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Luciano Huck, Sérgio Moro e possíveis candidatos a presidência em 2022

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Bom ponto, mas com medidas como essa, e com o mero passar do tempo, as benesses sociais de programas como Bolsa Família se descolam do petismo e passam a estar associadas ao Estado ou ao governo em exercício, de forma que acho que esse eleitorado aí tende a decrescer.

Pode até ser, mas sinceramente não acho que o marketing petista deixará de rotular o BF como filho do Lula. Até porque a direita adora falar em bolsa-miséria e etc. É um programa que sempre teve a cara do PT.

Aliás o PT é o único partido do Brasil que tem um eleitorado base, como esses 20% que eu falei. Todos os demais só têm força relevante justamente no antipetismo. Infelizmente o Brasil não tem dois partidos fortes até hoje. É PT e o antiPT, sempre. Por muito tempo foi o PSDB, e depois de 14 ele migrou pra quem mais fez o discurso antiLula, no caso o Bonoro. Em 2022 dificilmente o quadro será diferente.

O ponto é que não é "apenas um possível candidato", como Datena, Dr. Rey, Roberto Justus e o Luciano de 2018, mas algo de mais sério e ameaçador para quem busca o Planalto. Tanto é verdade que os candidatos saíram em peso para criticá-lo. Veja se Roberto Justus recebeu a mesma reação em 2018....

Ah sim, Luciano Huck vem com força, é realidade pra 2022. Doria está preocupado também, do PSDB pegar o narigudo e minar sua própria candidatura. Pode ser a primeira vítima do global em direção ao planalto.

A dúvida em torno do Luciano é saber primeiro qual será o partido que o vai lançar, se será uma chapa forte como PSDB/DEM, ou se vai se lançar como outsider em um partido menor.

Eu apostaria na primeira opção.
 
O ponto é que não é "apenas um possível candidato", como Datena, Dr. Rey, Roberto Justus e o Luciano de 2018, mas algo de mais sério e ameaçador para quem busca o Planalto. Tanto é verdade que os candidatos saíram em peso para criticá-lo. Veja se Roberto Justus recebeu a mesma reação em 2018....

E nem dá pra comparar. Potencialmente falando ele é um candidato bem mais forte e interessante que esses citados.
 
Centro vai apoiar Huck contra PT e Bolsonaro, diz ex-senador Jorge Bornhausen

'Oráculo' da centro-direita critica Doria e vê chance de parlamentarismo já para 2022



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O centro deverá apoiar Luciano Huck na disputa com o PT para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno em 2022, deixando João Doria (PSDB) de lado. E o poder real no país pode acabar nas mãos de um primeiro-ministro.

As previsões foram feitas por um dos mais experientes observadores da cena política brasileira, o ex-senador catarinense Jorge Bornhausen.

Aos 81 anos, ele é um dos principais oráculos ouvidos por atores do centro à direita, mesmo tendo deixado a vida partidária em 2010.

Para ele, que segue ativo em seu escritório de advocacia no Itaim Bibi, em São Paulo, "Bolsonaro conseguiu fazer o que nunca conseguimos, juntar o centro, os bons e os ruins". No momento, "recaiu todo sobre o Rodrigo Maia", referindo-se ao presidente da Câmara, mas 2022 será outra história.

Maia é do DEM, antigo PFL, partido associado à carreira de Bornhausen —que foi duas vezes senador, ministro da Educação (governo Sarney), embaixador em Portugal e governador de Santa Catarina.

Para ele, o DEM, o PSD e outras siglas de centro estarão com o apresentador global Huck (sem partido) em 2022.

E o governador tucano de São Paulo, Doria? "Falta a ele uma condição política importante: ser paciente. Ele deveria esperar. Ele não tem grupo político, não conversa", diz.

Hoje, Maia é aliado do tucano. "É um cerca-lourenço [a popular conversa mole para obter vantagens]. O DEM é muito mais Huck do que Doria", afirmou o ex-senador, próximo do PSD, partido que ajudou a montar e que é controlado por Gilberto Kassab, seu afilhado político.

