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Notícias ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Mas, Jorge, ELE vende. O Spohr vende. Os dois são carismáticos, já vi falarem ao vivo. A mulher dele é a famosa esposa-do-Draccon. Sabe o nome dela, sem olhar em site nenhum? Sabe de alguém mais da Fantasy de cabeça, sem olhar? E nós somos o público alvo de literatura fantástica. Vai lá no site da Fantasy. Tudo bando de famoso-quem. Aliás, o próprio Draccon, fora do círculo internérdico, é famoso-quem. Tanto quanto os outros autores de outros selos e editoras.

Carolina Munhóz? :dente: Conheço desde que a Elriowiel Aranel leu o livro dela e espalhou a opinião dela por aí. (Na verdade conheço também por ouvir falar do Geração Subzero e pela capa horrível desse livro dela...)

Concordo contigo, mas todo escritor vivo no Brasil é famoso-quem se formos pensar bem. Fora o Paulo Coelho, claro. O que vai destacar um autor da massa dos outros é a quantidade de marketing que ele tem em cima (ou por trás) (como disse mais ou menos o Mavericco).

O mal de ser escritor de fantasia no Brasil então, talvez seja que é mais fácil para as editoras investir no que já vem de fora com marketing já feito e às vezes mais poderoso do que a indústria nacional consegue fazer como filmes, por exemplo. Se o autor, seja de fantasia ou não, não dá entrevistas, não tem perfis em redes sociais para "interagir" com seu séquito os consumidores, mostrar como é "simpático"... fica ainda mais difícil ser visto (aliás, acho que se ele não tiver perfis já vai ser visto como antipático de antemão, né? Chegamos nesse nível...)

Eu acho que a internet é importante, mas no meio de tanta informação, como separar o joio do trigo? Só participação em podcasts e eventos adolescentes fazem vender?
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A internet é importante? Claro que sim. Mas daí a ter essa importância de elemento diferenciador para um editor...
Essa é a grande questão do mundo de hoje, a da separação do joio do trigo em meio a uma economia da atenção. Como editor, o que eu entendi é que nem o Draccon quer fazer esse trabalho... De novo, acho que o marketing é que pretende fazer isso por nós, ao falar mais de uma coisa em detrimento de outras. E a internet realmente não faz o trabalho todo sozinha, acho que tem muito mais de boca a boca.

Mas pode ser também que seja exagero meu (na ideia de que o "marketing manipula as pessoas", talvez sejam só pessoas manipulando pessoas =P)
 
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Não tinha sido só (ou em grande parte. benefício da dúvida...) por causa da divulgação no podcast (e site?) dos amigos? Não sei da história.

Acho que não expliquei muito bem: eu quis dizer que o apelo dele - e do Spohr, nesse caso - se deve mais às expectativas de um fandom gerado em torno de seus mythos que pela qualidade do trabalho em si. Mas foi a internet, sim, que apresentou os dois ao mundo - e o networking. :lol:
 
eu acho que ando meio lesada, queria a opinião de vocês sobre isso aqui: OK Raphael Draccon, como se os teus leitores levassem O Globo a sério. o autor tá realmente defendendo o draccon? como se a questão fosse falar do rubem fonseca, e não da ideia babaca de que autor tem que ficar fazendo serviço de rp de si mesmo para ter chance de ser publicado?

edit: em tempo, gostaria de deixar minha opinião aqui sobre o negócio. autor escreve. se ele busca uma editora, é para que tenha um editor para ajudá-lo a aparar as arestas (digamos assim) do livro mas, principalmente, para não ter que se preocupar com distribuição ou divulgação do seu trabalho. editoras publicam um autor porque ele é BOM, não porque ele passa o dia todo postando bobagem no twitter, no facebook ou num blog. ajuda ser conhecido? claro que sim. mas o principal critério deveria ser a qualidade do que a pessoa escreve. é como o jlm disse uns posts atrás:

escrever 1 bom livro e n estar ativo no bambambã das redes sociais e mídia pode prejudicar as vendas.
invertendo a lógica, estar ativo no bambambã das redes sociais e mídia ajuda bastante a vender mesmo q vc tenha escrito 1 livro ruim.
draccon fez a escolha dele, o rubem tb. :poke:
 
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eu acho que ando meio lesada, queria a opinião de vocês sobre isso aqui: OK Raphael Draccon, como se os teus leitores levassem O Globo a sério. o autor tá realmente defendendo o draccon? como se a questão fosse falar do rubem fonseca, e não da ideia babaca de que autor tem que ficar fazendo serviço de rp de si mesmo para ter chance de ser publicado?

