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“OS ANÉIS DE PODER”: UMA ANÁLISE DOS DOIS PRIMEIROS EPISÓDIOS

  • Criador do tópico Criador do tópico Deriel
  • Data de Criação Data de Criação

Qual sua nota para o PRIMEIRO episódio da primeira temporada?


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    25
Ninguém deveria ser capaz de tocar nossos sentimentos por causa de um comentário sobre entretenimento. Quero dizer, é uma série. Eu realmente vejo muita gente dizendo que não gosta de ouvir a análise dos outros sobre algo porque pode "interferir na forma que ela sente sobre a coisa x". É complicado pra vida ter o coração tão volúvel.
 
Muito obrigado pela gentileza.
Apesar de eu ter dito que a série me parece, até agora, um enlatado para consumo em massa, complemento que vou continuar pagando e assistindo, simplesmente porque acho que vale a pena como opção de lazer. Também há a opção de nem pagar nem ver. É um mercado livre.
O meu incômodo está no que parece uma propaganda enganosa. Se eu estiver errado, peço correção, mas me consta que a poderosa propaganda que veio sendo feita há bastante tempo e à qual era difícil resistir é que entregariam uma série baseada n'O Senhor dos Anéis, tanto que usam o título da obra, mas no que foi entregue na estreia, pessoalmente não vejo nada do autor dessa obra. Se alguém vê, seria libertador saber o quê. 🙂
Sem dúvida, há muita matéria narrativa na Segunda Era, mas ao mesmo tempo o caráter fragmentado dessa matéria demanda muito enxerto para se chegar a um roteiro. No entanto, entendo que a propaganda que antecede a estreia visa a essa estreia. É nesse sentido que está muito puxado sustentar que qualquer aspecto do que foi entregue nesse momento seja tolkieniano, além do cenário, de alguns nomes, algumas frases em quenya.
Eu não vi nenhum aspecto, amigo. E quando tem referência de Tolkien parece ser pra fazer piada. Como aquele torneio bocó tendo como fundador "Aulë". Eu não sei onde li, mas realmente só aparece algo de Tolkien pra no meio do soninho o telespectador acordar e lembrar que seria algo sobre Tolkien. Como deu pra ver que a linha é só essa, começou a rondar na internet a justificativa de que eles não fizeram uma adaptação, mas uma inspiração. E eu estou dizendo há meses que eles deveriam ter dito isso desde o início, porque era óbvio que seria assim. E se não disseram e tentaram vender o "volte para a Terra-média", agora devem ouvir as reclamações de quem esperou e ficou a ver navios. Mas eles nem isso querem ouvir. Lá no Prime Video proibiram os assinantes de fazer a avaliação.
 
Penso o seguinte:

1 - a obra-prima sempre serão os livros.
2 - apesar dos filmes serem uma adaptação, são tão bem feitos, mas tão bem feitos que dá para considerá-los obras-prima também. (Falo de SdA, porque os filmes d’O Hobbit são meio sofríveis).

E obra-prima gente, não é algo que acontece sempre. Geralmente precisa ser feita muita coisa ruim para surgir algo que valha a pena ser visto mesmo.

Além disso, como os autores da série só podem usar os apêndices do SdA, e não os Contos, o Silmarillion, etc. Então fica difícil mesmo para eles. Se eles usarem coisas do Silma, podem ser processados. Então eles tem que fugir do Silma, em alguma medida. Aí ferrou. Aí eles precisam escrever diálogos, ao invés dos diálogos que Tolkien escreve e enriquecem demais os filmes de SdA. Aí sai aqueles diálogos de pedra afundar porque olha para baixo.

Mas, nem tudo é terrível. Gostei dos cenários, dos figurinos. Khazâd-dûm achei sensacional. Sei lá, vou continuar assistindo por enquanto. Mas sem expectativa de encontrar uma obra-prima. Vou com a despretensão de quem lê uma fanfic. Mas sou mais otimista que pessimista, acredito que a série vai nos dar alguns bons momentos ainda.
 
Eu assiti com meu namorado e ele (que não leu os livros de Tolkien) tem uma opinião muito parecida com essa sua. É interessante ver que o desenvolvimento sofrível da série é observada também por quem não é grande fã de Tolkien. Citou também uma falta de introdução aos personagens, tornando suas interpretações muito rasas. Eu irei continuar assistindo a série, pois é algo diferente e tenho curiosidade, mas estarei sózinho dessa vez.
Sim exatamente. Foi fraca mesmo num quesito "série nova e moderna", sem um contexto prévio que dá ainda mais pano para a criação de algo bom, considerando que coisas boas já foram feitas antes.
A série não se propõe a mostrar nenhuma era, mas sim uma história nova. Concorda?
Eu concordo plenamente. Como eu tenho dito, essa coisa de comprar direitos daquilo que não tem material suficiente é justamente pra ter liberdade de criar "o romance que Tolkien nunca escreveu", porque o objetivo nunca foi mostrar algo de Tolkien, o que vem no comentário abaixo.
Entendo esse objetivo, isso é um ponto positivo em relação a série, uma abrtura pra criatividade dos diretores. Mas na minha opinião essa criatividade vazou pra partes onde não deveriam, como a volta de galadriel pra valinor pra citar um exemplo. Vários desses pontos vão estragando a história que poderia ser bem melhor.


Mesmo assim Tolkien deixou muitas coisas claras em relação aos personagens e que foram subvertidas. Celeborn, por exemplo, entra nos direitos autorais provavelmente, visto que está muito presente ao lado de galadriel.
O pouco que eles tinham, que é justamente a caracterização e pontos norteadores de personalidade dos personagens, eles quebraram, em todos os personagens originais.

