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Censo Valinor Literatura 2021

JANEIRO
1. O mundo perdido (Sir Arthur Conan Doyle)
2. História universal da infâmia (Jorge Luis Borges)
3. Veredicto em Canudos (Sándor Márai)
4. Diário dos moedeiros falsos (André Gide)
5. Sagrado (Dennis Lehane)

FEVEREIRO
6. Seu rosto amanhã - vol. 1: Febre e lança (Javier Marías)
7. Billy Budd (Herman Melville)
8. A chave de vidro (Dashiell Hammett)

MARÇO
9. Nos penhascos de mármore (Ernst Jünger)
10. O apanhador no campo de centeio (J. D. Salinger) [releitura]
11. A cada um o seu (Leonardo Sciascia)

ABRIL
12. Morte na Mesopotâmia (Agatha Christie)
13. O processo (Franz Kafka)
14. A literatura nazista na América (Roberto Bolaño)

MAIO
15. Morte no seminário (P. D. James)
16. O farol (P. D. James)

JUNHO
17. O homem do avesso (Fred Vargas) [releitura]
18. O senhor vai entender (Claudio Magris)

JULHO
19. Meninos valentes (Patrick Modiano)
20. Brasil Ópera-Bufa (Luís Fernando Neis Blaschke)

AGOSTO
21. O mundo se despedaça (Chinua Achebe)
22. Um artista do mundo flutuante (Kazuo Ishiguro)
23. Do mais longe do esquecimento (Patrick Modiano)

SETEMBRO
24. Emily L. (Marguerite Duras)
25. Os três mosqueteiros (Alexandre Dumas)
26. A guerra não tem rosto de mulher (Svetlana Aleksiévitch)

OUTUBRO
27. Relatos de um gato viajante (Hiro Arikawa)
28. Rituais (Cees Nooteboom)

NOVEMBRO
29. Seu rosto amanhã - vol. 2: Dança e sonho (Javier Marías)
30. The black notebook (Patrick Modiano)

DEZEMBRO
31. Duna (Frank Herbert)
32. Morte de um perito (P. D. James)
33. Os anos do Condor (John Dinges)


E... acabou o ano.
 
01 - Três Ratos Cegos & Outros Contos - Agatha Christie
02 - A Morte da Sra. McGinty - Agatha Christie
03 - Morte na Rua Hickory - Agatha Christie
04 - Depois do Funeral - Agatha Christie
05 - A Extravagância do Morto - Agatha Christie
06 - Um Gato Entre os Pombos - Agatha Christie
07 - A Aventura do Pudim de Natal - Agatha Christie
08 - Os Relógios - Agatha Christie
09 - Seguindo a Correnteza - Agatha Christie
10 - A Terceira Moça - Agatha Christie
11 - A Noite das Bruxas - Agatha Christie
12 - Os Elefantes Não Esquecem - Agatha Christie
13 - Os Primeiros Casos de Poirot - Agatha Christie
14 - O Império dos Mutantes - Stefan Wul
15 - Enquanto Houver Luz - Agatha Christie
16 - O Cão da Morte - Agatha Christie
17 - Possessão Alienígena - Diversos Autores
18 - Corpos Secos - Luisa Geisler, Marcelo Ferroni, Natália B Polesso & Samir M. de Machado
19 - A Invenção dos Discos Voadores - Rodolpho Gauther C. dos Santos
20 - Casos Ufológicos - Thiago Luiz Tichetti
21 - UFOs: O Último Grande Segredo - Curt Sutherly
22 - A Casa Torta - Agatha Christie
23 - Os Mitos de Cthulhu - H.P. Lovecraft
24 - Nas Montanhas da Loucura & Outras Histórias de Terror - H.P. Lovecraft
25 - Eu Estou Pensando em Acabar com Tudo - Iain Reid
26 - O Clube do Crime das Quintas-feiras - Richard Osman
27 - Um Corpo na Biblioteca - Agatha Christie
28 - Mistério no Caribe - Agatha Christie
29 - Assassinato na Casa do Pastor - Agatha Christie
30 - A Mão Misteriosa - Agatha Christie
31 - Convite Para um Homicídio - Agatha Christie
32 - A Última Festa - Lucy Foley
33 - Um Passe de Mágica - Agatha Christie
34 - Cem Gramas de Centeio - Agatha Christie
35 - A Testemunha Ocular do Crime - Agatha Christie
36 - A Maldição do Espelho - Agatha Christie
37 - Os 13 Problemas - Agatha Christie
38 - Pedro Páramo - Juan Rulfo
39 - O Caso do Hotel Bertram - Agatha Christie
40 - Jogos Macabros - R.L.Stine
41 - Nêmesis - Agatha Christie
42 - Um Crime Adormecido - Agatha Christie
43 - Os Últimos Casos de Miss Marple - Agatha Christie
44 - Porcelain: Memórias - Moby



