesta maneira particular e vamos chegar lá.’”

Em 19 de maio, você vai ver aonde chegaram: finalmente, de volta para o começo. Os arcos narrativos de um grande épico, graciosamente inclinando-se em uma hélice dupla, estarão completos. Anakin (Hayden Christensen), o jovem formoso e teimoso Jedi, será seduzido por impulsos, arrogantes e comovedores, para ir de encontro ao seu terrível destino. Sob o comando de Darth Sidious, o Império Sith esmagará e engolirá a frágil República. O guru de Anakin, Obi-Wan Kenobi, correrá para um refúgio, assim como Yoda. Por toda a galáxia cairá o silêncio da opressão, quebrado apenas pelo choro de dois pequeninos, Luke e sua irmã gêmea, Leia. “Este é o filme que todos queriam ver”, diz Christensen, que em Sith adentra com confiança na turbulenta e agonizante humanidade de Anakin. “E ele transcorre de um jeito que você nunca está um passo adiante da história”.

Esperto, na verdade. Depois de dois episódios – A Ameaça Fantasma (1999) e Ataque dos Clones (2002) – que se arrastaram em manobras políticas obstrucionistas e leituras sisudas de diálogos, depois da ira da base de fãs por conta do infeliz incidente chamado Jar Jar Binks, Vingança dos Sith mostra Lucas irrompendo-se novamente como um criador de arte popular em seu auge. De novo sente-se a narrativa certeira do primeiro Star Wars, o encanto sepulcral de Império, a resolução confiante de dúzias de tramas que fizeram de Retorno de Jedi o desfecho satisfatório da empreitada original. É verdade que Lucas pode inserir poucas surpresas na história que é obrigada a completar o círculo da saga no meio. Mas há uma elegância de origami em sua dobra de uma velha (nova) história para uma nova (velha). Sith certamente vai difundir a vontade de rever o filme de 1977, só para lembrar como a história de 13 horas procede. Lucas não é nada mais que um expert em prolongar sua franquia.

Sith tem algumas pequeninas dissonâncias – todos os filmes as têm – e um pouco de atuação amadora. Mas McGregor cresce e envelhece inteligentemente em seu Obi-Wan de meia-idade e seu companheiro escocês Ian McDiarmid dá uma virada de astro como o Chanceler Palpatine. É coisa sombria, o mais violento da série – classificado como PG-13 – e sobre a convulsão de ira de um vilão clássico. Anakin tem mesmo um pouco da ressonância Shakespeareana: um conflitante Hamlet encontrando o orgulho ávido de Macbeth, o nobre assassino Brutus alastrando-se em um Titus-Andronicus de olhos amarelos.

Sith começa com agitação, com a exclamação “Guerra!” no texto de abertura e um enérgico e sinuoso entrevero entre um quarteto de naves de dróides de ataque da Federação Comercial e os Jedi fighters de Anakin e Obi-Wan. “É aí que a diversão começa”, diz Anakin. O jovem é habilidoso, um ás do espaço, um proto-Han Solo, com o ego e a adrenalina que são as marcas de um guerreiro soberbo e que gerarão uma arrogância que Darth Sidious poderá explorar.

Os dois Jedi encontram Palpatine algemado no esconderijo de um Lorde Sith, o Conde Dooku (Christopher Lee), um aliado do General Grievous, líder dróide computadorizado, com rosto canídeo e esqueleto de metal. A conseqüente batalha de sabres-de-luz começa, Anakin ganha força e foca pela sua ira e, em vez de prender o inimigo, ele o executa. “Não é a maneira dos Jedi”, diz cheio de remorso depois. Mas aquele gostinho da fúria justificada se provará viciante.

Depois de algumas escapadas e travessuras, a dupla de Jedi traz o Chanceler de volta a Coruscant, a capital da República, onde Anakin se reúne novamente com seu amor – e esposa secreta – a Senadora Padmé Amidala (Natalie Portman). Ela está grávida, uma condição que pode significar a expulsão de Anakin da irmandade Jedi. Mais problemático é o sonho de Anakin, em que, segundo diz a Padmé, “Você morre no parto”. “E o bebê?”, ela pergunta. “Não sei”, responde ele.

Para Yoda, Anakin revela seu mal-estar, mas não sua causa. “O medo da perda é um caminho para o Lado Negro”, o minúsculo sábio observa. “Treine-se para se desapegar daquilo que teme perder.” Tradução: entes amados morrem; supere isso. Este é um conselho que Anakin não consegue aceitar. Ele precisa de um guru diferente, então se volta fielmente para Palpatine, que tem veneno de sobra para despejar nos ouvidos do jovem. Para Anakin, o que parece ser um mel é, na verdade, sagacidade – porque é tudo o que ele quer ouvir. A verdade é que ele pode recitar o catecismo Jedi, mas não pode senti-lo. Ele sabe que “os Sith apóiam-se na sua paixão pela força. Eles pensam para dentro, somente neles mesmos”. É por esta razão que Anakin é um Sith natural e é por isso que ele se tornará um aprendiz ideal para Palpatine e seu alter ego, Darth Sidious.

