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Os 10 Oscars Menos Merecidos

  • Criador do tópico Criador do tópico Lakshmi
  • Data de Criação Data de Criação
Sim.
Não tenho nada contra a Nicole Kidman. Só em Moulin Rouge eu a critico.
Ela podia facilmente ter entrado em 2000 ou 2004 nas listas de melhor atrizes com Eyes Wide Shut e Dogville.

Como atriz de fato ela está acima da Monroe. Apesar que a Monroe morreu cedo, talvez seja injusto comparar sendo que ela não teve chances de tentar papéis depois que a sua beleza parasse de ser um fator favorável.
 
Complementando com uma editadinha da minha anterior pra deixar mais claro minha posição com relação ao bom gosto da Academia e sua reliability.

(...)( e ela nunca ganhou um Oscar, subentendendo-se que a própria Academia reconhece uma certa diferença de nível entre ela e a Kidman, o que, claro, não é garantia de justiça, haja vista que Michelle Pfeifer não ganhou até hoje enquanto (ugh!) Sandra Bullock e (eca!)Julia Roberts já foram premiadas), mesmo que ela não soubesse mais nenhum passo de dança e tivesse uma vozinha de formiguinha na neve...:P

Heuheuheu.:lol:
 
Última edição:
Ilmarien, esse teu último post sobre The Matrix foi um verdadeiro knockout. Confesso a minha ignorância por não conhecer Castaneda (acho que estou falando isso no tópico errado, mas enfim) e fiquei muito curioso sobre o autor. Teria sido mais honesto admitir que o filme é uma releitura adaptada para cinema dos trabalhos de Castaneda? É claro, se admitissem isso, direitos autorais fatalmente seriam cobrados. Eu entendo que a ideia em si, a noção que a vida aqui não é real como imaginamos, não é nova é certamente antecede o próprio Castaneda. Só que as semelhanças entre as cenas si constituem um outro tipo de problema, mesmo que convertidas para os diferentes contextos. Enfim, isso desmerece o filme, na sua opinião?
 
Última edição:
oi, matrix é acima de tudo chupado de neuromancer. e chupado chupado MEEEEESMO, tem até zion no neuromancer. aí se o gibson (autor do neuromancer) foi influenciado pelo castaneda já são outros 500, mas a influência direta de matrix é o gibson com neuromancer.
 
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O "Matrix" também utilizou a ideia dos seres humanos servindo de "baterias" das primeiras histórias da Druuna (for mature readers only).

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oi, matrix é acima de tudo chupado de neuromancer. e chupado chupado MEEEEESMO, tem até zion no neuromancer. aí se o gibson (autor do neuromancer) foi influenciado pelo castaneda já são outros 500, mas a influência direta de matrix é o gibson com neuromancer.

E há quem argumente que foi apenas 'baseado', ou 'usado como referência'.
Sei não, mas isso cheira a 'Life of Pi'...
 
Ilmarien, esse teu último post sobre The Matrix foi um verdadeiro knockout. Confesso a minha ignorância por não conhecer Castaneda (acho que estou falando isso no tópico errado, mas enfim) e fiquei muito curioso sobre o autor. Teria sido mais honesto admitir que o filme é uma releitura adaptada para cinema dos trabalhos de Castaneda? É claro, se admitissem isso, direitos autorais fatalmente seriam cobrados. Eu entendo que a ideia em si, a noção que a vida aqui não é real como imaginamos, não é nova é certamente antecede o próprio Castaneda. Só que as semelhanças entre as cenas si constituem um outro tipo de problema, mesmo que convertidas para os diferentes contextos. Enfim, isso desmerece o filme, na sua opinião?

Non, never. :)

Porque similaridades entre idéias e cenas assim NÃO SÃO PLÁGIO e não desmerecem/desautorizam obra artística nenhuma.

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oi, matrix é acima de tudo chupado de neuromancer. e chupado chupado MEEEEESMO, tem até zion no neuromancer. aí se o gibson (autor do neuromancer) foi influenciado pelo castaneda já são outros 500, mas a influência direta de matrix é o gibson com neuromancer.

E há quem argumente que foi apenas 'baseado', ou 'usado como referência'.
Sei não, mas isso cheira a 'Life of Pi'...

Que houve influência é inegável: coisas como a própria realidade paralela digital ser chamada de Matrix ( que no Neuromancer é mais uma precursora da Internet num grau hiperinterativo e não um superholodeck de realidade virtual plugada na mente como no filme dos Wachowski), os antagonistas albinos do segundo filme, o nome de uma cidade importante do plot se chamar Zion.

O probleminha, no entanto, é que: em Neuromancer as máquinas e a matrix NÃO escravizam a raça humana, pelo menos não como uma atitude concertada em escala global, embora alguns humanos possam ser manipulados; a jornada do herói do protagonista não tem, virtualmente, nada de místico, e, ademais, é feita pra RECUPERAR uma habilidade, já conhecida e dominada, que foi perdida e usá-la, a princípio, pra finalidades egoístas ( embora a coisa não saia bem assim), enquanto, em Matrix, o herói tem que DESCOBRIR que possui tal habilidade e aprender a manipulá-la em prol de ideais altruístas; Zion ( Zion é o nome de Sião, a Terra Santa Bíblica) é uma cidade orbital, talvez até paradisíaca em comparação com a terra superpovoada, e não um bastião da resistência humana nas entranhas da terra pós-apocalíptica, correndo o risco de ser riscado do mapa como Gondolin do Tolkien; ao passo que, em Castaneda, o personagem aprende a se projetar pra uma realidade paralela, um plano astral ( bem Frodo com olho de Sauron), por viagem astral, onde há criaturas que, reminiscentes do Gnosticismo, porque a mitologia do Castaneda é, basicamente, um Gnosticismo, pretensamente indígena latino-americano, invenção "antropológica" fraudulenta do Castaneda, pretendem escravizar as mentes dos humanos, e o herói passa por um treinamento árduo ( em si mesmo copiado até das primeiras histórias com a origem do Dr Estranho da Marvel, que foi de onde veio a noção do Mestre convencer o discípulo com a desculpa de que ele corria risco de vida só pra persuadi-lo a aderir à causa, elas, por sua vez, copiadas do precursor do próprio Castaneda, Lobsang Rampa*) nas mãos do Mestre Don Juan, o qual ADORA transcender o Mundo da Matéria fazendo os discípulos pularem de precipícios rochosos no meio do deserto ( o que, parece, as quatro "viúvas" acabaram fazendo depois de sua morte, efetivamente,cometendo suicídio em massa)