Contos & Textos Curtos
01 - Marcas de um Contato - Paolla M.P. Arnoni
02 - Contos de Sete Além - Rita Flôres
03 - A Porta no Muro - H.G. Wells
04 - O Mistério da Casa Geminada - E. Nesbit
05 - O Romance do Tio Abraham - E. Nesbit
06 - O Terror à Noite - E.F. Benson
07 - A Coisa do Exterior - George Allan England
08 - A Floração da Orquídea Estranha - H.G. Wells
09 - O Lobisomem do Saara - G.G. Pendarves
10 - O Sinaleiro - Charles Dickens


Quadrinhos

01 - Neonomicon - Alan Moore & Jacen Burrows (Panini)
 
Última edição:
Janeiro:
1. A Redenção do Anjo Caído (Fábio Baptista) - 336 pg. ★★★★★
2. Declínio de um Homem (Osamu Dazai) - 152 pg. ★★★★★
3. Pandemia: Covid-19 e a reinvenção do comunismo (Slavoj Žižek) - 117 pg. ★★★★
4. Manifesto do Partido Comunista (Karl Marx e Friedrich Engels) - 70 pg. ★★★★★
5. A Vida Sexual da Mulher Feia (Cláudia Tajes) - 144 pg. ★★★

Fevereiro:
6. Filhos do Éden: Anjos da Morte (Eduardo Spohr) - 588 pg. ★★★★
7. Luz do Bhāgavata: Descrições do Outono (Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupāda) - 159 pg. ★

Março:
8. A Mágica da Arrumação (Marie Kondo) - 160 pg. ★★★

Abril:
9. Filhos do Éden: Paraíso Perdido (Eduardo Spohr) - 560 pg. ★★★
10. História de um Louco Amor (Horacio Quiroga) - 97 pg. ★★★★

Maio:
11. Ideias para Adiar o Fim do Mundo (Ailton Krenak) - 104 pg. ★★★★
12. A Vida não é Útil (Ailton Krenak) - 128 pg. ★★★★
13. Número Zero (Umberto Eco) - 207 pg. ★★★★

Julho:
14. To Kill a Mockingbird (Harper Lee) - 357 pg. ★★★★★

Outubro:
15. Construtivismo: a produção do conhecimento em aula (Vasco Pedro Moretto) - 124 pg. ★★★★★
16. Libertinagem (Manuel Bandeira) - 128 pg. ★★★★★
17. O Nome da Rosa (Umberto Eco) - 479 pg. ★★★★★

Novembro:
18. Anna Kariênina (Liev Tolstói) - 839 pg. ★★★★

Dezembro:
19. Brahmavidya (Annie Besant) - 106 pg. ★
20. Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto) - 224 pg. ★★★★★
21. Senhor e Servo & Outras Histórias (Leon Tolstói) - 128 pg. ★★★★
22. Macunaíma (Mário de Andrade) - 192 pg. ★★★★★
23. Dracula (Bram Stoker) - 560 pg. ★★★★

Se cortassem umas 100 páginas da enrolação entre o casamento do Jonathan e a exumação da Lucy, ficaria só o filé. :dente:


Agora sim acabou!
 
