Excluído045
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Ok, então a leitura dos textos bíblicos de nada serve à grande maioria de cristãos, que não têm condições de contextualizar o texto.
Mas vamos lá. Vou fazer um esforço, embora eu seja mais um leigo e embora você seja mais bem munido para discutir essas questões.
Para tanto, recorri à Bíblia Sagrada Ave Maria, edição de Estudos:
A carta em questão, segundo a tradição, foi escrita de Éfeso, após Paulo receber notícias quanto à "imaturidade dos coríntios", cujo problema principal eram "as invejas e as discórdias que mantinham dividida em grupinhos aquela comunidade". A carta começa com um tom de complacência, em que Paulo diz que só podia falar-lhes da vida cristã como se fala às crianças. Mas essa imaturidade não durava demasiadamente? Paulo então começa por desconstruir o culto à personalidade.
Nota à referida carta, p. 1841 (grifos meus)
Eu dei a visão da Igreja sobre isso aqui.
De fato o cristianismo chama toda a humanidade, Mercúcio, independentemente de classe, cor, etnia, agora, religião, religião é a cristã.
'Não há nenhum outro nome pelo qual sereis salvos.'
A interpretação ecumenista parece ter se esquecido disso, como esqueceu das lutas dos Apóstolos João e Pedro contra as heresias gnósticas. Oras, se não importa a religião, se é tudo igual, façamos uma sopa nutritiva. Pra que coerência? Isso de fé verdadeira é coisa de gente intolerante. Percebe? È bem a linha interpretiva da TL, relativista e ecumenista e, bem, além da própria Escritura depor contra ela, a Tradição, os Concílios e os Padres também o fazem.
O ponto aqui está em se afastar da hermenêutica dos Padres em favor de uma hermenêutica moderna. 'Olhar os pobres em primeiro lugar'. Não, senhor, olhar os pobres em primeiro lugar, mas primeira olhar Deus, fazer o bem, crer retamente, não julgar, jejuar, se deificar continuamente pela ascese. Teologia mística primeiro. Política depois.
Então qual o contexto? Tradição. E isso tem a ver com fé. Assim como um pagão precisaria se converter para crer na Trindade, só pela fé que se crê que a interpretação da Igreja é verdadeira, e é verdadeira por ser de origem divina, pneumática. O que é interpretação humana pura e simples é heresia. Agora distinguir verdade do erro é outro assunto, bem mais complexo, e que não cabe aqui.
Não falei do que é válido ou não, apenas que tudo (absolutamente tudo) o que você diz só diz respeito unicamente a você, a experiência se torna empobrecida apenas para você.
Unicamente a mim? Eu não gosto de ficar pendantissimamente indicando livros pras pessoas como se eu fosse o pica das galáxias em x ou y, mas pfvr, leiam Mircea Eliade, principalmente seu Imagens e Símbolos pra entenderem que não sou só eu, a experiência religiosa É sim diferente. Nós, seres feitos de alma e corpo, somos criaturas visualistas, sensualistas, emotivas, nós nos movemos SIM por símbolos, estruturas físicas, não em si mesmas, mas pelo que elas representam, simbolizam.
não falei de luxo, nem de simbolismo, nem de nada, com meu exemplo só quis dizer que nada disso importa para a experiência religiosa em si, e se importa, por alguma razão pessoal qualquer, só importará para determinado indivíduo.
Simbolismos são universais, são parte imprescindível da espiritualidade. Você não vive sem símbolos. Eu não vivo. Nem ateus vivem sem símbolos. Símbolos são representações materiais de ideias ou intuições de verdades fundamentais, ninguém é independente deles.
Paganus, eu acho que simbolismo não pode ser entendido como a fé ou a religião em si. A maioria das religiões têm seu simbolismo, como imagens, hóstias, altares, etc, mas como o nome diz, é apenas simbolismo. É muito mais válido eu ter minha fé, crer em Deus, rezar e praticar o bem, indo a uma igreja moderna, por exemplo, do que ir à Basílica de são Pedro, não prestar nenhuma atenção na missa, ficar com pensamentos ruins, sair de lá e continuar não praticando o bem...
Não importa se em Igreja, se em casa... Deus tem que estar é dentro da gente e das nossas ações do dia a dia. A diferença que eu vejo dessas igrejas modernas para as igrejas antigas, basílicas e etc, é apenas na construção, mas o conteúdo sendo o mesmo é o que importa.
Não existe religião sem simbolismo. Os atos interiores da religião não se opõem ao simbolismo, porque as coisas materiais nada mais são que avatares das coisas divinas, imateriais, portanto, a oração é falar com Deus assim como beijar um ícone é falar com Deus, entre inúmeros outros atos rituais. Atos rituais e sentimentos religiosos são indissociáveis, unidos, perpetuamente ligados e complementares. Você pode ter uma fé sem símbolos? Pode, quando se livrar dos seus sentidos, da sua corporeidade, quando atingir a theosis, o nirvana. Enquanto somos corpo+alma precisamos sim dos símbolos. Toda comunicação humana é um símbolo. pode-se dizer.
Niemeyer não era ateu, era mesmo um fanfarrão! Onde já se viu ateu projetar igreja? tsc. Ou então, seguindo a lógica do Pagz, podemos dizer que Niemeyer era um infiltrado que corrompeu os valores tradicionais da igreja com a intenção de causar essa ruptura
UHUUUUUUUULLLLLLL \o/ I feel you, bro!
sobre a discussão, acho bastante incoerente querer separar religião do aspecto ritualístico, do simbolismo.
/\ This
Não é só incoerente, é fantasioso mesmo, quimérico.