* mais sobre Lobsang Rampa e sua provável influência em e paralelos com Castaneda aí

É verdade que os casacões e sobretudos de couro preto, os termos "Zion", "Oráculo", "Matrix", "Smith" e alguns conceitos como a fábrica de bebês in vitro apareciam lá mas a A HISTÓRIA EM SI e, portanto, o propósito e utilização dos conceitos, por mais parecidos que eles possam ser, como as duas "matrices", são MUITO diferentes e muito mais reminiscentes das outras fontes dos Wachowski. É por isso, também, que o papo do Morrison dando a entender que ele criou o arquétipo do rebelde hacker/místico vestido de preto quando bolou Invisibles e/ou que os Wachowski PRECISARIAM, NECESSARIAMENTE, ter pegado isso e outras coisas dele não cola pra quem está antenado com isso.

Em suma: é bem verdade que Neuromancer forneceu a embalagem de alguns ingredientes do bolo ( lembrando que Keanu Reeves havia feito, previamente na mesma década, o Buda do Zefirelli ( um Iluminado-Chosen One) e o Johnny Mnemonic adaptado do próprio William Gibson) mas A RECEITA em si parece mais reminiscente de outras das fontes e é tão diversificada que é difícil determinar quem copiou o quê de quem, pelo menos no caso dos Wachoswki x Morrison.

Gibson presented the idea of a global information network called the Matrix, and the term cyberspace, a virtual reality simulation with a direct neural feedback. The main character in Neuromancer, Maelcum is from Zion. Maelcum is a big, "all natural" man that wouldn't enter the matrix, much like Tank and Dozer. This book coined the term “jack in” and associated terms to refer to using a computer network. Neuromancer's matrix is 'real', for example, if you died in it you died in real life. One character, "Dixie Flatline," died and his persona was recorded into a "construct" and used by the main character of the book as a guide. Neuromancer's electrodes were hooked up to the humans forehead to 'jack in', much like the plug into the brain in the Matrix. Users of Neuromancer's matrix would strap themselves into their chair, so that they wouldn't move around too much while they were jacked in. In "Neuromancer" the A.I. Wintermute was controlling the lives of a few of the characters via interacting with their electonic appliances, and they didn't really know it. Maelcum flys a "tug" space-vessel, a weaponless carrier vessel much like the Neb in the Matrix.

Referenced in the movies:

In Reloaded, the music to the freeway chase is called "Mona Lisa Overdrive".
Mona Lisa Overdrive is another book written by William Gibson. Gibson has also written a book Johnny Mnemonic, that became a movie with Keanu Reeves as well.

Also, the use of black coats, sunglasses, trenchcoats, a villian with a French accent, EMP weapons, "Smith", "The Oracle", "Zion", a factory of babies grown in tubes, are likely references to this book as well.

O fato é que acontece com Matrix o mesmo que acontecia com o Senhor dos Anéis: vc pode pegar uma obra como O Anel do Nibelungo e encontrar TROCENTOS PARALELOS não acidentais, mas, dificilmente, essa será a referência que determinará TUDO; numerosas OUTRAS analogias ( Ela de Rider Haggard, Beowulf, A Princesa e o Goblin,Call of Cthulhu e nas Monhanhas da Loucura do Lovecraft, Legenda Arturiana, Vermes da Terra e a Hora do Dragão do Robert E. Howard, Mágico de Oz, baladas do Robin Hood, Ivanhoé do Walter Scott*, Vento nos Salgueiros do Kenneth Grahame , rapidamente, ocorrerão na análise e, no fim das contas, o que se tem é uma bricolagem de fontes díspares.Uma bricolagem onde o todo É MAIS do que a mera soma das partes, porque a combinação das fontes cria uma coisa nova, independente, que reflete o talento do criador, que é, sempre, "original", mesmo que tenha usado e combinado dezenas de fontes diversas.

* mais sobre Walter Scott e Tolkien aí

E aí:
"History Real or Feigned": Tolkien, Scott, and Poetry's Place in Fashioning History

E aí:
1. Aragorn and the Arthurian Myth (com comparações com Ivanhoe).

E aí Tolkien and Ivanhoe

This summer dna suggested that Faramir and the Rangers of Ithilien were based on Robin Hood and his Merry Men.
We do know this of Tolkien as a child: “He did not enjoy Treasure Island . . . But he liked Red Indian stories and longed to shoot with a bow and arrow.” – Tolkien: A Biography, by Humphrey Carpenter, p. 22.
Perhaps dna is on the right track after all!
squire: C. Do you see anything of the medieval legend of Robin Hood in Faramir and his Rangers? Do you see anything of “Red Indian” stories (i.e., 18th and 19th century stories of American Indians such as those told by Fenimore Cooper) in this episode? Do you see anything of the woodcrafty Boers ambushing arrogant British convoys under the hot southern sun, in the years of Tolkien’s childhood?

fireandshadow: faramir as robin hood That would make Sauron prince John, and Aragorn a kind of King Richard. Imagine faramir and aragorn in tights!
an seleichan: forever spoiled by TH White and his "dark and stilly womb of night", in the woods with Robin, Arthur and Kay as they get ready for battle. And since I read Once and Future King a million times prior to reading LOTR, I always tended to get the two scenes a little confused.
I can see Faramir as Robin in the casual leadership, in the woodslore, and in the clothing. But nothing about Faramir is very similar to Robin, at least Robin a la OAFK, which was my only exposure. Except for Ivanhoe, but I've not read that for decades now.
Still, there is so much similarity between the Robin of old English tales and the Faramir of LOTR in place setting and clothing, and leadership of a small band of men...it has to have some significance.
Now, what's even weirder is the phrase "dark and stilly womb of night", which is one of those vivid word-pictures that I tend to remember all my life like song lyrics: where does it come from?
Since I'm not really a scholar but just play one in the RR :-), I've had to figure this out for myself. For many years, I thought TH White made up the word "stilly", but as I read more, (and also, as I cheated and looked it up in the OED), I realized it was an old word. And lo and behold!