Em um sutil e insinuante desempenho de McDiarmid (aqui interpretando, 22 anos depois de ROTJ, um personagem cerca de 20 anos mais jovem), Palpatine é uma criatura de tons doces, porém capaz da mais sombria deslealdade. A tristeza de seu sorriso sugere uma sabedoria ganha a um preço pesado. Sua voz suave vende uma sedutora afirmação: a de que os Jedi são movidos pela ânsia de poder e são limitados pelo seu código. A partir daí, ele começa a conseguir o que o ator descreve como “a sedução impiedosa e a corrupção do jovem Anakin”. Palpatine nunca é tão persuasivo como no momento em que sua vida está à mercê do jovem e poderoso Jedi. Ao apelar para a necessidade e o anseio de Anakin, ele transforma o rapaz em Darth Vader e assegura seu próprio “poder ilimitado”.

No mundo do cinema, poder ilimitado é o que Lucas tem. Mas há uma década, quando decidiu expandir a história e os efeitos visuais necessários para lhe dar vida, Lucas se viu diante de dois atemorizantes desafios: agradar a uma audiência tornada exigente por todas as fantasias cinematográficas que se seguiram à sua e combinar ou exceder as recentes inovações em uma indústria que ele efetivamente criou com os filmes de Star Wars e sua companhia de efeitos visuais, a Industrial Light & Magic (ILM), que ele construiu para concretizar suas fantásticas visões galácticas.

Foi o trabalho da ILM com o filme de Steven Spielberg, em Parque dos Dinossauros (1993), que convenceu Lucas que mundos mais complexos poderiam ser colocados em um filme. “Parque dos Dinossauros mostrou que você poderia criar coisas com computador que eram tão realistas que você poderia inseri-las perfeitamente no filme”, diz Lucas. “Isto proporcionou uma manipulação infinita da imagem, em oposição ao que era antes, quando você fotografava algo e ficava meio que encanado com aquela imagem. E é infinitamente mais barato.”

Em TPM e AOTC, bem como nas atualizações feitas no DVD da TC, Lucas desfilou paisagens glamourosas e um bestiário de criaturas quiméricas – tudo para demonstrar suas habilidades tecnológicas para tornar real o surreal, algumas vezes à custa do drama. ROTS, com 90 minutos de animação (em contraste com 60 de TPM e 70 de AOTC), é menos ostensivamente revolucionário que seus antecessores. Porém, representa a consolidação de avanços iniciais. O climático confronto entre Sidious e Yoda é uma visualmente plausível e potente junção de um ator humano e um digital. Quando uma platéia acredita na integração da ação ao vivo com a animação, pode-se afirmar que a revolução, da qual Lucas foi pioneiro, triunfou. E se ele conseguir as coisas do seu jeito, logo todos os exibidores vão jogar seus projetores convencionais no lixo e aderir aos digitais.

Os techies adoram Lucas porque seus filmes os introduziram quando crianças às maravilhas do trabalho com efeitos: ele foi o Obi-Wan deles. Ele é conhecedor o suficiente da mecânica a ponto de saber o que é possível obter e é tão confiante em sua equipe que eles tentam visualizar o impossível para o diretor, como o lagarto gigante que Obi-Wan monta ou a lava em Mustafar, onde Anakin e Obi-Wan batalham para valer. Lucas podem misturar todos estes elementos na sala de edição depois da filmagem das cenas ao vivo. “Na pós-produção”, diz o supervisor de efeitos visuais Roger Guyett, “ele está criando o filme na sua imaginação, usando os efeitos visuais”.

Ben Burtt, que elaborou os efeitos de som para cada filme de Star Wars, diz de Lucas: “Ele sempre se sentiu mais confortável trabalhando em um espaço criativo particular que em um lugar público. Na sala de edição, você tem tempo para experimentar coisas novas e, se elas falharem, ninguém fica sabendo. É assim que questões criativas são trabalhadas. Em um set, há muita gente e muita pressão, e você está pagando uma grande quantidade de dinheiro por cada momento.”

Há também os atores que podem se sentir pouco à vontade quando têm de ficar diante de uma tela verde, tentando simular um contato de olho com um monstro que ainda não foi criado. “Exige muito mais imaginação que papéis em filmes convencionais”, diz Natalie Portman, “porque não se trata de imaginar apenas o que está passando dentro de você. Você tem de imaginar o cenário em que está. Muitas vezes, você está trabalhando com um “x”, marcado com fita adesiva, e imaginando uma tela azul como um universo.” Christensen acrescenta rindo que “Gostaria que dessem aulas de atuação em tela verde”. Já o veterano McDiarmid não dá muita importância ao calvário da tela verde. “Filmes são coisas estranhas com suas próprias regras malucas”, ele diz. “Você está sempre em um canto de uma sala e o restante da sala está repleto de montes de pessoas.”

