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Sauron: o todo poderoso

Retornando o assunto sobre o poder de Sauron, o Senhor dos Anéis, gostaria de tirar uma pequena dúvida, é dito que: desde o princípio dos tempos quando nem havia tempo, Sauron era o mais poderoso dos Maiar, isto está certo?
 
Realmente, é muito impressionante como ele atingiu esse nível de poder. A maior habilidade que ele possui é corromper corações, além de seus amplos conhecimentos sobre magia, mas ainda não se compara com o poder de Morgoth...
 
Não não....Tulkas luta com melkor, ao Lado de Eonwë (quase certeza) e Turin. Turin, obviamente, só dá o golpe de misericórdia. Até porque, na Segunda Profecia, diz que Melkor volta com "todo" o seu poder...e Turin não poderia fazer muita coisa contra o Vala caído concorda?


Bem, a segunda profecia se refere a Sauron? Ou ele não é citado.
Alias, alguem poderia me citar a 2 professia de mandos? eu não a conheço.
 
Bem, a segunda profecia se refere a Sauron? Ou ele não é citado.
Alias, alguem poderia me citar a 2 professia de mandos? eu não a conheço.
Não, ela nada fala sobre Sauron.

Aqui na Valinor tem sobre ela, mas como eu vi outro dia mesmo na Dúvendor, peguei de lá:

A Segunda Profecia de Mandos disse:
Após o triunfo dos Deuses, Eärendil continuou a navegar nos mares do céu, mas o Sol o queimava e a Lua o perseguia-o no firmamento... então os Valar desceram o seu navio branco Vingilot para a terra de Valinor, e encheram-no com brilho e consagraram-no, e lançaram-no através da Porta da Noite. E por muito tempo Eärendil navegou na vastidão sem estrelas, Elwing a seu lado, o Silmarill na sua fronte, navegando o Escuro atrás do mundo, uma brilhante e fugitiva estrela. E algumas vezes ele voltava e brilhava atrás dos cursos do Sol e da Lua sob a proteção dos Deuses, mais brilhante que todas as outras estrelas, o marinheiro do céu, mantendo guarda a Morgoth até os confins do mundo. Dessa forma deverá navegar até que veja a Última Batalha que se passará nas planícies de Valinor.

Assim falou a profecia de Mandos, que ele declarou em Valinor durante o julgamento dos Valar: quando o mundo estiver velho e os Poderes se cansarem, então Morgoth deverá retornar através da Porta para fora da Noite Eterna; e ele deverá destruir o Sol e a Lua, mas Eärendil virá até ele como uma chama branca e o derrubará dos ares. Então deverá ser travada a última batalha sobre os campos de Valinor. Naquele dia Tulkas lutará com Melkor, e à sua direita estará Fionwë (filho de Manwë e Varda) e à sua esquerda estará Turin Turambar, filho de Hurin, Mestre do Destino; e será a espada negra de Turin que trará a Melkor a morte e fim definitivo; e então os Filhos de Hurin e todos os homens estarão vingados.

Então os Silmarils serão recuperadas do mar da terra e do céu; pois Eärendil descerá e dará aquela chama a qual mantinha posse (o Silmaril). Então Fëanor utilizará as Três e com seu fogo reacenderá as Duas Árvores, e uma grande luz surgirá; a as Montanhas de Valinor serão rebaixadas, para que a luz possa atingir o mundo todo. Naquela luz os Deuses se tornarão novamente jovens, e os Elfos despertarão e todos os mortos ressuscitarão, e o propósito de Ilúvatar estará completo em relação a eles. Mas dos Homens naquele dia a profecia não fala, com exceção de Turin apenas, e ele é nomeado entre os Deuses.​

Quem quiser saber mais, clica aqui e leia a matéria completa da Dúvendor!​
 
Senhor_de_gondor, só tem um pequeno detalhe. Por mais que um Maia se esforce e adquira poder, ele jamais poderá ser comparado a um Vala. Agora, o contrário poderia sim ocorrer, de um Vala dissipar tanto seu poder subcriativo que se limite cada vez mais em suas determinações.

