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Notícias ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Muitas vezes eu lia textos de jovens autores nas comunidades do Orkut, e mais tarde aqui no Face, e ficava espantado com o baixo nível de domínio da norma culta. Com o tempo me acostumei com a ideia de que a escola inclusiva e universal que existe hoje não consegue formar um usuário pleno do idioma no mesmo tempo de antes, em troca, ela leva mais gente ao fim do caminho. Respirei fundo e me conformei com isso, mesmo suspeitando que algo não somava 100% nessa « conta de chegar ».

Mas ainda me incomodava ver tanta gente boa sendo ignorada, sem ter chance de mostrar seu trabalho. Me refiro a gente como o Srgio Ferrari, o Ronaldo Brito Roque, a Ilka Canavarro, o Felipe Holloway e outros amigos que trago desde os tempos de meus primeiros passos no Orkut. Era difícil entender que não houvesse como vingarem autores prontos e acabados, como o Holloway, que tem um estilo irônico impagável, ou a Ilka, com suas descrições perfeitas e exasperantes, ou o Ronaldo com sua narrativa coloquial nihilista, ou o surrealismo do Srgio Ferrari, que transitava entre a literatura de ficção científica, o dadaísmo e Monteiro Lobato.

Mas com o tempo as visões se foram clareando nas patas do meu cavalo, como dizia o meu xará Vandré…

Acabei de crer que não há mais espaço para bons autores, tal como não há para bons músicos. Autores que sabem escrever NÃO SERÃO LIDOS. Ou, como radicalmente disse ao Roque: ninguém será lido, mas muitos serão vendidos (saquem o duplo sentido).

E a razão para isso é simples: « eles » chegaram ao poder. Eu diria incompetentes, mas eles são competentes em muitas coisas (ainda que não o sejam em literatura): criação de redes, cultivo de amizades úteis, publicidade, marketing, etc. Houve um tempo em que os editores tapavam o nariz e publicavam Paulo Coelho, porque ele vendia e as editoras precisavam da grana. Com o tempo o mercado editorial foi se enchendo de paulo-coelhos e eles estão substituindo os editores porque conseguem publicar melhor os livros que vendem, já que não precisam tapar o nariz para se aproximarem deles.

Estou lendo uma obra de um famoso autor, que também é editor e é também uma pessoa poderosa e influente, que começou em editora pequena e agora está em uma das maiores casas editoras do país, editando e « dando a sua cara » a toda uma série de obras. E a leitura desta obra me deixa estarrecido e me fez crer que a minha ironia dita ao Roque era até otimista.

O cara escreve pior do que muitos membros dos grupos literários amadores do Facebook. Seu texto é confuso, didático, repetitivo, palavroso, sem ritmo e sem beleza. Apesar de escrever « fantasia » ele não deixa espaço à imaginação do leitor, ele « castra » o leitor.

Dizer que seu texto e confuso é ser eufemístico. Ele perde um parágrafo quase inteiro discutindo se afinal existem deuses ou não. Primeiro diz que não, depois diz que sim, depois diz que não se tem certeza, depois diz que sim, existem, mas não são cultuados. Toda uma masturbação mental que poderia ser dita numa frase: « Os deuses de … não recebem orações, o povo se lembra somente dos heróis ». Não ficou nem mais difícil e nem mais pedante, só ficou mais claro e mais curto. Acho que isto explica porque os livros da moda têm tantas páginas. Não é que tenham assunto.

Dizer que seu texto é repetitivo é fácil de provar. Em qualquer página do livro pode-se contar a mesma palavra várias vezes. Não falo de preposições ou verbos de ligação, estou falando de substantivos e adjetivos.

