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que pecado horrível em tempos de crise não tomar partido de nenhuma extremo e ponderar sobre os fatos, né.

:roll:

Isso me lembrou o Ricardo Boechat. Hoje, na abertura do jornal que ele apresenta na BandNews FM (que passa simultaneamente na Band e BandNews TV também), ele falou sobre isso. Ele estava sendo xingado de petralha e de coxinha. Porque diferente de boa parte da mídia, não comprou partido. E hoje deixou claro que não está lá para defender A ou B, apenas para dar a notícia e tentar analisar os fatos da maneira mais imparcial possível. Mas com tamanha polarização, ele começou a sofrer ataques dos dois lados.

Particularmente acho ele o melhor jornalista da TV aberta atualmente, justamente por não condenar ou absolver ninguém. Ele ataca o PT e o Moro na mesma frase, por exemplo.
 
Mas olha, @Omykron, até que dessa vez ela está sendo bem objetiva ao apoiar a cassação da chapa Dilma-Temer. Se bem que no resto da entrevista, ela tem vários momentos típicos da Marina Silva, como quando perguntada se achava Lula culpado.
e é ai que está o problema: momentos de lucidez ofuscando que as ideias e ideais dela estão mais obscuras que promessa de campanha.
ela não consegue se afirmar em posição alguma. seria devorada rapidamente (como sempre foi) no primeiro turno. isso sem contar que a oratória dela só não é pior que a da Dilma.

Sobre a legitimidade dita, é mais nessa questão moral mesmo. Temer participou das "pedaladas". Ele assinou algumas, pelo que foi divulgado. Como pode tirar Dilma e manter ele se ambos fizeram a mesma coisa? Se for tirar uma, que seja feita a cassação da chapa, ué.
Porque o vice não tem poder executivo. Ele assina e aprova as decisões de acordo com o acordado pelo presidente. Como em nenhum momento a dilma estava afastada do cargo por motivos de doença ou algo do tipo, ela é a única responsável. tl;dr: todo vice é um pau mandado até o presidente estar impossibilitado de exercer o cargo.
que pecado horrível em tempos de crise não tomar partido de nenhuma extremo e ponderar sobre os fatos, né.

:roll:
vc ta na internet para tretar ou para fazer amigos? pq a galera ta para tretar. só falando
 
Eu achei interessante o que o Roberto Ellery (professor de economia na UnB) postou há pouco:

Ellery escuta.webp

O link que ele postou ao final é o artigo do Celso Bandeira de Mello, publicado em 1999: http://www.migalhas.com.br/arquivos/2016/3/art20160323-02.pdf

O seguinte trecho desse artigo merece destaque (grifos meus):

Cumpre registrar que muitos parecem esquecidos de que o art. 5º, inciso LVI, da Constituição, segundo o qual "são inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos" - princípio advindo do direito dos EUA -, surgiu com o fim essencial de proteger a individualidade das pessoas contra o Estado; de defender os direitos individuais e os do fraco contra o forte; de desestimular que eles sejam violados com o propósito (ou a pretexto) de obter provas de conduta ilícita. Tornando essas ofensas de antemão inválidas, reduzir-se-ia seu risco aos direitos individuais. Esse é seu espírito. Assim, não existiu nem existe para proteger o que é alheio à individualidade das pessoas, caso do exercício de função de governo e da prática de atos só possíveis por força do cargo público, que interessam a todos e por isso devem ser públicos. Há uma diferença essencial entre a pessoa física que exerce função pública e sua posição enquanto exercente dela. A ausência de intimidade característica desta última se reflete até sobre seu ocupante. Por isso a lei exige dos titulares de cargo político declaração pública de bens. Não poderia fazê-lo em relação à generalidade dos cidadãos, sob pena de ferir o direito constitucional à intimidade, assegurado no art. 5º. É por isso que não cabe invocar a proibição do uso de provas obtidas por meio ilícito em casos dessa ordem.
 
