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Superman e Mulher-Maravilha vão ficar juntos na Nova DC

  • Criador do tópico Criador do tópico Elring
  • Data de Criação Data de Criação

Elring

Depending on what you said, I might kick your ass!
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Superman e Mulher-Maravilha terão um relacionamento amoroso na DC Comics. Geoff Johns, o diretor criativo da editora, revelou hoje cedo que os dois super-heróis vão ficar juntos na edição 12 da HQ Justice League, da Liga da Justiça, que sai na próxima semana nos EUA.
Detalhes não foram mencionados, mas há meses especulou-se que a reformulação editorial da DC, que está completando um ano, traria algo assim, já que mostrou um Superman mais jovem - e solteiro, que nesta nova realidade nunca foi casado com Lois Lane. A Mulher-Maravilha, por sua vez, no universo agora extinto da DC, chegou a ter um relacionamento com o Batman, que não foi adiante.
Johns prometeu que desta vez isso não será um "caso de uma noite". “Este é o novo status deles. A relação terá impacto sísmico em todos os heróis e vilões do Universo DC"

Fonte: Omelete

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Coisas velhas anunciadas como novidades. Vamos ver como o Geoff vai desenvolver o romance dos dois. Apesar de eu achar que o atual Superman muito estranho na versão mais nova e sem carisma. E a Diana... bem, continua sendo um enigma saber se esta é versão a Terra 2 ou Terra 1. Ou é a Hipólito que voltou no tempo disfarçada de MM, já que a original voltou pro barro :dente:
 
:lol:

DC está tão bagunçada assim? Milhões de universos que nem sabe mais quem é o personagem.
 
Nem é tanto assim.
Na relaidade ele tava sacaneando com a MM já que fizeram uma pa de versões dela durante a cronologia apagada e que com a nova cronologia estao misturando esses elementos e ninguém sabe ao certo ainda qual a versão dela.

Pra mim essa historia dela com o Super tem gosto de comida M tinham um relacionamento e filha e botaram nessa nova cronologia.

Resta saber, onde entra o relacionamento dela com o Bruce já que pro morcego a cronologia continua e pra ela não. Qual vai valer?
 
Nem é tanto assim.
Na relaidade ele tava sacaneando com a MM já que fizeram uma pa de versões dela durante a cronologia apagada e que com a nova cronologia estao misturando esses elementos e ninguém sabe ao certo ainda qual a versão dela.

Pra mim essa historia dela com o Super tem gosto de comida M tinham um relacionamento e filha e botaram nessa nova cronologia.

Resta saber, onde entra o relacionamento dela com o Bruce já que pro morcego a cronologia continua e pra ela não. Qual vai valer?

Isso é só uma das muitas trapalhadas que a DC está fazendo em seu Universo. Isso de jogar a Lois Lane pra escanteio, além de ser um desrespeito a um personagem que surgiu na mesma Action Comics de 1938, a colocam como se fosse responsável pelo fim do casamento. Ah, vá! Um dos fatores de contribuiram para o sucesso do Súper foi justamente o seu relacionamento com uma humana e os desafios que ele tem de enfrentar para proteger a identidade e a Lois. Podem me chamar de saudosista ou coisa do gênero, mas até hoje o melhor Superman que já vi foi o do Christopher Reeve que não só vestiu a fantasia como colocou toda a carga emocional que o filme passa. Principalmente na cena onde ele chega tarde e encontra a repórter morta.

Mas, voltando aos quadrinhos, o grande problema de se juntar dois personagens poderosos é justamente a ausência de conflito. Que desafios Kal-El vai enfrentar ao lado da MM? Vão resolver tudo na porrada? Vão retratar o casal como semi-deuses em guerra homéricas contra vilões hiperfodônicos? Se na época de O Cavaleiro das Trevas e no Reino do Amanhã eles não levaram o lance dos dois adiante, por que agora será diferente?
 
Mas, voltando aos quadrinhos, o grande problema de se juntar dois personagens poderosos é justamente a ausência de conflito. Que desafios Kal-El vai enfrentar ao lado da MM? Vão resolver tudo na porrada? Vão retratar o casal como semi-deuses em guerra homéricas contra vilões hiperfodônicos? Se na época de O Cavaleiro das Trevas e no Reino do Amanhã eles não levaram o lance dos dois adiante, por que agora será diferente? Se na época de O Cavaleiro das Trevas e no Reino do Amanhã eles não levaram o lance dos dois adiante, por que agora será diferente?

Agora é diferente, Cavaleiro das Trevas e Reino do Amanhã se passam em futuros apocalípticos onde o Superman tinha que superar o trauma da perda da Lois Lane; na continuidade do novo DCU, no tempo em que as histórias da Liga da Justiça estão acontecendo, NUNCA HOUVE nenhum relacionamento entre Lois e Superman. No momento cronológico de Superman e Wonder Woman, os títulos pós New 52, cinco anos posterior ao tempo da JLA, eles não estão mais juntos e Supeman já está com uma queda meio platônica em Lois Lane. O que não quer dizer que não haja impacto da relação tida entre ambos pra continuidade, impacto esse que poderá ser mostrado a partir do próximo ano.

Lois não é responsável pelo fim do relacionamento, ele nunca existiu nessa continuidade, do mesmo jeito que o Steve Trevor Pós-Crise não era responsável pelo fim de sua ligação com a Wonder Woman. Ele nunca tinha sequer tido lugar na cronologia pós reboot da Crise

Além do mais: Superman e Diana Pós Flashpoint são personagens de temperamento muito mais forte e menos "pão branco" (equivalente em inglês de "água com açúcar") em relação ao que eram antes, mas eles ainda têm metodologias e objetivos discrepantes, deixando espaço pra muito conflito e choque de personalidades, como acontece desde sempre entre a Power Princess e o Hipérion do universo Marvel e Marvel Ultimate ( as duas versões dos dois personagens vivem num relacionamento tempestuoso que, muitas vezes, coloca o próprio mundo na balança no fim das contas).

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Contrapartes Marvel do Casal do Poder-Hipérion e Power Princess

A propósito: em entrevista feita em 1986 na Amazing Heroes, John Byrne, o grande reformulador do Superman Pós-Crise e definidor da personalidade atual da Lois Lane, disse que achava que Lois Lane NÃO ERA o par ideal pro Clark e que, na opinião dele, o relacionamento nunca deveria, de fato, acontecer. Ele não chegou a elaborar os motivos até onde vi e saiu do título logo depois do episódio do Superman como júri, juiz e executor mencionado logo a seguir.

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Mas é fato notório que ele esboçou um tremendo crush da Lois pelo Delgado que se tornaria o Predador, o herói urbano de Metrópolis e, talvez não tão coincidentemente assim, terminou sua fase fazendo o Superman ultrapassar um moral threshold não transgredido desde a Era de Ouro: havia feito com que ele matasse os 3 chefões criminosos da Zona Fantasma ( é, aqueles do segundo filme mesmo, Quex Ul, Faora e Zod), um tipo de decisão que a Mulher Maravilha Pós-Crise já tinha demonstrado ser capaz de tomar e com a qual ela e não o Batman, por exemplo, era capaz de compreender e empatizar.

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Ademais, todo mundo que acompanhou o desenvolvimento da situação midiática nas duas décadas seguintes sabe que, de um jeito ou de outro, Lois e Clark só viraram MESMO um casal por conta da pressão e influência exercida pelo sucesso de Lois e Clark, o seriado de TV da primeira metade dos anos noventa, que transpunha a tensão "A Gata e o Rato" ( outra contribuição de Byrne que acabou desencaminhada) pra realidade do DCU, criando um dos grandes exemplos de UST (Unresolved sexual tension) na televisão. Como ocorreu também com seu precursor policial, Lois e Clark se "defuntou" quando o casamento ocorreu e o matrimônio das contrapartes quadrinísticas foi feito pra sincronizar com a versão do seriado, inclusive com o atraso da data planejada que foi postergada com toda a trama envolvendo a "morte do Superman" e seu Retorno.

*mesmo que a idéia tenha ocorrido aos escritores da HQ primeiro que, sucedendo ao Byrne e ao Roger Stern, discordavam da opinião dele sobre o relacionamento com a Lois. De toda sorte, sem o seriado, é fato que a DC NUNCA TERIA PERMITIDO que a coisa fosse levada até onde foi. E aí é que pintou o problema: enquanto, com o fim do seriado Lois e Clark, a contraparte televisiva do Superman, simplesmente, resetou e Clark "reapareceu", "rejuvenescido" e solteiro em Smallville, o seriado; os editores e roteiristas da DC ficaram com o tremendo abacaxi de tornar a vida de casado do "certinho e monótono" Superman interessante ( o que quer dizer, Elring, que a dinâmica Gata e o Rato da qual vc tanto gostava já tinha ido pro buraco desde a década de noventa e Flashpoint só não se incumbiu de restaurar esse status quo como, talvez, vc esperasse).

Como Jim Lee explicou a respeito das intenções da DC;

"Marriage brings about a certain degree of comfort and security in one's life," Lee said. "If you have a life partner, you always have someone to rely on. So from a story conflict point of view, it makes for a less dramatic story. I think a lot of writers can agree that one of the most dynamic periods of Superman's history was that period where there was a love triangle between Clark Kent, Superman and Lois Lane. There's a lot of tension and interest you create in the characters by having that kind of dynamic."