Ele é também palavroso. Diz que o autor deve praticar uma literatura simples, mas o tamanho de sua obra poderia ser reduzida em mais de 40% se fossem removidas as repetições e as locuções. Um exemplo, até hilário, é onde o seu herói diz que « não dará ênfase ao fraquejo » (que poha é essa?) em vez de dizer que « não hesitará » ou « não fraquejará ». Gasta vinte e cinco bytes para dizer o que poderia ser dito em 12. E esta é a regra de seu texto: perder tempo com minúcias que não servem para nada e deixar de descrever o cenário para não « cansar o leitor com descrições ». Ao mesmo tempo, devassar os pensamentos de cada personagem, sem dar ao leitor a chance de tentar imaginá-los e surpreender-se com eles, e ao mesmo tempo usar cenários vagos para « deixar espaço à imaginação do leitor. »

Quanto mais eu leio a obra de Raphael Draccon, mais encontro motivos para me arrepiar os cabelos. Pobres jovens que leem estes livros burros, e não aprendem caminhos para apreciar obras de qualidade do passado E MESMO DO PRESENTE. Pobres de nós autores, que temos de submeter nosso trabalho a autores de fantasia medieval que fazem seus reis segurarem « bastões de ouro » em vez de cetros! Isso, claro, depois de serem « lançados » ao trono (mentalmente imagino o rei seguro pelos braços e pernas e atirado por seus pajens em cima de um imenso sofá).

Além de tudo isto ele é mal informado. Tenta incluir tudo quanto é criatura exótica e esdrúxula em sua obra, mas chega a escrever errado os nomes destas (exemplo: « linche » em vez de « lich », o que equivale a escrever « lebrechaum » em vez de « leprechaun »). Aparentemente o autor NÃO LEU, de fato, as obras que tenta citar e imitar, apenas lhes passou o olho ou leu o artigo da Wikipédia. Isso lhe dá uma pseudocultura, que não combina com o vocabulário raso do texto em geral, como no citado caso do « bastão de ouro ».

Outra coisa que me deixou espantado é que esse autor, ídolo de tantos jovens que me chamam de arrogante e convencido, escreve em um tom de livro didático. Sempre que introduz uma palavra diferente, ele a põe em negrito e/ou dar um jeito de explicar. Pode parecer incrível, mas ele se deu ao trabalho de explicar aos leitores o que é « outono » e qual a sua simbologia.

O autor, aparentemente, acha que « Prólogo » é uma dissertação sobre o livro. Coisa, talvez, de quem só leu Tolkien, e olhe lá. Normalmente o prólogo é um pedaço de história que não faz parte da narrativa principal mas a antecede e ajuda a explicar. No livro dele, o prólogo é um aritgo da Wikipédia explicando como é o mundo que ele inventou. Eu já disse que ele não deixa o leitor pensar e muito menos imaginar? E isso é literatura « de fantasia », gente!

Dizer que o seu texto é sem ritmo e sem beleza é chover no molhado. Sua narrativa é um amontoado de lugares comuns que vão além do ridículo. Como dizer que uma personagem « assistiu de camarote » um lobo devorar a sua avó. Bem, digamos que o uso desta metáfora desgastada era totalmente inapropriado ao clima, assim como é impróprio em uma história de fantasia medieval em que não existe ou existiria ciência, falar que a personagem era hipocondríaca. Aliás, personagens não precisam de rótulos nem diagnósticos, precisam de ser mostrados em palavras. « Show, don’t tell ».

Uma marca indefectível dos autores que só leem traduções porcas de originais americanos ou ingleses é a dificuldade para diferenciar os três pretéritos — e o referido autor manifesta isso em cada parágrafo. De tal forma que fica difícil saber se algo aconteceu antes ou durante outra coisa no passado. Mas a mistura de tempo verbal vai além, misturando presente e pretérito em uma mesma frase e logo depois saltando ao futuro. É de fazer o cérebro rodopiar, e claro que isso « simplifica » a leitura, não é mesmo?

Enfim, a referida obra não é um livro « simples » para jovens adultos iniciantes na leitura. É um livro mal escrito, de autoria de uma pessoa sem cultura, que se estende muito mais do que o necessário por culpa de uma linguagem palavrosa demais e por um estilo narrativo que se incha com minúcias sem sentido, ao mesmo tempo em que sonega ao leitor informações relevantes. É um livro tóxico, que presenta tudo que há de ruim em nossa literatura e faz Paulo Coelho parecer bom (e um livro de PC, bem revisado, é bastante legível, porque o Mago, apesar de escrever mal, tem boa noção da estrutura narrativa, pelo menos melhor do que a desse Draccon superstar).