Um símbolo disso: temos pouco material, e sabemos que vamos ter que criar diálogos e linhas narrativas pra preencher um espaço vazio da 2ª Era, mas não somos Tolkien e não podemos chegar no nível dele. Cabelo dos Elfos? Corta.

Vê? Era algo que eles poderiam ter trazido facilmente e resgataria aquele pouco que eles já tem pra usar. Não quiseram. Então, na realidade isso mostra que quanto mais material, mais trabalho pra eles, porque vai ficar nítido que não desejam em absoluto mostrar aquilo que está fundamentado no Legendarium quando decidem ignorá-lo naquilo que poderiam, sem problemas, usar.
 
Última edição:
Eu não vejo nenhum problema em ser uma adaptação ou uma fanfic. O problema é vender gato por lebre.
Ponhanos um exemplo concreto, já mencionado. Eu não me lembro de ter lido um capítulo de Tolkien descrevendo detalhadamente como era uma viagem a Aman. Portanto, quem desenhar, pintar, filmar uma viagem a Aman vai ter que ser criativo a partir do que Tolkien soltou sobre isso aqui e acolá. No entanto, acredito que todos os leitores de Tolkien hão de concordar que os elfos não partiam para Aman como prêmio por serviços militares prestados ao seu rei, muito menos depois de uma cerimônia que parece a premiação dos jogos olímpicos antigos. 🤷🏽‍♂️
Aí está. Preencher lacunas, tudo bem. Mas daí a fazer isso de uma forma que não tem nada a ver com o universo do autor, a não ser a geografia, e chamar isso de "baseado em" é puxado...
E não para por aí: depois de você se perguntar por que danado um/a elfo/a viajaria de armadura para Aman, fica se perguntando quem são aquelas personagens que despem as armaduras. Outros/as passageiros/as que aceitaram dar ali uma ajudinha? Comissários/as de bordo?... 😅
Ressalto que mesmo em adaptações essas coisas acontecem. Há algumas em qualquer um dos filmes de Peter Jackson. Mas nos episódios de estreia dessa série, vão se acumulando tanto à medida que a estória avança que em vez de exceção parece ser a regra.
 
Eu não vejo nenhum problema em ser uma adaptação ou uma fanfic. O problema é vender gato por lebre.
Ponhanos um exemplo concreto, já mencionado. Eu não me lembro de ter lido um capítulo de Tolkien descrevendo detalhadamente como era uma viagem a Aman. Portanto, quem desenhar, pintar, filmar uma viagem a Aman vai ter que ser criativo a partir do que Tolkien soltou sobre isso aqui e acolá. No entanto, acredito que todos os leitores de Tolkien hão de concordar que os elfos não partiam para Aman como prêmio por serviços militares prestados ao seu rei, muito menos depois de uma cerimônia que parece a premiação dos jogos olímpicos antigos. 🤷🏽‍♂️
Aí está. Preencher lacunas, tudo bem. Mas daí a fazer isso de uma forma que não tem nada a ver com o universo do autor, a não ser a geografia, e chamar isso de "baseado em" é puxado...
E não para por aí: depois de você se perguntar por que danado um/a elfo/a viajaria de armadura para Aman, fica se perguntando quem são aquelas personagens que despem as armaduras. Outros/as passageiros/as que aceitaram dar ali uma ajudinha? Comissários/as de bordo?... 😅
Ressalto que mesmo em adaptações essas coisas acontecem. Há algumas em qualquer um dos filmes de Peter Jackson. Mas nos episódios de estreia dessa série, vão se acumulando tanto à medida que a estória avança que em vez de exceção parece ser a regra.
Exatamente, gato por lebre. Seu exemplo foi preciso. Inclusive aquela cena completamente sem sentido, já que eles poderiam ter ido no barco sem a armaura, foi só pra mostrar ela segurando o raio da adaga que é a premissa visiual pra criar conexão com a memória do irmão e pular na água. Ou seja, uma bola de neve de problemas sendo criados e (não) resolvidos por decidir enfiar invencionice porca e preguiçosa.

Galadriel quer caçar Sauron>Galadriel é expulsa pra Valinor>Galadriel tem que levar a faca>todos os Elfos então, tem que ir de armadura>Galadriel pula na água por causa da faca/irmão>Galadriel vai voltar a nado todo o caminho de volta.

Tudo porque inventaram uma besteira de vingança. Sem isso, sem cena tosca de barco e pulo no mar.

Mas o problema, e veremos com o passar do tempo, é que a exceção é regra, e a regra é o objetivo, e não mero erro e má escolha.
 
Bom, não é porque é baseado que tem que ser necessariamente bom. Nem por isso deixa de ser baseado. Se elfos viajando da Terra-média pra Aman não é baseado em Tolkien, é em quem? Bram Stoker? C.S. Lewis?

O problema desse arco todo da viagem não é ser baseado ou não em quem quer que seja. O problema é que o roteiro é ruim mesmo.
 
Bom, não é porque é baseado que tem que ser necessariamente bom. Nem por isso deixa de ser baseado. Se elfos viajando da Terra-média pra Aman não é baseado em Tolkien, é em quem? Bram Stoker? C.S. Lewis?

O problema desse arco todo da viagem não é ser baseado ou não em quem quer que seja. O problema é que o roteiro é ruim mesmo.
Bom, se você acha que por as personagens serem "elfos", o lugar de partida ser chamado de Terra Média (vou escrever sem hífen e com o adjetivo em maiúscula porque ainda não aceito essa ortografia anglicizada das novas traduções 😉) e o destino ser chamado de Aman é justo e necessário aplicar a expressão baseado em, tudo bem. É direto seu.
Eu diria que é derivado de Tolkien.
 
Eu tenho um pensamento muito alinhado com o seu. Eu não me importo muito com o visual dos personagens, mas se tivessem usado os apêndices (usado de verdade, não epenas nomes) teriam trazido um brilho especial pra série, mesmo que apenas uma faísca.