Em duas semanas, muitas pessoas encherão os cinemas no mundo todo para avaliação o último e derradeiro episódio de Star Wars. Verdadeiros crentes vão debater e deliberar sobre cada cena com a severidade de um Conselho Jedi. O resto de nós vai dar um suspiro de alívio por Lucas ter encontrado sua habilidade de fazer um entretenimento popular vigoroso e sério, um filme que reconquista a sustenta a Força fílmica com a qual ele sonhou há muito tempo, em uma indústria do cinema que parece muito, muito distante. Porque ele, irrevogavelmente, a mudou.

Richard Corliss, para a revista Time


Retirado do Site JediMania
 
O Revista Time chegou na frente, e o critico de cinema dela já fez sua critica.

Alias contem alguns SPOILERS, pontando .. ja sabem. Leu por q quiz.


Até o final de Vingança dos Sith, o maléfico Darth Sidious avança sobre Yoda, de quem a maior parte dos companheiros do Conselho Jedi foi cruelmente dizimada enquanto a República é traída e o malvado Império expande suas asas de abutre. “Finalmente”, sibila o Lorde Sith, sentindo a vitória sobre um inimigo, “os Jedi não existem mais”. Yoda, com todo o seu conhecimento e poder sobre a Força, compactados em uma bola de pêlo de meio metro de altura, encara-o duramente e dispara uma de suas sentenças oraculares, ditas em ordem inversa: “Não!, se tiver de dizer algo a respeito.”

A saga Star Wars poderia ter terminado 22 anos atrás, quando Retorno de Jedi concluiu a trilogia de filmes de fantasia espacial que revolucionou o entretenimento de massa, desde a elaboração e marketing dos filmes ao design de brinquedos e videogames. A aventura exaustiva de 8 anos de George Lucas – que nenhum estúdio queria financiar – transformou-se em um improvável triunfo. Star Wars (1977), O Império Contra-Ataca (1980) e Retorno de Jedi (1983) arrecadaram 1,3 bilhão de dólares no mundo todo, numa época em que isso era dinheiro de verdade. Lucas tornou-se um dos homens mais ricos do cinema, o fulgurante senhor de seu próprio destino. Agora ele poderia dirigir aqueles filmes de arte que ele vive dizendo que quer fazer.

Um único problema, um longo e tentador fio solto. Aos olhos de Lucas, a odisséia de Star Wars foi finalizada em apenas uma extremidade. Ele mostrou como Luke Skywalker liderou um bando de rebeldes para “destruir os Sith”, como dizia a profecia, “e trazer equilíbrio à Força”. Ainda havia uma outra história, ainda mais complexa, na mente do cineasta: como a ambição pode se irmanar à obsessão e converter ao Lado Negro – isto é, como Anakin, o pai de Luke, transformou-se no mortífero Darth Vader. O cérebro de Lucas ficou repleto de tramas, personagens, criaturas exóticas, mundos a serem esmiuçados além das palavras e esquetes em seus cadernos. Também ao renumerar os episódios existentes em IV, V e VI, ele implicitamente prometeu uma trilogia inicial aos milhões de fãs de Star Wars.

“Então, eu disse ‘bem vou fazer os últimos três porque se eu não fizer, provavelmente vou lamentar isso’”, ele recordou recentemente, sentado em seu escritório, no Rancho Skywalker, área de 6.500 acres, em Marin County, Califórnia, contendo uma instalação para produção que a generosidade de Star Wars lhe proporcionou. “Daí veio um monte de gente dizendo que estava seguindo o caminho errado”. Mas o talento de Lucas, talvez seu fardo, seja uma teimosa veia artística – uma determinação em seguir sua própria voz e estilo. Mudar o curso que ele estabeleceu? Não!, se ele tiver que dizer alguma coisa a respeito E, na verdade, ele teve a única palavra. “Eu disse ‘quero contar esta história em particular nesta maneira particular e vamos chegar lá.’”

Em 19 de maio, você vai ver aonde chegaram: finalmente, de volta para o começo. Os arcos narrativos de um grande épico, graciosamente inclinando-se em uma hélice dupla, estarão completos. Anakin (Hayden Christensen), o jovem formoso e teimoso Jedi, será seduzido por impulsos, arrogantes e comovedores, para ir de encontro ao seu terrível destino. Sob o comando de Darth Sidious, o Império Sith esmagará e engolirá a frágil República. O guru de Anakin, Obi-Wan Kenobi, correrá para um refúgio, assim como Yoda. Por toda a galáxia cairá o silêncio da opressão, quebrado apenas pelo choro de dois pequeninos, Luke e sua irmã gêmea, Leia. “Este é o filme que todos queriam ver”, diz Christensen, que em Sith adentra com confiança na turbulenta e agonizante humanidade de Anakin. “E ele transcorre de um jeito que você nunca está um passo adiante da história”.