O PROCESSO DE IMPEACHMENT
| N° Edição: 2416 | 24.Mar.16 - 20:00 | Atualizado em 24.Mar.16 - 23:39

Os 7 crimes de Dilma
A PF, o MP e a Justiça Eleitoral já reúnem elementos para enquadrar a presidente em pelo menos sete crimes
Sérgio Pardellas



Na terça-feira 22, a presidente Dilma Rousseff proferiu o seu mais inflamado discurso desde o início da crise política. O pronunciamento apoiou-se no pretenso argumento de que até agora ela não cometeu crime algum e que, por isso, estaria sendo vítima de um golpe contra a democracia. “Não cometi nenhum crime previsto na Constituição e nas leis para justificar a interrupção do meu mandato. Neste caso, não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia”, afirmou Dilma.

A retórica repetida como ladainha em procissão é típica de mandatários em apuros, quando não há muito mais o que fazer senão aguardar o fim que se avizinha. Em seus últimos dias como presidente, em 1992, Fernando Collor recorreu ao mesmo expediente. “Custe o que custar, eu serei o primeiro a estar na defesa e no embate da nossa Constituição. As manobras interessam aos que formam o sindicato do golpe”, disse Collor em agosto daquele ano. Ironicamente, quem estava do outro lado da trincheira, defendendo a legitimidade das ações para apear Collor do poder, era o PT.

Naquele momento de efervescência do País, muito semelhante ao vivenciado pelos brasileiros nos últimos dias, os petistas estavam amparados pela lei. “Não tem nenhum paralelo entre golpe e impeachment. O impeachment é uma solução constitucional”, disse em junho de 1992 o então deputado do PT, José Dirceu, em entrevista ao Roda Viva. De lá para cá, a Constituição, ao menos em sua essência, não mudou. Quem mudou foi o PT. Os dois pronunciamentos, de Dilma e Collor, embutem um sofisma destinado a ludibriar a população.

A fala de Dilma, em especial, ignora as fartas evidências dos crimes atribuídos a ela e que dão legitimidade não só ao processo de impeachment em análise na Câmara como a outras iniciativas contra ela no Poder Judiciário, incluindo a investigação em tramitação no TSE para apurar irregularidades na contabilidade da campanha à reeleição. Para a Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Eleitoral há fortes indícios de que Dilma tenha cometido ao menos sete crimes só neste mandato: o de responsabilidade, improbidade administrativa, extorsão, falsidade ideológica, desobediência, o de responsabilidade fiscal e eleitoral.

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(Leia o resto tudo - que é enorme e chato - em: http://www.istoe.com.br/reportagens/449533_OS+7+CRIMES+DE+DILMA)
 
Procurador-geral da República afirmou que ex-presidente pode assumir Casa Civil e quer que Lula continue a ser investigado na Justiça de primeiro grau

Procurador-geral da República afirmou que ex-presidente pode assumir Casa Civil e quer que Lula continue a ser investigado na Justiça de primeiro grau

BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, 28, um parecer que defende a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como Ministro-chefe da Casa Civil. Ao ver indícios de irregularidade na nomeação do petista, porém, Janot pede que as investigações sobre ele sejam mantidas na justiça de primeiro grau, ou seja, nas mãos do juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

A nomeação de Lula como ministro de Estado confere ao ex-presidente o chamado foro por prerrogativa de função, chamado de “foro privilegiado”. Com a posse, todas as investigações a seu respeito são automaticamente remetidas ao STF. “A nomeação e a posse apressadas do ex-presidente teriam como efeitos concretos e imediatos a interrupção das investigações (...) e a remessa das respectivas peças de informação ao STF e à PGR”, escreveu o procurador-geral da República.

Segundo Janot, do ponto de vista “estritamente jurídico”, não há obstáculos para a nomeação de Lula como ministro. No entanto, há indícios que sugerem que sua indicação teve intuito de alterar o foro competente para investigá-lo na Lava Jato. Por isso, o procurador-geral da República viu “desvio de finalidade” no ato da presidente Dilma Rousseff em nomear o petista para o cargo.

Janot aponta no parecer que Lula ganharia tempo com a remessa das investigações ao Supremo e que os processos criminais nos Tribunais são “sabidamente” mais lentos, o que poderia beneficiar o petista. “Diante desses fatores e da atuação inusual da Presidência da República em torno da nomeação, há elementos suficientes para afirmar ocorrência de desvio de finalidade no ato”, escreveu Janot.

