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[L] Prosas poéticas e poemas curtos [ NON-TOLKIEN ]

Vás vida

Veias em minha mão
Aparecendo elas estão
Sangue velho e temeroso
Rugas em meu rosto
O cansaço me ataca
Mas a felicidade ainda é vasta
E ela não me desgasta

Mesmo se me agarrar tentarem
Sou leve como uma nuvem
Liso como uma penugem
Me sinto de novo jovem

Ah vida bela
A vida é a coisa feia mais bela que eu já vi
Ah bela vida
 
Última edição:
A ave do quadro há muito já voou
A pedra que o menino segurou hoje é aço de tanque no Oriente Médio
O estanque instante já passou
A brisa da primavera agora retorna

E acha o mormaço na alma,
compartilhado em cada vila e beco

Mas o nadador não ensina o filho
a nadar como os patos

Há um trânsito em choque - e sem alardes! -
Cada chocado está só
Intimista
Por conta

Tanto a ave como o artista,
encerrado seu legado, faz sua (p)arte
E às vezes deixa plateia
T
O
N
T
A

E ainda assim é arte
 
Hj eu tô num nível da famosa carência que olha, fiz esse poeminha em inglês...

Se alguém achar um erro, avise :mrgreen:
Edit: correções devidamente feitas pelo @Giuseppe


********

When I close my eyes and see you so clearly
And I listen to your heavenly voice that takes me to paradise
I feel your look gazing into my soul

When I see your mesmerizing smile
Shining in my life more than a million suns would do
When I think about any aspect of you
I am sure that I would give my life for you

When I realize that, more than liking, desiring or even loving
I need you, above all and everything

And each second far from you
Looks worse than if thousands of knifes would stab my heart and soul
And slowly destroy my flesh inside
 
Última edição:
Astro

Aqui será o lugar de fala
Escapei da senzala
Não sou mais Chandala

Eu quero dizer basta,chega
Mas ela é poderosa
Todos são capitães do mato
O mundo é um capitão do mato

Amargo e nefasto
Mas belo e vasto
Ainda há de ser entendido
Assim eu espero
Pois o tempo logo acaba
 
Última edição:
Para as cachimônias

Vede como Zara falava
Essa caligem não está passando
Me falaram que passaria
Canalha
Se empantufam de meu pão
Se enchem de meu vinho
E ainda reclamam
De algum modo ainda reclamam

Basta,mas já não bastou?
Não somos camelos como Zara dizia?
Acho que sim,todos com tristezas e histórias
Tristezas e histórias...
Somos apenas isto?
 
I hear the sound of violins in the dark
A swift but soft song
Sang by the winds and the running waters.


There’s no single thing awake
And the silence of a sleeping world
Is the only thing to be seen.


It’s late (or early)
And the stars shine in harmony
Filling the night sky with melodies of universes still awaiting to be.



Não to lá muito certa de que esse tá terminado, mas fica por aqui... (aceito sugestões)


Acho que finalmente finalizei, então xô atualizar aqui:


I hear the sound of violins in the dark

A swift but soft song

Sang by the winds and the running waters.


There’s no single thing awake

And the silence of a sleeping world

Is the only thing to be seen.


It’s late (or early)

And the stars shine in harmony

Filling the night sky with melodies of universes still awaiting to be.


Come,

Let us join the nighttime spirits,

Let us sink into their sweet bliss.

Come,

Let us rejoice while the galaxies merge.


Two lonely hearts drumming

as the world is undone
 
Hungry World

Oh my dear
Oh my dear
Please come out of your palace of tears
Before you had dreams
But the world taked this from you
I know that, I understand that
But is necessary you come out from this sadness
The past don't will be forgot
But the future will be conquisted , he must be

Oh my dear
Oh my dear
Please hear me
Please hear me
 
Hope is the crusher of fate
Meaningless nightmares slayed by reality
Endless tears, sorrowful joys
Amongst shadows I fade
And in silence I wait

For every dark memory a dark night comes
For every painful fear comes a bright new dusk
On every spring there's a sweet cold rain
And in my sweet cold dreams I burn again
 
