Kolles: SA e TR não deveriam marcar pontos.
Durante a apresentação do F8-VII, novo carro da Spyker, em Silverstone, o chefe de equipe Colin Kolles declarou que a Super Aguri e a Toro Rosso não deveriam marcar pontos para o campeonato de construtores, por não terem concebido seus modelos.
“É muito simples. Não são carros de construtores. Apesar de isso ser muito prejudicial para a F-1, eu não sou contra a presença deles”, ressaltou. “Mas temos um campeonato de construtores, e aquilo não é uma Toro Rosso, e sim uma Red Bull. Não é uma Super Aguri, e sim uma Honda.”
O germânico recordou que é necessário que a escuderia tenha a propriedade intelectual do carro para que seja considerada construtora. “Se você não é, e parar de mentir para o mundo, então que não marque pontos”, criticou.
Segundo Kolles, o fato de as duas equipes “satélites” usufruírem dos modelos antigos da Honda e da Red Bull é injusto com quem gasta dinheiro na elaboração de seus bólidos. “E não é a FIA quem vai resolver a questão”, falou, indicando que o problema deverá ser decidido nos tribunais.
“Imagino como um juiz vai ver isso. A Red Bull não pode ficar mudando o nome da companhia de Red Bull Racing para Red Bull Technology do dia para a noite. Toda essa besteira é mentira”, bradou, lembrando da tática da Toro Rosso, que afirmou que seu carro será desenvolvido pela Red Bull Technology, e não pela Red Bull Racing.
Sobre a possibilidade de essa discussão resultar em nove equipes participando na primeira corrida do ano, Colin disse que não sabe o que pode acontecer. “Faremos o possível se eles não estiverem dentro das regras. Isso está muito claro”, enfatizou.
Mesmo com toda a polêmica sobre o assunto, Kolles encontrou tempo para falar também sobre as expectativas da Spyker para 2007. “Espero que o ano comece melhor do que estamos antecipando, mas será muito difícil. Somos bem realistas quanto a isso.”
Para o chefe de equipe, os dois túneis de vento, aliados ao trabalho de Mike Gascoyne, dão muitas esperanças para os holandeses. “Estamos trabalhando demais. O Mike tem muita experiência e conhece as pessoas. Vai direcionar os engenheiros no caminho certo”, opinou.
“Temos que melhorar. O ano passado foi de resgate, o que muitas pessoas não entenderam. A Jordan tinha um grande nome, mas a equipe não existia mais”, ressaltou. “No segundo ano, temos que nos estabilizar e dar um passo à frente”, finalizou.
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