Ver anexo 93914
Ver anexo 93915

Como exemplo, nessas citações, eu interpreto Galadriel como tendo grande poder, mesmo naquela era. Dizem que a série mostra a evolução de Galadriel para o que ela se tornou em o SdA, mas isso não é como Tolkien descreve. Não sobrou nada, nem mesmo o resquício das personalidades dos personagens (que tenho certeza virem junto com o nome no pacote de direitos autorais).



Independente de dizerem que é adaptação, ou que não tinham direitos, ainda é ruim, nem a musica é bem aplicada.

Eu achei a série mediana na verdade (4/10), vou continuar vendo por ter tempo e curiosidade. Mas assumi (para meu conforto) que essa não é uma história com personagens de Tolkien e carrego a tristeza por ter quase certeza de nunca ver novamente uma adaptação como o SdA.
Sim exatamente. Na realidade a forma "primitiva" de grandeza dela na série é carinha de raiva e ser mandona. Então, ao invés deles demonstrarem uma mulher poderosa já, por exemplo, pela presença e olhar, eles destroem a personalidade dela pra depois trazer alguma coisa mais "lúcida" e isso será considerado o "poder" dela. É pura preguiça de fazer algo realmente grandioso e fazer o conveniente. E sim, mesmo chamando de adaptação ou qualquer categoria que escolham, está mau, muito mau. E realmente amigo, nunca mais veremos nada, infelizmente. Não é mais o tempo.
Bom, se você acha que por as personagens serem "elfos", o lugar de partida ser chamado de Terra Média (vou escrever sem hífen e com o adjetivo em maiúscula porque ainda não aceito essa ortografia anglicizada das novas traduções 😉) e o destino ser chamado de Aman é justo e necessário aplicar a expressão baseado em, tudo bem. É direto seu.
Eu diria que é derivado de Tolkien.
Derivado é bom também. Qualquer coisa que contenha a honestidade daquilo que foi entrege. Mas eles querem vender essa de "O Senhor dos Anéis, volte aos livros, volte aos livros", junto com "estamos fazendo a história agora". E dá nisso ai,
 
Ver anexo 93914
Ver anexo 93915

Como exemplo, nessas citações, eu interpreto Galadriel como tendo grande poder, mesmo naquela era. Dizem que a série mostra a evolução de Galadriel para o que ela se tornou em o SdA, mas isso não é como Tolkien descreve. Não sobrou nada, nem mesmo o resquício das personalidades dos personagens (que tenho certeza virem junto com o nome no pacote de direitos autorais).

Uma curiosidade para você: se eu não me engano, esse trecho queo você colou é virtualmente tudo o que se tem no SdA sobre Galadriel na Segunda Era.
 
Sim exatamente. Na realidade a forma "primitiva" de grandeza dela na série é carinha de raiva e ser mandona. Então, ao invés deles demonstrarem uma mulher poderosa já, por exemplo, pela presença e olhar, eles destroem a personalidade dela pra depois trazer alguma coisa mais "lúcida" e isso será considerado o "poder" dela. É pura preguiça de fazer algo realmente grandioso e fazer o conveniente. E sim, mesmo chamando de adaptação ou qualquer categoria que escolham, está mau, muito mau. E realmente amigo, nunca mais veremos nada, infelizmente. Não é mais o tempo.

Derivado é bom também. Qualquer coisa que contenha a honestidade daquilo que foi entrege. Mas eles querem vender essa de "O Senhor dos Anéis, volte aos livros, volte aos livros", junto com "estamos fazendo a história agora". E dá nisso ai,
Esse é outro problema. Para satisfazer a pauta contemporânea da representatividade foram adotadas medidas rasas.
Lendo a história da Terra Média desde os Dias Antigos, a gente vê inúmeras personagens élficas protagonizarem grandes façanhas e... irem parar junto a Mandos. 😁 Galadriel é testemunha de tudo isso e estava lá no barco que leva os portadores do Anel para Valinor! Isso não é pouca coisa!! Aí a maneira que acharam de dar protagonismo a essa mulher foi torná-la braba e mandona?! Sério que acharam isso contra-hegemônico? Porque se me pedissem para criar uma protagonista esteriotipada, não pensaria em outra caracterização. 🤷🏽‍♂️
A mesma coisa em relação ao hobbit negro: por que em vez de um coadjuvante, quase que cumprindo uma cota, não caracterizar todos os pés-peludos como hobbits de pele mais escura? Isso seria, na verdade, bastante coerente com a diversidade étnica que Tolkien dá ao seu universo.
 
Isso você se refere aos apêndices né. Realmente deve ser mesmo apenas isso nos apêndices, mas conhecendo a grandiosidade dos elfos e com o apêndice nos dizendo que Galadriel é maior das mulheres elficas, ja é o suficiente para assumir que não é nada daquilo que vimos na série infelizmente :cry:
Não, refiro-me aos três livros inteiros. As informações sobre a atuação de Galadriel na Segunda Era estão principalmente nos Contos Inacabados, no capítulo "A História de Galadriel e Celeborn". Essa é a grande dificuldade dos direitos autorais nessa série. De novo, eu não sei como funcionaram as negociações com o Tolkien Estate, mas as escolhas para Galadriel na série muito provavelmente são derivadas da impossibilidade de se usar o material que consta nos Contos.

Recomendo as leituras abaixo:
https://tolkiengateway.net/wiki/Galadriel#Second_Age

 
Isso de que tinham pouco material pra trabalhar, não cola. Muitas obras originais tem material farto e ainda sim não conseguem entregar algo bom, Fundação é um exemplo.