Shakespeare: Henry V, Act 4, prologue:

"Now entertain conjecture of a time
When creeping murmur and the poring dark
Fills the wide vessel of the universe.
From camp to camp, through the foul womb of night,
The hum of either army stilly sounds,
That the fix'd sentinels almost receive
The secret whispers of each other's watch."

And enter King Harry:

"O, now, who will behold
The royal captain of this ruin'd band
Walking from watch to watch, from tent to tent,
Let him cry 'Praise and glory on his head!'
For forth he goes and visits all his host;
Bids them good morrow with a modest smile,
And calls them brothers, friends, and countrymen.
Upon his royal face there is no note
How dread an army hath enrounded him;
Nor doth he dedicate one jot of colour
Unto the weary and all-watched night;
But freshly looks, and over-bears attaint
With cheerful semblance and sweet majesty;
That every wretch, pining and pale before,
Beholding him, plucks comfort from his looks"

Harry and his band of brothers do also somewhat remind me of Faramir and his crew.
I think there was a lot of this kind of stuff in Tolkien's mind when he wrote of the band of soldiers dressed in green and brown in the woods, quiet, surrounded by foes.
Kimi: Oft in the stilly night "Stilly" immediately made me think of the song by Thomas Moore:

Oft in the stilly night
Ere slumber´s chains have bound me,
Fond memory brings the light
Of other days around me.
The smiles, the tears of boyhood years
The words of love then spoken,
The eyes that shone, now dimmed and gone,
The cheerful hearts now broken.

Thus in the stilly night
Ere slumber´s chain has bound me
Fond memory brings the light
Of other days around me.

When I remember all
The friends so linked together,
I´ve seen around me fall,
Like leaves in wintery weather
I feel like one who treads alone
Some banquet hall deserted
Whose lights are fled, whose garlands dead
And all but he departed.

Is there any way I can make this on-topic? :-)
an seleichan: Tolkien liked archaic words There! on-topic!
Thanks for that, I admit to not remembering that, if I ever read it...although it is in one of my poetry books upstairs. Darn!
And I didn't mean to imply that Shakespeare was the only user, either (I don't know enough on the subject of old words to comment, really). I was trying to make a connection between Robin Hood, Faramir, and King Henry and his "band of brothers". I was, in short, rambling. :-)
Rambling is not necessarily off topic, though, and leads to lots of interesting sidelines...
a.s. (off to look for more examples of stilly night!)
dernwyn: Faramir and the Rangers: men in tight places...
Both the Ithilien Ranges and Robin Hood's men know the advantages of using camouflage with guerilla tactics. Tolkien may have had this particular English legend in the back of his mind; but the two groups have dissimilar agendas, and I'd say the Rangers are more akin to WWI warfare, ground troops trying to protect the errant locals from a foray at hand.
(But I did show that "Shrek" takeoff to my kids, who hastened groaning from the room...)

Matrix tem uma pletora de fontes e referências que, de vários modos e proporções, contribuíram para partes diferentes do plot. Muitas delas não disponíveis em português como ocorre com Dr Who ( de onde parece vir o plug de inserção e a "matrix" original que serviu de base pro próprio Gibson que lá é um computador criador de simulações usado para finalidades muito parecidas), Samuel R.Delany e Harlan Ellison o que dificulta horrores a percepção do conjunto de fontes pelo brasileiro.

As in the film, the Matrix of that series (introduced in the 1976 serial The Deadly Assassin) is a massive computer system which one enters using a device connecting to the head, allowing users to see representations of the real world and change its laws of physics; but if killed there, they will die in reality.[37]

Uma listazinha esquemática simpática de algumas delas são visíveis aí

Outras curiosidades em português

Criaturas Imperfeitas--Matrix

BUILDING A BETTER SIMULACRUM: LITERARY INFLUENCES ON THE MATRIX
by
Paul Di Filippo



Everything2
The Invisibles vs. The Matrix


The Matrix Revealed
 

Anexos

Última edição:
porque a mitologia do Castaneda é, basicamente, um Gnosticismo

se castaneda é basicamente um gnosticismo então acho que o mais correto seria dizer que a fonte de matrix é gnosticismo, e não castaneda, não? :think: de qualquer forma, sobre as diferenças pontuais sobre neuromancer, é obvio que elas deveriam existir, caso contrário o filme se chamaria neuromancer, e não matrix :cheers: de qualquer modo, acho que os wachowski nunca negaram que matrix é uma colcha de retalhos de 'n' obras, filosofias e afins. eu gosto. só acho que deveriam ter parado no primeiro.
 
se castaneda é basicamente um gnosticismo então acho que o mais correto seria dizer que a fonte de matrix é gnosticismo, e não castaneda, não?

Sim e não*, porque a FORMA que a jornada iniciática toma tem a metafísica gnóstica mas a estrutura episódica, character interaction e descrições reminiscentes do Carlos Castaneda. Ele foi, praticamente, o primeiro a transformar o Gnosticismo num tema pra Romance ( no caso suposta auto-biografia) de viagem iniciática no mundo contemporâneo tomando de empréstimo a linguagem e descrições da ficção científica ( Lovecraft, E.E.Doc Smith e comic books como Doutor Estranho) e não do mito tradicional ( os Agentes e os Wachers ( Arcontes e Sentinelas gnósticos são monstros octopóides, ciclopes titânicos ou Homens de Preto que nem acontecia no Dark City-Cidade das Sombras do Proyas e não "anjos" com cabeças de leões e pares múltiplos de asas e/ou deuses/demônios como nas diversas vertentes gnósticas).

* esse aí é o principal texto da internet que explica a base gnóstica de Matrix e ele mesmo cita o Castaneda várias vezes.

One would like to ask Stan Lee what was he reading or what was on his mind at the time or was the concept created from vague memories of hearing or reading about such stuff from the pulps and what of Ditko’s contributions here as well? Perhaps Stan was flipping through a book by Tuesday Lobsang Rampa? I read one of his novels years ago. And this was all before Castaneda, right. Maybe Strange inspired the Don Juan hoax, too, and his crack in the world. Perhaps some of the evil magicians Strange will later encounter are the reflections of people like Aleister Crowley and Madame Blavatsky, these figures should be researched for inspiration and story ideas. The femme fatales sorceresses that later appear perhaps have their true source in Blavatsky.