JANEIRO.
1. Charles Darwin: Viajando - Janet Browne. Editora Unesp, pp. 776. Leitura iniciada em dezembro.
2. Todos os belos cavalos - Cormac McCarthy. Alfaguara, pp. 281.
3. A morte de Ivan Ilitch - Liev Tolstói. Editora Todavia, pp. 90.
4. Vida à venda - Yukio Mishima. Estação Liberdade, pp. 256.
5. Natureza Humana: Justiça vs. Poder - Noam Chomsky e Michel Foucault. WMF Martins Fontes, pp. 86.

FEVEREIRO.
1. O Teatro de Sabbath - Philip Roth. Companhia das Letras, pp. 507.
2. Sonata a Kreutzer - Liev Tolstói. Editora Todavia, pp. 124.
3. Consciousness and the Brain: Deciphering How the Brain Codes Our Thoughts - Stanislas Dehaene. Penguin Books, pp. 336.
4. A Estrada - Cormac McCarthy. Alfaguara, pp. 234.
5. Impressões de Michel Foucault - Roberto Machado. N-1 Edições, pp. 239.

MARÇO.
1. Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski. Editora Todavia, pp. 603
2. As Duas Culturas e Uma Segunda Leitura - C. P. Snow. EDUSP, pp. 128.

ABRIL.
1. A Metamorfose - Franz Kafka. Cia das Letras, pp. 104. (Releitura)

MAIO.
1. The Blind Storyteller: How We Reason About Human Nature - Iris Berent. Oxford University Press, pp. 288.
2. The Ancient Origins of Consciousness: How the Brain Created Experience - Todd E. Feinberg e Jon M. Mallatt. MIT Press, pp. 366.

JUNHO.
1. A Redoma de Vidro - Sylvia Plath. Biblioteca Azul, pp. 280.

AGOSTO.
1. Orgulho e Preconceito - Jane Austen. Penguin Companhia, pp. 576.
2. Macbeth - William Shakespeare. Editora Nova Fronteira, pp. 116.

SETEMBRO.
1. As Crônicas de Gelo e Fogo: A Guerra dos Tronos - George R. R. Martin. LeYa, pp. 591. (Releitura)
2. Padre Siérgui - Liev Tolstoi. Editora Todavia, pp. 68.
3. O Estrangeiro - Albert Camus. Editora Record, pp. 128. (Releitura)
4. Homem Comum - Philip Roth. Companhia das Letras, pp. 131.

OUTUBRO.
1. Assim na Terra Como Embaixo da Terra - Ana Paula Maia. Editora Record, pp. 144.
2. O Veredicto/Na Colônia Penal - Franz Kafka. Companhia das Letras, pp. 84. (Releitura)

NOVEMBRO.
1. Plataforma - Michel Houellebecq. Alfaguara, pp. 269.
2. O Último Abraço da Matriarca: As Emoções dos Animais e o que Elas Revelam Sobre Nós - Frans de Waal. Zahar, pp. 423.
3. Bartebly, o escrevente: Uma história de Wall Street - Herman Melville. Autêntica, pp. 147.
4. Os Emigrantes - W. G. Sebald. Companhia das Letras, pp. 237.

DEZEMBRO.
1. Ruído Branco - Don DeLillo. Companhia das Letras, pp. 395.
2. O tenente Gustl - Arthur Schnitzler. Editora Record, pp. 91.
3. Vagueness and the Evolution of Consciousness: Through the Looking Glass - Michael Tye. Oxford University Press, pp. 134.

Acabou. Ansioso pelas leituras do ano que vem.
 