É bem isso mesmo. Mas no final, a impressão é que a ~~polêmica~~ foi ele falar do Rubem Fonseca mesmo. A idéia do escritor fazer RP foi mantida pelo próprio Draccon. E esse post tem cara de post de fã mesmo, aliás.
 
É bem isso mesmo. Mas no final, a impressão é que a ~~polêmica~~ foi ele falar do Rubem Fonseca mesmo. A idéia do escritor fazer RP foi mantida pelo próprio Draccon.

o que me incomodou desde o início na notícia nem foi o lance do rubem fonseca, foi essa ideia torta de escritor fazer rp - por isso achei que mesmo tentando arrumar a cagada lá no blog dele, ele só piorou. até porque né, convenhamos: http://www.fantasycasadapalavra.com.br/feerica/

:roll:
 
Até pensei em mandar comentário, mas... o que dizer pra alguém que acha que Raphael Draccon é underground e que O Globo é representativo da crítica literária tradicional?
 
draccolina.jpg


Séquiçes.
 
Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Lembrei do Flaubert e sua idéia de escrever sobre quase nada. Literatura pura. Sem influência de nada exterior.
Aí vem esses cabras e querem pregar o contrário, ainda mais usando o nome do Rubão!!!!


Queimem na fogueira esses hereges! Junto com seus livros.
 
Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

GENTE. Sem comentários.
:puke:
 
Esse Féerica é tipo aqueles programas de anomalias genéticas que passam na Discovery. Você sabe que não deveria dar ibope pra esse tipo de conteúdo bizarro, mas não consegue evitar porque é bizarro demais pra deixar passar assim...

A diferença é que nesses programas você aprende algo. Quanto a isso... sei lá, é como assistir Toddlers and Tiaras. :lol:
 
Sei lá, cara. Só acho que a Kim Kardashian não é uma boa referência para qualquer história que seja. Vide redtube e afins. :lol:
 
edit: em tempo, gostaria de deixar minha opinião aqui sobre o negócio. autor escreve. se ele busca uma editora, é para que tenha um editor para ajudá-lo a aparar as arestas (digamos assim) do livro mas, principalmente, para não ter que se preocupar com distribuição ou divulgação do seu trabalho. editoras publicam um autor porque ele é BOM, não porque ele passa o dia todo postando bobagem no twitter, no facebook ou num blog. ajuda ser conhecido? claro que sim. mas o principal critério deveria ser a qualidade do que a pessoa escreve.

Anica, concordo contigo, mas acho que o Draccon se referia a novos autores do tipo que publica no Clube de Autores e semelhantes ou em micro-editoras e que quer ser publicado por uma grande. Aquela ideia de que há mais autores que leitores no Brasil (e no mundo hoje em dia)... Com tanta gente escrevendo, o trabalho do editor deveria ser separar o joio do trigo, mas, como disse antes, acho que nem o Draccon quer fazer isso.

Apesar de não dizer isso, fica subentendido que ele não quis ler os mais de 80 livros que enviaram para ele nos dois primeiros dias como editor do selo. Então o trabalho dele seria sentar e esperar que algum autor se destaque da massa pelo próprio esforço de autopromoção (como ele?), pelo boca a boca... Só não sei como que se faz isso e se escreve ao mesmo tempo...

Aliás, outras empresas fazem isso não? Não foi assim que surgiu a E. L. James? Depois de se tornar "popular" como auto-publicação (foi no Kindle ou em algum site?) alguém comprou o livro dela (e publicou sem editar? ou editando? qual a pior hipótese aliás?) edit: foi em sites, depois uma editora australiana comprou (Tem a historinha na Wikipédia =P).
 