Esperto, na verdade. Depois de dois episódios – A Ameaça Fantasma (1999) e Ataque dos Clones (2002) – que se arrastaram em manobras políticas obstrucionistas e leituras sisudas de diálogos, depois da ira da base de fãs por conta do infeliz incidente chamado Jar Jar Binks, Vingança dos Sith mostra Lucas irrompendo-se novamente como um criador de arte popular em seu auge. De novo sente-se a narrativa certeira do primeiro Star Wars, o encanto sepulcral de Império, a resolução confiante de dúzias de tramas que fizeram de Retorno de Jedi o desfecho satisfatório da empreitada original. É verdade que Lucas pode inserir poucas surpresas na história que é obrigada a completar o círculo da saga no meio. Mas há uma elegância de origami em sua dobra de uma velha (nova) história para uma nova (velha). Sith certamente vai difundir a vontade de rever o filme de 1977, só para lembrar como a história de 13 horas procede. Lucas não é nada mais que um expert em prolongar sua franquia.

Sith tem algumas pequeninas dissonâncias – todos os filmes as têm – e um pouco de atuação amadora. Mas McGregor cresce e envelhece inteligentemente em seu Obi-Wan de meia-idade e seu companheiro escocês Ian McDiarmid dá uma virada de astro como o Chanceler Palpatine. É coisa sombria, o mais violento da série – classificado como PG-13 – e sobre a convulsão de ira de um vilão clássico. Anakin tem mesmo um pouco da ressonância Shakespeareana: um conflitante Hamlet encontrando o orgulho ávido de Macbeth, o nobre assassino Brutus alastrando-se em um Titus-Andronicus de olhos amarelos.

Sith começa com agitação, com a exclamação “Guerra!” no texto de abertura e um enérgico e sinuoso entrevero entre um quarteto de naves de dróides de ataque da Federação Comercial e os Jedi fighters de Anakin e Obi-Wan. “É aí que a diversão começa”, diz Anakin. O jovem é habilidoso, um ás do espaço, um proto-Han Solo, com o ego e a adrenalina que são as marcas de um guerreiro soberbo e que gerarão uma arrogância que Darth Sidious poderá explorar.

Os dois Jedi encontram Palpatine algemado no esconderijo de um Lorde Sith, o Conde Dooku (Christopher Lee), um aliado do General Grievous, líder dróide computadorizado, com rosto canídeo e esqueleto de metal. A conseqüente batalha de sabres-de-luz começa, Anakin ganha força e foca pela sua ira e, em vez de prender o inimigo, ele o executa. “Não é a maneira dos Jedi”, diz cheio de remorso depois. Mas aquele gostinho da fúria justificada se provará viciante.

Depois de algumas escapadas e travessuras, a dupla de Jedi traz o Chanceler de volta a Coruscant, a capital da República, onde Anakin se reúne novamente com seu amor – e esposa secreta – a Senadora Padmé Amidala (Natalie Portman). Ela está grávida, uma condição que pode significar a expulsão de Anakin da irmandade Jedi. Mais problemático é o sonho de Anakin, em que, segundo diz a Padmé, “Você morre no parto”. “E o bebê?”, ela pergunta. “Não sei”, responde ele.

Para Yoda, Anakin revela seu mal-estar, mas não sua causa. “O medo da perda é um caminho para o Lado Negro”, o minúsculo sábio observa. “Treine-se para se desapegar daquilo que teme perder.” Tradução: entes amados morrem; supere isso. Este é um conselho que Anakin não consegue aceitar. Ele precisa de um guru diferente, então se volta fielmente para Palpatine, que tem veneno de sobra para despejar nos ouvidos do jovem. Para Anakin, o que parece ser um mel é, na verdade, sagacidade – porque é tudo o que ele quer ouvir. A verdade é que ele pode recitar o catecismo Jedi, mas não pode senti-lo. Ele sabe que “os Sith apóiam-se na sua paixão pela força. Eles pensam para dentro, somente neles mesmos”. É por esta razão que Anakin é um Sith natural e é por isso que ele se tornará um aprendiz ideal para Palpatine e seu alter ego, Darth Sidious.