Até o momento, no entanto, a ida do petista para a Casa Civil está suspensa por uma decisão liminar (provisória) do ministro Gilmar Mendes. A previsão é de que o STF julgue a situação do ex-presidente em plenário, o que só deve ocorrer a partir da próxima semana.

Na peça, o procurador-geral da República pede que as investigações feitas até a data da posse de Lula sejam mantidas com Moro. Apenas os casos previstos em lei, como apurações em que haja conexão com autoridades com foro privilegiado, seriam mantidos no STF. “Com isso se preserva, ao menos por ora, a prerrogativa presidencial de nomear seu auxiliar, com base nos critérios próprios de confiança, mas ao mesmo tempo se evitam os efeitos negativos para o interesse público decorrentes do desvio existente no ato”, completou Janot.

A manifestação de Janot foi protocolada nas duas ações propostas pelo PSDB e pelo PSB pela anulação da posse do presidente Lula. Ao STF, os partidos citam gravação telefônica interceptada pela Lava Jato na qual a presidente Dilma Rousseff conversa com Lula sobre o suposto envio do termo de posse. As ações alegam ainda que Lula é citado em acordos de delação premiada e que a posse do petista no Planalto foi adiantada do dia 22 de março para o dia 17.

No último dia 18, o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu em caráter liminar (provisório) a posse do ex-presidente da Justiça na chefia da Casa Civil. Na decisão, Mendes aponta que a mudança de foro do petista é uma forma de “obstrução ao progresso das medidas judiciais” e que o telefonema gravado entre Lula e Dilma mostra que os dois tinham medo de eventual prisão do ex-presidente.

Janot considera “inegavelmente inusual” o fato de que a Presidência da República ter encaminhado a Lula o termo de posse para assinatura pelo ex-presidente antes da cerimônia oficial. “Se havia óbice à posse, por qualquer motivo, naturalmente existiria também à entrada em exercício, o que afastaria a urgência da remessa do termo à pessoa do nomeado, já que ele estaria impossibilitado de colaborar na qualidade de ministro, como almejava a nomeação”, escreveu Janot.

O governo nega que a nomeação tenha como pano de fundo a mudança de foro e argumenta que Lula foi escolhido para ajudar o governo no momento em que Dilma enfrenta o processo de impeachment. Janot reconhece que o ex-presidente tem condições de “emprestar relevante esforço político” em tratativas necessárias à Presidência, mas destaca que os atributos do petista não justificam “circunstâncias anormais da antecipação da posse e da entrega de um termo de posse para que fosse assinado”.

O procurador-geral da República cita que era notório que Lula era investigado criminalmente à época da escolha do nome do ex-presidente para assumir um cargo no governo. “Àquela altura, havia intensos comentários acerca da possibilidade de que fosse decretada prisão preventiva contra si, como é igualmente ressabido”, escreveu Janot. Ele aponta, no entanto, que a existência de investigação criminal não impede a indicação ao cargo de ministro de Estado.

http://politica.estadao.com.br/noti...utencao-de-investigacoes-com-moro,10000023577

Ê
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I
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A
 
impressionante que não tenham arrumado no mínimo um atestado, já que essa era a explicação para o envio do documento. no fundo fico meio na dúvida se há malícia ou burrice nessa situação toda.
 
impressionante que não tenham arrumado no mínimo um atestado, já que essa era a explicação para o envio do documento. no fundo fico meio na dúvida se há malícia ou burrice nessa situação toda.

Depois de tudo o que aconteceu, deviam estar traumatizados e com medo do Moro aparecer com uma gravação com o médico, mostrando que o atestado era falsificado. :lol:
 
Começou hoje a 27a etapa fase da Lava Jato, com o nome "Carbono 14"
E com destino-alvo: Santo André-SP

Por dedução de nome e destino eu pensaria em algo relacionado ao ex-prefeito Celso Daniel e há muito tempo se espera que a verdade venha finalmente a tona.
 
Última edição:
Pelo que eu ouvi é coisa com o dono do Diário do Grande ABC.

Mas é curioso ver a Lava-Jato investigando coisas de 20 ano atrás dias após falar que não investigaria governos de 15 anos atrás. :lol:
 

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