No caso da série é problema de roteiro e produção. Tiveram anos pra aprimorar o enredo e o resultado final foi praticamente um episódio piloto de uma hora, daqueles que serve apenas pra mostrar um conceito inicial da obra.

Até as transições entre de cenas, de humor para algo que lembrasse suspense são bem simples e nada criativas. É quase como se tivessem filmado tudo separado e, ao invés de descartar a encheção de linguiça, deixaram tudo e amarraram do jeito que dava.

Pelamordedeus, né. A pessoa não precisa ser doutorada em artes cênicas ou cinéfila pra notar que o resultado foi meia boca.
 
Minha humilde análise dos dois primeiros episódios de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, absolutamente cheio de spoilers, então fica o alerta. Como a série estreia dia 1/set 22h do Brasil, talvez valha a pena esperar. Faço uma descrição dos dois episódios intercalado com minhas opiniões pessoais sobre a série. Aproveitem, divirtam-se e compartilhem suas opiniões!

A PARTIR DAQUI, SPOILERS E OPINIÕES



A série começa em Valinor, com crianças que logo descobrimos serem Elfinhos saltitantes e que um deles, mais distante e fazendo um barquinho de papel, é Galadriel (personagem principal destes dois primeiros episódios). O barquinho é lindo mas é naufragado por uma pedra de um Elfinho mais arteiro e Galadriel parte pro soco em cima dele, sendo apartada por Finrod. Já fica claro o perfil esquentada dessa Galadriel da série. Isso fica claro na sequência, onde Galadriel desejando vingar seu irmão (morto por Sauron ao buscar pelo mesmo) comanda um grupamento de Elfos buscando uma fortaleza antiga do Mal (Sauron) em Forodwaith, em meio a muito gelo e batalhas com Troll das Neves; não encontram Sauron mas Galadriel percebe sinais de que estaria mais ao norte e deseja continuar – seu pequeno exército se rebela e se recusa, ela acaba aquiescendo e retornando a Lindon. Ah sim, há um pequeno prólogo narrado por Galadriel sobre a destruição das Duas Árvores e a Guerra da Primeira Era, mas tudo rasteiro e sem muito detalhamento.

Em Lindon Gil-galad homenageia a todos dessa tchurminha valente, declara que o Mal se foi em definitivo e os premia com o retorno a Valinor, a contragosto de Galadriel que tem a certeza de que o Mal ainda está a solta. Lindon é de fato muito bonita, com tons dourados (nenhuma surpresa nisso, a Amazon já liberou inúmeros trechos da série que, se somados, deve dar uns três episódios). Todo o visual da série é espetacular e muito bem cuidado, sem ressalvas

Em Lindon ocorre também o reencontro de Galadriel com Elrond, uma cena que pra mim ficou esquisita e mesmp desconfortável pois a amizade dos dois beira um flerte – e lembrando que à época da série (alguns séculos dentro da Segunda Era, segundo Gil-galad) Galadriel já teria cerca de 2.500 anos e um visual adulto (diferente da belíssima Morfydd Clark com seu visual bastante jovem apesar de seus 33 anos) e enroscada com Celeborn há alguns séculos enquanto Elrond além de ser bem mais jovem (na faixa de 500 anos) ainda se casa com a filha de Galadriel. Efeitos da tal compressão temporal, que vou reforçar mais a frente.

Mas falemos um pouco de outro dos núcleos da história, Pés-peludos (nome que eles próprios usam), nossos “proto-hobbits” – eles são absolutamente adoráveis; seres felizes, trabalhados e nômades (parecem se mudar ao final de cada colheita) liderados pelo sábio Sadoc e seu imponente livro (que me deixou curioso – qual a origem do livro? Não está escrito nem em Tengwar nem em Runas). Neste núcleo o foco principal é Elanor “Nori”, super fofa. É ela quem encontra “O Estranho”, que cai como uma estrela cadente e desmemoriado mas claramento poderoso. Não, não é possível dizer quem o danado é, mas fica aqui meu “chute” de que seja Gandalf – alguns milhares de anos antecipado, de novo a tal compressão temporal. Eu estava super cético com relação a estes proto-hobbits tanto pela conformação do grupo (bastante heterogêneo) quando pelo período de tempo da série, mas eles são apaixonantes, talvez o melhor núcleo dos dois primeiros episódios. Obviamente vai ser um dos mais criticados por um certo grupo de “fãs” simplesmente pelos diversos tons de pele deles (Sadoc é negro) e que não faz a menor diferença e nem é referenciado de forma alguma pelo grupo.

Outro dos núcleo é o dos Anãos, no qual somos apresentados através de Elrond, o qual é direcionado a ajudar Celebrimbor em uma super-tarefa sigilosa (e ao mesmo tempo tirar de Lindon um jovem Elfo diplomático e político, com anseios de governar). Conhecemos Celebrimbor – um Elfo ferreiro já famoso mas ainda frustrado por não ter deixado a marca que gostaria – e sua aparência um tanto envelhecida. Eu até entendo a razão disso, afinal somos humanos e acharíamos muito estranho personagens que não envelhecem ou envelhecem muito pouco, só após londo período (Círdan), mas fica um tanto estranho de novo. Conhecemos o desejo de Celembrimbor e Elrond prontamente sugere uma aliança com os Anões, já que ele é amigo próximo de Dúrin IV – e assim partem de Eregion, a pé, apenas os dois, em roupas mais formais (e não de viagem) e em segundos batem à porta de Khazad dûm (não aquela que conhecemos dos filmes, acredito que será construída durante a série). Essa “compressão geográfica” ocorre em mais pontos da série, dando a sensação que tudo ocorre num raio bem pequeno de espaço, possível de ser cruzado rapidamente a pé ou a nado.