But Lee said the new Superman will not be just revisiting the same old love triangle. "We're introducing other elements into it," he said. "Through that, we're really updating who the character is and making Superman a character that you think you know, but maybe not. We have some surprises up our sleeves. And I think Grant has some incredible ideas about not only what he wants to do with Superman but Clark Kent, and really updating the whole mythology so that people can relate to it on a more personal level."

The marriage choice — along with the decision to have Jonathan and Martha Kent be deceased in the Action Comics — was also related to Superman being isolated in these stories.

Como consequência, isso tornou a identidade secreta de Clark praticamente inútil por quase vinte anos character wise, sedimentando na cabeça de toda uma geração de leitores mais novos uma percepção do Superman como o garoto propaganda do Marido Camisolão, bonzinho, chatinho e "oh tão feliz" que a DC era obrigada a apresentar pro público ( já que, nos EUA, superheróis da envergadura dele e do Homem Aranha NÃO PODEM SE DIVORCIAR por conta da hipocrisia puritana estadunidense. O puritanismo praticamente nasceu com o conceito de dissolubilidade do matrimônio, convenhamos.

Houve histórias da fase Jeph Loeb e Schultz que, pra quem leu, ficou óbvio que uma história onde Lois Lane dava uma de Kristen Stewart e dormia com Lex Luthor foi alterada na última hora, fazendo com que ela tivesse sido substituída e personificada pelo Parasita ( sim Lex Luthor fez sexo com um homem pensando que transava com Lois Lane).

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Então, até mesmo no projeto vetado do Superman 2000 de 1999, Grant Morrison e Mark Waid já queriam dar um sumiço no conceito do casamento da Lois com o Clark e algumas idéias dessa proposta serviram de modelo pro infame One More Day do Homem Aranha que, basicamente, apagou o fato "casamento" do passado de Mary Jane e Peter Parker. Mesmo agora, com elementos de One More Day já apagados, o casamento em si continua não tendo mais ocorrido embora a ligação afetiva e amorosa entre Mary Jane e Parker tenha sido em grande parte restaurada.

Minha abordagem e opinião pessoal sobre o assunto:

Irmão Sol, Irmã Terra-1-Quem espera sempre alcança!!!

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Parece que alguém aqui é fã da MM :lol:

Byrne, Morrison e Jim Lee... tudo junto pra afundar a Lois. É verdade, acompanhei bastante as Séries Lois&Clark e Smallville. Ainda sim, digo que é possível trabalhar a personagem Lois Lane sem ter de apelar para apagões paradoxais que volta e meia atacam os executivos da DC. Uma linha interessante seria dar continuidade ao casal e tornar a Lois a nova chefe do Planeta Diário. Assim, ela sairia um pouco da sombra do Superman e ainda teria de resolver conflitos éticos como: manter-se fora da mira dos paparazzos (já que, como nova chefe, Lois seria um prato cheio para mídia marrom), e enfrentar um dilema que Perry White nunca teve: expor o Superman ao mundo para manter o Planeta na vanguarda do noticiário ou fazer vistas grossas? Como manter seu relacionamento com um repórter sem chamar a atenção? Possibilidades há, basta querer trabalhar.

No caso de o Super ter matado os criminosos na Zona Fantasma, eu curti. É um peso que ele teria de carregar a vida toda. Essas alterações como Luthor tendo caso com Parasita Trap só demonstra a inabilidade de alguns executivos em aceitar certos tabus, como o Super ser transformado em Super-Corno. Ora, até Nite Owl catou a Senhorita Júpiter com o Doutor Manhattan vendo tudo e ele era O Fodão. Qual o problema? O Superman não pode ser chifrado, mas ele pode ter caso com a MM?

Em todo o caso, vou esperar essa saga sair por aqui e acompanhar o que sai lá fora para ver se a história será boa ou não. Eu estou lendo a Dark da DC, onde está o John Constantine, Monstro do Pântano e Homem-Animal e não estou gostando muito. Tá bem aquém das séries que saíam pelo selo Vertigo e, por enquanto, não tá dano liga essa junção dos dois Universos (Super, MM e Cyborg apanhando de uma feiticeira doida que ataca com uma chuva de dentes podres é sem comentários...).
 
No caso de o Super ter matado os criminosos na Zona Fantasma, eu curti. É um peso que ele teria de carregar a vida toda. Essas alterações como Luthor tendo caso com Parasita Trap só demonstra a inabilidade de alguns executivos em aceitar certos tabus, como o Super ser transformado em Super-Corno. Ora, até Nite Owl catou a Senhorita Júpiter com o Doutor Manhattan vendo tudo e ele era O Fodão. Qual o problema? O Superman não pode ser chifrado, mas ele pode ter caso com a MM?

Elring, eu sei que vc, até com muita justiça, é fã da Lois, assim como eu sou da Diana, ( bem no armário pra ninguém saber, também gosto da Lois e, também não veria nada demais ela trair o Superman uma vez, dependendo das circunstâncias) mas, verdade seja dita, Superman ficou casado com ela 16 anos no nosso mundo real por conta de uma influência televisiva, e a maioria dos fãs de HQ estão "por(ra) aqui" com os dois como casal.

Encheu as medidas da absoluta maioria e, na sociedade hipócrita americana, casamento limita pra caramba as hipóteses narrativas ( haja vista que quase todo herói Marvel e DC que casou nos anos oitenta, noventa e na década passada hoje está divorciado ou viúvo/a*, praticamente sem exceções. Isso não é coincidência e não é falta de criatividade pra explorar ângulos novos pelos roteiristas), não é questão dos caras não terem competência, é questão deles não terem liberdade mesmo ( como a história do Parasita sendo comido pelo Luthor mostrou) até porque certas coisas, tomemos Watchmen por exemplo, podem ser feitas mas ENVELHECEM e "queimam" demais os personagens, tornado-os inúteis pra ambientação.

Lembremos que o Barbudão usou contrapartes dos personagens da Charlton pra não "quebrar os brinquedos" recém-adquiridos pela DC na época. Um bom exemplo de realidade ficcional "queimada", burned-out, é Ultimate Marvel onde a Marvel deu liberdade pra fazer praticamente de tudo, inclusive idéias do tipo da que vc acabou de propor. E olhe só no que deu. O universo que deveria durar 30 anos se exauriu e se extinguiu na metade do tempo de sua contraparte mainstream.

Ademais, não sei se, no entusiasmo de defender o terreno da Lois, vc se empolgou e passou a idéia errada, mas, vale dizer:O Super e a Diana nunca tiveram um caso pelas costas da Lois Lane em NENHUMA continuidade, nem mesmo em Elseworlds, Túneis do Tempo como batizados no Brasil; isso não aconteceu antes e também não está acontecendo agora já que, na nova continuidade, nunca houve relacionamento entre o Super e a Lois antes dele e da Diana ficarem juntos na Liga, assim como, Pós Crise, na época de Action Comics 600, a Diana tinha chegado primeiro nessa de ser beijada pelo Superman e teve seu affair ( flerte, "experimento" ou whatever) com ele BEM ANTES dele ter tido qualquer coisa com a repórter do Planeta Diário.

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*Homem Animal, Superman, Homem Aranha, Troia, Ciclope, Jean Grey, Pantera Negra, Ororo, Gavião Arqueiro, Harpia, Feiticeira Escarlate, Visão, Monstro do Pântano, Pássaro da Neve, Adam Warlock, Gamora, Canário Negro e Arqueiro Verde, Estelar, Aquaman, Namor, Projectra/Sensora da Legião dos Superheróis,Guardião e Heather da Tropa Alfa, Hank Pym e a Vespa...
 
Última edição:
Pois é, tantas variações e reboots fizeram isso na minha cabeça. Ah, se eles podem inventar, eu também posso :lol:

Bem lembrado, a maioria destes casórios aconteceu bem na época em ver herói casando era o grande evento dos quadrinhos. E parece que este já é um conceito datado para os padrões de hoje. Na verdade, quando dei esta idéia, estava focando no público mais velho, dos trinta anos pra cima que já são casados, ou não, mas que já não tem mais saco para ver as mesmas histórias de décadas atrás serem recontadas com roupagem nova, como na imagem do beijo entre o Super e a Diana. É esse tipo de coisa que me faz continuar afastado da DC e da Marvel. Não há uma revista em que eu vá folhear e dizer: Opa! Isso é inesperado! Gostei!

Isso pode ser legal pra quem está começando a colecionar. Só que pra mim, essas pegadinhas já perderam a graça e mudar a personalidade ou estatus dos personagens não altera a ruindade dos roteiros. E eles ainda continuam com a mania de sempre colocar uma vidente que só vê desgraça no futuro, as mesmas cenas dos corpos de heróis empilhados e uma desculpa esfarrapada pa reunir o grupo. E de zerar as revistas :dente:
 
Mas lembremos que foi assim que, por exemplo, Tolkien foi modelando sua mitologia em reboots sucessivos e que foi assim, também, que a Legenda Arthuriana deu origem a tantas variantes ao ponto de ter permitido abordagens tão díspares quanto a de Brumas de Avalon da Bradley x a Crônicas de Arthur do Cornwel, sofrendo reboot atrás de reboot onde novas relações eram tecidas, novos personagens e conceitos eram acrescentados, uma nova metafísica e cosmogonia era criada pra acomodar as "agendas" dos novos narradores e do novo público consumidor...