1. A história do mundo para quem tem pressa - Emma Marriott
Eu sentia falta de uma visão mais coesa sobre a História: sabia um pouco sobre cada capítulo relevante da humanidade, mas não tinha uma noção clara do que veio antes/depois do quê, e o que estava acontecendo enquanto X estava acontencedo aqui. Esse livro ajudou, apesar do título infame de livro para concurso ou de videozinho informativo.
2. Você não é tão esperto quanto pensa - David McRaney
Ótima indicação da @Mellime que nos ajuda a desconfiar mais das nossas próprias convicções. O livro discorre sobre as várias modalidades de autoengano, e como estamos sujeitos a todas o tempo inteiro. Mais uma gota importante no meu crescente ceticismo e humildade intelectual.
3. Diário de um quarentenado - Ruan Passos
História bem curtinha de um homem perdendo a sanidade ao longo das fases da pandemia. É a primeira publicação de um colega que começou a se tornar escritor. Sempre faço questão de dar esse incentivo a conhecidos (em todas as minhas listas anteriores há pelo menos um livro do meu sogro ou de amigos), e esse eu peguei entusiasmado porque Ruan tem uma veia talentosa para o humor - e comédia (e futebol) é meu consumo diário.
4. Você não merece ser feliz - Como conseguir mesmo assim - Craque Daniel (Daniel Furlan e Pedro Leite)
Eu já peguei esse livro cheio de expectativas, porque sou fã do humor de Falha de Cobertura e Choque de Cultura, mas conseguiu ser melhor do que eu esperava! Gargalhei umas 50x e, o mais inesperado, ao mesmo tempo me peguei pensando na validade de algumas das filosofias do Craque Daniel - mesmo que travestidas de tanto satirismo, há certa verdade na ideia de que o excesso de virtudes atrapalha a nossa busca da felicidade. Daniel Furlan é gênio!
5. Os Irmãos Karamazov - Fiódor Dostoiévski
Quero continuar matando alguns clássicos por ano, e desde Crime e Castigo e Guerra e Paz acabo me inclinando para os russos. Este começou morno, e até bem monótono em algumas partes, a ponto de eu achar que minha opinião terminaria bem negativa. Mas a parte final foi brilhante, com um atrativo especial para quem tem algum interesse pelo Direito. Dostoiévski amarra os irmãos Karamazov num enredo em que todos exercem uma participação crucial e peculiar, na linha das suas personalidades completamente diferentes uma da outra - não à toa Freud era um fã declarado da obra. Ainda assim, não foi uma experiência de leitura que me agradou muito. Receio que a edição ser português de Portugal influenciou um pouco, tenho uma agonia horrível com os "aspetos" e cia.
6. Nineteen Eighty-Four - George Orwell
É o próprio "1984": escrevi assim só porque eu quis arrotar que li em inglês o título original é assim mesmo por extenso. Tem coisa demais para comentar sobre esse livro, mas aqui eu só queria fazer uma observação curiosa, que se estende a Revolução dos Bichos, a outra obra-prima do autor: seja por seletividade por conveniência, seja por interpretação equivocada mesmo, é muito interessante como qualquer espectro político consegue usá-las para suas próprias bandeiras ideológicas. Eu enxerguei o bolsonarismo ilustrado lá e cá, e veja só, Sarah Winter recomenda o livro! Aposto que, se ainda fossem um grupo relevante, até os stalinistas (alvo óbvio de Orwell) conseguiriam fazer uma manobra cognitiva - um doublethink - para usar a obra em seu próprio favor.
7. The Silmarillion - J.R.R. Tolkien
É tipo o "Velho Testamento" daquela história do gnomo que precisa jogar um anel no vulcão.
8. The Call of Cthulhu - H.P. Lovecraft
Tá permitido listar conto como um? Ha ha. O livro é a coleção completa dele, e como não pretendo ler todos em sequência vou postando assim, pingado. Mas, assim como fiz com os livros da Bíblia, prefiro organizar todos numa única "entrada", porque é como se na minha cabeça fossem uma coisa só, "Os contos de Lovecraft". Vou fazer como fiz com Sherlock Holmes, e alternar os contos com outras leituras mais densas.
Gostei muito do estilo do autor. Confesso que me incomodaram um pouco as referências claramente racistas - mas nada apologético, só mesmo a mentalidade da época. Mas o que me incomodou mesmo foi a percepção de que o meu vocabulário em inglês falha muito em adjetivos correntes na década de 1910, e a sensação de que isso pode atrapalhar a minha percepção da narrativa. O fator descritivo parece crucial em Lovecraft, e eu posso estar perdendo um pouco da imersão por causa de brechas no vocabulário. Vamos ver se acontece como aconteceu com Tolkien: no início eram várias as palavras que eu desconhecia, mas eis que o autor - e veja bem, ele era um filólogo - tem suas palavras favoritas, que se repetem, então foi só aprender um punhado delas que a leitura fluiu.
9. Projeto nacional: O dever da esperança - Ciro Gomes
