Almarë, lië!
Minha humilde opinião a respeito de escrever em Quenya...
Comparando o idioma ao Tupi (ou língua brasílica, como tem sido tratado por alguns escritores de respeito), haveria a possibilidade de "modernizar" o Quenya. Sim, sei que é uma língua artificial - mas, pressupondo que é um idioma, por que restringi-lo ao que já existe? O Tupi ganhou palavras novas como "geladeira" e "computador". Ora, isso, também, poderia ser feito em Quenya.
Uma boa idéia seria transformar em uma palavra uma descrição (o próprio vocábulo "Quenya" significa "aqueles que falam com vozes", ou "i carir quetta ómainen" - sujeito a correções se estiver errado, por favor) ou locução existente no idioma, a fim de definições para um objeto moderno. Seria mais ou menos a visão de um elfo para coisas da atualidade, onde ele teria uma visão superficial do objeto-alvo.
É uma pena ainda esbarrarmos em direitos autorais tão ditatoriais, porque a língua é um patrimônio de domínio público (e se, a partir de hoje, não o for mais, que tentem me alcançar aqueles que querem registrar a autoria do português moderno falado no Brasil...). Mas quem sabe isso não é possível um dia?
Aos fãs do medievalismo, minhas sinceras desculpas. Sei que não gostariam de ver conversas sobre geladeiras em Quenya - mas a evolução da língua sempre é necessária. Até mesmo porque todos certamente sonham em poder conversar nesse lindo idioma, com tantas qualidades e defeitos quanto qualquer idioma utilizado na antigüidade (e, por isso mesmo, naturalíssimo).
Namárië!