Vida Espelotada

Hoje eu desejava me expressar
Hoje eu desejava escrever um poema
Mas encontrei dificuldade sobre o que versar
A tinta de minha caneta está estranhamente seca
Meus pensamentos andam meio cangaceiros
Os vínculos de Giordano estão embaraçados
Os desejos de Schopenhauer não tão claros

Seria minha virtù defeituosa?
Minha fortuna um desdém?
No meu íntimo tenho duvidosas
Ao natural tenho duvidosas
Nada disso parece a correta
Mas definitivamente parece a certeira

Há o que há endo de haver o que há de haver

A vida é realmente uma duvidosa
Uma airosa duvidosa
 
Última edição:
Long after sunset
when the night whispers its quiet song
I lie down on the beach as I gaze upon
the stars floating on a purple silk ocean

And I say to myself:
"Yes, it is a deep sky for me to dive in"
And so I go
and at least once in my life
I swim in the sky
 
Garbosa Voadora

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
As luzes daqui
Parecem bolorentas

Belas
Distantes
Com classe
E violetas
Mefisto libertou
E elas foram saqueadas

Hediondas
Pobres
Com almas
Bem pequenas
Como Dona Lola
São lágrimas na chuva

O estilo foi citando o poema As Borboletas do Vinícius de Moraes, o título podem ser borboletas ou a própria vida... Tentando criar um contraste com a pureza do poema do Vinícius a luz se vê com bolor e não com brincadeira, na seguinte estrofe as coisas que almejamos na vida (com violeta sendo uma das cores que a nobreza medieval usava e muitas vezes é usada para puxar luxúria e mistério) parecem inalcançáveis,mas ao se apelar a mefistofeles elas realmente ficam (aí falando de Fausto do Goethe)...Daí já em uma visão mais de nós mesmos e não do nosso querer, puxo a Dona Lola do Éramos seis,que passou a vida tentando mas acabou sozinha no asilo e tudo que ela fez foram lágrimas na chuva (pegando aí do Blade Runner)
 
Última edição:
O @G. Asaph consegue, num mesmo poema, juntar referências históricas, estéticas, literárias e cinematográficas, e eu o máximo que consegui até hoje no verso foi rimar amor com dor XD
 
O @G. Asaph consegue, num mesmo poema, juntar referências históricas, estéticas, literárias e cinematográficas, e eu o máximo que consegui até hoje no verso foi rimar amor com dor XD
Já que eu não queria um poema longo (até me conti de fazer mais estrofes) as referências ajudaram demais a agregar histórias e o valor da fricção... Consegui encaixar ainda meu livro não técnico favorito e um dos meu filmes favoritos hehe...Queria por Paulo Freire mas ia acabar me alongando demais...Dona Lola foi que eu queria por um personagem brasileiro, e encaixou mto bem com oq eu pretendia contar...Eu pensei ainsa em falar de um personagem q aparece em Fausto mas acho q sobrecarregaria demais com referências não tão necessárias
 
{'Distraídos': 'vencemos?'}

Fomos ao pântano poetar um pagode sem Niebel

Todos sabemos da peanha
Samba torto salva boi piranha
Estou sentindo em minha pele
A areia bela de Camocim e Itacaré
Estou sentindo em meu ouvido
A guerra das ondas e a zabumba
Aqui o suingue da água é diferente
A síncopada está em nosso sangue
Sim, já dancei Calipso e chá-chá-chá
Mas só aqui se desafina com graça


Ah doce samba mistado com maracatu
Ah doce vida que permeia minhas veias
Ah meu Bossa Nova


Não explicando o poema mas dizendo algumas referências que eu me inspirei e inseri no poema, eu tentei colocar referências a diversas músicas do bossa nova brasileiro:

Niebel = personagem de Fausto (Goethe)
Samba torto = Influência do Jazz (Carlos Lyra)
Suingue da Água = suingue de samba (Rogê), água de beber (Astrud Gilberto), Águas de Março (Elis Regina)
Calipso e Chá-chá-chá = Só danço samba (Tom Jobim)
Desafina = Desafinado (João Gilberto)
Graça = Garota de Ipanema (Tom Jobim)
Mistado com maracatu = Mas que Nada (Sérgio Mendes)

O título faz referência ao livro de Paulo Leminski, isso pq me inspirei na mesma estética que está em todo o livro (na parte do meio no caso)
 

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