Huck é um nome fomentado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que recentemente cobrou que o apresentador se posicione como líder político.

O global já demonstrou disposição de disputar a diversos interlocutores, mas quer adiar o anúncio para afastar-se do escrutínio inevitável.

Na avaliação de Bornhausen, Huck e um nome do PT irão disputar a vaga no segundo turno contra Bolsonaro (PSL). "O presidente manterá seus 25%, 30% de apoio, apesar de tudo", afirmou.

O "tudo" em questão é balbúrdia política que marca o bolsonarismo no poder. "Ele saiu atacando todos, chamando tudo de velha política. Antes, era quase impossível aprovar um projeto sem apoio do Executivo. Isso mudou."

Para ele, o símbolo do revigoramento do Congresso foi a aprovação da reforma da Previdência, processo amplamente creditado a Maia.

"Agora, o Congresso vai rumar para o parlamentarismo. Há 50% de chance de isso já ocorrer para 2022", disse ele, descartando o fracasso da experiência nos anos 1960 e a rejeição a ela no voto, em 1993.

Bornhausen aponta um mapa do caminho. Primeiro, o veto às coligações nas eleições proporcionais a partir de 2020 tenderá a reduzir o quadro partidário.

Segundo, ele acredita que será aprovado no Congresso no ano que vem o voto distrital misto, no qual listas fechadas de candidatos definidas pelas siglas convivem com a eleição de indivíduos.

"Tudo isso vai qualificar a representação. Precisaremos de uma, duas, talvez três eleições para a qualificação ocorrer, mas vai", afirmou.

Com esse arcabouço de partidos mais estruturados, diz, será inevitável rumar ao parlamentarismo.
O reforço das siglas já está em curso. Seu aliado Kassab tem corrido o país para montar palanques, e tem dito a amigos que o PSD sairá como a maior sigla da eleição.

Bornhausen não se impressiona com o que é visto como o baixo nível generalizado na vida pública brasileira. "Há nomes que surgiram aos quais é preciso dar atenção. Um é o da Tereza Cristina [DEM], ministra da Agricultura. Outro é o do Eduardo Leite [PSDB], governador gaúcho", disse.

A ministra faz o que ele chama de "grande trabalho", e ele credita a ela a conclusão do acordo Mercosul-União Europeia. Já o tucano é elogiado como articulador e por ser "corajoso" ao enfrentar as corporações estaduais na discussão sobre a reforma previdenciária e administrativa local.

O ex-senador é crítico de Bolsonaro e, principalmente, da influência de seus filhos e da chamada área ideológica do governo. Mas acha a Esplanada em boa parte de qualidade. "Tem a Tereza, tem o Tarcísio [Gomes, Infraestrutura], tem o Paulo Guedes [Economia], os ministros militares são preparados", diz.

Mas também há "o Itamaraty, a Educação e a Damares [Alves], que nem sei o nome do ministério [da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos]", diz, em tom reprovativo.

Ele acredita que Bolsonaro se manterá amparado na sua base radicalizada, como já vem fazendo hoje, mas enfraquecido. "A economia tem sinais de melhora, mas o desemprego, não."

A cacofonia das brigas bolsonaristas, como a em curso entre o presidente e seu partido, não são um problema tão grave para a economia na visão de Bornhausen. "Elas não afetam nem afetarão votações do Congresso", disse.

O ex-senador votou, "por exclusão porque não voto no PT", em Bolsonaro no segundo turno de 2018. Ele mantém a ojeriza ao partido de Lula, com o qual teve ríspidas discussões no passado —num episódio famoso de 2005, ele comemorou o mensalão porque o escândalo do governo do PT "livraria o país por pelo menos 30 anos dessa raça".

Isso lhe garantiu o ódio dos petistas, em especial do líder, que prometeu em 2010 "extirpar o DEM da política".

Sua primeira opção na eleição foi o tucano Geraldo Alckmin, que despacha em um escritório no andar abaixo do prédio de Bornhausen.