Em um sutil e insinuante desempenho de McDiarmid (aqui interpretando, 22 anos depois de ROTJ, um personagem cerca de 20 anos mais jovem), Palpatine é uma criatura de tons doces, porém capaz da mais sombria deslealdade. A tristeza de seu sorriso sugere uma sabedoria ganha a um preço pesado. Sua voz suave vende uma sedutora afirmação: a de que os Jedi são movidos pela ânsia de poder e são limitados pelo seu código. A partir daí, ele começa a conseguir o que o ator descreve como “a sedução impiedosa e a corrupção do jovem Anakin”. Palpatine nunca é tão persuasivo como no momento em que sua vida está à mercê do jovem e poderoso Jedi. Ao apelar para a necessidade e o anseio de Anakin, ele transforma o rapaz em Darth Vader e assegura seu próprio “poder ilimitado”.

No mundo do cinema, poder ilimitado é o que Lucas tem. Mas há uma década, quando decidiu expandir a história e os efeitos visuais necessários para lhe dar vida, Lucas se viu diante de dois atemorizantes desafios: agradar a uma audiência tornada exigente por todas as fantasias cinematográficas que se seguiram à sua e combinar ou exceder as recentes inovações em uma indústria que ele efetivamente criou com os filmes de Star Wars e sua companhia de efeitos visuais, a Industrial Light & Magic (ILM), que ele construiu para concretizar suas fantásticas visões galácticas.

Foi o trabalho da ILM com o filme de Steven Spielberg, em Parque dos Dinossauros (1993), que convenceu Lucas que mundos mais complexos poderiam ser colocados em um filme. “Parque dos Dinossauros mostrou que você poderia criar coisas com computador que eram tão realistas que você poderia inseri-las perfeitamente no filme”, diz Lucas. “Isto proporcionou uma manipulação infinita da imagem, em oposição ao que era antes, quando você fotografava algo e ficava meio que encanado com aquela imagem. E é infinitamente mais barato.”

Em TPM e AOTC, bem como nas atualizações feitas no DVD da TC, Lucas desfilou paisagens glamourosas e um bestiário de criaturas quiméricas – tudo para demonstrar suas habilidades tecnológicas para tornar real o surreal, algumas vezes à custa do drama. ROTS, com 90 minutos de animação (em contraste com 60 de TPM e 70 de AOTC), é menos ostensivamente revolucionário que seus antecessores. Porém, representa a consolidação de avanços iniciais. O climático confronto entre Sidious e Yoda é uma visualmente plausível e potente junção de um ator humano e um digital. Quando uma platéia acredita na integração da ação ao vivo com a animação, pode-se afirmar que a revolução, da qual Lucas foi pioneiro, triunfou. E se ele conseguir as coisas do seu jeito, logo todos os exibidores vão jogar seus projetores convencionais no lixo e aderir aos digitais.

Os techies adoram Lucas porque seus filmes os introduziram quando crianças às maravilhas do trabalho com efeitos: ele foi o Obi-Wan deles. Ele é conhecedor o suficiente da mecânica a ponto de saber o que é possível obter e é tão confiante em sua equipe que eles tentam visualizar o impossível para o diretor, como o lagarto gigante que Obi-Wan monta ou a lava em Mustafar, onde Anakin e Obi-Wan batalham para valer. Lucas podem misturar todos estes elementos na sala de edição depois da filmagem das cenas ao vivo. “Na pós-produção”, diz o supervisor de efeitos visuais Roger Guyett, “ele está criando o filme na sua imaginação, usando os efeitos visuais”.

Ben Burtt, que elaborou os efeitos de som para cada filme de Star Wars, diz de Lucas: “Ele sempre se sentiu mais confortável trabalhando em um espaço criativo particular que em um lugar público. Na sala de edição, você tem tempo para experimentar coisas novas e, se elas falharem, ninguém fica sabendo. É assim que questões criativas são trabalhadas. Em um set, há muita gente e muita pressão, e você está pagando uma grande quantidade de dinheiro por cada momento.”

Há também os atores que podem se sentir pouco à vontade quando têm de ficar diante de uma tela verde, tentando simular um contato de olho com um monstro que ainda não foi criado. “Exige muito mais imaginação que papéis em filmes convencionais”, diz Natalie Portman, “porque não se trata de imaginar apenas o que está passando dentro de você. Você tem de imaginar o cenário em que está. Muitas vezes, você está trabalhando com um “x”, marcado com fita adesiva, e imaginando uma tela azul como um universo.” Christensen acrescenta rindo que “Gostaria que dessem aulas de atuação em tela verde”. Já o veterano McDiarmid não dá muita importância ao calvário da tela verde. “Filmes são coisas estranhas com suas próprias regras malucas”, ele diz. “Você está sempre em um canto de uma sala e o restante da sala está repleto de montes de pessoas.”