Sem dar um "reboot" na mitologia do Legendarium e recontar e reinterpretar as mesmas histórias que ele tinha narrado antes sob várias formas, inclusive um capítulo inteiro do Hobbit, Tolkien nunca teria feito o Senhor dos Anéis. Pense nisso também.

Tem até um TV Tropes a respeito disso Continuity Snarl.

Não foi o Marv Wolfman que sempre quis ter zerado COMPLETAMENTE o DCU pré Crise que disse que "cada geração deve ter o direito de ter o seu universo próprio a cada mais ou menos vinte e cinco anos e ver as mesmas personagens e histórias reinterpretados pra uma nova conjuntura?". Que tinha sido exatamente assim na transição da Golden pra Silver Age no fim dos 50?

E digam o que disserem, ver a Mulher Maravilha fazendo ISSO AI é cool demais e nunca tinha rolado antes!!

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Em todo o caso, vou esperar essa saga sair por aqui e acompanhar o que sai lá fora para ver se a história será boa ou não. Eu estou lendo a Dark da DC, onde está o John Constantine, Monstro do Pântano e Homem-Animal e não estou gostando muito. Tá bem aquém das séries que saíam pelo selo Vertigo e, por enquanto, não tá dano liga essa junção dos dois Universos (Super, MM e Cyborg apanhando de uma feiticeira doida que ataca com uma chuva de dentes podres é sem comentários...).

E Elring, os dentes apodrecidos do encantamento da Magia pirada eram tão literais "dentes podres" quanto o Gigante de Marshmallow dos Caça-Fantasmas era mesmo "marshmallow" e encarava os feixes de prótons dos Ghostbusters.

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Vc parece estar perdendo o sense of wonder e ficando muito cético e literal pra mídia quadrinística, tá precisando rever um pouco sua noção de suspensão voluntária da descrença. Tente encarar o que rolou em Justice League Dark como as pirações warp reality do Mxyptlky, que fazia o prédio do Planeta Diário andar, o Super virar uma versão do Homem Impossível, a Lois virar um manequim, o manequim virar carne e osso e similares.... A Magia anterior a Flashpoint nunca foi tão poderosa?

Pois é, mas até aí, o Senhor do Tempo pré crise era "só" um dos Controladores e não a Entropia Encarnada, capaz de criar Universo Compacto e recriar o DCU a seu bel prazer só pra foder com a Legião e sem querer(?) possibilitar que o Superman acabasse matando kryptonianos alternativos ultrapoderosos que não existiam mais no cosmo Pós Crise. Percebe a similaridade?

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Última edição:
Em todo o caso, vou esperar essa saga sair por aqui e acompanhar o que sai lá fora para ver se a história será boa ou não. Eu estou lendo a Dark da DC, onde está o John Constantine, Monstro do Pântano e Homem-Animal e não estou gostando muito. Tá bem aquém das séries que saíam pelo selo Vertigo e, por enquanto, não tá dano liga essa junção dos dois Universos (Super, MM e Cyborg apanhando de uma feiticeira doida que ataca com uma chuva de dentes podres é sem comentários...).
Liga não, ninguém está gostando dessa porra!!!
 
Mas lembremos que foi assim que, por exemplo, Tolkien foi modelando sua mitologia em reboots sucessivos e que foi assim, também, que a Legenda Arthuriana deu origem a tantas variantes ao ponto de ter permitido abordagens tão díspares quanto a de Brumas de Avalon da Bradley x a Crônicas de Arthur do Cornwel, sofrendo reboot atrás de reboot onde novas relações eram tecidas, novos personagens e conceitos eram acrescentados, uma nova metafísica e cosmogonia era criada pra acomodar as "agendas" dos novos narradores e do novo público consumidor...

Sem dar um "reboot" na mitologia do Legendarium e recontar e reinterpretar as mesmas histórias que ele tinha narrado antes sob várias formas, inclusive um capítulo inteiro do Hobbit, Tolkien nunca teria feito o Senhor dos Anéis. Pense nisso também.

É diferente, boa parte do material que chegou e chega até nós veio de centenas de rascunhos, anotações e modificações que Tolkien fez ao longo de cinquenta anos. Mesmo que tenha preservado algumas discrepâncias como Glorfindel, Balrog e Bombadil no Legendarium, a literatura de Tolkien foi sendo aprimorada. E se não apareceram bizarrices é devido a proibição do próprio autor em ter seus personagens alterados, como é o caso do Ciclo de Arthur visto em Camelot 3000 (que hoje custa os olhos da cara e é muito boa história).


Não foi o Marv Wolfman que sempre quis ter zerado COMPLETAMENTE o DCU pré Crise que disse que "cada geração deve ter o direito de ter o seu universo próprio a cada mais ou menos vinte e cinco anos e ver as mesmas personagens e histórias reinterpretados pra uma nova conjuntura?". Que tinha sido exatamente assim na transição da Golden pra Silver Age no fim dos 50?

Esse é o mal de se continuar escrevendo e desenhando histórias para personagens com mais de 70-80 anos e o único que se mantém acima da média é o Batman, justamente por ter histórias mais centradas em Gotham do que na porradaria e massacres que volta e meia surgem na LJA. Batman teve momentos horríveis, teve, mas foi poupado de boa parte do rebuliço que Flash, Aquaman e Hal Jordan tiveram desde a década de 90. Creio que uma fómula que deu certo em Batman foram as spin-offs como Túnel do Tempo e Um Conto de Batman que mantiveram o Morcegão em alta.


E Elring, os dentes apodrecidos do encantamento da Magia pirada eram tãoliterais "dentes podres" quanto o Gigante de Marshmallow dos Caça-Fantasmas era mesmo "marshmallow" e encarava os feixes de prótons dos Ghostbusters.

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Ghostbusters era comédia e o nonsense era o principal destaque dos filmes. E diferente da história em Dark, em GB teve toda a explicação de Gozer The Gozerian para que eles escolhecem de que forma o Viajante os mataria... e deu o azar de cair dentro da cabeça do Ray que imaginou o boneco Stay Puft. Não foi algo: "Estamos sendo atacados por Stay Puft! Raio nele!!!" como foi na revista.

Vc parece estar perdendo o sense of wonder e ficando muito cético e literal pra mídia quadrinística, tá precisando rever um pouco sua noção de suspensão voluntária da descrença. Tente encarar o que rolou em Justice League Dark como as pirações warp reality do Mxyptlky, que fazia o prédio do Planeta Diário andar, o Super virar uma versão do Homem Impossível, a Lois virar um manequim, o manequim virar carne e osso e similares.... A Magia anterior a Flashpoint nunca foi tão poderosa?

Pois é, mas até aí, o Senhor do Tempo pré crise era "só" um dos Controladores e não a Entropia Encarnada, capaz de criar Universo Compacto e recriar o DCU a seu bel prazer só pra foder com a Legião e sem querer(?) possibilitar que o Superman acabasse matando kryptonianos alternativos ultrapoderosos que não existiam mais no cosmo Pós Crise. Percebe a similaridade?

Não é culpa minha, eu tento deixar meu lado racional em off. E faço de Tolkien as minhas palavras :hanhan:

Not all authors believe that suspension of the disbelief adequately characterizes the audience's relationship to imaginative works of art. J. R. R. Tolkien challenges this concept in his essay "On Fairy-Stories", choosing instead the paradigm of secondary belief based on inner consistency of reality. Tolkien says that, in order for the narrative to work, the reader must believe that what he reads is true within the secondary reality of the fictional world. By focusing on creating an internally consistent fictional world, the author makes secondary belief possible. Tolkien argues that suspension of disbelief is only necessary when the work has failed to create secondary belief. From that point the spell is broken, and the reader ceases to be immersed in the story and must make a conscious effort to suspend disbelief or else give up on it entirely.
 
Ghostbusters era comédia e o nonsense era o principal destaque dos filmes. E diferente da história em Dark, em GB teve toda a explicação de Gozer The Gozerian para que eles escolhecem de que forma o Viajante os mataria... e deu o azar de cair dentro da cabeça do Ray que imaginou o boneco Stay Puft. Não foi algo: "Estamos sendo atacados por Stay Puft! Raio nele!!!" como foi na revista.

Quando Darkseid apareceu na Saga das Trevas Eternas Pré Crise com um nível de poder MUITO MAIOR do que mostrado antes ninguém reclamou. O que ele fazia na história sem explicações ou ceninhas com diálogo expositivo supérfluo já bastava pra mostrar isso já que ele superava o Senhor do Tempo ( o Controlador e não a Entropia Personificada) e o Mordru.

Quando Trigon reapareceu pra peitar os Titãs cinco anos depois do confronto anterior, na saga Terror of Trigon, com dez vezes o seu tamanho e poder "originais", só pra começar, eu não precisei de explicações nenhumas esmiuçadas na história pra curtir a coisa não.

Moral da história: na minha opinião, você não deveria precisar de uma explicação on panel pra saber que a atual Enchantress Pós Flashpoint é um ser sobrenatural de muito maior hierarquia do que era antes. O universo inteiro que vc conhecia foi resetado e combinado com pelo menos dois outros. Se o que ela faz na história fala por sí só, vc precisa MESMO de diálogos entre os personagens afirmando o óbvio?

