Tá rolando mesmo?
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Bicho, tá feio pacas esse "debate".
Todos comentando isso mesmo. Vou é passar longe.Acabei vendo agora, mesmo.
Não sei por que aguentei até o final.
Nem botei na velocidade 1.5x...
Neste 2º turno, que ganha fácil como o pior dilema da minha breve história como eleitor, elaborei uma fórmula que batizei de “Método do Candidato Ideal”: imaginar como seria o presidenciável perfeito, que reunisse todo o perfil, trajetória política e propostas com que me identifico, daí comparar essa entidade onírica com as duas alternativas que o eleitorado brasileiro me deixou, e calcular qual se aproxima mais (a.k.a “se distancia menos”). Seria um(a) candidato(a) de partido de centro-esquerda (PSB, PDT, PPS, PROS...); com histórico político coerente; nenhum envolvimento em escândalos de corrupção; experiência administrativa; com o compromisso de manutenção e ampliação de programas de compensação econômica e políticas afirmativas programáticas; com política econômica diversa da atual; que demonstrasse conhecer a fundo o país em suas diversidades regionais; que se comprometesse com uma profunda reforma política e eleitoral (destaque para o fim da reeleição e do financiamento privado de campanha) e tributária (simplificação dos tributos); que se manifestasse em favor da mínima intervenção do Estado em questões civis, como casamento e adoção homoafetiva; que se comprometesse com a valorização de demais temas como laicidade, sustentabilidade, reforma agrária, demarcação de terras indígenas e valorização do servidor público.
A fórmula não funcionou: tanto um quanto outro candidato se aproximava de certos pontos e voava longe em relação a outros. Voltei ao método primitivo: analisar cada um dos candidatos, prós e contras. Também não deu certo: os prós de um eram os contras do outro e vice-versa. Qual foi a solução? Olhar para a construção do candidato ideal e para as tabelas comparativas e perguntar a mim mesmo O QUE MAIS IMPORTA. E cheguei a uma conclusão.
A continuidade de Dilma significa a soma de quatro a outros doze anos de manutenção de um grupo político no poder, o que, por si, considero necessariamente negativo. A oxigenação dos cargos públicos é positiva, dificulta o controle da máquina estatal. A corrupção instalada é ultrajante, e há a sensação de que, votando, estamos aceitando o que vem sendo feito com o dinheiro público. A política econômica do governo fracassou, voltou a nos amedrontar com relação à inflação e estagnou o crescimento do Brasil. A dívida pública multiplicou e saiu dinheiro até de onde não tinha nada a ver para segurar a recessão. Obras de infraestrutura diminuíram o ritmo e a execução de projetos importantíssimos, como a integração de bacias (vulga "transposição") do Rio São Francisco, está parada.
Mas, eleitor de Aécio, não estou ao seu lado. Os motivos acima fizeram do meu voto a Marina um dos mais fáceis da minha vida. Era a oportunidade de mudança sem colocar em risco o que eu considero uma grande ruptura de paradigma operada pelo governo Lula, precariamente continuada por Dilma: a redução de desigualdades como política central, com ênfase à redistribuição de renda e de oportunidades. E é a desconfiança de que esse tema não será tão prestigiado pelo governo do PSDB que conduz o meu voto a Dilma.