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[L] Prosas poéticas e poemas curtos [ NON-TOLKIEN ]

Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Meu sonho foi um sonho de amor
puro e suave que meus lábios selaram
com um suspiro branco e mudo

Meu sonho foi a lua branca
e as folres azuis
e o coração apertado

Meu amor foi sombra
e se esfacelou o espaço

Meu espirito se perdeu entre as Harpias
e os abismos me devoraram os devaneios
e minha via escorreu quente e livida por entre as pedras

Meu coração se desfez
e as estrelas que luziam em meu olhar jazem mortas
entre os sonhos proibidos
e o amor profano
e o vazio

Não há vida do vazio!
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Peguem leve com esse q escrevi pq é bem antigo, acho q do meio do ano passado, embora tenha Tolkien como tema eu fiz ele pensando meio q em algo q tinha acontecido comigo.

Lagrimas de Daeron
Por L.F. Pereira

Vezes demais eu já olhei para trás,
Tento buscar onde eu errei,
Como se luta com hoste do Um?
Quando o mundo por certo já o escolheu?
Meu rouxinol, eu sei já perdi,
Minha esperança já quebrei.
E Doriath já cantar a tristeza,
A um reles mortal dão a filha do Rei,
Mas ninguém lembra do menestrel,
Canções entoou a seu rouxinol,
Mas olha para trás só vê desespero,
A que ele amava alguém já levou.
Mas como enfrentar o maior dos mortais?
Que trouxe do Inferno de Ferro uma jóia de luz,
Na missão impossível aos demais.

Como que luta um elfo normal,
Contra o desejo do Único e Altíssimo?
Como que vive se não a cantar,
A mais bela dos filhos de Iluvatar.
Cujas veias correm com sangue do leste,
Cuja face é tão bela qual o brilho da arvores,
Qual todas as estrelas que Varda já ergueu,
E o canto é tão limpo como o do rouxinol,
Que no céu chora o que o bardo perdeu.

Como pode minha lira algo feliz entoar?
Se meu destino é o eterno chorar.
Se todos os grandes em glória e poder,
Já ajudaram ele a me vencer.

Como pode um elfo lutar,
Contra um mal de Morgoth ou Iluvatar?
Contra a tristeza que é como o grande mar,
Que nos divide de onde queremos chegar?
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Gostei da parte : ´´Vezes demais eu já olhei para trás,
Tento buscar onde eu errei,`` pq qdo eu olho pra trás penso nos meus erros p/ não cometer os mesmos erros.Gostei da poesia.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Eis aqui dois pequenos poemas de momentos de inspiração:

Aqueles que Tocam

Os sinos, ouço os sinos!
Me chamam, me lembram, me levam
Não são como os que chamam os fieis
Eles tocam em minha mente
Me lembram lugares que nunca estive
E me levam a locais que anseio por visitar
No silencio da noite, no silencio escuto os sinos
Ah os sinos...

------------------------------------------------------------


Jogado ao Vento

Sinto o vento
Cheiro o vento
O vento acaricia meu rosto
Não fere meus olhos
Canta em meus ouvidos
Musicas antigas
Que pensei que tinha esquecido
E esta noite, o vento traz as penas...
 
Like a lemon drop

Além. Além, – ele disse.
Viu o céu, a terra, o mar.
Viu no giro do sol a vida,
na vida o prazer de amar.

Pássaros azuis voaram,
o próprio oceano cantou.
Subiu aos céus sua alma,
o mar seu corpo levou.

Bem como Ismália o fez
vidas de insensatez viveu,
e no rumo do tempo seu
foi para além da história.
[Foi glória:
– estupor
– apogeu.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Meu sonho escorreu livido em minha alma
Gotas de esperança se desfiseram na bruma
O chão sob meus pés me conduziu
por estradas estranhas e vazias

Todo o meu mundo por longas era foi vazio
eu estava ausente de mim
e não via toda a luz que irradiava no mundo
nem o amor que saltava da criação

Eu vaiza e egoiasta so vi a mim
e não amei
não sonhei
não cantei
não vivi

Apenas segui por caminhos ermos
até que a grande estrela brilhou em meus olhos
e rasou todos os veus de escuridão que me oprimiam o peito

e meu espirito se libertou
e minha voz ecoou com todo o amor que não sabia existir
e por um breve instante fui
livre
bela
perfeita
e completa
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Muito Interessante este poema teu Arwen_Tinuviel, principalmente o final...

Aqui tem uma minha:

Sentimento Solidário

Durma bem;
Sonhe bem;
Chore bem;
Ria bem;

És um mortal
Estas entregue ao tempo
O tempo nunca falha em sua missão
O tempo vai te consumir

Não pense no sentido da vida
Isto só te fará sofrer
Não seja fanático, por nada, muito menos por religião
Isto também só te fará sofrer
Estamos aqui para sofrer?
Não.