Esse tipo de raciocínio só age em detrimento da curtição da história e até Tolkien deixou de fora a explicação de como o balrog de Moria parecia tão mais poderoso do que suas contrapartes da Primeira Era e não chegou a ajustar o nível nem o numero deles nos rascunhos pra preencher a lacuna retroativa embora tivesse intenção de fazê-lo. A subcriação de Tolkien também, de vez em quando, cedia lugar ao que ele próprio chamava de Unnatainable vistas e ele era um autor sozinho que nem se preocupava tanto em vender ou não a idéia do Legendarium.


Não é culpa minha, eu tento deixar meu lado racional em off. E faço de Tolkien as minhas palavras :hanhan:

Num universo compartilhado de personagens que são franquias corporativas com setenta anos de existência, em alguns casos, que dependem das vendas pra existir, vc não acha que também há espaço pra coisas assim não? Não foi JRRT que disse que todas as mitologias por complexas que sejam também precisam ter alguns enigmas?

Olha só ele aí:

"As a story, I think it is good that there should be a lot of things unexplained (especially if an explanation actually exists);... And even in a mythical Age there must be some enigmas, as there always are. (The Letters of J.R.R. Tolkien, p. 174)
.

Os universos Marvel e DC são mitologias modernas e reboots, resets e unnatainable vistas fazem parte disso tudo.
 

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Em Reino do Amanha do Ross, eles tem uma paquera e até rola um beijo, mas isso pq a L.L. morreu e tals.

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Jogou pesado agora Ilmarinen! Uma saga criada por Paul Levitz e Keith Giffen que é o pai do Lobo (a melhor criação da DC, IMO) e outra pelo Marv Wolfman que deu origem a Crise das Infinitas Terras ao lado do mito George Pérez é difícil de contra-argumentar! E na saga dos Novos Titãs o próprio Trigon explicou como ficou overpower no capítulo 5.

Só que agora você me deixou intrigado. Em todos os posts, há mais citações de obras clássicas do que as das sagas atuais, com a excessão de Flashpoint. A minha reclamação e acredito que da maioria, não é sobre as sagas anteriores e sim das atuais que, na comparação, estão bem aquém daquelas que deram início aos arcos da DC. Tá certo que hoje em dia o Morrison, o Waid, o Johns e Rucka são os reponsáveis pelas atuais mudanças no UDC e que eles têm talento para isso. Só espero que daqui a 6 meses eu não vá ver outra notícia sobre mais um evento que irá mudar tudo de novo... parece que a teoria de um reboot a cada 25 anos do Marv não levou em consideração as rápidas mudanças dos leitores nas últimas duas décadas e o tempo entre um rest e outro diminuiu.

PS: Flashpoint é uma saga fechada ou ela se espalha por outras revistas. Fiquei com vantade de ler, agora.
 
Jogou pesado agora Ilmarinen! Uma saga criada por Paul Levitz e Keith Giffen que é o pai do Lobo (a melhor criação da DC, IMO) e outra pelo Marv Wolfman que deu origem a Crise das Infinitas Terras ao lado do mito George Pérez é difícil de contra-argumentar! E na saga dos Novos Titãs o próprio Trigon explicou como ficou overpower no capítulo 5.

Explicou sim, mas não foi muito bem explicado não, ou melhor, a explicação que ele deu cria tantas perguntas quantas as que ele, teoricamente, respondeu. Ele disse que drenou a energia dos bilhões e bilhões de espíritos do universo original onde ele nasceu, a mesma dimensão visitada pelos Titãs antes, mas por que só X-tempo depois da sua derrota anterior e não imeditamente depois e COMO ele tinha tido acesso a essa energia sendo que ele estava selado no Limbo e não podia agir diretamente?

As explicações pra essas coisas até estão, possivelmente, SUGERIDAS na história ( na arte do Pérez- desafio você a descobri-las, eu tenho a minha particular teoria ( "como sempre né Paulo" as más línguas diriam!) mas não estão dadas lá ipsis literis como exposição narrativa e é exposição que vc está cobrando da saga da Liga da Justiça Dark sendo que, todas as coisas que teoricamente não estão contadas tintim por tintim lá estão ou pra servir de base pra world building em estórias posteriores ( a Enchantress vai se tornar parte do elenco de um jeito ou de outro, por exemplo) ou são coisas que vc, sendo inteligente e versado na lógica desse tipo de universo como é, deveria ser capaz de inferir por conta própria.

Só que agora você me deixou intrigado. Em todos os posts, há mais citações de obras clássicas do que as das sagas atuais, com a excessão de Flashpoint. A minha reclamação e acredito que da maioria, não é sobre as sagas anteriores e sim das atuais que, na comparação, estão bem aquém daquelas que deram início aos arcos da DC. Tá certo que hoje em dia o Morrison, o Waid, o Johns e Rucka são os reponsáveis pelas atuais mudanças no UDC e que eles têm talento para isso. Só espero que daqui a 6 meses eu não vá ver outra notícia sobre mais um evento que irá mudar tudo de novo... parece que a teoria de um reboot a cada 25 anos do Marv não levou em consideração as rápidas mudanças dos leitores nas últimas duas décadas e o tempo entre um rest e outro diminuiu.

PS: Flashpoint é uma saga fechada ou ela se espalha por outras revistas. Fiquei com vantade de ler, agora.

É lógico que estou usando histórias clássicas pra facilitar a conversa: em primeiro lugar, eu não quero espoilear a trama pra quem está lendo agora, se eu saio explicando as deduções, inferências e explicações narrativas no que está rolando agora, em alguns casos, seria o mesmo de eu chegar pra todo mundo logo no comecinho da Great Darkness Saga da Legião e falar: "DARKSEID É O VILÃO"!!

Em segundo lugar, somos leitores da "mesma geração", com a mesma idade aproximada e tivemos experiências literárias parecidas. Nesses casos, acho que referir a fatos que mostram que diversas histórias clássicas que lemos e admiramos, numa maior ou menor escala, recorriam a "retcons" ou seja, reboots parciais da história e da ambientação, similares em concepção e execução ao que Tolkien fez com o Hobbit em sua forma original, é minha obrigação moral, por assim dizer. E por quê? Não porque eu ache que vc está "errado" em sentir o que sente em relação ao Reboot ( todo fã já devotado se sente assim quando rola reboot em maior ou menor grau), mas pra mostrar que condenar uma história ou tramas ainda em curso por causa de detalhes feito esses é o equivalente de "jogar o bebê fora junto com a água do banho".

Nós podemos ter CERTEZA ABSOLUTA que houve leitores da Saga das Trevas Eternas que jogaram seus comics fora ou pararam de ler a revista na época porque viram Darkseid, um vilão do Quarto Mundo criado por Kirby, que é um conceito ODIADO por nove entre dez leitores de quadrinhos com mais de sessenta anos, ou seja, de outra "rogues gallery"),transformar o Senhor do Tempo e Mordru ( os titulares arquinimigos da galeria de vilões da Legião) em dementes balbuciantes com um acenar de dedinho, sugando seus poderes como uma esponja, coisa que ele nunca tinha feito antes.

Se era fácil assim, porque o vilão não sugou o Dr Fate ( já que, inclusive, depois, o próprio Keith Giffen definiu que Mordru também era um Lorde do Caos, ou seja, do mesmo status que o Lorde da Ordem do capacete do Destino) na história da JLA desenhada por George Pérez que havia sido publicada cerca de um ano e meio antes? História essa, aliás, que a Abril não publicou. A gente deve presumir que explicação tem, provavelmente ligada à hibernação de 1000 anos do Darkseid que precedeu seu despertar no século XXX ( confirmada como sendo resultante da conclusão dos eventos de Final Crisis que saiu quase trinta anos depois) assim como, possivelmente, a hibernação do Balrog debaixo de Caradhras poderia ter algo a ver com seu aparente aumento de poder e possíveis alterações físicas em relação aos seus pares da Primeira Era.

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Em relação ao Darkseid, considerando que na mencionada história da JLA ele teve seu efeito ômega ( disparado com a mão ao invés de pelos olhos, veja só o "nível" da pesquisa do Conway) desviado por um "cano" ou campo atômico gerado pelo Nuclear, a gente deve PRESUMIR que ele não estava lá essas coisas não... Afinal de contas tinha sido desmaterializado um pouco antes e tinha usado uma traquitana tecnológica pra reencarnar. Que eu saiba, aliás, ao terminar a trama no mesmo status, desmaterializado,até onde eu sei, ele reapareceu em Crise nas Infinitas Terras SEM EXPLICAÇÃO ( confirmado!! Darkseid, quando apareceu em Crise, oficialmente, deveria ESTAR "MORTO" no DCU; a volta dele rolou Off Panel e NUNCA FOI explicada. Deve ter tido fã jogando Crise nas Infinitas Terras fora por causa disso! Vê agora como é que a "Velha, festejada DC dos anos oitenta também tinha histórias com DÚZIAS de incógnitas, reboots e erros/obscuridades na continuidade?

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Buááááá!!!Urrrghhhhh!!! Quem viu essa cena teve ter dado um "kirby krackle" de fúria ao ver Darkseid humilhado pelo personagem Gary Stu do Gerry Conway

Muito melhor foi isso daí ( justamente em uma história abominada pelos rancorosos fãs da Supergirl do Peter David, rebootada pela Infinite Crisis, vejam que não dá pra agradar a gregos e troianos) que, inclusive, tornou a acontecer na Nova Continuidade Pós Reboot.