Gostando ou não, o culto do Castaneda é a roupagem gnóstica mais influente e pop no mundo contemporâneo(inclusive, segundo esse texto da Sociedade Gnóstica brasileira ele pode ter nascido aqui) e de mais amplo espectro de influência na ficção atual, influenciando desde Invisibles até Star Wars, Paulo Coelho (agora vocês sabem mesmo em quem colocar a culpa... :P) e os comics europeus do Jodorowsky ( Incal, Aleph Thau).


THE TOPIC OF TOPICS
Gnostic Parallels in the Writings of Carlos Castaneda


de qualquer forma, sobre as diferenças pontuais sobre neuromancer, é obvio que elas deveriam existir, caso contrário o filme se chamaria Neuromancer

Bom, as diferenças NÃO SÃO PONTUAIS. A escravização pelas máquinas, a terra pós-apocalipse ( importadas de I have no mouth and I must scream do Ellison ( vide a cena do Neo perdendo a "boca") e do Terminator ( Exterminador do Futuro do Cameron que, por sua vez, chupinhava Ellison ), a história de guerra pretérita entre a humanidade e a AI "deserdada", a la Frankenstein, além da procura/criação do The One (que pode ter vindo do A Cidade e as Estrelas do Arthur Clarke), são O PLOT do Matrix e são tão importantes pra história quanto o é a Demanda pra destruir o Anel do Poder no Tolkien. Nada disso tem no livro do Gibson.

Em que pese a influência da "gramática" cyberpunk de Neuromancer sobre Matrix, que é usada pra "traduzir" a metafisica gnóstica pra um cenário de ficção-científica mais hard, ao invés de Sci-Fi da linha New Wave, a TRAMA EM SI das duas histórias tem MUITO POUCO a ver a não ser em níveis muito abstratos e não específicos ( Jornada do Herói campbelliana como o Grimnir falou).

Nesse ponto de vista, IMHO, as influências do Neuromancer é que acabam sendo "pontuais".

de qualquer modo, acho que os wachowski nunca negaram que matrix é uma colcha de retalhos de 'n' obras, filosofias e afins. eu gosto. só acho que deveriam ter parado no primeiro.

A fruição do que os Wachowski, APARENTEMENTE, pretendiam MESMO comunicar nas sequências fica MUITO MAIS fácil com a leitura desse material aí ó.
Matrix Explained-Essays Collection

Até porque, desde o primeiro filme, pareceu pra mim e pra outros que viram a "película" comigo, que, em função da fonte de energia de Zion ser geotérmica*, as máquinas, supostamente, PRECISAREM usar o humanos como pilha energética** era uma pusta de uma incongruência flagrante na história DESDE O INÍCIO.


(*dedução lógica dada a localização da cidade e que foi confirmada no segundo, sendo o sistema de extração DELIBERADAMENTE criado pelas próprias máquinas pra alimentar as diversas Zions que já tinham existido antes)

** A idéia original dos Wachowski era que os humanos eram usados pra formar uma Rede Neural ( conceito usado no Golias, a história que o Neil Gaiman escreveu por encomenda dos Wachowski usando a Bíblia conceitual do universo), uma extensão "viva" biologica da mainframe, onde, fica implícito, as máquinas NÃO criaram a Matrix pra acessar a energia dos humanos, mas, sim, acessaram o sistema neuro-sináptico da humanidade pra gerar a Matrix. Agora o porquê de se gerar a Matrix é que demanda a mais complexa das explicações pro imbróglio. Em suma, a conclusão de quem pesquisou o assunto é: as intenções das máquinas não SÃO de verdade no sentido de escravizar a humanidade mas, sim, de arrumar um modo de interfacear e se mesclar com ela, para benefício de ambas as "espécies".

Então, a estória de Matrix NÃO É exatamente aquilo que aparentava ser num grau MAIOR do que os Wachowski puderam contar on screen ( aparentemente, os produtores que pegarem a idéia deles pra uma coisa mais cult e a "morfaram" num cinema arrasa-quarteirão ( vide TV Tropes-Executive Meddling) NÃO ACHAVAM uma boa idéia virar do avesso as percepções das pessoas naquelas alturas do campeonato e, basicamente, correr o risco de transformar o último filme numa cartilha gnóstica pra explicar a coisa retroativamente, ainda mais considerando o grau em que os Wachowski combinaram, sincreticamente, elementos de Gnostiscismo, Budismo, Hinduismo e Cristianismo ( que são, em si mesmo, sincréticos, devemos entender a piadinha da hipocrisia do politicamente correto em ação ai).

Pelo menos não num cenário pós 11 de Setembro, com o Dogmatismo WASP em expansão pra se contrapor à Jihad Muçulmana ( lembremos que o primeiro filme era de 1999 mas os dois seguintes de 2003).
 
Última edição:
se castaneda é basicamente um gnosticismo então acho que o mais correto seria dizer que a fonte de matrix é gnosticismo, e não castaneda, não? :think: de qualquer forma, sobre as diferenças pontuais sobre neuromancer, é obvio que elas deveriam existir, caso contrário o filme se chamaria neuromancer, e não matrix :cheers: de qualquer modo, acho que os wachowski nunca negaram que matrix é uma colcha de retalhos de 'n' obras, filosofias e afins. eu gosto. só acho que deveriam ter parado no primeiro.

Pra mim só existe o primeiro. Fiquei meio decepcionado com o segundo e até hoje não assisti o terceiro - e pretendo continuar sem assistir. O primeiro, como uma jornada ou ciclo, é verdadeiramente completo. Por mais que termine sem dizer o que vai acontecer após o renascimento de Neo, isso não é exatamente um problema, pois a solução pode muito bem ficar implícita. Eu só recomendo assistir o primeiro, até pq dá pra ficar bem satisfeito com o desfecho.

