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Eleições 2014 Eleição em SP

O que eu vi foi gente falando que avisaram várias vezes, e durante vários anos, que um período de seca que ocorre a cada X (talvez 100) anos estava chegando, que iria faltar água se não tomassem cuidado, e que o governo ignorou esses relatórios.
Mas só li isso em posts no facebook, ou seja... ¯\_(ツ)_/¯
 
Certo. E eu vi isso na campanha da Dilma na TV. A pergunta é o que ele poderia ter feito em termos práticos? Mais obras pra capturar água das chuvas?
 
Até onde eu li e ouvi, obras que interligariam os sistemas ajudariam a não ter a seca que já atinge só na capital 60% das casas. Existem represas cheias no Estado. Alguma com mais de 60% da capacidade cheias. Obras que poderiam ter início há 10 anos, já sob governo tucano, mas que confiaram nas chuvas sem fim do verão paulistano.

Mas aí veio o El Nino e tirou a chuva.
 
A Dilma postou no Facebook a imagem abaixo:

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Só que a criatura não fez o favor de dizer que documento é esse. Ou de quando é.
 
Entendi. Então, na ocasião da outorga, em 2004, o governo de SP cobrou da SABESP estudos e projetos no prazo de 30 meses para reduzir a dependência de Cantareira. A dúvida que fica é: A SABESP apresentou alguma coisa, mas as obras não foram pra frente? Ou será que faltaram mecanismos do legislativo de SP para cobrar o executivos? De qualquer forma, tá parecendo que foi incompetência do governo do PSDB mesmo.
 
E o pior é que agora o Aécio vai ter que voltar atrás ao responsabilizar a ANA pela falta de água também. Justo agora que ele começou a usar isso na campanha... :lol:
 
Mas aí veio o El Nino e tirou a chuva.
ano passado não teve El Niño. foi seca bem anormal para a época e duração.
com direito a matéria no fantastico.

Entendi. Então, na ocasião da outorga, em 2004, o governo de SP cobrou da SABESP estudos e projetos no prazo de 30 meses para reduzir a dependência de Cantareira. A dúvida que fica é: A SABESP apresentou alguma coisa, mas as obras não foram pra frente? Ou será que faltaram mecanismos do legislativo de SP para cobrar o executivos? De qualquer forma, tá parecendo que foi incompetência do governo do PSDB mesmo.
Não diminuindo a responsabilidade do governo do psdb, que tem 80% de culpa MÃS uma seca histórica não tem como ser prevista.
o problema do governo foi a inexistência das obras para diminuir a dependência do cantareira (longo prazo) como a falta de racionamento em ano eleitoral.
 
A questão da água pra mim não adianta jogar toda a culpa no governo ou na seca. Todos tem sua parcela de culpa e que não é de agora..

Existe um conjunto de situações eu que poderia enumerar fácil:

1- O histórico desperdício que a própria população sempre faz (quem nunca viu no seu bairro algum vizinho gastar horrores lavando o carro ou calçada na rua?) Quantas residências tem atitude proativa como abolir a válvula de descarga tradicional de alta pressão que consome muita água e possuir o vaso sanitário econômico, aquele com 2 botões? Fora que vários condomínios que tem fartura de água de subsolo e que pra não acumular de tempos em tempos ligam as bombas pra descartar na sarjeta da rua e que poderia ser bem aproveitada pra muitas coisas. Só agora com a crise hídrica começaram a perceber que aquela água tem uma utilidade.

2- Tem também o velho problema de perdas pelo caminho, já que tem muito lugar com adutoras e tubulação muito antiga, só que pra resolver isso, é preciso rasgar milhares de ruas ao mesmo tempo e isso é algo que não se faz a curto prazo.

3 - Os próprios rios e córregos que a cidade de São Paulo e vizinhas possuem poderiam ser suficientes pra abastecê-las sem praticamente não depender de outros lugares, só que o preço que se paga foi de lá trás terem jogado esgoto e poluído completamente eles. Nesse aspecto não adianta culpar apenas a Sabesp que em outras cidades como Sorocaba e Jundiaí foi feito um trabalho de despoluição a longo prazo muito bom que tem dado certo e conseguiu despoluir bem em mais de 80% esses rios.

É preciso um comprometimento enorme da população em entender que aquele córrego de periferia por mais simples e acanhado que seja, onde ninguém não dá nada por ele, mas que bem próximo saí um amontoado de casas que rapidamente vira uma favela e aí todo o esgoto que é despejado lá, acaba indo pra outro maior e em algum momento mais a frente vai parar no Tietê. É por isso que até hoje não se consegue despoluir o maior rio do estado, pois a poluição do Tietê não começa nele e sim nas dezenas de rios e córregos menores que desaguam nele (Tamanduateí, Aricanduva, Ipiranga, etc).