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Michael Turner se redime de todas as suas pretéritas trangressões, cintura feminina de minhoca anoréxica e tudo, desenhando "Minha Deusa" rechaçando o Efeito Ômega na cara pedregosa de Titio Darky pela primeira vez. OHHHH, joy!!

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Mulher Maravilha dá (de novo!) uma dose do seu remédio ômega ao despótico Darkseid na nova Liga da Justiça Pós Reboot. E depois...

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A primeira faz tchum, a segunda faz tcham e... Tcham,Tcham, Tcham!!


Voltando a falar dos "reboots softs" em meio a continuidades pré-estabelecidas e suas consequências. A explicação do incidente entre Nuclear e Darkseid dada acima é o tipo de explicação "fácil" pra nível flutuante ou incongruente de poder que Tolkien muitas vezes DEVERIA ter usado ao invés dos retcons bizantinos, como o de revelar que "só havia "sete balrogs"" incrivelmente mais poderosos e não as legiões que existiam até então em qualquer versão escrita do Legendarium. O lance é: se o leitor pesquisa um pouquinho e usa um bocadinho a imaginação ( respira fundo, reza um Pai Nosso e uma Ave Maria por inspiração), tendo cumplicidade com o universo e seus narradores, o que esse tipo de ficção mitopoética DEMANDA do leitor, dá pra bolar explicações legais sem dar chilique ou menosprezar a história prematuramente.

Caso hilário de atitude de fã meio histérico que acabou sendo "desmentido/dissuadido" pelo devir da história foi o do Kurt Busiek que, apaixonado pela Jean Grey ( compreensível, eu chorei uma semana em cima do Grandes Heróis Marvel 7 e relia a história do começo, rezando pro final mudar), teve uma síncope com o final original da Saga da Fênix Negra em 1980 nos EUA, uma revolta tão grande que ele PAROU de colecionar o gibi logo depois do funeral no nº 138, perdendo o resto da fase hoje tida como "histórica", emblemática e inesquecível, inclusive o copiadíssimo e influente Dias de um Futuro Esquecido que será a base pro próximo filme da continuidade de X-Men First Class.

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Carta de Busiek publicada na sessão de cartas do nº 143 que encerrou a era Claremont/Byrne; o exemplo clássico de "jogar o bebê fora junto com a água do banho". O futuro prestigiado escritor EXECRAVA a fase tida como o Creme de La Creme da continuidade de X-Men, dizendo que "os X-Men haviam se tornado uma perversão do que uma vez haviam sido". A "verdade"? Tem méritos nas duas posições, mas a reação dele na época, de parar de ler o comic, era puramente emocional e chiliquenta. Aí em cima com a antológica e sensata resposta do Claremont: "infelizmente, a Era das Trevas de alguém é a Renascença de outra".Extremamente adequada ao nosso caso do atual Reboot da DC

Além do mais, como as historias da Liga Dark vão mostrar, ( eu já li até o número 8 ou nove) várias coisas na metafísica do DCU mudaram e estão sendo explicadas não só la mas também em algumas das outras revistas principais como Stormwatch e Liga da Justiça ( é, o leitor tem que acompanhar mais de uma revista pra ter o quadro completo, como acontecia com o Superman Pós Crise do fim dos anos oitenta). No meu ponto de vista, tá muito prematuro pra formar opinião sobre várias das sagas que ainda estão em desenvolvimento ou sendo apresentadas pro público leitor brasileiros só agora. O fato é: a maioria das coisas pequenas que lhe estão incomodando serão ou já foram explicadas em números subsequentes.

A respeito do status da Enchantress: ela, a entidade, parece ser agora um correspondente fêmea do Espectro-conspícuo pela sua ausência até agora, diga-se de passagem- ( o capuz verde, um monte de clues visuais revelando a coisa, bem como o incremento de poder), tanto é que seus poderes como o lance da tempestade de dentes podres capazes de ferir o Superman ( repare na relativa incolumidade da Diana cujos poderes são místicos) mimetizam os efeitos "nonsense" de algumas histórias do Espectro da década de setenta. Sendo o foco "comico" ou dramático como no filme dos Ghostbusters, os dentes são exatamente iguais ao gigante de marshmallow, eles são construtos de ectoplasma conjurados pela entidade mística cuja "coesão", potência ou resistência refletem a força do conjurador.

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É diferente, boa parte do material que chegou e chega até nós veio de centenas de rascunhos, anotações e modificações que Tolkien fez ao longo de cinquenta anos. Mesmo que tenha preservado algumas discrepâncias como Glorfindel, Balrog e Bombadil no Legendarium, a literatura de Tolkien foi sendo aprimorada. E se não apareceram bizarrices é devido a proibição do próprio autor em ter seus personagens alterados, como é o caso do Ciclo de Arthur visto em Camelot 3000 (que hoje custa os olhos da cara e é muito boa história).

O lance é que o Hobbit não era um rascunho. Já era um livro publicado com dezessete anos de vida quando o SdA foi, enfim, publicado. E Tolkien retconou, rebootou o capítulo inteiro do Achado do Anel do Poder pra possibilitar o novo contexto e história retroativa envolvendo Sauron, os elfos e os anéis do poder, criada no período intermediário, pra possibilitar a publicação do SdA onde ele basicamente fundiu os universos do Hobbit e do Silmarillion numa coisa só. Se ele tivesse se apegado à respectiva continuidade dos "universos" nós nunca teríamos tido o SdA.


E o lance de Tolkien com os diversos "rascunhos" ( na verdade não são bem rascunhos no sentido literal da palavra, vários deles já são manuscritos feitos em requintada caligrafia, já "prontos" e acabados) não era só uma questão de "aprimorar", era, principalmente, uma necessidade de Tolkien de enfocar novas coisas, atingir um público diferenciado ou refletir a situção política/econômica da época em que ele contemplaria a idéia de publicação. Acontece que durante as décadas em que ele deixava o Legendarium ainda sem conclusão esses propósitos ou condições mudavam. Ou seja: os mesmos objetivos dos editores e artistas da DC comics cujas histórias, reboots e rectons refletem o cambiar de variantes similares.

Quer dois exemplos elucidativos, um na ficção de JRRT vis a vis com um episódio similar no continuum do DCU? Compare a evolução da caracterização dos anões do Tolkien do Livro dos Contos Perdidos até o SdA e vc vai ver a maneira com que Tolkien aparentemente dialogava com as teorias racialistas de sua época e como a narrativa refletiu uma gradual mudança de posição ou aquisição de discernimento crítico do autor a respeito do assunto Coisa que muito escritor contemporâneo dele como o nosso Monteiro Lobato, tido como muito mais progressista e favorável à evolução científica e tecnológica ( o perigo das noções estereotipadas está aí), não deu conta de fazer ou, se o fez, não verbalizou ou realmente inseriu isso na obra.

A ficção de Tolkien reflete o contato maior de JRRT com o desenvolvimento científico de sua época e, ao contrário do que muita gente pensa, Tolkien era EXTREMAMENTE antenado com essas coisas, em muitos setores, fazendo dele umas duas ou três décadas À FRENTE do seu tempo.

Compare com as alterações retroativas que a DC TEVE que fazer com a deusa Hécate da continuidade da Mulher Maravilha e os motivos sociológico/religiosos que, aparentemente, deram causa à mudança cujas causas prováveis ( tudo teoria minha) também repercutem uma mudança no perfil do público leitor e nas condições do panorama religioso da sociedade ocorrida entre o fim dos anos oitenta e a nossa contemporaneidade.

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As muitas faces de Hécate- Por que a Deusa da Lua mudou tanto sem explicação na história? E por que os fãs deveriam se importar? No link acima eu dei minha resposta pra angústia dos "naysayers" que queriam linchar Straczynski e Phil Hester

Aí, no caso da saga Odisséia, recém concluída no Brasil, o leitor médio, lá fora inclusive, NÃO QUESTIONOU o óbvio ( e saiu não entendendo a moral e metafísica da história inteira por conta disso): por que a mesma saga que apresentava uma vilã nova ( Nemesis) com o mesmo objetivo principal da Hécate Pré Crise Infinita aparecendo "do nada", TAMBÉM fez questão de "sem necessidade" apresentar uma versão nova da deusa Hecate de acordo com os modelos neo-pagãos atuais "politicamente corretos"?

De maneira geral, o Tolkien respeitava a continuidade do material já publicado durante a vida dele mesmo mas há grandes e notórias exceções; o capítulo retconnado do Hobbit, onde a história original de 1937 foi reinterpretada como sendo uma mentira do Bilbo Baggins já sob efeito da "tentação do Anel" e a história sanitizada da Galadriel e Celeborn que apareceu no Contos Inacabados são exemplos muito bons disso.
 

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Explicou sim, mas não foi muito bem explicado não, ou melhor, a explicação que ele deu cria tantas perguntas quantas as que ele, teoricamente, respondeu. Ele disse que drenou a energia dos bilhões e bilhões de espíritos do universo original onde ele nasceu, a mesma dimensão visitada pelos Titãs antes, mas por que só X-tempo depois da sua derrota anterior e não imeditamente depois e COMO ele tinha tido acesso a essa energia sendo que ele estava selado no Limbo e não podia agir diretamente?