Bem, a moral da história é que The Matrix tem dezenas de fontes de inspiração e em alguns casos parece ser mais do que só inspiração. No pior do casos, pode-se dizer que a obra perde pontos em originalidade de ideia, mas isso não é realmente um problema, uma vez que é um filme foda. :mrgreen:
 
(...)
Bem, a moral da história é que The Matrix tem dezenas de fontes de inspiração e em alguns casos parece ser mais do que só inspiração. No pior do casos, pode-se dizer que a obra perde pontos em originalidade de ideia, mas isso não é realmente um problema, uma vez que é um filme foda. :mrgreen:

E uma vez que "originalidade", como sendo a primazia ou fonte última da qual uma idéia proveio, é uma noção tremendamente superestimada, virtualmente inexistente em ficção especulativa e,portanto, muitíssimo mal compreendida pela contemporaneidade.

Como dizia o JRRT:

O próprio Tolkien uma vez disse em carta não compilada em livro: "nenhum de nós pode inventar ou "criar" em um vácuo, nós podemos apenas reconstruir e, talvez, imprimir um padrão pessoal em material "ancestral""

no one of us can really invent or ``create'' in a void, we can only reconstruct and perhaps impress a personal pattern on ``ancestral'' material...''

Taí um texto bom em português estudando as relações entre Matrix e Neuromancer

Neuromancer, Matrix e as narrativas urbanas da pós-modernidade

Lázaro Barbosa


Será Matrix uma releitura de Neuromancer que o amplia (ou reduz, conforme o panorama que se adote)? É inegável que o romance é uma das maiores referências do longa-metragem dos Wachowskis. Alguns paralelos podem até ser traçados entre os personagens: Case, um dos melhores cowboys existentes em sua época, se assemelha a Thomas Anderson, “programador de uma respeitável companhia de software” em um turno e, noutro, um hacker chamado Neo, virtualmente culpado por quase todos os crimes de computador “para os quais temos uma lei”; Molly, a samurai mercenária com lâminas sob as unhas das mãos, e Trinity, uma hacker com roupas de couro, ambas igualmente sensuais e perigosas; Armitage, um homem de passado misterioso que tirou Case da sarjeta, possui algumas semelhanças com Morfeu, o homem que passou a vida procurando por Neo e que o liberta da ignorância. Em ambos a violência é enorme, com direito a metralhadoras pesadas (Matrix) e pistolas flechette (Neuromancer).
Todavia, as discrepâncias não são menores. Enquanto Case é um típico anti-herói (roubando antigos patrões e bastante viciado em drogas), Neo constrói sua “redenção” à medida que a trama se desenrola, passando de um criminoso ao protótipo de um salvador. Armitage é um construto de personalidade feito a partir de um militar morto e controlado por Wintermute, a inteligência artificial contra a qual Case luta, enquanto Morfeu mantém sua personalidade independente de qualquer controle. Não há em Neuromancer soteriologismos de espécie alguma: Case está fazendo seu trabalho contra a vontade, e anseia ardentemente que os sacos de micotoxina implantados por Armitage sejam extirpados tão logo quanto possível; em Matrix, Morfeu incute em Neo a delicada tarefa que este deve cumprir, face à dominação das máquinas sobre os humanos; o herói sente dificuldade em aceitar esse papel, mas pouco a pouco experiencia o que antes se mostrava como profecia nefelibata . A linguagem dos personagens de Neuromancer é recheada de gírias e palavrões, dando ao ambiente da história uma atmosfera mais rude do que ele já tem, ao passo que sempre há algo de pitiano, hermético, nos diálogos de Matrix. Em suma, Neuromancer tem personagens de moral dúbia, temperamento obscuro e forte individualismo; Matrix é quase maniqueísta, e os protagonistas têm um senso de responsabilidade enorme diante dos seres humanos como um todo.

Outra bem recente e em inglês.

Identity, Hyperreality and Science fiction: The Matrix and Neuromancer
Imran Riaz Chohan
2012


Curiosidade: a opinião do PRÓPRIO autor do Neuromancer, William Gibson, sobre o filme, transcrito do blog do autor. Palavras do próprio: Matrix "é tematicamente gnóstico, coisa que Neuromancer não é"

THE MATRIX: FAIR COP

I was, as you can probably imagine, prepared not to like THE MATRIX. A friend finally dragged me to see it in Santa Monica, when I was taping NO MAPS FOR THESE TERRITORIES.

I liked it a lot. I even went back to see it a second time in theatrical release, which is unusual for me.

I thought it was more like Dick’s work than mine, though more coherent, saner, than I generally take Dick to have been. A Dickian universe with fewer moving parts (for Dick, I suspect, all of the parts were, always, moving parts). A Dickian universe with a solid bottom (or for the one film at least, as there’s no way of knowing yet where the franchise is headed). It’s thematically gnostic, something NEUROMANCER isn’t.

Whatever of my work may be there, it seems to me to have gotten there by exactly the kind of creative cultural osmosis I’ve always depended on myself. If there’s NEUROMANCER in THE MATRIX, there’s THE STARS MY DESTINATION and DHALGREN in NEUROMANCER, and much else besides, down to and including actual bits of embarrassingly undigested gristle. And while I was drawing directly from those originals, and many others, the makers of THE MATRIX were drawing through a pre-existing “cyberpunk” esthetic, which constituted as much of a found object, for them, as “science fiction” did for me. From where they were, they had the added luxury of choosing bits from, say, Billy Idol’s “Neuromancer” as well.

When I began to write NEUROMANCER, there was no “cyberpunk”. THE MATRIX is arguably the ultimate “cyberpunk” artifact. Or will be, if the sequels don’t blow. I hope they don’t, and somehow have a hunch they won’t, but I’m glad I’m not the one who has to worry about it.

The other thing I’m glad of is that a film of NEUROMANCER, whatever else I might want it to be, definitely doesn’t, now, have to be THE MATRIX, or even anything very much like it.

AN END TO CYBERPUNK?

Someone asks if I might please put an end to it.

Would that I could, but it just doesn't work that way. "Cyberpunk", which you'll note I put in quotes or not, as the irony level in my bloodstream fluctuates, has a life of its own. Has in fact been possessed of a stubborn vitality since it first hove into view circa 1981. At this late stage of the game, though, my belief is that, outside of a certain narrow discourse in literary history, its best use today is as an indicator of a particular generic flavor in pop culture. In the way that "cowboy" functions in "cowboy boots", which generally has nothing to do with anyone, particularly the wearer of the boots in question, being any kind of cowboy. "That's kind of a cyberpunk video." We all know what the speaker means.