Ironicamente hoje vivo numa cidade da região de Jundiaí que a pouco mais de 5 anos vivia sua própria grave crise hídrica cujo pico era no Verão, mas que graças a um trabalho sério de despoluição que começou quando a Sabesp atingiu 100% de rede tratamento de esgoto na região e as indústrias não jogando absolutamente mais nada nele, o rio Jundiaí conseguiu renascer e mesmo morando a pouco mais de 50Km da capital aqui pelo menos tá fora do mapa dessa enorme crise hídrica. Nem por isso vou me dar ao luxo de desperdiçar pois esse rio sofre por ter uma vazão menor que o habitual.
 
ano passado não teve El Niño. foi seca bem anormal para a época e duração.
com direito a matéria no fantastico.

Não, esta seca não é resultado El Niño mas vide que: http://g1.globo.com/natureza/notici...r-chuva-ao-sudeste-dizem-meteorologistas.html

Não diminuindo a responsabilidade do governo do psdb, que tem 80% de culpa MÃS uma seca histórica não tem como ser prevista.
o problema do governo foi a inexistência das obras para diminuir a dependência do cantareira (longo prazo) como a falta de racionamento em ano eleitoral.

Por que será, né? E ele ainda teima em falar que está tudo bem. :P
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O pior é que os pontos 2 e 3, pelo menos na Capital, @Fúria da cidade , foram bastante negligenciados mesmo. E é claro que não se pode tirar a responsabilidade da população, mas vamos ver se ela também aprende dessa vez a cobrar dos governantes e/ou a votar melhor e/ou a cuidar melhor dos recursos.

O mais engraçado é que ano que vem tem aumento da tarifa de água pra compensar o abatimento feito a quem economizou este ano. Que beleza, hein?!
** Posts duplicados combinados **
Olhaí, macho: http://fernandorodrigues.blogosfera...por-critica-sobre-falta-de-agua-em-sao-paulo/
 
Última edição:
Falta de água é culpa do governo de SP, afirma relatora da ONU
LUCAS SAMPAIO DE CAMPINAS 31/08/2014 02h15

Relatora das Nações Unidas para a questão da água, a portuguesa Catarina de Albuquerque, 44, afirma que a grave crise hídrica em São Paulo é de responsabilidade do governo do Estado. "E não sou a única a achar isso."

Ela visitou o Brasil em dezembro de 2013, a convite do governo federal.

De volta ao país, ela falou com a Folha na semana passada em Campinas, após participar de um debate sobre a crise da água em São Paulo.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) nega que faltem investimentos e atribui a crise à falta de chuvas nos últimos meses, que classifica como "excepcional" e "inimaginável".

A seguir, trechos da entrevista à Folha.

Folha - Que lições devemos tirar desta crise?
Catarina de Albuquerque - Temos de nos planejar em tempos de abundância para os tempos de escassez. E olhar para a água como um bem precioso e escasso, indispensável à sobrevivência humana.
Em Singapura, no Japão e na Suíça, a água do esgoto, tratada, é misturada à água comum. É de excelente qualidade. Temos de olhar o esgoto como recurso.

No caso de São Paulo, acha que faltou ao governo do Estado adotar medidas e fazer os investimentos necessários?
Acho que sim, e não sou a única. Já falei com vários especialistas aqui no Brasil que dizem exatamente isso. Admito que uma parte da gravidade poderia não ser previsível, mas a seca, em si, era. Tinha de ter combatido as perdas de água. É inconcebível que estejam quase em 40% [média do país].

A água deveria ser mais cara? Há modelos de cobrança mais adequados do que o atual?
A prioridade tem de ser as pessoas. Quem usa a água para outros fins tem mais poder que os mais pobres, que têm de ter esse direito garantido.

Em muitos países, a água é mais cara para a indústria, a agricultura e o turismo, por exemplo. Deveria haver também um aumento exponencial do preço em relação ao consumo, para garantir que quem consome mais pague muitíssimo mais.

Que exemplos poderiam inspirar os governos?
Os EUA multam quem lava o carro em tempos de seca; a Austrália diz aos agricultores que não há água para todos em situações de emergência; e no Japão há sistemas de canalização paralela para reutilizar a água.