As explicações pra essas coisas até estão, possivelmente, SUGERIDAS na história ( na arte do Pérez- desafio você a descobri-las, eu tenho a minha particular teoria ( "como sempre né Paulo" as más línguas diriam!) mas não estão dadas lá ipsis literis como exposição narrativa e é exposição que vc está cobrando da saga da Liga da Justiça Dark sendo que, todas as coisas que teoricamente não estão contadas tintim por tintim lá estão ou pra servir de base pra world building em estórias posteriores ( a Enchantress vai se tornar parte do elenco de um jeito ou de outro, por exemplo) ou são coisas que vc, sendo inteligente e versado na lógica desse tipo de universo como é, deveria ser capaz de inferir por conta própria.

Vou ter de rever essas duas sagas e com calma, não quero perder os detalhes. No caso da Personagem Enchantress (Magia), o aparecimento e os poderes delas só começaram a ganhar algum sentido pra mim agora que acabei de ler Flashpoint e, como disse antes, não acompanho todas revistas e equipes da DC como fazia com as revistas da Marvel, na época, minhas preferências pendiam para a Casa das Idéias e DC era somente Legião, Batman e Superman e as mega-sagas, cuja última foi a Zero Hora. Depois dela, parei de vez. E só agora, depois destes posts é de ler Flashpoint é que meu interesse em voltar a colecionar voltou.



É lógico que estou usando histórias clássicas pra facilitar a conversa: em primeiro lugar, eu não quero espoilear a trama pra quem está lendo agora, se eu saio explicando as deduções, inferências e explicações narrativas no que está rolando agora, em alguns casos, seria o mesmo de eu chegar pra todo mundo logo no comecinho da Great Darkness Saga da Legião e falar: "DARKSEID É O VILÃO"!!

Em segundo lugar, somos leitores da "mesma geração", com a mesma idade aproximada e tivemos experiências literárias parecidas. Nesses casos, acho que referir a fatos que mostram que diversas histórias clássicas que lemos e admiramos, numa maior ou menor escala, recorriam a "retcons" ou seja, reboots parciais da história e da ambientação, similares em concepção e execução ao que Tolkien fez com o Hobbit em sua forma original, é minha obrigação moral, por assim dizer. E por quê? Não porque eu ache que vc está "errado" em sentir o que sente em relação ao Reboot ( todo fã já devotado se sente assim quando rola reboot em maior ou menor grau), mas pra mostrar que condenar uma história ou tramas ainda em curso por causa de detalhes feito esses é o equivalente de "jogar o bebê fora junto com a água do banho".

Nós podemos ter CERTEZA ABSOLUTA que houve leitores da Saga das Trevas Eternas que jogaram seus comics fora ou pararam de ler a revista na época porque viram Darkseid, um vilão do Quarto Mundo criado por Kirby, que é um conceito ODIADO por nove entre dez leitores de quadrinhos com mais de sessenta anos, ou seja, de outra "rogues gallery"),transformar o Senhor do Tempo e Mordru ( os titulares arquinimigos da galeria de vilões da Legião) em dementes balbuciantes com um acenar de dedinho, sugando seus poderes como uma esponja, coisa que ele nunca tinha feito antes.

Se era fácil assim, porque o vilão não sugou o Dr Fate ( já que, inclusive, depois, o próprio Keith Giffen definiu que Mordru também era um Lorde do Caos, ou seja, do mesmo status que o Lorde da Ordem do capacete do Destino) na história da JLA desenhada por George Pérez que havia sido publicada cerca de um ano antes? História essa, aliás, que a Abril não publicou. A gente deve presumir que explicação tem, provavelmente ligada à hibernação de 1000 anos do Darkseid que precedeu seu despertar no século XXX ( confirmada como sendo resultante da conclusão dos eventos de Final Crisis que saiu quase trinta anos depois) assim como, possivelmente, a hibernação do Balrog debaixo de Caradhras poderia ter algo a ver com seu aparente aumento de poder e possíveis alterações físicas em relação aos seus pares da Primeira Era.

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Em relação ao Darkseid, considerando que na mencionada história da JLA ele teve seu efeito ômega ( disparado com a mão ao invés de pelos olhos, veja só o "nível" da pesquisa do Conway) desviado por um "cano" ou campo atômico gerado pelo Nuclear, a gente deve PRESUMIR que ele não estava lá essas coisas não... Afinal de contas tinha sido desmaterializado um pouco antes e tinha usado uma traquitana tecnológica pra reencarnar. Que eu saiba, aliás, ao terminar a trama no mesmo status, desmaterializado,até onde eu sei, ele reapareceu em Crise nas Infinitas Terras SEM EXPLICAÇÃO ( confirmado!! Darkseid quando apareceu em Crise oficialmente deveria ESTAR "MORTO" no DCU, a volta dele rolou Off Panel e NUNCA FOI explicada. Deve ter tido fã jogando Crise nas Infinitas Terras fora por causa disso! Vê agora como é que a "Velha, festejada DC dos anos oitenta também tinha histórias com DÚZIAS de incógnitas, reboots e erros/obscuridades na continuidade?

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Buááááá!!!Urrrghhhhh!!! Quem viu essa cena teve ter dado um "kirby krackle" de fúria ao ver Darkseid humilhado pelo personagem Gary Stu do Gerry Conway

Verdade, essa saga deu o que falar na época e até bem pouco tempo atrás por causa da capa-spoiler com o rosto do vilão nela. E isso me fez refletir que, na época, talvez pela idade mesmo, eu não estava preocupado em como ele ficou ou não fodão ou se tal explicação fazia sentido, só queria ver porradaria entre os grandes e ver como a história iria terminar no fim.

E jogar fora a coleção da Crise eu não joguei, mas fiquei bem puto, com certeza :lol: E o mais engraçado é que eu gostei da aparição do Darkseid naquele crossover com os X-Men enfrentando a Fênix.


Muito melhor foi isso daí ( justamente em uma história abominada pelos rancorosos fãs da Supergirl do Peter David, rebootada pela Infinite Crisis, vejam que não dá pra agradar a gregos e troianos) que, inclusive, tornou a acontecer na Nova Continuidade Pós Reboot.

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Michael Turner se redime de todas as suas pretéritas trangressões, cintura feminina de minhoca anoréxica e tudo, desenhando "Minha Deusa" rechaçando o Efeito Ômega na cara pedregosa de Titio Darky pela primeira vez. OHHHH, joy!!

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Mulher Maravilha dá (de novo!) uma dose do seu remédio ômega ao despótico Darkseid na nova Liga da Justiça Pós Reboot. E depois...

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A primeira faz tchum, a segunda faz tcham e... Tcham,Tcham, Tcham!!

Bom, volta e meia a DC acaba elegendo um herói para descer o cacete em algum vilão no início ou no fim de um evento. Até o Sinestro teve a sua estrela na calçada da fama dos heróis em Brightest Light. Apesar de constar o nome de Loeb na revista, vou aguardar ela chegar aqui e ver como se é boa.


Voltando a falar dos "reboots softs" em meio a continuidades pré-estabelecidas e suas consequências. A explicação do incidente entre Nuclear e Darkseid dada acima é o tipo de explicação "fácil" pra nível flutuante ou incongruente de poder que Tolkien muitas vezes DEVERIA ter usado ao invés dos retcons bizantinos, como o de revelar que "só havia "sete balrogs"" incrivelmente mais poderosos e não as legiões que existiam até então em qualquer versão escrita do Legendarium. O lance é: se o leitor pesquisa um pouquinho e usa um bocadinho a imaginação ( respira fundo, reza um Pai Nosso e uma Ave Maria por inspiração), tendo cumplicidade com o universo e seus narradores, o que esse tipo de ficção mitopoética DEMANDA do leitor, dá pra bolar explicações legais sem dar chilique ou menosprezar a história prematuramente.

Caso hilário de atitude de fã meio histérico que acabou sendo "desmentido/dissuadido" pelo devir da história foi o do Kurt Busiek que, apaixonado pela Jean Grey ( compreensível, eu chorei uma semana em cima do Grandes Heróis Marvel 7 e relia a história do começo, rezando pro final mudar), teve uma síncope com o final original da Saga da Fênix Negra em 1980 nos EUA, uma revolta tão grande que ele PAROU de colecionar o gibi logo depois do funeral no nº 138, perdendo o resto da fase hoje tida como "histórica", emblemática e inesquecível, inclusive o copiadíssimo e influente Dias de um Futuro Esquecido que será a base pro próximo filme da continuidade de X-Men First Class.

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Carta de Busiek publicada na sessão de cartas do nº 143 que encerrou a era Claremont/Byrne; o exemplo clássico de "jogar o bebê fora junto com a água do banho". O futuro prestigiado escritor EXECRAVA a fase tida como o Creme de La Creme da continuidade de X-Men, dizendo que "os X-Men haviam se tornado uma perversão do que uma vez haviam sido". A "verdade"? Tem méritos nas duas posições, mas a reação dele na época, de parar de ler o comic, era puramente emocional e chiliquenta. Aí em cima com a antológica e sensata resposta do Claremont: "infelizmente, a Era das Trevas de alguém é a Renascença de outra".Extremamente adequada ao nosso caso do atual Reboot da DC

Eita, não sabia que Busiek era tão fanboy assim da Jean Gray :rofl:


Além do mais, como as historias da Liga Dark vão mostrar, ( eu já li até o número 8 ou nove) várias coisas na metafísica do DCU mudaram e estão sendo explicadas não só la mas também em algumas das outras revistas principais como Stormwatch e Liga da Justiça ( é, o leitor tem que acompanhar mais de uma revista pra ter o quadro completo, como acontecia com o Superman Pós Crise do fim dos anos oitenta). No meu ponto de vista, tá muito prematuro pra formar opinião sobre várias das sagas que ainda estão em desenvolvimento ou sendo apresentadas pro público leitor brasileiros só agora. O fato é: a maioria das coisas pequenas que lhe estão incomodando serão ou já foram explicadas em números subsequentes.

