Sim, Portugal
tem que entrar no acordo. Agora, por outro lado, o Brasil tem cacife pra bancar a reforma sem Portugal.
"Bancar a reforma"? WTF? A reforma (que já é imbecil) fica simplesmente SEM SENTIDO se pelo menos um país de todos que se comunicam utilizando o português ficar de fora. A idéia não é uniformização? Que uniformização é esta feita pelas coxas, deixando de lado justamente Portugal, berço da língua em questão?
Tá, então quais são os aspectos que deveriam ser tratados? Pq vcs tão desdenhando a padronização gramatical e abordando aspectos fonéticos e os regionalismos, sendo que o mais importante é realmente o aspecto gramatical, não?
ORTOGRÁFICO. Mais uma vez: or-to-grá-fi-co. Não dá para dizer que é uma reforma "gramatical". E é justamente este o problema: ela não vai mexer uma palha em questões como pronomes, verbos e afins. Não considerará questões como fonética e nem semânticas (bicha em Portugal continuará significando algo diferente daqui, por exemplo).
Aliás, o Brasil é um bom exemplo de uma língua unificada e padronizada, apesar dos regionalismos. Mil vezes melhor que vários países que tem 2 ou 3 línguas oficiais.
Unificada e padronizada desde quando? Dá uma passada nas discussões de tengwar para ter uma idéia de como a coisa funciona. Aliás, já que você entrou nos méritos do "mil vezes melhor": melhor COMO? Porque, sinceramente, são raros os brasileiros que dominam a variante padrão (que seria o equivalente à língua "unificada e padronizada" que você diz).
E não adianta ficar de birra que inglês isso ou aquilo. O que importa é se essa reforma é positiva ou negativa.
Sabe o que é pior, Bruce? Ela não é nada. Nem positiva, nem negativa. Ela não vai conseguir atingir o que propõe (uma 'unificação'). Aliás, só para ilustrar o que estou comentando sobre o problema de só mexer em sinais ortográficos: li em algum post aqui no tópico que livros do Brasil não precisariam mais ser traduzidos para os outros países. E como ficamos com palavras que eles desconhecem, palavras que têm sentido diferente para nós ou sentenças que são simplesmente agramaticais em determinados lugares?
Como disse, não é mexer em crase e acento de encontro vocálico que vai fazer a diferença. E mexer em qualquer outra coisa fora isso, seria um CRIME contra nossa cultura.