Então pegue seu banco
E o atire no poço fundo
E corra

Corra rápido, corra livre
Com pés descalços sobre a relva macia
Se cair, levante, não desista
Se houver um precipício
Não pare
Pule
E dê asas à sua imaginação.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Good bye


Charlie, o que fazer agora?
Todos os nosso planos fracassaram,
e nada mais pode ser mudado por nós.

Nossos barcos voadores naufragaram,
nossas espadas de flores foram podadas
e nosso jardim foi trocado por sacos de ouro;

o nosso tranqüilo sonho de paz foi arrematado
num leilão grotesco no quintal do mundo,
comprado por um velho gordo que cospe dinheiro.

E então, Charlie, o que ainda se pode fazer?
Plantar outro jardim, colher os frutos de um novo desejo?
Com o dinheiro do velho comprar novas flores?

E então, Charlie, será possível começar de novo -
construir novos barcos, cultivar novas árvores?
Comprar nossos irmãos pelos leilões mundo afora?

Não me diga adeus, Charlie! Concorde comigo!
Una-se a mim: juntos tomaremos de volta o nosso lar.
Não, não vá embora, não se deixe enganar por eles;

--------------------------------------------------------

Agora eu entendo, Charlie, tudo o que aconteceu,
tudo o que nos levou a ruína, como os velhos reinos antigos,
como se o nosso sonho fosse só um outro monte de nada.

Você deu as costas para o nosso velho jardim, Charlie,
para as batalhas ao pôr-do-sol enquanto chovia:
vendeu seu corpo e alma em troca de mulheres e petróleo.

Você não vai poder se arrepender quando tudo voltar a ser como era.

Você não vai mais ver a casa que abandonou
porque escolheu uma outra vida para viver,
onde quem governa é a fome e a guerra.

Você foi para longe da paz e da tranqüilidade, Charlie,
para longe das pessoas e das coisas que amava.
Para longe do mundo que você fez nascer e depois destruiu,

conseguindo fazer do nosso refúgio-de-todas-as-coisas
só mais um outro ponto de encontro
das almas daqueles que o seu dinheiro comprou.

--------------------------------------------------------

Nada vai ser como era, nada mais vai ser como era;
mas mesmo assim não deixe que eles te matem, Charlie.
Nem deixe que façam você se esquecer de tudo.

No final eu sei que você ainda vai chorar, criança tola,
quando finalmente se der conta do que fez com todos nós
e descobrir que o seu dinheiro não pode fazer o tempo voltar.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

O Sol nem sempre nasce!

Os ratos que roem morrem
Os ratos comem pipoca.
Os ratos que morrem e comem pipoca se engasgam
Os que se engasgam morrem, sem pipoca.
A pipoca mata, mas não engasga, apenas mata

O que mata, engasga, não morre.

Os ratos respiram
Bebem da sujeira sua pureza
São puros perante suas próprias sujeiras
Não são porcos, são ratos, honestos que respiram a pureza de ser puro.
A sujeira não é suja é apenas a morte, do que jamais sabiam que ia morrer.

Os ratos nascem pequenos, e não crescem, pipoca.

A Pipoca do rato, nasceu no ventre morto de sua mãe.
A Mãe do rato, não é um rato, é apenas a pura sujeira que não se limpa.
Os ratos nunca nasceram, nem vão nascer, eles só fazem a morte.
O nascimento da morte é quando se engasga uma pipoca e vê que o mundo tem uma suja pureza que é tão limpa como um próprio rato.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Karnillë Rámatyelka disse:
És um mortal
Estas entregue ao tempo
O tempo nunca falha em sua missão
O tempo vai te consumir

.

O poema todo é muito bonito mas eu confesso que gostei muito deste fragmento
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Esse é um que fiz para mostrar o que estou sentindo.

O meu eu seu,

Muitos falam que eu sou engraçado, divertido,
inteligente, parceiro e coerente.
Muitos estão certos, mas poucos pensam que sou, chato,
arrogante, indeciso, incoerente, pertubante, intrometido,
fofoqueiro.

Mas por que não ser tudo isso?
Por que não ser o que outros me veem?

Porque eu não quero, quero ser apenas o que me conveem
e o que eu sou."
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

O Sr. Biskies
ganha uma casa



Biskies era um gato torto,
de olhos tortos,
pernas tortas,
focinho torto.
Biskies não era nada especial,
era um gato qualquer,
um bicho imundo
jogado num canto da casa,
miando chorosamente
por um copo de leite,
por uma gota moloka
da essência da desessência.

A cabeça de Biskies, torta e rota,
ronronava como sua boca.
eram célebres seus delírios-desígnios,
célebre sua felinez em desencanto.
Biskies não comia ração, não comia nada,
só bebia. bebia uma fragância félis,
extrato de urtigas flamejantes
advinda do seio da mãe-gato,
da mãe-terra, da mãe-deus
que em sua casa o criava,
na qual gato nunca roubara uma cena
nem roubara nada na vida.