Em duas semanas, muitas pessoas encherão os cinemas no mundo todo para avaliação o último e derradeiro episódio de Star Wars. Verdadeiros crentes vão debater e deliberar sobre cada cena com a severidade de um Conselho Jedi. O resto de nós vai dar um suspiro de alívio por Lucas ter encontrado sua habilidade de fazer um entretenimento popular vigoroso e sério, um filme que reconquista a sustenta a Força fílmica com a qual ele sonhou há muito tempo, em uma indústria do cinema que parece muito, muito distante. Porque ele, irrevogavelmente, a mudou.

Richard Corliss, para a revista Time


Retirado do Site JediMania
 
O Revista Time chegou na frente, e o critico de cinema dela já fez sua critica.

Alias contem alguns SPOILERS, pontando .. ja sabem. Leu por q quiz.


Até o final de Vingança dos Sith, o maléfico Darth Sidious avança sobre Yoda, de quem a maior parte dos companheiros do Conselho Jedi foi cruelmente dizimada enquanto a República é traída e o malvado Império expande suas asas de abutre. “Finalmente”, sibila o Lorde Sith, sentindo a vitória sobre um inimigo, “os Jedi não existem mais”. Yoda, com todo o seu conhecimento e poder sobre a Força, compactados em uma bola de pêlo de meio metro de altura, encara-o duramente e dispara uma de suas sentenças oraculares, ditas em ordem inversa: “Não!, se tiver de dizer algo a respeito.”

A saga Star Wars poderia ter terminado 22 anos atrás, quando Retorno de Jedi concluiu a trilogia de filmes de fantasia espacial que revolucionou o entretenimento de massa, desde a elaboração e marketing dos filmes ao design de brinquedos e videogames. A aventura exaustiva de 8 anos de George Lucas – que nenhum estúdio queria financiar – transformou-se em um improvável triunfo. Star Wars (1977), O Império Contra-Ataca (1980) e Retorno de Jedi (1983) arrecadaram 1,3 bilhão de dólares no mundo todo, numa época em que isso era dinheiro de verdade. Lucas tornou-se um dos homens mais ricos do cinema, o fulgurante senhor de seu próprio destino. Agora ele poderia dirigir aqueles filmes de arte que ele vive dizendo que quer fazer.

Um único problema, um longo e tentador fio solto. Aos olhos de Lucas, a odisséia de Star Wars foi finalizada em apenas uma extremidade. Ele mostrou como Luke Skywalker liderou um bando de rebeldes para “destruir os Sith”, como dizia a profecia, “e trazer equilíbrio à Força”. Ainda havia uma outra história, ainda mais complexa, na mente do cineasta: como a ambição pode se irmanar à obsessão e converter ao Lado Negro – isto é, como Anakin, o pai de Luke, transformou-se no mortífero Darth Vader. O cérebro de Lucas ficou repleto de tramas, personagens, criaturas exóticas, mundos a serem esmiuçados além das palavras e esquetes em seus cadernos. Também ao renumerar os episódios existentes em IV, V e VI, ele implicitamente prometeu uma trilogia inicial aos milhões de fãs de Star Wars.

“Então, eu disse ‘bem vou fazer os últimos três porque se eu não fizer, provavelmente vou lamentar isso’”, ele recordou recentemente, sentado em seu escritório, no Rancho Skywalker, área de 6.500 acres, em Marin County, Califórnia, contendo uma instalação para produção que a generosidade de Star Wars lhe proporcionou. “Daí veio um monte de gente dizendo que estava seguindo o caminho errado”. Mas o talento de Lucas, talvez seu fardo, seja uma teimosa veia artística – uma determinação em seguir sua própria voz e estilo. Mudar o curso que ele estabeleceu? Não!, se ele tiver que dizer alguma coisa a respeito E, na verdade, ele teve a única palavra. “Eu disse ‘quero contar esta história em particular nesta maneira particular e vamos chegar lá.’”

Em 19 de maio, você vai ver aonde chegaram: finalmente, de volta para o começo. Os arcos narrativos de um grande épico, graciosamente inclinando-se em uma hélice dupla, estarão completos. Anakin (Hayden Christensen), o jovem formoso e teimoso Jedi, será seduzido por impulsos, arrogantes e comovedores, para ir de encontro ao seu terrível destino. Sob o comando de Darth Sidious, o Império Sith esmagará e engolirá a frágil República. O guru de Anakin, Obi-Wan Kenobi, correrá para um refúgio, assim como Yoda. Por toda a galáxia cairá o silêncio da opressão, quebrado apenas pelo choro de dois pequeninos, Luke e sua irmã gêmea, Leia. “Este é o filme que todos queriam ver”, diz Christensen, que em Sith adentra com confiança na turbulenta e agonizante humanidade de Anakin. “E ele transcorre de um jeito que você nunca está um passo adiante da história”.