Elrond não tem sua entrada permitida e exige um desafio de quebra de pedras “Sigin Tarag” com Dúrin, que, se vencedor, lhe garantiria um “desejo” mas se perdedor seria expulso de todas as terras Anãs. Elrond perde mas faz parte do seu plano, pois é “liso de língua” e pede que Dúrin o acompanhe até a saída, quando descobre a razão da mágoa do Anão – se passaram 20 anos da última visita de Elrond. Um piscar de olhos pro Elfo, mas “uma vida” pro Anão, que neste período se casa e tem dois filhos. Um momento tocante e bastante sensível. Elrond pede pra se desculpar com a família de Durin e daí já era o banimento… Dísa, esposa de Dúrin, é absolutamente adorável e compõe um casal maravilhoso com Dúrin, com direito a beijinho (#teamDísa). Percebemos o quanto a amizade de Elrond e Dúrin é profunda, neste momento. Uma das liberdades da série, uma vez que seria mais natural que essa amizade fosse para com Celebrimbor e não Elrond, mas sigamos. Khazad dûm é fantástica e muito bem representada, uma cidade imensa de pedra e metal. Um novo mistério de apresenta quando descobrimos que Dúrin III (o pai envelhecido de Dúrin IV) abre um baú de onde retira parte de um “projeto misterioso” (acredito ser o mithril que eles encontram e que acaba sendo a danação da cidade)

O núcleo final apresentado nos dois primeiros episódios é o núcleo dos “humanos traidores”, cidades humanas no Sul da Terra-média e que originalmente teriam sido fiéis a Morgoth e que atualmente são vigiadas por patrulhas Élficas, inclusive o já famoso (infame?) elfo negro Arondir, originalmente um fazendeiro mas que tornou-se um dos guardas da vila de humanos (Tirharad) há décadas. Arondir tem uma paixonite platônica (por enquanto) por Bronwyn, mãe do adolescente Theo, cujo marido desapareceu antes da série. Juntos, Arondir e Bronwyn partem investigar uma vila próxima que parece ser origem de um mal/envenenamento. Chegam quase imediatamente à vila e a encontram abandonada e destruída, e Arondir resolve, mui corajosamente, investigar um grande tunel que parece ter sido cavado por baixo da cidade em direção a Tirharad enquanto Bronwyn volta alertar o seu povo. Temos o primeiro confronto com um Orc, que invade a casa de Bronwyn e acaba decapitado não antes de uma batalha intensa – esse primeiro Orc é bastante assustador, parecendo bastante forte e resistente, gostei da representação. Em paralelo a isso o jovem Theo encontra, sob táboas de sua casa, uma espada quebrada com o símbolo de Sauron (na série ao menos) com “sabores” de Nazgul… o que teria acontecido com o pai dele e qual a origem dessa espada quebrada? Esse núcleo humano/Arondir é o mais “inventado” da série, como todos seus personagens não constando nas orbas escritas.

Voltemos agora para Galadriel, essa moça inconformada e obstinada. Ela aceita embarcar para Valinor, um anseio de todos os Elfos, mas quase na chegada, já tendo inclusive um vislumbre da praia, ela se atira ao mar e sai nadandinho (!!!) em retorno à Terra-média, como se ficasse ali do outro lado da piscina e não alguns milhares de quilômetros distante. Essa parte toda foi a que menos gostei então vou escrever correndo porque me irrita – ela encontra um bando de náufragos em jangadinhas, que foram atacados por um monstro marinho (!!!) aofigur de um ataque de Orcs no sul da Terra-média. Um desses náufragos é bonitão Halbrand, que a série dá um jeito de colocar sozinho numa jangada com Galadriel, após mais um ataque do Monstro do Mar (tam tam tam). Os dois primeiros episódios terminam aqui, com Halbrand e Galadriel sendo encontrados por um navio, possivelmente de Númenor (embora Corsários sejam citados também). Uma sai nadando de Valinor, outro sai de barquinho da Terra-média e se encontram em Númenor. Hummm. Foi a parte que eu menos gostei

A série é muito bem feita, os atores não comprometem e dois dos núcleos de destacam no momento: Hobbits e Anões. Ainda não conhecemos Númenor nem o Núcleo Sauroniano (Orcs e demais seguidores), então poderemos ainda ter boas surpresas. A série passa rápido e entretém do começo ao fim. Minha reticências pessoais ficam com a “compressão temporal” onde a série comprime os mais de 3.400 anos da Segunda Era num espaço de tempo que faz parecer que tudo acontece junto, inclusive trazendo eventos da Terceira Era (Hobbits e quiçá Gandalf). Isso gera situações desconfortáveis como a de Elrond com Galadriel; também com a “compressão geográfica” onde se passa a sensação que todos os eventos acontecem próximos: Celebrimbor vão andando tranquilamente sozinhos de Eregion a Khazad dûm, Galadriel sai nadando de Valinor e fatos assemelhados. Isso interferiu na minha capacidade de apreciar a série. Não quero deixar um gostinho ruim pra ninguém, a série merece sim ser vista – vale uma nota 8,5 e com isso ficando bem acima dos filmes dO Hobbit mas abaixo da trilogia de filmes (versões estendidas, claro).

Aproveitem, divirtam-se e compartilhem suas opiniões!
Minha humilde análise dos dois primeiros episódios de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, absolutamente cheio de spoilers, então fica o alerta. Como a série estreia dia 1/set 22h do Brasil, talvez valha a pena esperar. Faço uma descrição dos dois episódios intercalado com minhas opiniões pessoais sobre a série. Aproveitem, divirtam-se e compartilhem suas opiniões!