A respeito do status da Enchantress: ela, a entidade, parece ser agora um correspondente fêmea do Espectro-conspícuo pela sua ausência até agora, diga-se de passagem- ( o capuz verde, um monte de clues visuais revelando a coisa, bem como o incremento de poder), tanto é que seus poderes como o lance da tempestade de dentes podres capazes de ferir o Superman ( repare na relativa incolumidade da Diana cujos poderes são místicos) mimetizam os efeitos "nonsense" de algumas histórias do Espectro da década de setenta. Sendo o foco "comico" ou dramático como no filme dos Ghostbusters, os dentes são exatamente iguais ao gigante de marshmallow, eles são construtos de ectoplasma conjurados pela entidade mística cuja "coesão", potência ou resistência refletem a força do conjurador.

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Verdade. O que gerou toda essa minha indignação foi eu ter comprado a revista Dark de supetão. E fazia algum tempo que eu estava ensaiando um retorno para o mundo dos comics por causa dos filmes de Batman e das notícias sobre um novo reboot. E o problema destes reboots com leitores desavisados como eu, foi não ter lido o ponto de partida que foi a saga do Flash e os eventos como a guerra entre as Amazonas e os Atlantes e o aparecimento das equipes que se formaram em meio ao caos, como a Liga Dark que a Madame Xanadu esta recrutando para enfrenta a Magia (que protagonizou bons momentos na série).




O lance é que o Hobbit não era um rascunho. Já era um livro publicado com dezessete anos de vida quando o SdA foi, enfim, publicado. E Tolkien retconou, rebootou o capítulo inteiro do Achado do Anel do Poder pra possibilitar o novo contexto e história retroativa envolvendo Sauron, os elfos e os anéis do poder, criada no período intermediário, pra possibilitar a publicação do SdA onde ele basicamente fundiu os universos do Hobbit e do Silmarillion numa coisa só. Se ele tivesse se apegada à respectiva continuidade dos "universos" nós nunca teríamos tido o SdA.

E o lance de Tolkien com os diversos "rascunhos" ( na verdade não são bem rascunhos no sentido literal da palavra, vários deles já são manuscritos feitos em requintada caligrafia, já "prontos" e acabados) não era só uma questão de "aprimorar", era, principalmente, uma necessidade de Tolkien de enfocar novas coisas, atingir um público diferenciado ou refletir a situção política/econômica da época em que ele contemplaria a idéia de publicação. Acontece que durante as décadas em que ele deixava o Legendarium ainda sem conclusão esses propósitos ou condições mudavam. Ou seja: os mesmos objetivos dos editores e artistas da DC comics cujas histórias, reboots e rectons refletem o cambiar de variantes similares.

Quer dois exemplos elucidativos, um na ficção de JRRT vis a vis com um episódio similar no continuum do DCU? Compare a evolução da caracterização dos anões do Tolkien do Livro dos Contos Perdidos até o SdA e vc vai ver a maneira com que Tolkien aparentemente dialogava com as teorias racialistas de sua época e como a narrativa refletiu uma gradual mudança de posição ou aquisição de discernimento crítico do autor a respeito do assunto Coisa que muito escritor contemporâneo dele como o nosso Monteiro Lobato, tido como muito mais progressista e favorável à evolução científica e tecnológica ( o perigo das noções estereotipadas está aí), não deu conta de fazer ou, se o fez, não verbalizou ou realmente inseriu isso na obra.

A ficção de Tolkien reflete o contato maior de Tolkien com o desenvolvimento científico de sua época e, ao contrário do que muita gente pensa, Tolkien era EXTREMAMENTE antenado com essas coisas, em muitos setores, fazendo dele umas duas ou três décadas À FRENTE do seu tempo.

Esse Tolkien, hein? Quando eu acho que já conhecia um pouco mais dele, lá vem nova informação. A mudança é realmente bem peceptível, não há mais o tom depreciativo sobre a aparência dos naugrim. Meio século de reformulações dá para deixar qualque um doido, se for acompanhar todas as tendências e novidades científicas.

Compare com as alterações retroativas que a DC TEVE que fazer com a deusa Hécate da continuidade da Mulher Maravilha e os motivos sociológico/religiosos que, aparentemente, deram causa à mudança cujos motivos prováveis ( tudo teoria minha) também repercutem uma mudança no perfil do público leitor e nas condições do panorama religioso da sociedade ocorrida entre o fim dos anos oitenta e a nossa contemporaneidade.

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As muitas faces de Hécate- Por que a Deusa da Lua mudou tanto sem explicação na história? E por que os fãs deveriam se importar? No link acima eu dei minha resposta pra angústia dos "naysayers" que queriam linchar Straczynski e Phil Hester

Aí, no caso da saga Odisséia, recém concluída no Brasil, o leitor médio, lá fora inclusive, NÃO QUESTIONOU o óbvio ( e saiu não entendendo a moral e metafísica da história inteira por conta disso): por que a mesma saga que apresentava uma vilã nova ( Nemesis) com o mesmo objetivo principal da Hécate Pré Crise Infinita aparecendo "do nada", TAMBÉM fez questão de "sem necessidade" apresentar uma versão nova da deusa de acordo com os modelos neo-pagãos atuais "politicamente corretos"?

A mudança na aparência até tem certa lógica, se for pegar a Hécate dos mitos, ela é uma divindade primordial de três faces: a virgem, a mãe e a senhora (que aparecem na imagem antiga). E como deuses, eles podem assumir qualquer forma em qualquer época. Creio que a mudança tenha sido mais por causa doq ue você citou, as religiões neo-pagãs, como a wicca, que aboliram a imagem da bruxa velha e esquerosa, para abraçar a Grande Deusa Mãe. Como faziam as religiões matriarcais antes do Deus Patriarcal e monoteísta. E parece que as atuais sagas da DC estão indo por este caminho atualmente. Vide o grande número de magos protagonistas que apareceram antes do reboot e até John Constantine e Monstro do Pânatano saíram do underground para o mainstream. Por quanto tempo? Só o Johns sabe.
 
Yeahhhhhh, o primeiro beijão:
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Curiosidade, o primeiro beijo entre Power Princess e Hipérion na minisérie do Esquadrão Supremo nos oitenta.

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Qualquer semelhança provavelmente NÃO É mera coincidência.

Sim a esse respeito sou shipper merrrmo!!

E não adianta se travestir não Lois :P
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Caracas fico uns dias fora e voces dois criam posts monstruosos de debate....

Não vai dar pra falar sobre tudo não...:sad:

Vamos lá:

Eu não vejo problemas no Super se amarrar na MM é indiferente. O problema esta na concepção das coisas. A DC criou acho que umas 5 crises em menos de 10 anos e depois o Flash point sempre com a desculpa de acertar a cronologia zuada deles.

O problema não é a cronologia e sim a politica da DC com seus editores que complica tudo. Eles nunca tem uma diretriz definida e sempre estão mudando de rumo as coisas la dentro é sempre uma mudança atras da outra. (tanto que o Liefield que é um zero a esquerda pediu demissão por conta disso).
Nessa ultima tudo foi reformulado menos a cronologia do Batman e do Lanterna Verde por causa das vendas mas ai voce começa a cair nas contradições uma vez que se não aagaram a linha do morcego, ele ja teve um relacionamento com a Diana, mas se a dela foi apagada então não houve?

Eu ja fui mais fanatico pela continuidade mas hoje eu sou favoravel a certas licenças poeticas para se contar boas hitorias e um exemplo disso é o Bendis que certas horas desconsidera alguns pontos de certos herois para encaixar uma boa historia sem haver reboots e tals. Essa é a diferença na Marvel que tem uma diretriz para seus personagens criada pelo tio Stan Lee que deve servir de orientação para as historias e acabou.

Só me deixa intrigado, é o fato de atualizarem o uniforme do azulão e continuam deixando uma amazona de biquini...:think:
 
Nessa ultima tudo foi reformulado menos a cronologia do Batman e do Lanterna Verde por causa das vendas mas ai voce começa a cair nas contradições uma vez que se não aagaram a linha do morcego, ele ja teve um relacionamento com a Diana, mas se a dela foi apagada então não houve?

O flerte da Diana com o Batman, feito pra pegar carona na shipperagem que fizeram dos dois no desenho da Liga da Justiça, onde Bruce Timm já entrou com o desejo de fazer TUDO no universo pagar pau pro Morcego, COMO SEMPRE ( muito provavelmente, descontando/anulando a votada fora da Liga que a Diana deu nele no fim de Torre de Babel, não faz diferença nenhuma pra continuidade dos dois, praticamente não gerou repercussões posteriores e era, em grande parte, completamente fora da caracterização para ambos os personagens apesar de Joe Kelly, com uma previewzinha de Phil Jimenez, terem dourado a pílula com habilidade, já que a coisa era produto de Executive Meddling, onde os quadrinhos eram forçados a acompanhar a mídia mais "visível" e prestigiada dos Cartoons( outro exemplo foi o "casanova" do Noturno virando padre nos comics da Marvel e a Ravena ficando com o Mutano(arrrghhhh) nos Novos Titãs).