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Anica, concordo contigo, mas acho que o Draccon se referia a novos autores do tipo que publica no Clube de Autores e semelhantes ou em micro-editoras e que quer ser publicado por uma grande. Aquela ideia de que há mais autores que leitores no Brasil (e no mundo hoje em dia)... Com tanta gente escrevendo, o trabalho do editor deveria ser separar o joio do trigo, mas, como disse antes, acho que nem o Draccon quer fazer isso.

Apesar de não dizer isso, fica subentendido que ele não quis ler os mais de 80 livros que enviaram para ele nos dois primeiros dias como editor do selo. Então o trabalho dele seria sentar e esperar que algum autor se destaque da massa pelo próprio esforço de autopromoção (como ele?), pelo boca a boca... Só não sei como que se faz isso e se escreve ao mesmo tempo...

Aliás, outras empresas fazem isso não? Não foi assim que surgiu a E. L. James? Depois de se tornar "popular" como auto-publicação (foi no Kindle ou em algum site?) alguém comprou o livro dela (e publicou sem editar? ou editando? qual a pior hipótese aliás?) edit: foi em sites, depois uma editora australiana comprou (Tem a historinha na Wikipédia =P).

no no no. não é isso que ele diz. vou citar o texto do blog dele para não ficar a dúvida da fala dele ter sido distorcida:

O contexto era o seguinte: se hoje um autor de literatura fantástica brasileira chegar em uma editora e afirmar que não pretende dar entrevistas, participar de palestras ou mesmo do corpo a corpo com leitores do país inteiro, ele não será publicado, pois as regras do mercado da literatura fantástica BR de hoje exigem isso.

ou seja, ele não espera isso de um iniciante, que está fazendo o trabalho de divulgação por conta própria porque não tem editora. na entrevista mesmo ele diz algo como "o escritor tem que ter algo a oferecer para a editora", como se o LIVRO que o escritor entrega para a editora já não fosse algo. ele está invertendo os papéis. a editora deveria fazer o marketing do autor, não o autor fazer o marketing da editora. quando você acabou de publicar algo por conta própria, é evidente que você vai ficar feito um louco divulgando seu trabalho. mas isso porque você está por conta própria, não tem uma editora, não tem quem faça o trabalho. a kika aqui na valinor, por exemplo, passou um bom tempo divulgando o kallisti antes de começar a se dedicar ao livro novo. e note: para escrever, ela se concentrou no que está escrevendo, parou com o trabalho de divulgação, mal aparece no twitter ou na internet. porque ela precisa ter foco no trabalho dela, para ser bem feito.

então desculpe, continuo não concordando com o posicionamento dele. um autor sem editora se virar nos 30 para divulgar o trabalho me parece o óbvio (já que não tem quem faça por ele). um autor com editora, é absurdo. o trabalho do escritor contratado por uma editora é escrever, não o de ficar fazendo social na internet. até porque autor com editora normalmente já tem uma rotina bem complicada de divulgação envolvendo viagens para tudo quanto é canto para palestras, sessão de autógrafos e afins...

*****

edit: hum. postar antes do café da manhã dá nisso. na entrevista ele falava de internet (e era com o que eu não concordava), no blog ele falava das palestras, entrevistas e afins (o que é, infelizmente, esperado de qualquer autor hoje em dia). se for isso ok, concordo com ele. tem que comer muito feijão com arroz para chegar num nível dalton trevisan em que está ok não aparecer nem para receber prêmio.
 
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Aproveitando um pouco sobre a declaração do Raphael Dracco, não sei alguém chegou a conferir, mas no site do Jovem Nerd eles fizeram um Nerd Cast com esses novos autores de fantasia no Brasil. Eles falam um pouco sobre tudo e eu achei muito bacana. Para quem gosta do assunto, eu acho muito legal dar uma ouvida.

Os autores que participaram foram André Vianco, Leonel Caldela, Raphael Draccon, Affonso Solano e Eduardo Spohr.
 

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