Apesar de o seu propósito ser justamente injetar esperança, nunca uma leitura me deixou tão desolado. Explico.
Ciro faz um apanhado da história econômica brasileira para demonstrar que já produzimos milagres (não existe um "defeito genético" que nos impeça); depois faz um retrato do cenário atual e dos nossos potenciais, para sustentar que ainda temos alternativas: essas alternativas perfazem o projeto nacional, que ele esmiúça.
É evidente que, lá e cá, ele lança mão de referências autobiográficas para se credenciar como um candidato apto a liderar esse projeto; mas é o projeto, detalhando os objetivos, os métodos, os motivos, os números (com suas fontes), os exemplos internacionais, que é o foco do livro. E é justo esse compromisso com um projeto que eu possa apreciar com antecedência e reconhecer ali os valores políticos que eu prezo, e ao menos uma verossimilhança de responsabilidade e capacidade - de saber o que está fazendo e aonde quer chegar - o principal aspecto do meu apoio a Ciro (ou a quem quer que o encabece em seu lugar).
Mas quanto mais bonita é essa conclusão de que temos alternativas e pelo menos um projeto que pode nos deixar otimista, maior é a frustração quando faço a confrontação com a realidade. Não só é natural que a maior parte das pessoas não se importe muito com projetos e acabe votando por simpatias, por carismas, por confiança cega em pessoas, como mais do que nunca deverão votar por ódio: na opção mais extrema oposta de quem elas odeiam. A minha sensação é de que tudo isso aí que Ciro estudou e escreveu é um grande e lamentável desperdício.
Mas pelo menos me permite votar em paz.
10. A Poesia: uma iniciação à leitura poética - Armando Trevisan
O autor do livro seguinte, depois de me convencer do quanto de literatura eu estaria perdendo se abdicasse de vez da poesia, me indicou este livro, que foi de uma senhora ajuda! Menos pelo didático e mais pela... como posso dizer isso... poesia sobre a poesia. Eu consegui entender, com as belas palavras que ele traz da própria autoria e de outros autores, por que é que o poético é belo de um jeito especial. Aprendi que o som é indissociável da poesia - e aliás, já trouxe mais para a frente um livro que a minha sogra (professora de Música) havia me presenteado, e que o autor referencia muitas vezes: O Ouvido Pensante, de Murray Schafer. Definitivamente eu já me sinto melhor preparado para saber apreciar os clássicos em verso.
11. Brasil Ópera-Bufa - Luis Fernando Calib Béla
Sinta-se homenageado como meu primeiro teste! Curti muito, especialmente por não falar mal de Ciro. "Pergunte ao professor" e "O Evangelho segundo o presidente" foram os melhores!
Ah, uma coisa que achei interessante é que alguns poemas têm referências muito, muito sutis, de episódios que marcaram a política brasileira num momento específico - mas que em poucos dias já tinham sido superados por outros, e que a essa altura já nem nos lembrávamos mais. A ópera-bufa é tipo um registro que eterniza uma sucessão de absurdos que só quem viveu poderá, com algum esforço, se lembrar!
12. Discurso do método - René Descartes
Ahm... fiquei meio decepcionado. Esperava um pouco mais de desenvolvimento sobre o método científico, mas a parte em que ele o expõe, objetivamente, é rápida e bem rasa. Metade do livro (que é bem curto) é tomado por uma tese metafísica sobre a existência de Deus - a qual ele defende - e um tratado sobre o funcionamento do corpo humano, que nem servem como exemplo de como o método científico está sendo aplicado: eu, pelo menos, não consegui entender bem de que modo ele chegou a essas conclusões usando o método que ele particularmente inventou, ou de que modo as conclusões teriam sido diferentes a partir de outro método. Mas vá lá, eu não costumo ler filósofos, então posso ter pecado em alguma coisa. Talvez eu tenha feito uma leitura um pouco anacrônica, desatento ao que teria sido para a época uma grande quebra de paradigma.
13. O Restaurante no Fim do Universo - Douglas Adams
2º volume de O Guia do Mochileiro das Galáxias, que, ao que tudo indica, vou acabar lendo um por ano: primeiro porque, como todos já sabem, minha lista de próximas leituras está formidável, e eu ando fazendo o possível para diversificar o máximo possível em vez de focar num gênero ou numa série; segundo porque, ainda que eu esteja curtindo, não chega a me prender e ansiar por mais e mais. O livro tem excelentes piadas, dou altas risadas, mas nada a ponto de acordar uma @Tali enfurecida, como com as tiradas magníficas do Craque Daniel ou a obra-prima de Choque de Cultura, que também estou lendo em paralelo. :rofl: Enfim, uma ótima série, mas zero prioridade, deixa os próximo ali no cantinho, esperando o próximo momento em que eu estiver com uma leitura densa no Kindle, precisando de uma leitura leve em livro físico para contrabalançar (sempre faço isso).