Esperto, na verdade. Depois de dois episódios – A Ameaça Fantasma (1999) e Ataque dos Clones (2002) – que se arrastaram em manobras políticas obstrucionistas e leituras sisudas de diálogos, depois da ira da base de fãs por conta do infeliz incidente chamado Jar Jar Binks, Vingança dos Sith mostra Lucas irrompendo-se novamente como um criador de arte popular em seu auge. De novo sente-se a narrativa certeira do primeiro Star Wars, o encanto sepulcral de Império, a resolução confiante de dúzias de tramas que fizeram de Retorno de Jedi o desfecho satisfatório da empreitada original. É verdade que Lucas pode inserir poucas surpresas na história que é obrigada a completar o círculo da saga no meio. Mas há uma elegância de origami em sua dobra de uma velha (nova) história para uma nova (velha). Sith certamente vai difundir a vontade de rever o filme de 1977, só para lembrar como a história de 13 horas procede. Lucas não é nada mais que um expert em prolongar sua franquia.

Sith tem algumas pequeninas dissonâncias – todos os filmes as têm – e um pouco de atuação amadora. Mas McGregor cresce e envelhece inteligentemente em seu Obi-Wan de meia-idade e seu companheiro escocês Ian McDiarmid dá uma virada de astro como o Chanceler Palpatine. É coisa sombria, o mais violento da série – classificado como PG-13 – e sobre a convulsão de ira de um vilão clássico. Anakin tem mesmo um pouco da ressonância Shakespeareana: um conflitante Hamlet encontrando o orgulho ávido de Macbeth, o nobre assassino Brutus alastrando-se em um Titus-Andronicus de olhos amarelos.

Sith começa com agitação, com a exclamação “Guerra!” no texto de abertura e um enérgico e sinuoso entrevero entre um quarteto de naves de dróides de ataque da Federação Comercial e os Jedi fighters de Anakin e Obi-Wan. “É aí que a diversão começa”, diz Anakin. O jovem é habilidoso, um ás do espaço, um proto-Han Solo, com o ego e a adrenalina que são as marcas de um guerreiro soberbo e que gerarão uma arrogância que Darth Sidious poderá explorar.

Os dois Jedi encontram Palpatine algemado no esconderijo de um Lorde Sith, o Conde Dooku (Christopher Lee), um aliado do General Grievous, líder dróide computadorizado, com rosto canídeo e esqueleto de metal. A conseqüente batalha de sabres-de-luz começa, Anakin ganha força e foca pela sua ira e, em vez de prender o inimigo, ele o executa. “Não é a maneira dos Jedi”, diz cheio de remorso depois. Mas aquele gostinho da fúria justificada se provará viciante.

Depois de algumas escapadas e travessuras, a dupla de Jedi traz o Chanceler de volta a Coruscant, a capital da República, onde Anakin se reúne novamente com seu amor – e esposa secreta – a Senadora Padmé Amidala (Natalie Portman). Ela está grávida, uma condição que pode significar a expulsão de Anakin da irmandade Jedi. Mais problemático é o sonho de Anakin, em que, segundo diz a Padmé, “Você morre no parto”. “E o bebê?”, ela pergunta. “Não sei”, responde ele.

Para Yoda, Anakin revela seu mal-estar, mas não sua causa. “O medo da perda é um caminho para o Lado Negro”, o minúsculo sábio observa. “Treine-se para se desapegar daquilo que teme perder.” Tradução: entes amados morrem; supere isso. Este é um conselho que Anakin não consegue aceitar. Ele precisa de um guru diferente, então se volta fielmente para Palpatine, que tem veneno de sobra para despejar nos ouvidos do jovem. Para Anakin, o que parece ser um mel é, na verdade, sagacidade – porque é tudo o que ele quer ouvir. A verdade é que ele pode recitar o catecismo Jedi, mas não pode senti-lo. Ele sabe que “os Sith apóiam-se na sua paixão pela força. Eles pensam para dentro, somente neles mesmos”. É por esta razão que Anakin é um Sith natural e é por isso que ele se tornará um aprendiz ideal para Palpatine e seu alter ego, Darth Sidious.

Em um sutil e insinuante desempenho de McDiarmid (aqui interpretando, 22 anos depois de ROTJ, um personagem cerca de 20 anos mais jovem), Palpatine é uma criatura de tons doces, porém capaz da mais sombria deslealdade. A tristeza de seu sorriso sugere uma sabedoria ganha a um preço pesado. Sua voz suave vende uma sedutora afirmação: a de que os Jedi são movidos pela ânsia de poder e são limitados pelo seu código. A partir daí, ele começa a conseguir o que o ator descreve como “a sedução impiedosa e a corrupção do jovem Anakin”. Palpatine nunca é tão persuasivo como no momento em que sua vida está à mercê do jovem e poderoso Jedi. Ao apelar para a necessidade e o anseio de Anakin, ele transforma o rapaz em Darth Vader e assegura seu próprio “poder ilimitado”.