Pra mim só existe o primeiro. Fiquei meio decepcionado com o segundo e até hoje não assisti o terceiro - e pretendo continuar sem assistir. O primeiro, como uma jornada ou ciclo, é verdadeiramente completo. Por mais que termine sem dizer o que vai acontecer após o renascimento de Neo, isso não é exatamente um problema, pois a solução pode muito bem ficar implícita. Eu só recomendo assistir o primeiro, até pq dá pra ficar bem satisfeito com o desfecho.

Olha, Grimnir, eu entendo sua frustração, e, também, sua concepção de que o primeiro filme pode ser perfeitamente auto-contido, mas, vale aqui dizer, pelo padrão que venho observando nos seus posts, o que percebi a respeito da sua área de interesse e gostos e levando em conta o que identifico como domìnio do inglês, que vem a ser indispensável nesses casos, eu tenho CERTEZA que vc tiraria bom proveito desses dois textos aí nesse site contendo ensaios analisando os dois últimos filmes, caso vc, algum dia, resolva, afinal, assistir a trilogia inteira. São tão bons que foram traduzidos pra diversas linguas na internet afora como castelhano, polônes, tcheco e dinamarquês.

O último filme, com a leitura do ensaio respectivo e algumas comparações extras*fica MUITO MAIS CLARO e elucidativo, ganhando tanto em termos de "mensagem/significado" e enquandramento com a "mitologia"/cronologia da história quanto em potencialidade de fruição estética.

*Algumas indicadas no próprio texto, como o Mago de Terramar da Le Guin, ao que eu acrescentaria: Silmarillion-Viagem de Eärendil e Elwing comparada com a jornada final de Neo e Trinity pra Zero/One- a Metropólis das Máquinas ( antípoda de Zion ( "Z-One", sacaram a piadinha? Zion escrito como a base do código binário), Nausicaa-o desenho do Miyazaki, repare na similaridade onslaught das sentinelas sobre Zion e o stampede dos Ohmu e o que rola no final com os dois heróis ( e como acontece também)) e o filme original de Jornada nas Estrelas do Robert Wise, confira aí tb




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Anexos

Última edição:
Essa frase de Tolkien realmente é algo digno de um professor. Obviamente ela pode ser usada como subterfúgio por plagiadores, mas considerando tudo o que discutimos aqui (aliás, desvirtuamos um pouco o tópico, sorry!) eu não diria que é o caso de The Matrix. Gostei bastante do texto comparativo e admito que me deu mais vontade ainda de ler Neuromancer. As semelhanças entre os personagens talvez sejam uma consequência da escolha de arquétipos (já que o primeiro filme é literalmente o Monomito) do que qualquer outra coisa. Obrigado pela indicação de leitura, você ler com calma mais tarde. Talvez me ajude a superar a má vontade e eu resolva assistir o último episódio da trilogia.
 

Invisible Influences in The Matrix​

Debunking Grant Morrison‘s claim that The Matrix wouldn’t exist without his fiction​

Iain Spence

Books Are Our Superpower

Iain Spence
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May 19, 2023



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Photo by Curtis Nguyen on Unsplash
Grant Morrison has stated in the past that The Matrix was part of a late 1990s emergence of Hostile Strength celebration within pop culture. He said this in relation to The Sekhmet Hypothesis.¹ As the author of the book, I disagree. The Matrix was a movie, not a raw celebration involving atavistic behaviour within pop culture.

I also disagree with the following remarks concerning the clothes worn by the characters in The Matrix. In one interview, Morrison describes the characters as wearing a ‘…tight, fascistic, fetishistic style’ again, in relation to The Sekhmet Hypothesis

I’d say this shows a lack of understanding of the early Sekhmet Hypothesis, the nature of fascism and The Matrix itself. He’s completely wrong on every point. Anyone who believes that the clothes worn by Morpheus, Neo, Trinity, or Switch in The Matrix are ‘fascistic’ would be better off putting their comics aside and educating themselves on modern history and politics.

In the same interview Morrison also makes the following remarkable claim:

I think The Matrix is a brilliant movie, which wouldn’t have existed without THE INVISIBLES.
Yup, I’m not making that up. Notice how The Matrix isn’t given the good grace or dignity of basic italics but The Invisibles is written in LOUD BLOCK CAPITALS. That aggressive hard sell is in itself, a red flag. So let’s examine Morrison’s remarkable claim in more detail. We’ll then move onto other, more likely influences, on the movie.

Invisibles in​

We can start by considering the date of the first draft of The Matrix: 1994. That was the same year when the first copies of The Invisibles appeared in comic form. There is a final script available of The Matrix online, dated April 8th 1996.³ The Invisibles spans from 1994 to 2000. If the dates attributed to The Matrix scripts are accurate, then this allows little influence to feed into the actual plot of The Matrix.

By the time the film was being shot (March of 1998), the Wachowskis didn’t have the entire Invisibles to share with design staff and actors. It only amounts to the first half of the myth. According to Grant Morrison, his Invisibles ‘books’ were given to the design staff as a reference for the film’s content.⁴ If this is true, then we’re looking at even less influence than his comics. The Matrix film production ended in August 1998 — only two books had been published before that date.

Here are some of Morrison’s main accusations:

After the initial rage, when I really went through it plot point by plot point and image by image…The jumps from buildings, the magic mirror, the boy who’s being inducted called the One, the black drones, the shades, the fetish. The Kung Fu as well. The dojo scene. The whole thing — the insect machines that in fact are from a higher dimension…The entire Gnostic theme.

Okay, let’s go through each of these claims and deconstruct his rant. If we take it in good faith that The Matrix was written between 1994 and 1996, we have to ask ourselves how much of Morrison’s list was already inside the Wachowskis’ script.

Visually, both myths are in fact, very different. There’s little cyberpunk in The Invisibles. If you want to see The Matrix style in The Invisibles, you have to read the trades which appeared in the very late 1990s, by which point the film was pretty much in its late stage of development.

The shades​

A visual similarity exists between King Mob (The Invisibles) and Morpheus (The Matrix). Both wear shades in the same manner. Grant Morrison says he asked his artists to turn him into King Mob, to put him directly into his Invisibles stories. To see such a visually similar character then turn up in another myth years later may have been unnerving. But it’s not proof that the Wachowski’s copied The Invisibles.