Qual é a importância de grandes obras como a transposição do rio São Francisco ou o sistema Cantareira?
Por várias razões, há uma atração pelas megaobras nos investimentos feitos em água e esgoto, não só no Brasil. Mas elas, muitas vezes, não beneficiam as pessoas que mais precisam de ajuda. Para isso são necessárias intervenções de pequena escala, que são menos "sexy" de anunciar.

Os lucros da Sabesp hoje são distribuídos aos acionistas. Como a senhora avalia isso diante da crise hídrica?
A legislação brasileira determina que uma empresa pública distribua parte do lucro aos acionistas. Mas uma coisa é uma empresa pública que faz parafusos, outra é uma que fornece água, que é um direito humano. As regras deveriam ser diferentes.

O marco normativo dos direitos humanos determina que sejam investidos todos os recursos disponíveis na realização do direito.

No caso de a empresa pública prestar um serviço que equivale a um direito humano, deveria haver maior limitação na distribuição dos lucros aos acionistas.

Em São Paulo, pela perspectiva dos direitos humanos, os recursos deveriam estar sendo investidos para garantir a sustentabilidade do sistema e o acesso de todos a esse direito.

A partir do momento em que parte desses recursos são enviados a acionistas, não estamos cumprindo as normas dos direitos humanos e, potencialmente, estamos face a uma violação desse direito.

Seria o caso de se decretar estado de calamidade pública?
A obrigação é garantir água em quantidade suficiente e de qualidade a todos. Como se chega lá são os governantes que devem saber.

A senhora sobrevoou o sistema Cantareira e disse ter visto muitas piscinas no caminho. O que achou disso?
A situação é grave. Isso foi algo que me saltou à vista.

Quando aterrissei no Egito para uma missão, tendo ciência da falta de água que existe no país, vi nas zonas ricas do Cairo uma série de casas com piscinas e pessoas lavando carros. Quem tem dinheiro e poder não sente falta de água.

O que talvez seja um pouco diferente na situação de São Paulo é que, pela proporção que a crise tomou, ela poderá atingir pessoas que tradicionalmente não sofrem limitação no uso da água -e isso é interessante.

Que efeito isso pode ter?
Pode levar a uma mudança de mentalidade, a uma pressão por parte de formadores de opinião no Estado de São Paulo para que haja melhor planejamento e uma gestão sustentável da água.

Quando os únicos que sofrem com a falta de água são pobres, pessoas que não têm voz na sociedade, as coisas não mudam.

Quando as pessoas que são ameaçadas com a falta de água são as com poder, com dinheiro, com influência, aí as coisas podem mudar, porque eles começam a sentir na pele. Pode ser uma chance para melhorar a situação. As crises são oportunidades.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidi...do-governo-de-sp-afirma-relatora-da-onu.shtml

E aí...

Alckmin ataca ONU por crítica sobre falta de água em São Paulo
Bruno Lupion 21/10/2014 07:56

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, enviou um duro ofício ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cobrando que a entidade corrija suas conclusões sobre a crise da água no Estado.

O estopim foi a visita da portuguesa Catarina de Albuquerque, relatora especial para água e saneamento, a São Paulo, em agosto último. Ela afirmou que a crise era responsabilidade do governo estadual e apontou falta de investimentos.

O ofício de Alckmin obtido pelo Blog foi enviado a Ban Ki-moon em 9.set.2014 e ainda não havia sido divulgado. O tucano usa a proximidade da Cúpula do Clima, promovida pela ONU em Nova York em 23.set.2014, para fustigar as conclusões de Catarina. Alckmin diz que a relatora incorreu em “erros factuais” e fez uso político do tema ao conceder entrevistas às vésperas da eleição estadual, violando o código de conduta da ONU.

Ao concluir o texto, o governador adota um tom acima do usual em comunicações diplomáticas. Ele afirma que se a ONU não retificar as informações prestadas por Catarina de Albuquerque, ele ficaria em dúvida sobre a habilidade da organização para realizar a Cúpula do Clima e demonstrar “propriedade, criatividade e liderança” sobre o tema. Dá a entender que não participaria do evento que estava prestes a ser realizado.

Abaixo, reprodução de trecho do ofício, em inglês (clique na imagem para ler a íntegra).

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Uma semana antes, o secretário da Casa Civil de Alckmin, Saulo de Castro, também enviara uma carta ao Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, reclamando das conclusões da relatora.

Catarina de Albuquerque é professora visitante das universidades de Braga e Coimbra, em Portugal. Os relatores especiais da ONU estão vinculados ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, mas têm atuação independente. São nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para mandatos de 3 anos, renováveis por igual período.