A PARTIR DAQUI, SPOILERS E OPINIÕES



A série começa em Valinor, com crianças que logo descobrimos serem Elfinhos saltitantes e que um deles, mais distante e fazendo um barquinho de papel, é Galadriel (personagem principal destes dois primeiros episódios). O barquinho é lindo mas é naufragado por uma pedra de um Elfinho mais arteiro e Galadriel parte pro soco em cima dele, sendo apartada por Finrod. Já fica claro o perfil esquentada dessa Galadriel da série. Isso fica claro na sequência, onde Galadriel desejando vingar seu irmão (morto por Sauron ao buscar pelo mesmo) comanda um grupamento de Elfos buscando uma fortaleza antiga do Mal (Sauron) em Forodwaith, em meio a muito gelo e batalhas com Troll das Neves; não encontram Sauron mas Galadriel percebe sinais de que estaria mais ao norte e deseja continuar – seu pequeno exército se rebela e se recusa, ela acaba aquiescendo e retornando a Lindon. Ah sim, há um pequeno prólogo narrado por Galadriel sobre a destruição das Duas Árvores e a Guerra da Primeira Era, mas tudo rasteiro e sem muito detalhamento.

Em Lindon Gil-galad homenageia a todos dessa tchurminha valente, declara que o Mal se foi em definitivo e os premia com o retorno a Valinor, a contragosto de Galadriel que tem a certeza de que o Mal ainda está a solta. Lindon é de fato muito bonita, com tons dourados (nenhuma surpresa nisso, a Amazon já liberou inúmeros trechos da série que, se somados, deve dar uns três episódios). Todo o visual da série é espetacular e muito bem cuidado, sem ressalvas

Em Lindon ocorre também o reencontro de Galadriel com Elrond, uma cena que pra mim ficou esquisita e mesmp desconfortável pois a amizade dos dois beira um flerte – e lembrando que à época da série (alguns séculos dentro da Segunda Era, segundo Gil-galad) Galadriel já teria cerca de 2.500 anos e um visual adulto (diferente da belíssima Morfydd Clark com seu visual bastante jovem apesar de seus 33 anos) e enroscada com Celeborn há alguns séculos enquanto Elrond além de ser bem mais jovem (na faixa de 500 anos) ainda se casa com a filha de Galadriel. Efeitos da tal compressão temporal, que vou reforçar mais a frente.

Mas falemos um pouco de outro dos núcleos da história, Pés-peludos (nome que eles próprios usam), nossos “proto-hobbits” – eles são absolutamente adoráveis; seres felizes, trabalhados e nômades (parecem se mudar ao final de cada colheita) liderados pelo sábio Sadoc e seu imponente livro (que me deixou curioso – qual a origem do livro? Não está escrito nem em Tengwar nem em Runas). Neste núcleo o foco principal é Elanor “Nori”, super fofa. É ela quem encontra “O Estranho”, que cai como uma estrela cadente e desmemoriado mas claramento poderoso. Não, não é possível dizer quem o danado é, mas fica aqui meu “chute” de que seja Gandalf – alguns milhares de anos antecipado, de novo a tal compressão temporal. Eu estava super cético com relação a estes proto-hobbits tanto pela conformação do grupo (bastante heterogêneo) quando pelo período de tempo da série, mas eles são apaixonantes, talvez o melhor núcleo dos dois primeiros episódios. Obviamente vai ser um dos mais criticados por um certo grupo de “fãs” simplesmente pelos diversos tons de pele deles (Sadoc é negro) e que não faz a menor diferença e nem é referenciado de forma alguma pelo grupo.

Outro dos núcleo é o dos Anãos, no qual somos apresentados através de Elrond, o qual é direcionado a ajudar Celebrimbor em uma super-tarefa sigilosa (e ao mesmo tempo tirar de Lindon um jovem Elfo diplomático e político, com anseios de governar). Conhecemos Celebrimbor – um Elfo ferreiro já famoso mas ainda frustrado por não ter deixado a marca que gostaria – e sua aparência um tanto envelhecida. Eu até entendo a razão disso, afinal somos humanos e acharíamos muito estranho personagens que não envelhecem ou envelhecem muito pouco, só após londo período (Círdan), mas fica um tanto estranho de novo. Conhecemos o desejo de Celembrimbor e Elrond prontamente sugere uma aliança com os Anões, já que ele é amigo próximo de Dúrin IV – e assim partem de Eregion, a pé, apenas os dois, em roupas mais formais (e não de viagem) e em segundos batem à porta de Khazad dûm (não aquela que conhecemos dos filmes, acredito que será construída durante a série). Essa “compressão geográfica” ocorre em mais pontos da série, dando a sensação que tudo ocorre num raio bem pequeno de espaço, possível de ser cruzado rapidamente a pé ou a nado.

Elrond não tem sua entrada permitida e exige um desafio de quebra de pedras “Sigin Tarag” com Dúrin, que, se vencedor, lhe garantiria um “desejo” mas se perdedor seria expulso de todas as terras Anãs. Elrond perde mas faz parte do seu plano, pois é “liso de língua” e pede que Dúrin o acompanhe até a saída, quando descobre a razão da mágoa do Anão – se passaram 20 anos da última visita de Elrond. Um piscar de olhos pro Elfo, mas “uma vida” pro Anão, que neste período se casa e tem dois filhos. Um momento tocante e bastante sensível. Elrond pede pra se desculpar com a família de Durin e daí já era o banimento… Dísa, esposa de Dúrin, é absolutamente adorável e compõe um casal maravilhoso com Dúrin, com direito a beijinho (#teamDísa). Percebemos o quanto a amizade de Elrond e Dúrin é profunda, neste momento. Uma das liberdades da série, uma vez que seria mais natural que essa amizade fosse para com Celebrimbor e não Elrond, mas sigamos. Khazad dûm é fantástica e muito bem representada, uma cidade imensa de pedra e metal. Um novo mistério de apresenta quando descobrimos que Dúrin III (o pai envelhecido de Dúrin IV) abre um baú de onde retira parte de um “projeto misterioso” (acredito ser o mithril que eles encontram e que acaba sendo a danação da cidade)