Ele concorda com a avaliação do ex-governador paulista de que o atentado a faca contra Bolsonaro foi determinante para sua vitória. "Ele foi eleito por uma forte reação ao PT. Mas fico em dúvida se seria a mesma coisa [sem a facada], com mais exposição."

Seja como for, ele diz que o Brasil "é um país com azar", citando também duas mortes: a de Tancredo Neves na véspera da posse como primeiro presidente civil após a ditadura, em 1985, e a do deputado Luiz Eduardo Magalhães, considerado um sucessor natural de FHC, em 1998.
 
Se um outsider que nem partido tem ainda já conta com apoio declarado de figurões, alguma tramoia tem por trás aí. XD
 
Primeiro grande erro do Huck é começar hoje a campanha.
Ninguém aguenta apanhar 3 anos. Deixa pra aparecer faltando uns 10 meses... ai quem sabe.. do jeito que votamos bem perigoso eleger ele.
 
Eu vejo a candidatura do Luciano Huck com bons olhos. Acaba criando um espaço para um união de esquerda e direita moderadas e ortodoxas, conforme delineei aqui e também na linha do que foi tentado sem sucesso em 2018 - na ocasião, seria uma aliança de centro que englobaria candidatos como Alckmin, Amoedo e Marina. Curioso que Luciano Huck parece ter certa afinidade tanto com Tábata Amaral quanto com Paulo Guedes. De fato, o fracasso de uma aliança desse tipo em 2018 foi o que criou um centro dilacerado e deu espaço para que Ciro Gomes surgisse como uma "terceira via", enquanto nada mais era do que a mesma velha esquerda... Ganhando um candidato dessa centro, todo mundo fica meio feliz, reformas importantes podem continuar sem obscurantismos e o humor político tende a se acalmar.
 
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Ultimamente o Huck andava até quieto em relação a política, mas seu nome voltou a tona ao repetir o mesmo gesto que fez quando deu ruim pro Aécio Neves: Apagar imagens.

 
Eu não acho que a recusa ao PT será tão forte como vimos em 2022, quando atingiu seu auge, e olhe que o Haddad só não venceu por pouco, ainda assim. O ódio, ou a desconfiança, esfriou. Só não esfriou o ódio daquele núcleo duro do bolsolavismo. Dos que dizem ainda hoje #FechadosComBolsonaro, apesar de todos os seus crimes tão patentes, os anti-vacina, os malucos do chapéu de alumínio etc... Essa gente está num nível de alucinação hipnótica que é impossível arrazoar com ela.

E eu acho que a recusa ao PT não será tão forte por quatro razões: 1) para o bem ou para o mal, houve a troca de poder, que é muito importante à democracia em todo caso, e que serviu de c-c-c-combo breaker para barrar especificamente o PT, e não a esquerda em geral; tendo ficado quatro anos fora, e mais do Temer, o partido volta a ser uma possibilidade; 2) pessoal do centro e indecisos já viu do que o Bolsonaro é capaz, e o quanto ele é inepto até, e principalmente na escolha dos nomes "técnicos" etc. etc. e já não o verá tanto como o "mal menor", mas pelo inverso; 3) até uma parcela dos bolsonaristas arrependidos tenderá a evitá-lo fortemente num eventual segundo turno, dado seu histórico de cagadas (a.k.a crimes) e principalmente seu elo familiar com bandidos de quinta categoria e toda aquela caterva que o cerca; 4) o Lula está fora do páreo desde já, e boa parte da recusa era contra a sua pessoa, e agora qualquer chapa que formem poderá desde o início se focar numa campanha sem o fantasma dele. Acho que o cenário será bem diferente.