Era um bicho bem comportado.
nunca fizera revolução,
nem nunca falara, como os outros.
Biskies não era querido nem odiado,
não era amado nem repugnado:
era só um gato, o Biskies, o Bikki.
não se odeia gatos. não se ama gatos.
gatos são feitos para serem admirados.
gatos são mistérios eternos da vida,
e Biskies também o era.
era a atemporalidade felina:
o mórbido humano com pêlos.

Era da altura de nove anos,
e então um dia, Biskies morreu outra vez.
sua ama-de-leite não chorou.
sua caixa-de-areia não chorou.
mas Biskies o fez. Biskies chorou.
no céu dos gatos Biskies foi bem recebido,
mas mesmo assim continuava a chorar.
no céu dos gatos o sr. Biskies ganhou uma casa.
chorou por isso, e chorou por mais.
uma casa era o que Biskies mais odiava.
uma casa era o que representava
tudo o que ele sonhara ter em suas nove vidas.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Cervus, interessante seu poema. Gostei muito da linguagem, simples e bela. O tema me chamou a atenção.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Obrigado, Karnillë! É um poema bastante esquisito, mas gostei dele também.
Postarei outro!

Alienestesia


Inspiro a lúdica disritmia,
que projeta o meu ser ao além do que vejo.
Tudo são flores: rosas azuis, margaridas carmim.
Tudo é um querer que não se acaba.
Eu não gosto de ver tevê…
Inspiro a lúdica disritmia — eu mesmo.
Inspiro-me, me sinto arder, esfriar.
Conjuro espadas e dragões alados.
Me conjuro eu mesmo.

Disritmia lúdica, eu a inspiro.
Vejo que ao além o meu ser se projetou.
Carmins margaridas, azuis rosas, flores são tudo.
Acaba-se o querer, que não é um tudo.
Tevê eu não gosto de ver.
Eu mesmo — inspiro a lúdica disritmia.
Esfrio. Me sinto arder. Inspiro-me.
Dragões alados conjuram espadas.
Mesmo eu me conjuro.

O frio alienado se abate sobre mim.
Alienígena… alienado.
O frio alienígena se abate sobre mim?
Alienado, o alienígena abate o frio.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Apenas umas pequenas besteiras que escrevi.
O primeiro Zaes deveria cantar bem no meio da história. Eu gravaria para vocês, eu fico cantando a toda hora (não me sai da cabeça), mas o meu microfone quebrou.
O segundo é composto por umas frases extremamente poéticas nas quais pensei ao ver um céu azul brilhante ao fim da tarde.

--------------------------------------------------------------------------

Já fui de tudo nesse mundo
De espadachim a cavaleiro
O tempo passou num segundo
Agora sou um elfo arqueiro

Eu lutei pela floresta
Agora quero em paz ficar
Cada luta era uma festa
E a luz da lua me dá forças para lutar

Apenas uma vez mais
Sob o sol ou o luar
Apenas uma vez mais
Pois a luz da lua me dá forças para lutar


--------------------------------------------------------------------------
" A lua brilha por sobre as estrelas nas noites belas do inverno. Brilha ainda mais bela e forte para aqueles com um destino heróico, aqueles cujo coração é mais nobre que as estrelas, aqueles cujo destino foi forjado com ferro e fogo,prata e ouro, coragem e força de vontade.

Para aqueles cujo rumo não pode ser mudado."

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Poético demais. A poesia é a fonte da vida.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

confesso

Tudo que eu queria era sentir o gosto quente de sua boca em minha alma
Tuas mãos desconhecidas em meu corpo lolitario
e o sussurro desse sonho perdido

Deus sabe como te queria
na solidão do meu quarto
na luz fria da lua
nas lagrimas quentes
nos labios vermelhos

Mas desejos se vão no romper da aurora
e jamais provarei novamente sua boca
e nunca conecerei o aconchego do teu copo
por que és livre
livre como jamais serei
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Faz tempo que não passo aqui ,só queria dizer que as poesias que escreveram são muito lindas ,depois eu posto uma minha.
 
Re: [L] Prosas poéticas e poemas curtos AQUI!

Mascarados

A sociedade é hipócrita
Sorrisos falsos
Sorrisos tolos
Sorrisos frios
Retratam os cidadãos

Mentir para viver
Para respirar
Ser sociável
É o que eles dizem...

Mas veja só,
de que adianta esconder
fingir, enganar
E dar uma falsa esperança?

Entenda,
nossa sociedade necessita disso
Ou então ela morreria
Em sua verdade dolorida
Pois a sinceridade é mortal

Crie sua máscara
Finja algum belo sentimento
Use a máscara todos os dias
Não esqueça
Não se passe por um anti-social

É o que eles dizes...
...eu odeio eles...
...mas também os amo.

Desenhe a máscara
Pinte-a, molde-a
Seja um bom ator

E chego em casa
arranco a máscara
jogo-a de lado
permito-me uma loucura:
ser Eu.
 

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