*Ceinwyn*
Ogra rosa
Ah e o livro sobre a amizade dos dois é bem ruinzinho.
Eu bem que desconfiava.... é cada vez menor a chance deu comprar isso.... quase 0% agora =p
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Ah e o livro sobre a amizade dos dois é bem ruinzinho.
Vocês idealizam demais os dois, e como se ambos serem dois grandes escritores fosse realmente motivo para a amizade não acabar.
Ambos eram cheios de defeitos, não viviam nos contos de fadas que escreviam. Eles erravam como pessoas também, e o fato da religião tal pregar isso ou aquilo não significa que ambos eram os exemplos máximos de tais ensinamentos.
Tolkien ficou ressentido, sim, com o Lewis, primeiro por este ter ido para o protestantismo ao invés do catolicismo, e depois pela questão do casamento do Lewis com uma divorciada e o não-comunicado do mesmo para o Tolkien até bem depois.
Vocês podem não gostar, mas têm que aceitar: a amizade dos dois esfriou com os anos, sim, é fato, relatado nas cartas de ambos, e à época da morte do Lewis eles já não se falavam há um bom tempo.
Eu também acho. Por mais gostos diferentes eles tivessem (sei que eram muitos), religião diversas, idéias opostas,...A única coisa foi o casamento. Acho que Lewis deveria sim ter convidado Tolkien, mesmo que ele não aprovasse, ou não fosse. Mas quem somos nós para falarmos deles? Nós não vivemos na época, não sabemos exatamente como era a relação entre eles....
Sobre o casamento, Tolkien se irritou por não ter sido convidado, mas não iria por ser com uma divorciada, certo?
Será então que se Lewis convidase-o para seu casamento e ele não fosse ele não ficaria irritado da mesma forma?
Eu havia lido também que terminou em inimizade, mas em algum outro lugar eu li que eles realmente fizeram as pázes, mas agora já não tenho tanta certeza.
O pior que Tolkien achava da Obra de Lewis não era a escrita infantil e esse tipo de coisa, mas a doutrina que se passava, para perceber isso, é só comparar Eä e Manwë com Aslam.
Também já ouvi dizer que Tolkien achou que Lewis tinha sido explícito demais em suas citações à Bílbia nas Crônicas de Nárnia. Mas não acho que isso torna a obre de Lewis boba ou previsível. É um livro de fantasia para crianças, e a gente costuma saber o que vai acontecer em histórias como essa. Quem conhece a Saga do Herói de Joseph Campbell sabe que esse tipo de história quase sempre segue uma certa rotina, e isso não a torna menos interessante. E As Crônicas de Nárnia não são só O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Eu, por exemplo, acho que A Cadeira de Prata tem passagens geniais sobra alienação, quando a Feiticeira Verde tenta convencer o príncipe de que o mundo real não existe.
Lewis escreveu livros infantis, se propondo a escrever livros infantis. Ele foi coerente. Acho que as Crônicas de Nárnia são fiéis a sua proposta, e se Tolkien, por razões pessoais ou não, não as apreciava tanto, não é motivo para rotulá-las como "infantis", "bobas" e outras coisas. Adoro filmes e literatura infantis, e fico realmente irritada com essa mania de considerar tudo o que é para crianças bobo e superficial, simplesmente porque é para crianças. Obras infantis pode ser muito ricas, se soubermos apreciá-las pelo que elas são, não sempre comparando com coisas "adultas".
Enfim, para mim tanto Tolkien quanto Lewis foram grandes autores, cada um dentro de seu estilo. Sou completamente contra qualquer comparação do tipo: "vamos ver quem é o melhor."
C. S. Lewis died on 22 November 1963, aged sixty-four. A few days
later, Tolkien wrote to his daughter Priscilla: 'So far I have felt the
normal feelings of a man of my age – like an old tree that is losing all
its leaves one by one: this feels like an axe-blow near the roots.'
He refused a request to write an obituary of Lewis, and he turned
down an invitation to contribute to the memorial volume. But he spent many hours pondering over Lewis's last book, Letters to Malcolm, Chiefly on Prayer.
And in The Hobbit the leaf-mould of Tolkien's mind nurtured a rich growth with which only a few other books in children's literature can compare.For it is a children's story. Despite the fact that it had been drawn into his mythology, Tolkien did not allow it to become overwhelmingly serious or even adult in tone, but stuck to his original intention of amusing his own and perhaps other people's children. Indeed he did this too consciously and deliberately at times in the first draft, which contains a large number of 'asides' to juvenile readers, remarks such as 'Now you know quite enough to go on with' and 'As we shall see in the end'. He later removed many of these, but some remain in the published text – to his regret, for he came to dislike them, and even to believe that any deliberate talking down to children is a great mistake in a story.Never mind about the young!' he once wrote. 'I am not interested in the "child" as such, modern or otherwise, and certainly have no intention of meeting him/her half way, or a quarter of the way. It is a mistaken thing to do anyway, either useless (when applied to the stupid) or pernicious (when inflicted on the gifted).' But when he wrote The Hobbit he was still suffering from what he later called 'the contemporary delusions about "fairy-stories" and children' – delusions that not long afterwards he made a conscious decision to renounce.
(...)
So Tolkien began, though he turned not to The Lord of the Rings for
which revision was urgent, but to The Hobbit for which it was not. He spent many hours searching for some revision notes that he had already made, but he could not find them.
(...)
When the next day he did get down to The Hobbit he found a good deal of it 'very poor' and had to restrain himself from rewriting the entire book.