Quatro pontos da visita de Catarina incomodaram o Palácio dos Bandeirantes: 1) o momento político de disputa eleitoral; 2) a visita ter sido feita em caráter não oficial; 3) o fato de Catarina não ter procurado a Sabesp (a última vez que ela havia feito isso fora em dezembro de 2013); e 4) as acusações de falta de investimento em obras de captação de água.

Alckmin também questionou afirmação feita por Catarina em entrevista de que as perdas de água estavam “quase em 40%” quando, no Estado de São Paulo, a perda é de 31,2%. Ocorre que o jornal já havia publicado uma correção no dia seguinte, informando que, por erro de edição, a entrevista deu a entender que a taxa se referia à média paulista, quando na realidade se referia à média do país.

O governo paulista, por meio de nota, informou que Alckmin de fato não compareceu à Cúpula do Clima, em Nova York, mas sua ausência não teve relação com o entrevero sobre a crise hídrica. Na data da cúpula, Alckmin comandou solenidade no Palácio dos Bandeirantes para assinar um financiamento de R$ 2,3 bilhões para obras em rodovias estaduais. O governo também informa que ainda não recebeu uma resposta oficial de Ban Ki-moon ao ofício.

Eleição presidencial
A crise no fornecimento de água em São Paulo chegou ao epicentro da campanha presidencial na última semana de campanha. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, dedicou metade dos 10 minutos de sua propaganda eleitoral de domingo (19.out.2014) ao tema. Em resposta, Aécio Neves, candidato do PSDB ao Planalto, disse na 2ª feira (20.out.2014) que o governo federal não contribuiu para solucionar a questão.

Dilma e sua equipe tentam tirar proveito político da crise. Após o primeiro turno das eleições, as emissoras de TV começaram a cobrir o assunto com mais intensidade e moradores de todos os Estados agora acompanham a falta de água em São Paulo.

No programa de domingo, Dilma não cita Alckmin diretamente, mas diz se solidarizar com os paulistas e critica o “modelo de gestão tucana” que o “adversário [Aécio] defende e representa”.

http://fernandorodrigues.blogosfera...por-critica-sobre-falta-de-agua-em-sao-paulo/

PS: agora que vi que o Bruce tbm colocou este último link...
 
O mais engraçado é que ano que vem tem aumento da tarifa de água pra compensar o abatimento feito a quem economizou este ano. Que beleza, hein?!

A compensação não é pelo abatimento e sim pelo que a companhia teve de despesa com o bombeamento e tratamento do volume da água do volume morto.

E pra quem reclama da Sabesp, pior é a situação das cidades que nem são atendidas por ela e sim por empresas municipais ou particulares como o caso de Itu. O caos é total.
 
A compensação não é pelo abatimento e sim pelo que a companhia teve de despesa com o bombeamento e tratamento do volume da água do volume morto.

Com um rombo de RS 1,3 bilhão nas contas da Sabesp, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) estuda repassar esse prejuízo, causado pelo bônus por economia de água iniciado em março, ao consumidor.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidi...gua-tarifa-pode-subir-acima-da-inflacao.shtml
 
Palavra por palavra o Alckmin hoje deu uma entrevista na Jovem Pan e falou justamente do bônus e tudo mais, mas foi enfático que o que mais vai pesar no custo futuramente não é só o déficit do bônus, mas soma-se o custo do tratamento da água do volume morto que é mais elevado. Tratar aquela água exige mais etapa de tratamento e uma hora o custo daquilo vai recair mais cedo ou mais tarde.
 
Palavra por palavra o Alckmin hoje deu uma entrevista na Jovem Pan e falou justamente do bônus e tudo mais, mas foi enfático que o que mais vai pesar no custo futuramente não é só o déficit do bônus, mas soma-se o custo do tratamento da água do volume morto que é mais elevado. Tratar aquela água exige mais etapa de tratamento e uma hora o custo daquilo vai recair mais cedo ou mais tarde.

É, não tive acesso à entrevista. Mas sim, os custos vão recair sobre nós. Contudo, já se havia comentado antes que o bônus ia ser compensado posteriormente.
** Posts duplicados combinados **
A possibilidade de dar m**** é uma constante atualmente: http://odia.ig.com.br/noticia/brasi...ameacados-em-bairros-onde-ha-falta-dagua.html
 
Porque falta arma pra perseguir o PCC. :dente:

Sinceramente nunca entendi. E tipo, normalmente fazem o rapa em lugares que sempre tem camelô. Aí uma vez por mês a polícia passa e tenta levar tudo.
 

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