No mundo do cinema, poder ilimitado é o que Lucas tem. Mas há uma década, quando decidiu expandir a história e os efeitos visuais necessários para lhe dar vida, Lucas se viu diante de dois atemorizantes desafios: agradar a uma audiência tornada exigente por todas as fantasias cinematográficas que se seguiram à sua e combinar ou exceder as recentes inovações em uma indústria que ele efetivamente criou com os filmes de Star Wars e sua companhia de efeitos visuais, a Industrial Light & Magic (ILM), que ele construiu para concretizar suas fantásticas visões galácticas.

Foi o trabalho da ILM com o filme de Steven Spielberg, em Parque dos Dinossauros (1993), que convenceu Lucas que mundos mais complexos poderiam ser colocados em um filme. “Parque dos Dinossauros mostrou que você poderia criar coisas com computador que eram tão realistas que você poderia inseri-las perfeitamente no filme”, diz Lucas. “Isto proporcionou uma manipulação infinita da imagem, em oposição ao que era antes, quando você fotografava algo e ficava meio que encanado com aquela imagem. E é infinitamente mais barato.”

Em TPM e AOTC, bem como nas atualizações feitas no DVD da TC, Lucas desfilou paisagens glamourosas e um bestiário de criaturas quiméricas – tudo para demonstrar suas habilidades tecnológicas para tornar real o surreal, algumas vezes à custa do drama. ROTS, com 90 minutos de animação (em contraste com 60 de TPM e 70 de AOTC), é menos ostensivamente revolucionário que seus antecessores. Porém, representa a consolidação de avanços iniciais. O climático confronto entre Sidious e Yoda é uma visualmente plausível e potente junção de um ator humano e um digital. Quando uma platéia acredita na integração da ação ao vivo com a animação, pode-se afirmar que a revolução, da qual Lucas foi pioneiro, triunfou. E se ele conseguir as coisas do seu jeito, logo todos os exibidores vão jogar seus projetores convencionais no lixo e aderir aos digitais.

Os techies adoram Lucas porque seus filmes os introduziram quando crianças às maravilhas do trabalho com efeitos: ele foi o Obi-Wan deles. Ele é conhecedor o suficiente da mecânica a ponto de saber o que é possível obter e é tão confiante em sua equipe que eles tentam visualizar o impossível para o diretor, como o lagarto gigante que Obi-Wan monta ou a lava em Mustafar, onde Anakin e Obi-Wan batalham para valer. Lucas podem misturar todos estes elementos na sala de edição depois da filmagem das cenas ao vivo. “Na pós-produção”, diz o supervisor de efeitos visuais Roger Guyett, “ele está criando o filme na sua imaginação, usando os efeitos visuais”.

Ben Burtt, que elaborou os efeitos de som para cada filme de Star Wars, diz de Lucas: “Ele sempre se sentiu mais confortável trabalhando em um espaço criativo particular que em um lugar público. Na sala de edição, você tem tempo para experimentar coisas novas e, se elas falharem, ninguém fica sabendo. É assim que questões criativas são trabalhadas. Em um set, há muita gente e muita pressão, e você está pagando uma grande quantidade de dinheiro por cada momento.”

Há também os atores que podem se sentir pouco à vontade quando têm de ficar diante de uma tela verde, tentando simular um contato de olho com um monstro que ainda não foi criado. “Exige muito mais imaginação que papéis em filmes convencionais”, diz Natalie Portman, “porque não se trata de imaginar apenas o que está passando dentro de você. Você tem de imaginar o cenário em que está. Muitas vezes, você está trabalhando com um “x”, marcado com fita adesiva, e imaginando uma tela azul como um universo.” Christensen acrescenta rindo que “Gostaria que dessem aulas de atuação em tela verde”. Já o veterano McDiarmid não dá muita importância ao calvário da tela verde. “Filmes são coisas estranhas com suas próprias regras malucas”, ele diz. “Você está sempre em um canto de uma sala e o restante da sala está repleto de montes de pessoas.”

Em duas semanas, muitas pessoas encherão os cinemas no mundo todo para avaliação o último e derradeiro episódio de Star Wars. Verdadeiros crentes vão debater e deliberar sobre cada cena com a severidade de um Conselho Jedi. O resto de nós vai dar um suspiro de alívio por Lucas ter encontrado sua habilidade de fazer um entretenimento popular vigoroso e sério, um filme que reconquista a sustenta a Força fílmica com a qual ele sonhou há muito tempo, em uma indústria do cinema que parece muito, muito distante. Porque ele, irrevogavelmente, a mudou.

Richard Corliss, para a revista Time


Retirado do Site JediMania
 

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