O núcleo final apresentado nos dois primeiros episódios é o núcleo dos “humanos traidores”, cidades humanas no Sul da Terra-média e que originalmente teriam sido fiéis a Morgoth e que atualmente são vigiadas por patrulhas Élficas, inclusive o já famoso (infame?) elfo negro Arondir, originalmente um fazendeiro mas que tornou-se um dos guardas da vila de humanos (Tirharad) há décadas. Arondir tem uma paixonite platônica (por enquanto) por Bronwyn, mãe do adolescente Theo, cujo marido desapareceu antes da série. Juntos, Arondir e Bronwyn partem investigar uma vila próxima que parece ser origem de um mal/envenenamento. Chegam quase imediatamente à vila e a encontram abandonada e destruída, e Arondir resolve, mui corajosamente, investigar um grande tunel que parece ter sido cavado por baixo da cidade em direção a Tirharad enquanto Bronwyn volta alertar o seu povo. Temos o primeiro confronto com um Orc, que invade a casa de Bronwyn e acaba decapitado não antes de uma batalha intensa – esse primeiro Orc é bastante assustador, parecendo bastante forte e resistente, gostei da representação. Em paralelo a isso o jovem Theo encontra, sob táboas de sua casa, uma espada quebrada com o símbolo de Sauron (na série ao menos) com “sabores” de Nazgul… o que teria acontecido com o pai dele e qual a origem dessa espada quebrada? Esse núcleo humano/Arondir é o mais “inventado” da série, como todos seus personagens não constando nas orbas escritas.

Voltemos agora para Galadriel, essa moça inconformada e obstinada. Ela aceita embarcar para Valinor, um anseio de todos os Elfos, mas quase na chegada, já tendo inclusive um vislumbre da praia, ela se atira ao mar e sai nadandinho (!!!) em retorno à Terra-média, como se ficasse ali do outro lado da piscina e não alguns milhares de quilômetros distante. Essa parte toda foi a que menos gostei então vou escrever correndo porque me irrita – ela encontra um bando de náufragos em jangadinhas, que foram atacados por um monstro marinho (!!!) aofigur de um ataque de Orcs no sul da Terra-média. Um desses náufragos é bonitão Halbrand, que a série dá um jeito de colocar sozinho numa jangada com Galadriel, após mais um ataque do Monstro do Mar (tam tam tam). Os dois primeiros episódios terminam aqui, com Halbrand e Galadriel sendo encontrados por um navio, possivelmente de Númenor (embora Corsários sejam citados também). Uma sai nadando de Valinor, outro sai de barquinho da Terra-média e se encontram em Númenor. Hummm. Foi a parte que eu menos gostei

A série é muito bem feita, os atores não comprometem e dois dos núcleos de destacam no momento: Hobbits e Anões. Ainda não conhecemos Númenor nem o Núcleo Sauroniano (Orcs e demais seguidores), então poderemos ainda ter boas surpresas. A série passa rápido e entretém do começo ao fim. Minha reticências pessoais ficam com a “compressão temporal” onde a série comprime os mais de 3.400 anos da Segunda Era num espaço de tempo que faz parecer que tudo acontece junto, inclusive trazendo eventos da Terceira Era (Hobbits e quiçá Gandalf). Isso gera situações desconfortáveis como a de Elrond com Galadriel; também com a “compressão geográfica” onde se passa a sensação que todos os eventos acontecem próximos: Celebrimbor vão andando tranquilamente sozinhos de Eregion a Khazad dûm, Galadriel sai nadando de Valinor e fatos assemelhados. Isso interferiu na minha capacidade de apreciar a série. Não quero deixar um gostinho ruim pra ninguém, a série merece sim ser vista – vale uma nota 8,5 e com isso ficando bem acima dos filmes dO Hobbit mas abaixo da trilogia de filmes (versões estendidas, claro).

Aproveitem, divirtam-se e compartilhem suas opiniões!
Acho que “O Estranho” está com muita cara de ser Annatar!
 
Isso de que tinham pouco material pra trabalhar, não cola. Muitas obras originais tem material farto e ainda sim não conseguem entregar algo bom, Fundação é um exemplo.

No caso da série é problema de roteiro e produção. Tiveram anos pra aprimorar o enredo e o resultado final foi praticamente um episódio piloto de uma hora, daqueles que serve apenas pra mostrar um conceito inicial da obra.

Até as transições entre de cenas, de humor para algo que lembrasse suspense são bem simples e nada criativas. É quase como se tivessem filmado tudo separado e, ao invés de descartar a encheção de linguiça, deixaram tudo e amarraram do jeito que dava.

Pelamordedeus, né. A pessoa não precisa ser doutorada em artes cênicas ou cinéfila pra notar que o resultado foi meia boca.
São três questões diferentes. Ser ou não ser fiel aos livros não implica nem na qualidade do roteiro nem na qualidade da produção.
A série não tem como ser fiel aos escritos simplesmente porque não tem praticamente nada escrito sobre a época no material em que os direitos se baseiam.

No fim a série é fraca porque o roteiro é fraco. Como você mesmo disse, Fundação ficou bem ruim, mas justamente a melhor parte (talvez a única boa de fato) é o arco dos Cleons, que não existe no livros. Então, ser bom ou ruim é mais uma questão da qualidade do roteiro e da produção do que estar ou não nos livros.

Quem acha que a série está ruim porque está diferente dos livros é meio que uma crônica de uma frustração anunciada. Desde o princípio é bem óbvio que não seria igual, primeiro porque quase não tem material, segundo porque é uma adaptação, não um material original.
 