Eu não faço ideia do resultado em 2022. Por Zeus, nem faço ideia de quem realmente vai concorrer! Ainda existe boa chance de nem o Bolsonaro ser elegível (se não arranjar um partido idiota o bastante para servir de trampolim; se sofrer impeachment ou responder por algum crime...). Da hipotética chapa Moro/Huck, quem será que seria o presidente, e quem o vice? Uma coisa é certa: seria divertido ver um debate entre Bolsonaro (sem facada para o livrar dessa vez), falando suas merdas de sempre, com um Sérgio Moro e sua voz de pato, e um Ciro Gomes no meio pra botar fogo no parquinho, chamando os dois de bandidos pra baixo... :hxhx:

Concordo plenamente
Quanto a Moro/Huck tudo é incerto. Sobre o Huck mais especificamente que foi o ponto inicial desse tópico, até bem pouco tempo, eu sempre o subestimei e achava que ele não passaria de um sabonetão que assim como o Datena sempre escapa liso em ano de eleição.

Só que aí o Bolsonaro venceu 2018 e veio com tudo pra cima da Rede Globo, fazendo o possível e o impossível pra minar sua força e sendo o Huck um dos seus nomes mais importantes, lança-lo a presidente tem aquele rótulo imediato inevitável que o coloca como "o candidato da Globo", mas no fundo é tudo o que a alta cúpula da emissora adoraria como melhor resposta ofensiva ao que o Bolsonaro representa contra ela.

É difícil agora supor quem seria o vice, já que o Moro pra mim saiu bem chamuscado pelo desgaste que teve no ministério. Ainda tem o fato que o Dória sonha bem alto com a presidência e pra ele não seria interessante a concorrência com Moro/Huck. Faltando 2 anos, ainda tem muita especulação pra rolar.
 
Moro está desconversando sobre a possibilidade de se lançar candidato:

Mas é até compreensível que ele queira dar prioridade à sua carreira de advogado. Afinal de contas, quem não gostaria de receber 750 mil reais por apenas três pareceres jurídicos? Bem melhor do que ser juiz federal ou presidente... :hxhx:
 
Eu continuo acreditando que o Moro vai continuar na dele advogando ou palestrando que nisso ele tem mais a ganhar.
Pra ele voltar a política só se houver muita pressão..
 
Eu continuo acreditando que o Moro vai continuar na dele advogando ou palestrando que nisso ele tem mais a ganhar.
Pra ele voltar a política só se houver muita pressão..

Também acho. Como tem bastante nome no centro, o momento pede alguém com um perfil mais de liderança (isso é, capacidade de gerir, conciliar, empolgar). No máximo o Moro entra de vice ou aparece pra ocupar algum ministério no governo. Daí que toda aquela discussão sobre "Moro ser extrema-direita" é, por mais esse motivo, desnecessária: ele não vai, creio eu, ditar o tom em uma eventual chapa de centro.
 
Última edição:
Isso explica as poucas aparições do Eduardo Leite durante a pandemia, está cevando sua imagem para vôos mais altos, faz parte da mesma escola do Doria ambos mais preocupados com marketing do que em administrar o cargo que ocupam. Péssimos exemplos que são adorados pelos caciques do PSDB.
Votar com sangue nos zóio se mostrou mais nefasto do que poderia imaginar, olha o tamanho da monstruosidade que se tornou o Centrão, muitos dos que fugiram da derrocada petista e dos que surfaram na onda do Bolsonaro inflaram a mais fisiológica e casuística ala do Congresso. Imagina isso num Parlamentarismo?
 
"[N]ão é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade" — Aristóteles, Poética.

Onde se diz "poeta", entenda-se o ficcionista em geral. Até esse fazedor de memes. :hihihi:
 
É uma decisão difícil, porque são duas fontes de renda fixas e altas que ele perde (dele e da esposa), além de que entrar de cabeça nisso sempre resulta em estar na mira do ódio adversário. Hoje ele é queridinho e coisa e tal, mas quando se posicionar sobre temas x e y, vai receber porrada dos descontentes (e a família dele, por tabela). Então ele precisa estar ciente de que não tem volta e que é possível não se eleger, e o que fazer daí pra diante, num cenário de derrota. Vai se tornar um "influencer" genérico, usando sua fama atual, e tentar fazer algum dinheiro com isso? Ou vai depois tentar algum carguinho mais modesto na política?
 
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