There are also similarities between the Agent Smiths of The Matrix to Morrison’s dark-suited villains. Both wear dark shades. Then again, why not bring in Jake and Elwood from 1980, from The Blues Brothers? Okay, so that’s a comical example, but the point is, there’s little way to tell where any influence comes from unless the writer uses a previous myth as a template and happens to share the fact. Sinister MIB were a constant joke among heads discussing UFOs and psi phenomena in the 1980s. They’re not an invention of Grant Morrison. Likewise, the movie, Men in Black (1997) didn’t depend on Morrison as an influence.

The jumps from buildings​

As Morrison says, there’s an uncanny parallel between the Wachowskis’ rooftop scene and the rooftop scene in The Invisibles. In both scenarios, individuals are pursued by the police on rooftops. Those who are chased, carry out massive, impossible jumps.

The Wachowskis’ version is dated April 1996.

Grant Morrison’s version is dated 1997/98.

He might pause to consider what this looks like from the Wachowskis’ perspective.

The entire Gnostic theme​

Both myths draw on the idea of a hidden war being conducted by occult forces while humanity remains oblivious to the fact. But we’ve seen this before in the early 1970s with Illuminatus!, by Robert Anton Wilson and Robert Shea. Perhaps the Wachowskis took this sci-fi series as a direct influence and not The Invisibles.

Another example of the Gnostic theme turns up in the underground ‘biography’, The Black Alchemist, by Andrew Collins. It came out in 1988 and involved two groups of hidden factions fighting an occult war in Britain via a technique of ‘psychic questing’. There are plenty of other examples. Grant Morrison does not have a monopoly on strange tales of secret societies, ‘Gnostic’ or otherwise.

Insects and the dojo training scene​

As Morrison says himself, his fictional insects are from another dimension. The Wachowskis’ insects are AI-based. Like the dojo scene, they can be traced back to April 1996. Morrison’s (completely different) dojo scene only dates back to 1997.

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Towering cyberpunk imagery: low resolution for critical review

The chosen one​

So what about the initiation of the two main characters in The Invisibles and The Matrix? Morrison’s first trade collection of The Invisibles is called Say You Want a Revolution. It revolves around a wayward character, Dane McGowan. He’s a schoolboy on a downward spiral of petty crime until he’s initiated into the Invisibles.

But Mr. Anderson (from The Matrix) is an intelligent computer hacker, not a thuggish schoolboy. Dane is taught by Tom O’Bedlam, a tramp who employs methods of initiation similar to those played out by Castaneda’s Don Juan. Again, there’s no similarity here to the initiation of Thomas Anderson by Morpheus, apart from the fact that they are both initiated. Morpheus is not anything like old Tom.

Initiation, involving a near-death experience, is common as muck in mythology. Like so many heroes, young Harry Potter came through the initiation of a near-death experience (1997). But we don’t see J.K. Rowling claiming the Wachowskis must have ripped off her main background plot. Thousands of other ‘Chosen Ones’ date back in mythology thousands of years. It’s not an exaggeration to say that modern fantasy has hundreds of examples.

The magic mirror​

The ‘magic mirror’ that Morrison refers to, sounds like a mirror made by his character Jim Crow. Crow creates his bluish mirror from his ‘molten imagination’. He then reaches into it and tastes the liquid looking-glass running down the back of his throat. This has obvious parallels to Neo’s initiation into the real world via Morpheus’s mirror. Morrison’s version pre-dates the Wachowskis’ acknowledged finished script by mere months. It may however pre-date it in unacknowledged form.

So at last we find a scene which has an intricate parallel to Morrison’s work. But this rare nugget of gold is swimming in a mythological sea of vague similarities, not facts.

We could easily compare the mirror parallel above to Morrison’s paper-folding, time travel plot from The Invisibles and its remarkable similarity to Alan Moore’s paper-folding, time travel scene from ‘The Disturbed Digestions of Doctor Dibworthy’. Moore’s story dates to the early 1980s, from the comic 2000AD. Morrison’s from the late 1990s. Unconscious influence? Conscious ripping off? Pure coincidence? Synchronicity?

The Wachowskis​

So what do the Wachowskis make of Morrison’s claims? Discussing the general ‘feel’ of the movie, they said, ‘The largest influence from the comic book world on the actual design would be the art of Geof Darrow’. When asked if The Invisibles had influenced the film, they said they enjoyed the series, but it wasn’t an influence.⁶

Geof Darrow worked as one of the design staff on The Matrix as far back as 1997. He may (or may not) have used the image of King Mob from The Invisibles, as his main influence for Morpheus’s image. They certainly look similar, but until he states that he did, I guess we have to keep an open mind. Even if he did, it remains a minor visual point.

The fetishistic aesthetic​

Such is the archetypal lure of The Matrix that even high-brow intellectuals such as Professor Lewis Call have been taken in by Morrison’s claim. In ‘Post-anarchism in Grant Morrison’s The Invisibles’, he states:

‘In 1999, the Wachowskis…released their film The Matrix. This film borrowed its theory of simulation, its post-anarchist politics and its fetishistic aesthetic directly from The Invisibles (but without crediting Morrison)’.⁷

The ‘fetishistic aesthetic’ may have come out of any of the weirder nightclubs in the early Nineties. Call could revisit The X-Files’ second series from 1994. One episode features a nightclub, Club Tepes, which has as much (if not more) towering, cyberpunk aesthetic as The Matrix. But we don’t see Call claiming that the Wachowskis borrowed the same style from The X-Files. Likewise, it would be presumptuous to claim that Morrison ripped off the same episode.

I’ll confess here to knowing little about Call’s ‘post-anarchist’ politics. I always preferred the down-to-earth definitions of anarchism offered by the likes of Neil Gunn and Colin Ward. The idea that Grant Morrison (MBE) espouses anarchist politics is laughable. Or do ‘post anarchists’ make a habit of brown-nosing the future ‘king’ of Britain and its empire?

Kung fu​

Seeing as we’re discussing The X-Files, let’s not forget ‘Kill Switch’, made in 1997. The plot involves a rouge AI which is prowling around the internet, bumping off humans, specifically those who don’t like its increasing autonomy and sentience. Take a look at the main cyberpunk hacker character, Invisigoth (Esther Nairn), played by Kristin Lehman. Compare to Trinity. Kung Fu is played out in a cyberpunk style in the same episode.