14. A Metamorfose - Franz Kafka
Depois de O Processo, um cara acordando transformado num inseto gigante (e não achando isso muito estranho) não me pareceu tão esquisito da parte de Kafka. A história tem seu mérito filosófico, mas devo dizer que não me impressionou tanto. Ainda assim, leitura divertida, que literalmente me prendeu na cama até terminar: me arrependi de ter começado a ler já na hora de dormir, porque livros curtos interessantes nos provocam a ir logo até o fim.
15. Choque de Cultura: 79 filmes para assistir enquanto dirige - Caito Mainier ... [et al.]
Eu já comentei aí em cima (e vocês já devem ter percebido) que eu sou um ávido consumidor de humor. Gosto de quase todo tipo de comédia, e onde existe potencial para dar risada eu tô indo atrás. Dito isso, acho que tem algum peso quando eu declaro: Choque de Cultura é o melhor conteúdo cômico que eu já conheci! NADA que eu já vi de comédia consegue casar tão bem textos tão geniais com personagens e atuações tão hilárias. As "resenhas" desse livro (cada uma escrita por um dos PILOTOS) são mais alguns capítulos preciosos do programa. É impossível ler sem ouvir a voz deles. Recomendo a todos que já tiverem assistido a alguns episódios (quem não tiver, não vai entender nada). Se você já assistiu e não achou graça, não tem o meu respeito. Pare de ler o que eu escrevo.
16. Os Miseráveis - Victor Hugo
Eu passei a leitura dividido entre a emoção e o tédio, mas, no fim, preveleceu a primeira. Muitas coisas me desagradaram na narrativa, é verdade: o excesso de digressões muito longas (sobre coisas que sequer impactam decisivamente na história); alguns monólogos intermináveis, que se fossem reais teriam feito seus interlocutores irem embora na metade; as inúmeras analogias citando escritores, poetas, filósofos, pintores, que, apesar de enriquecerem a obra, também a tornam frequentemente maçante, porque eu, pelo menos, não sou tão culto para entender tantas referências... Mas nada disso impediu a minha sensação de profundo êxtase, com o final da leitura. A compaixão que eu senti por Fantine, Mabouf e Jean Valjean quase me levou às lágrimas. Analisando em retrospectiva, até as partes chatas parece que têm, sim, o seu valor na formação do todo (de fato, @Mercúcio). É um livro que muitas vezes me fez lembrar de Guerra & Paz, tanto por tocar em temas parecidos, quanto pela estrutura semelhante (a história interrompida por ensaios e digressões), e me trouxe até vontade de reler este último.
17. Churchill: caminhando com o destino - Andrew Roberts
O próprio Churchill dizia que a sua atuação durante a Segunda Guerra Mundial só foi possível graças a todas as provações por que ele havia passado até então... o autor constrói muito bem essa ligação, dividindo o livro em duas partes: "A Preparação" - tudo que ele viveu até se tornar primeiro ministro - e "A Provação", que são os detalhes desse período. A narração é magnífica: minuciosa, empolgante, e procura ser imparcial, fazendo críticas onde elas cabem - mas é inevitável perceber a profunda admiração do autor pelo biografado. Também é inevitável terminar o livro pensando: que falta que nos faz um estadista! Uma das melhores leituras do ano.
18. O ouvido pensante - Murray Schafer
Comecei esse livro com muito entusiasmo, mas fui perdendo no decorrer da leitura. Foi uma aposta: é um livro didático de Música, destinado principalmente a professores para dinâmicas de aula, então seria uma bela prova para o meu gosto por teoria musical. Não rolou. Odeio de morte abandonar leituras, mas percebi que já estava arrastando essa há meses, então do meio pro fim praticamente folheei.
19. A ovelha que queria ser cabra - Alice Caldas Bengard
Fiz questão de não deixar de citar: livro infantil, escrito pela filha de um amigo meu, de 6 anos. Uma história fofinha sobre autoestima e empatia.
20. Mrs. Dalloway - Virginia Woolf
Só terminei hoje, mas livro começado em 2021 é livro de 2021, sue me!
Não sou tão fã desse estilo de fluxo de consciência, acho que cansa um pouco quando nada acontece na história - exceto quando se trata de contos, curtos, como os de Lygia Fagundes Telles. Mas acho que fui me acostumando com este livro aos poucos: no final, gostei. Uma coisa que atrapalha esse estilo é ler de bocado em bocado, e é assim que eu normalmente leio: alguns minutos por vez, numa sala de espera, entre um compromisso e outro, ou antes de cair no sono. O ideal é ler este livro de uma só vez, imergir completa e ininterruptamente no pensamento dos personagens. O inglês também, outra vez, foi um desafio, com a linguagem da década de 20... mas senti que tive menos dificuldade do que com Lovecraft, por exemplo, que é muito mais descritivo.
 