E o autor deste calhamaço, que os ianques tão apropriadamente descrevem com o termo « doorstopper » (segurador de porta), é quem decide quem é ou não publicado pela editora em que foi trabalhar. Ele é a régua que nos mede. Estamos todos perdidos.

Ora, dirão, você está com inveja porque ele ganha muito dinheiro escrevendo! Em primeiro lugar: não sei não. Em segundo lugar: se ganhar dinheiro justificasse tudo nossos heróis seriam Judas e Silvério dos Reis, não Jesus e Tiradentes.

(não tinha copiado e colado antes para o autor do blog não perder os views)
 
Meu Deus! Como esse Spohr consegue ter tempo de escrever os "romances de sua geração" (junto com a galerinha do barulho) e ao mesmo tempo estar sempre à espreita nas redes sociais? Que medo...

Aparentemente não há tweet pequeno o bastante com uma "crítica" ou comentário negativo que o valha que não mereça atenção, defesa, contra-ataque. Parece que quer que gostem dele/do que ele escreve pelo cansaço...

(Aliás, ele deve aparecer aqui em 3... 2... 1...)
 
É impressionante como o Draccon é bem cotado lá no Skoob... Ele tem um séquito de fanáticos; poderia ser pastor da IURD. Mas enfim. Vez que outra alguém se presta a dar uma opinião contrária lá nas resenhas.Untitled-1.webp
 
É impressionante como o Draccon é bem cotado lá no Skoob... Ele tem um séquito de fanáticos; poderia ser pastor da IURD. Mas enfim. Vez que outra alguém se presta a dar uma opinião contrária lá nas resenhas.Ver anexo 56059

Pior que ele teve a mesma experiência que eu: mal e mal passei da página 100 do primeiro livro. Tava ficando cada vez pior aquela merda. :P

Eu gostei de Espíritos de Gelo, confesso, mas pelo visto porque funcionava de maneira enxuta. Aliás, foi por causa desse livro que tentei ler os outros. Que idiota que eu fui! :mad:
 
Meu Deus! Como esse Spohr consegue ter tempo de escrever os "romances de sua geração" (junto com a galerinha do barulho) e ao mesmo tempo estar sempre à espreita nas redes sociais? Que medo...

Aparentemente não há tweet pequeno o bastante com uma "crítica" ou comentário negativo que o valha que não mereça atenção, defesa, contra-ataque. Parece que quer que gostem dele/do que ele escreve pelo cansaço...

(Aliás, ele deve aparecer aqui em 3... 2... 1...)

LOL isso me lembrou de quando eu abandonei A Batalha do Apocalipse, fiz um comentário naquele diário de leitura do skoob falando que não era pra mim; ele leu e me mandou recado dizendo que sentia muito e esperava que eu retomasse a leitura outra hora. fiquei totalmente sem reação, nunca ia esperar isso...
 
Isso é caso de polícia, não?!

não sei qual o nível da pressão dos fãs, fica a dúvida de qual seria o limite entre a pura encheção de saco e o crime. mas que aquela frase dele "Por isso, o escritor precisa ter um conteúdo para transmitir e precisa saber se apresentar em público também - observa Draccon. - Esse autor introspectivo, que passa o dia dentro de casa escrevendo, não existe mais." ganha todo um novo sentido com essa história do edney, ganha :rofl:
 
LOL isso me lembrou de quando eu abandonei A Batalha do Apocalipse, fiz um comentário naquele diário de leitura do skoob falando que não era pra mim; ele leu e me mandou recado dizendo que sentia muito e esperava que eu retomasse a leitura outra hora. fiquei totalmente sem reação, nunca ia esperar isso...

Mas pelo menos ele parece ser bacana - diferente do Draccon. Ele tem respondido e comentado na comunidade da Nova Literatura Brasileira.
 