Two scenes in particular look like archetypal blueprints for two of Trinity’s main scenes. One is Nairn’s discovery and violent confrontation by Mulder and Scully in her lair. The other is her introduction to Mulder’s three hacker friends who are in awe to find that she is the one and only, Invisigoth. The parallels to two similar scenes in The Matrix are remarkable, but they don’t prove who is influencing who. It could of course be pure coincidence.

We could remind ourselves at this point of the nature of archetypal symbolism, and its relationship to synchronicity. It shouldn’t come as any surprise that the script for the episode was written by Tom Maddox and a quiet author who goes by the name of, ‘William Gibson’.

One imagines that Gibson finds better things to do with his time than complaining about the Wachowskis, or selling t-shirts with his name on the front, to idiots on his personal web site.

Virtual reality​

With regards to where the Wachowskis took their simulation idea from, again, Call is fanciful. Nor does the simulation influence have to be singular or ‘direct’. Speaking for myself, when I first saw The Matrix, I thought, I’ve seen this before: The concept of our world being a digital simulation had already appeared in a philosophical article around 1995, in Wired magazine.

For virtual simulation, we can go back even further to a book by Lionel Snell (AKA Ramsey Dukes), called Words Made Flesh. Snell’s book dates back to 1986 and is listed on Wikipedia as an uncanny prediction of the plot of The Matrix. He’s since described the book as being once ahead of its time but now dated.⁸

He originally discussed the Matrix concept back in the early 1970s. So it’s absurd for Call to suggest any ‘direct’ simulation influence in The Matrix coming from Morrison. William Gibson’s use of virtuality, within his science fiction, hardly needs elaborating on. It pre-dates The Invisibles series by ten years.

Are Professor Call and Morrison aware of P. K. Dick’s, A Maze of Death from 1970? Here we find a group of colonists seemingly on a distant ‘world’ attempting to come to terms with living in an increasingly bizarre, virtual environment. Notice how it pre-dates The Matrix by three decades. Or how about Dick’s VALIS, from 1981:

That the entire universe — as we experience it — could be a forgery is an idea best expressed by Heraclitus.⁹

Simulacra and Simulation​

An Easter egg is presented to the viewer in The Matrix. It comes in the form of a copy of, Simulacra and Simulation on Neo’s bookshelf. It is hollowed out and holds the illegal code of a simulation. The original book is by Jean Baudrillard, written in 1981. After the egg was gifted to Baudrillard, he was asked to collaborate on the next two Matrix movies. Baudrillard declined:

The most embarrassing part of the film is that the new problem posed by simulation is confused with its classical, Platonic treatment. This is a serious flaw.¹⁰

Baudrillard thought The Matrix was too simplistic and roughly done. It took the age-old question, ‘Is the world an illusion?’ and confused it with the new problem of living in an increasingly phoney world of simulation. That was a problem already touched on by the likes of Guy Debord and the Situationists in the 1960s. Elsewhere it’s been hinted that Baudrillard was uncomfortable with the hypocrisy (or at least, the contradiction) of a movie that had become such a large part of the spectacle supposedly challenging the same problem.

Whilst they’ve never mentioned this publicly, I’d guess the Wachowskis may have been grappling with chapter 13 of Baudrillard’s Simulacra and Simulation. It is titled ‘Simulacra and Science Fiction’. At one point, Baudrillard describes a theme in Philip K. Dick’s novel, The Simulacra.

He ponders on the book’s meaning:

…in which fiction will never again be a mirror held toward the future, but a desperate re-hallucination of the past.

Sound familiar? I like to think that if Dick were still alive in 1999 and had received the egg, rather than Baudrillard, he would have welcomed it with open arms and probably incubated it in his Exegesis.

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Photo by, Curtis Nguyen on Unsplash, C.C.
Morrison’s naivety not only applies to The Matrix. It’s also part of a broader outlook. Several years back I found myself mentioned on Wikipedia as being a minor influence on The Invisibles. So I obtained a copy of Anarchy for the Masses, a book from 2002, which gives background details to the series.

Interviewed in the book, Morrison suggests that British pop culture emerged because of the decline of the British empire:

‘[Britain]…took 50 years to get over the empire and then we had the Beatles and the Stones and psychedelia.’¹¹

He then suggests that America will one day get over its own empire but is somehow lagging behind the UK. He fails to acknowledge that American pop culture has been as influential as the UK’s since the 1940s. Has he never heard about Hip Hop and Rap, or Chicago House. What about American Acid Rock in the mid-1960s, or The Ramones in 1974? What about the origins of Rock ’n’ Roll in the 1940s?

Grant Morrison suggests that Britain took 50 years to ‘get over’ the decline of its empire. Several years later, he visited Buckingham Palace to receive an MBE. This medal now shows that he is a fully fledged ‘Member of the British Empire’ and not just some lowly peasant.

I have little time for his brown-nosing of royalty, his hypocrisy and his unchecked vanity. His references to my work in the 1990s amounts to nothing more than misrepresentation.

References:
1 — Grant Morrison, Barbelith Interview, 2004.
2 — Grant Morrison, The Crack — Edition Two, Crackcomics.com.
3 — The Matrix, by Lana and Lilly Wachowski, IMSDb.
4 — Grant Morrison, Suicide Girls Interview, 2005.
5 — Grant Morrison interviewed in, Anarchy for the Masses, p. 236, Disinformation, 2002.
6 — The Wachowski Sisters’ Interview, Originally appeared on the Warner Brothers’ website.
7 — Lewis Call, ‘Anarchism and the Body’, p. 54, Anarchist Developments in Cultural Studies, 2018.
8 — Ramsey Dukes, Words Made Flesh, The Mouse that Spins, 1987. For a follow-up to Lionel Snell discussing the same topic, here’s a link to his four-part series, From AI to The Matrix.
9 — Philip K. Dick, VALIS and Later Novels, p. 203, The Library of America, 2009.
10–Jean Baudrillard, interviewed in, Le Nouvel Observateur (Volume 1, №2): ‘The Matrix Decoded’, 2004.
11 — Anarchy for the Masses, p. 233.
The Matrix
Grant Morrison
Comics
Philip K Dick
Baudrillard






Iain Spence

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