Hetfield: “Metallica está se concentrando na vibração do Master of Puppets”
P: Como o novo METALLICA [álbum] irá soar?
Hetfield: “Será tão bom quanto nós pudermos, eu diria, e é assim que tem sido. [O produtor] Rick Rubin é extremamente bom em extrair o melhor de qualquer artista com que trabalhe, seja BEASTIE BOYS, NEIL DIAMOND, SLAYER, SLIPKNOT... ele faz de tudo, ele faz rap... qualquer coisa! De um jeito ou de outro ele nos faz progredir. Ele tem uma vibração boa, e um bom ouvido e nós achamos que também temos. Então, algumas vezes há um pouco disso – nós gostamos das coisas do nosso jeito, e ele gosta das coisas do jeito dele – mas com dois grandes poderes fazendo algo juntos, eu acho que iremos surgir com algo realmente incrível. Ele está fazendo nós nos concentrarmos na vibração em torno do ‘Master of Puppets’ – o que passava nas nossas mentes? Como era? – a fome em torno do ‘Master of Puppets’.”
P: Vocês tocaram no Live Earth. Qual são os seus pensamentos sobre a crise climática. Em que o METALLICA pode contribuir [para o processo como um todo]?
Hetfield: “Eu realmente evitei a imprensa sobre o dia do Live Earth. De maneira alguma eu concordo com o que está acontecendo por aí. Política me deixa louco e eu não gosto de falar de política. Os políticos têm os meios, eles têm como conseguir que as coisas sejam feitas, e é a isso que queremos juntar a nossa música e não obscurecê-la com ‘Democrata’, ‘Republicano’, ou o que seja. Nossa filosofia é ‘pense por você’, no fim do dia, faça o que você acha que é correto. Eu, de fato, acredito que os humanos irão sobreviver. Eu tenho muita fé na humanidade, de que iremos nos superar e nos adaptar, seja lá como for. Seja feito pelo homem ou por Deus ou pela Terra/Mãe Natureza, nós temos muita gente inteligente nesse planeta que irão fazer algo de bom.”
P: Vocês têm sido uma banda por 25 anos. Quais são os planos para os próximos 25?
Hetfield: “Sim, é tornar 25 em 26, 27, 28… você entende, é um dia por vez. Uma coisa excitante que surgiu pra nós foi ser elegível para o the Rock and Roll Hall of Fame, o que é ótimo. Nós tocamos lá ano passado para o BLACK SABBATH, que escolheram não se apresentar, e nós dissemos que iríamos [risos], aquilo foi bem divertido. Você sabe, este é um marco histórico. Muitas bandas foram incluídas, mas não muitas estão lá para tocar todos juntos e dizer ‘oi’ e ‘obrigado’. Se você faz isso por 25 anos, é porque não se odeiam mutuamente. Então, estamos bem orgulhosos. Não há muitas bandas que possam dizer isso, dessa forma, nós somos muito gratos”.
P: Vocês tiveram algumas dificuldade no último álbum. Como vocês estão funcionando agora para o novo disco?
Hetfield: “Bem, uma coisa que todos disseram no últimos disco – passando por toda a limpeza, a terapia, a conversa, a lavagem da roupa suja... você sabe, de um extremo ao outro – de nos odiarmos, de não nos falarmos a abraços e choros em cada nota... é loucura – de um lado ao outro. Ambos são irreais. Em algum lugar no meio disso é onde precisamos viver e equilíbrio é difícil ás vezes, especialmente pra mim, que gosta de extremos, ou acha que gosta. Todo o trabalho pelo qual passamos no ‘St. Anger’, foi dito que não era para o ‘St. Anger’, era para o próximo disco, e isso faz todo o sentido. ‘St. Anger’ é muito mais um atestado – é como a purgação de um sentimento. E o novo disco é mais nós trabalhando juntos – em harmonia, em atrito, em felicidade, em tristeza... tudo isso colocado junto. E nós somos capazes de passar por isso – nós atravessamos o fogo, sabemos o quão quente pode ficar, e não precisamos passar por lá de novo".