As for throughout history, most writers have paired W and Superman together. They shared a kiss in an Action Comic Superman 50th Anniversary edition, and in Kingdom Come they get together and later have a child.

Well, when JLUnlimited came out, the Powers That Be decided that was sort of routine. I think Timm said it was like the head cheerleader and star quarterback getting together, so they never pursued it. Then when the Gorilla City episode aired and fans responded to Batman's distress when he thought Wonder Woman had died, they decided to explore that route, which then leached into the comics a bit but was again dropped.

Com a palavra o próprio Bruce Timm:

TIMM: Without giving too much away because there are some interesting plot twists, in the first season we made a conscious effort to say we've got so much going on in the show we don't have time to spend with the characters in their off hours - and we still really don't. We're squeezing a two-hour movie into an hour block. But we are going to have a little bit more of their secret identity lives and definitely exploring more of their interpersonal dynamics. One of the most interesting things that happened last season was, there was a little throwaway bit that we did in the end of the Gorilla Grodd episode. Batman thought that Wonder Woman was buried under this rubble and he was frantically digging her out. She got out, looked down and saw his hands were all burned from digging her out of the rubble. And she kind of gave him this little peck on the check. It wasn't scripted. In the storyboard stage we said this would just be a nice little bit.

Well, the fans on the internet went CRAZY. They said, wow, what's going on between Batman and Wonder Woman? And we're thinking there's nothing going on between Batman and Wonder Woman.

THE PULSE: Aw come on, wouldn't it be fun if it were?

TIMM: That's what happened. We looked at it and said, well...you know... maybe there could be something going on between Batman and Wonder Woman. So we're going to toy with it a little bit. We don't go really deep into it, but there's definitely something kind of happening. It's just an interesting little extra spice to the mix.

Haja vista que aconteceu exatamente entre esses dois momentos aí

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Eu ja fui mais fanatico pela continuidade mas hoje eu sou favoravel a certas licenças poeticas para se contar boas hitorias e um exemplo disso é o Bendis que certas horas desconsidera alguns pontos de certos herois para encaixar uma boa historia sem haver reboots e tals. Essa é a diferença na Marvel que tem uma diretriz para seus personagens criada pelo tio Stan Lee que deve servir de orientação para as historias e acabou.

A abordagem do Bendis de dar um "bend" ( dobrar, prostrar) a continuidade seletivamente, em muito pouco tempo, gera o efeito Continuity Snarl da TV Tropes ( porque dá "efeito cascata"), e, muito embora a Marvel negue ( como a DC negou que o Reboot pós Flashpoint era mais do que "um reboot soft"), vai terminar E está terminando NISSO DAÍ Ó:

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( o Avengers x X-Men, como já dito, só serve de "Prelúdio da Destruição" com uma ameaça AINDA MAIOR do que a Fênix procurando a Hope Summers, ou seja, ao que parece, a Fênix com a hospedeira transformada e "P" da vida com alguma coisa que houve com ela e/ou com seu/s amado/s):

O rumor de que o "Dark Reign" de Quesada e Bendis sempre foi PROGRAMADO pra terminar em Reboot depois de todo o estardalhaço, mayhem and descaracterização arbitrária de personagens como Tony Stark,Reed Richards, Wolverine, Homem Aranha, Feiticeira Escarlate, Magneto, Xorn, Ciclope, Bishop, Xavier e sabe-se lá Deus quem mais, ainda mais quando a iniciativa Ultimate PROVOU que universo Rebootado, pelo menos de início, faz MILAGRES em termos de projeção e revitalização de franquias superheróicas quando envolvem, virtualmente, o universo inteiro; já estava rolando tem uns SETE ANOS e a DC, provavelmente, se adiantou a eles ( o que pode fazer a Marvel dar pra trás na última hora pra não gerar a impressão de que "copiaram" a noção dos planos da DC como aconteceu TANTAS E TANTAS VEZES no passado), já que a idéia já tinha ocorrido ao Marv Wolfman em 1985 mas, salientemos, NUNCA TINHA SIDO IMPLEMENTADA de verdade no universo da DC "moderno" dos últimos cinquenta anos.

Ao contrário do que muita gente"pensa que sabe", a DC só rebootou mesmo DUAS VEZES o seu universo por completo em 1956 e agora em 2011 ( com as exceções pontuais de Green Lantern e Batman, como já mencionado).


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O Reboot depois da Crise, em 1986, foi SÓ PARCIAL e atingiu uma MINORIA de personagens da editora centrados na linha cronológica principal, só o Superman, a Mulher Maravilha, Capitão Átomo, Capitão Marvel e o Hawkman ( esse último muito mais por "erro" e não design")foram completamente rebootados (suas origens pré Crise e participações retroativas apagadas e "rebootadas") com as repercussões "vazando" em cima da Legião dos Superheróis ( sim! por burrice e "queda de braço editorial" dentro da editora) e , numa escala MUITO MENOR, pros Novos Titãs, por incompetência ou egocentrismo de alguns editores isolados.


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Mais tarde, na surdina, bem ao "modo Bendis", fizeram uns reboots nas origens (não na história) de Aquaman e Capitão Marvel, como aconteceu com Batman nas mãos de Miller, mas SEM A EXCLUSÃO de suas participações retroativas no Universo.

Inclusive, foi o fato do Reboot cíclico de 25 anos mais ou menos, como defendido pelo Wolfman, NÃO TER SIDO FEITO como o autor de Crise tinha programado, que determinou a Zona com a Legião e o Gavião Negro, que foi a PRINCIPAL CAUSA de Zero Hora onde, sim, a DC, na última hora, voltou atrás na idéia de mudar mais o universo pra acomodar novas mudanças, QUE JÁ TINHAM sido propostas por Wolfman, AS MESMAS feitas agora ( colocar todo mundo da Golden Age numa "Terra 2") pra não ficar jogando na cara dos leitores a cada vez mais implausível senilidade dos "eternos quarentões" dos patronos fundadores da JSA, desvinculando-os da Segunda Guerra Mundial.

O problema não é a cronologia e sim a politica da DC com seus editores que complica tudo. Eles nunca tem uma diretriz definida e sempre estão mudando de rumo as coisas la dentro é sempre uma mudança atras da outra. (tanto que o Liefield que é um zero a esquerda pediu demissão por conta disso).

Quem acompanha com detalhes sabe que, desde a época de Crise nas Infinitas Terras, a DC, como Universo ficcional como um todo, teve muito mais "diretriz" e ordenamento construtivo, onde,inclusive, os escritores e editores, de um modo geral, SEMPRE disseram que tinham MUITO MAIS LIBERDADE, sem que isso implicasse em ter que fazer trocentas histórias retroativas e gambiarras sem sentido pra explicar o que a editora DEIXOU acontecer num maior ou menor grau, pra, depois, voltar atrás.

Compara aí quantas histórias a Marvel teve nas últimas décadas cujo prime goal foi fazer controle de danos da continuidade e resultando num virtual "tudo que vc viu acontecer dos anos x em diante até ponto Y não era o que parecia ou, graças a Deus, terminou e não será referido mais", em comparação com as da DC.

A saga do Retorno da Jean Grey mais Inferno e Massacre de Mutantes, The Search for Vision do John Byrne no Vingadores da Costa Leste, Saga do Clone e Aftermaths, Justiceiro do Garth Ennis que retconnava o Punisher Guerreiro do Sobrenatural do fim dos Noventa, Spider Man Year One, Avengers-The Crossing, Avengers Forever, as múltiplas versões e acréscimos na origem do Wolverine, a palhaçada do que aconteceu com o Xorn-Magneto, Thor-Worldengine, One More Day e suas DUAS sequências depois dos famigerados sins of the Past e The Other, Infinity Abyss, Heroes Reborn, Heroes Return, Young Justice-Children's Crusade.

Na DC: Superman-Return to Krypton e sua sequência de um ano depois, partes das fases de John Byrne e Phil Jimenez na Mulher Maravilha, pedacinhos da fase de JSA de Geoff Johns e Sadowski, e, sim, o caso mais emblemático, talvez, o do Green Lantern-Rebirth, onde, diga-se de passagem, NÃO APAGARAM os eventos de Emerald Twilight, mas os reinterpretaram sem reboot como Avengers Forever tinha feito também, sendo controle de danos em cima da "não salvável" The Crossing ( nunca publicada no Brasil).

Acrescentemos aqui, com muita boa vontade, os casos especiais de Legião de 3 Mundos e o arco a Saga do Relâmpago da JLA/JSA, servindo pra restabelecer a Legião Pré Zero Hora como a versão canônica da Legião depois dos mal-sucedidos Reboot e Threeboot do meio dos anos 90 e 2000, ambos frutos, ao que tudo indica, do ego de Mark Waid, responsável, também, na surdina e à boca pequena, pelas tentativas de reboot e retcon da Mulher Maravilha Pós-Crise que NUNCA COLARAM e não permaneceram mais do que quatro anos na cronologia até o Reboot total Pós Flashpoint. A mini o Retorno de Donna Troy é , em tudo, consequência do descompasso entre o Reboot total da Wonder Woman e o não-reboot, reboot parcial da continuidade de Titãs.

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