1. O duque e eu (Os Bridgertons – Livro 1) - Julia Quinn - 288 páginas
2. O visconde que me amava (Os Bridgertons – Livro 2) - Julia Quinn - 304 páginas
3. Um perfeito cavalheiro (Os Bridgertons – Livro 3) - Julia Quinn - 304 páginas
4. Os segredos de Colin Bridgerton (Os Bridgertons – Livro 4) - Julia Quinn - 336 páginas
5. Para Sir Phillip, com amor (Os Bridgertons – Livro 5) - Julia Quinn - 288 páginas
6. O conde enfeitiçado (Os Bridgertons – Livro 6) - Julia Quinn - 304 páginas
7. Um beijo inesquecível (Os Bridgertons – Livro 7) - Julia Quinn - 272 páginas
8. A caminho do altar (Os Bridgertons – Livro 8) - Julia Quinn - 320 páginas
9. E viveram felizes para sempre (Os Bridgertons - Livro 9) - Julia Quinn - 256 páginas
10. Villette - Charlotte Brontë - 856 páginas
11. O chamado de Cthulhu e outros contos - H.P. Lovecraft - 211 páginas (abandonado)
12. Flores para Algernon - Daniel Keyes - 288 páginas
13. O Silmarillion - J.R.R. Tolkien - 480 páginas (abandonado - que vergonha de escrever isso)
14. O Olho do Mundo - Série A Roda do Tempo – Vol. 1 - Robert Jordan (800 páginas)
15. A Grande Caçada - Série A Roda do Tempo – Vol. 2 - Robert Jordan (704 páginas)
15. Piranesi - Susanna Clarke (256 páginas)

Risquei A Grande Caçada porque não terminei de ler e vou passar o livro pro censo 2022.
 

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