Apenas isto:
http://portal-carolina.blogspot.com.br/p/lucianohuck-redeglobo-gostaria-de.html?m=1

@RedeGlobo Olá gostaria de sugerir a participação da escritora Carolina Munhóz no "Caldeirão do Huck".
@RedeGlobo Olá, gostaria de sugerir a participação da escritora Carolina Munhóz no "Estrelas".
@MaisVoce_Globo @RedeGlobo Olá, gostaria de sugerir a participação da escritora Carolina Munhóz no "Mais Você".
@EncontroFatima @RedeGlobo Olá, gostaria de sugerir a participação da escritora Carolina Munhóz no "Encontro com Fátima Bernardes".
@RedeGlobo Olá, gostaria de sugerir a participação da escritora Carolina Munhóz no "Altas Horas".

@RedeGlobo Olá, gostaria de sugerir a participação da escritora Carolina Munhóz no "Programa do Jô".
Cadastre-se e peça uma entrevista com a escritora Carolina Munhóz no "Programa do Jô". http://t.co/pBTv8DdWj1
@malhacaogshow Olá! Gostaria de sugerir uma participação especial da escritora Carolina Munhóz na malhação! Obrigado.
@redeglobo Gostaria de sugerir a participação da escritora Carolina Munhóz no Faustão. Obrigado.

@showdavida Gostaria de sugerir um quadro com a escritora Carolina Munhóz no Fantástico. Obrigado.
@redeglobo Gostaria de sugerir a escritora e jornalista Carolina Munhóz como apresentadora de um quadro jovem no Video Show. Obrigado.

Créditos: @VersosCarolPhia Mika e Lubs
 
a lista outras marcas é muito melhor :rofl:

Olá @mundofini, gostaríamos de ver a escritora Carolina Munhóz como a garota propaganda da marca. Obrigada!

Olá @paris_6, gostaríamos que houvesse uma sobremesa com o nome da escritora Carolina Munhóz em seu restaurante. Obrigada!
@tilibra_oficial Queremos uma linha inspirada no livro "O Reino das Vozes que Não se Calam" de Carolina Munhóz e Sophia Abrahão. Obrigado.
@credeal_oficial Queremos uma linha inspirada no livro "O Reino das Vozes que Não se Calam" de Carolina Munhóz e Sophia Abrahão. Obrigado.
@useliverpool Queremos os escritores Carolina Munhóz e Raphael Draccon como garotos propagandas da marca. Obrigado.
@lojas_renner Queremos uma peça de roupa inspirada nos livros de Carolina Munhóz. Obrigado.
@riachuelo Queremos uma peça de roupa inspirada nos livros de Carolina Munhóz. Obrigado.
@oboticario Queremos uma linha inspirada no livro "O Reino das Vozes que Não se Calam" de Carolina Munhóz e Sophia Abrahão. Obrigado.

@tokstokonline Queremos uma linha inspirada no livro "O Reino das Vozes que Não se Calam" de Carolina Munhóz e Sophia Abrahão.
@tokstokonline Queremos placas decorativas dos escritores Carolina Munhóz e Raphael Draccon. Obrigado.
Enviar para [email protected] - Queremos a escritora Carolina Munhóz como garota propaganda da marca.
@sigaimaginarium Queremos uma linha inspirada no livro "O Reino das Vozes que Não se Calam" de Carolina Munhóz e Sophia Abrahão.
@esmaltecolorama Queremos um esmalte inspirado no livro "O Reino das Vozes que Não se Calam" de Carolina Munhóz e Sophia Abrahão.
@fitapresentes Queremos uma linha inspirada no livro "O Reino das Vozes que Não se Calam" de Carolina Munhóz e Sophia Abrahão.
@stb_brasil Gostaríamos de sugerir a escritora e ex-au pair Carolina Munhóz como garota propaganda da empresa. Obrigado.
@ci_intercambio Gostaríamos de sugerir a escritora e ex-au pair Carolina Munhóz como garota propaganda da empresa. Obrigado.
@submarino Queremos um box com os três livros de fadas da escritora Carolina Munhóz. Obrigado.

hahahahahahahah
 

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