Já coloquei minha opinião no outro tópico: o roteiro é ruim, escolhas narrativas péssimas, e má caracterização de alguns personagens. Você não salva isso alegando que havia pouco material, isso é confissão de incompetência criativa. "Ah não sou tão genial quanto Tolkien" Te vira, negão.

Por outro lado, associar essa má qualidade a má adaptação é choro de velho. Digo isso porque é a mesma choradeira de fã chato dos livros que leio por aqui desde que entrei em 2009, e nada me é mais insuportável do que isso, nem a discussão sobre as asas dos balrogs ou aquela chatice sobre a tradução nova por saudosistas desocupados. Então, realmente a série não começou grande coisa, mas o fator "não consigo ver nada de Tolkien aí" é problema seu, amigo.
 
São três questões diferentes. Ser ou não ser fiel aos livros não implica nem na qualidade do roteiro nem na qualidade da produção.
A série não tem como ser fiel aos escritos simplesmente porque não tem praticamente nada escrito sobre a época no material em que os direitos se baseiam.

No fim a série é fraca porque o roteiro é fraco. Como você mesmo disse, Fundação ficou bem ruim, mas justamente a melhor parte (talvez a única boa de fato) é o arco dos Cleons, que não existe no livros. Então, ser bom ou ruim é mais uma questão da qualidade do roteiro e da produção do que estar ou não nos livros.

Quem acha que a série está ruim porque está diferente dos livros é meio que uma crônica de uma frustração anunciada. Desde o princípio é bem óbvio que não seria igual, primeiro porque quase não tem material, segundo porque é uma adaptação, não um material original.
A série não apresentou nada do que pontuou, não é uma adaptação e não é algo original que caminha firmemente com as próprias pernas.

E disse que é preguiça pois entre seus escribas estão pessoas de Breaking Bad, Star Trek e The Witcher; série esta que também teve suas críticas, mas apresentou uma novidade ao utilizar uma elipse temporal para introduzir os principais personagens.

Optaram por focar pesadamente em efeitos e tomadas panorâmicas semelhantes as vistas na trilogia e isso não tem nada a ver com limitações de contrato. E de nada adianta correr para um desses portais “ sponsored by ” para dizer que vão entregar isso ou aquilo, a primeira impressão é a que fica. Poderiam ter marcado um golaço se tivessem ousado mais. Não era isso que foi prometido? Algo que nunca foi contado pelo próprio criador?

Sendo assim, que mostrem seus talentos de bardos e entreguem um storytelling realmente criativo e descolado de Tolkien.

Se eu quiser ver mundo dos orcs tem World of Warcraft pra isso ou a discussão política atual no Facebook.
 
Já coloquei minha opinião no outro tópico: o roteiro é ruim, escolhas narrativas péssimas, e má caracterização de alguns personagens. Você não salva isso alegando que havia pouco material, isso é confissão de incompetência criativa. "Ah não sou tão genial quanto Tolkien" Te vira, negão.

Por outro lado, associar essa má qualidade a má adaptação é choro de velho. Digo isso porque é a mesma choradeira de fã chato dos livros que leio por aqui desde que entrei em 2009, e nada me é mais insuportável do que isso, nem a discussão sobre as asas dos balrogs ou aquela chatice sobre a tradução nova por saudosistas desocupados. Então, realmente a série não começou grande coisa, mas o fator "não consigo ver nada de Tolkien aí" é problema seu, amigo.
Desculpe, mas eu acho que a partir do momento em que se escolhe intitular o produto de O Senhor dos Anéis e vendê-lo dizendo-se que é baseado em Tolkien, o problema é do produtor sim. É um mercado livre, mas não um mercado sem responsabilidade.
Sem falar que o fórum também é livre. Entrar aqui e achar que a vida está ruim porque as pessoas estão falando de Tom Bombadil, asas de balrog ou tradução, é como estar matriculado num curso de Letras e não gostar de gramática. Faz parte.
No mais, tudo certo: se a obra é derivativa, pode ser tanto boa como ruim independentemente do ponto de partida. Acredito que tanto aqui como fora daqui há uma quantidade muito grande de pessoas em várias línguas tecendo críticas de perspectivas não tolkienianas. Aqui me parece que seja um nicho para quem é leitor de Tolkien vir, depois de ter pagado e consumido um produto intitulado O Senhor dos Anéis, e perguntar: "Tá, mas o que é que vocês veem de Tolkien aí?".
 
Audience score no Rotten Tomatoes está subindo devagar mas está. Já saiu dos 33 pra chegar nos 38%

E acho que, a julgar pelo próprio incremento das postagens aqui, o interesse na série e no conteúdo Tolkieniano está em ascensão. Que era o que eles queriam mesmo suscitar.


Do mesmo jeito penso que eles não tinham como evitar ser "episódio piloto" nos dois primeiros. A rigor, o "piloto" só fica completo com a introdução do núcleo de Númenor que virá no próximo episódio.

A meu ver eles se saíram excepcionalmente bem pra quem lida com uma ambientação tão complexa ao mesmo tempo em que fazem algo pra um público completamente "virgem" de Tolkien e, em paralelo, dando uns Easter Eggs pro leitor ou curtidor de longa data como uma prioridade terciária. Quem já curte devia se sentir no lucro com coisas como a introdução em Aman. Eu achei fofo.

lord of the rings hobbits GIF by Box Office


Serve pra explicar pra pessoas que não conhecem os livros que a Galadriel não está só indo pra algum lugar paradisíaco mas tb VOLTANDO pra lá que era seu lar original. Além de dizer pq foi que ela saiu (e por tabela, o restante dos Noldor).

Torna mais compreensivo a natureza do sacrifício dela ao deixar o barco. E mostra o que tem de pessoal e distinto entre os protagonistas. Tudo encapsulado em alguns poucos minutos de exibição.
 
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