Veja bem que o grande poder de Sauron nunca esteve na batalha em si, mas sim em ludibriar seus inimigos, acabando com suas defesas e levando-os à ruína. Sauron era sim o Maia mais poderoso, mas também acabou sendo limitado, bem como seu mestre, Eras antes. O poder de Sauron apenas diminuiu, olhando-se de uma distância segura na história.

Espero ter ajudado.

Abraços.

É verdade, o poder de um Maia não pode simplesmente ser comparado ao poder de um Vala.

Sauron sempre usou sua esperteza e inteligência para ludibriar seus inimigos, usando como escudo seus exércitos de Orcs e de Nazgul e valendo do poder mestre do seu anel.
 
Muito obrigado Snaga! Valeu mesmo!
E o Túrim incluido entre os Deuses.. que moral....
 
É verdade, o poder de um Maia não pode simplesmente ser comparado ao poder de um Vala.

Sauron sempre usou sua esperteza e inteligência para ludibriar seus inimigos, usando como escudo seus exércitos de Orcs e de Nazgul e valendo do poder mestre do seu anel.

Não se pode comparar Sauron à um Vala, disso eu sei, mas não creio que seu poderio se restrinja à ''ludibriar corações'' e pôr inimigos uns contra os outros, Sauron tinha uma magnitude de poder considerável, não creio que seu poder está só na inteligência e no alto controle da magia(o que já é um grande poder), mas para ele ser o braço direito de Morgoth, um Aratar, ele não deve ter seu poder tão restrito.
 
Não se pode comparar Sauron à um Vala, disso eu sei, mas não creio que seu poderio se restrinja à ''ludibriar corações'' e pôr inimigos uns contra os outros, Sauron tinha uma magnitude de poder considerável, não creio que seu poder está só na inteligência e no alto controle da magia(o que já é um grande poder), mas para ele ser o braço direito de Morgoth, um Aratar, ele não deve ter seu poder tão restrito.

É lógico que o poder dos dois Senhores do Escuro não estava unicamente em ludibriar os inimigos. Tanto que ambos eram os mais poderosos de suas respectivas classes.

No entanto, quando comparado com outros Maiar, Sauron torna-se fisicamente impotente, sendo obrigado a valer-se de seus truques e artimanhas, muito mais do que seu poder em si.
 
No entanto, quando comparado com outros Maiar, Sauron torna-se fisicamente impotente, sendo obrigado a valer-se de seus truques e artimanhas, muito mais do que seu poder em si.

Os Senhores do Escuro nunca foram aqueles mega guerreiros, que chutam a bunda de qualquer um, estão mais para bruxos e artífices poderosíssimos, eles não se focam em luta corporal, pois possuem seres para fazer isto por eles.

Melkor x Tulkas: Perdeu
Melkor x Eönwë: Perdeu
Melkor x Fingolfin: Ganhou

Sauron x Finrod: Ganhou
Sauron x Lúthien e Huan: Perdeu
Sauron x Gil-Galad e Elendil: Empate, aqui você decidem afinal os 3 não se saíram bem no fim, mesmo Sauron se saindo melhor.

Vale citar que nenhum deles perdeu uma luta em questões de feitiçaria e subcriatividade.
 
Os Senhores do Escuro nunca foram aqueles mega guerreiros, que chutam a bunda de qualquer um, estão mais para bruxos e artífices poderosíssimos, eles não se focam em luta corporal, pois possuem seres para fazer isto por eles.

Melkor x Tulkas: Perdeu
Melkor x Eönwë: Perdeu
Melkor x Fingolfin: Ganhou

Sauron x Finrod: Ganhou
Sauron x Lúthien e Huan: Perdeu
Sauron x Gil-Galad e Elendil: Empate, aqui você decidem afinal os 3 não se saíram bem no fim, mesmo Sauron se saindo melhor.

Vale citar que nenhum deles perdeu uma luta em questões de feitiçaria e subcriatividade.

Detalhe que tanto Melkor e Sauron tiveram suas derrotas advindas de aspectos que fugiam de seus controles. No caso Melkor, este começa como um monstro demiúrgico de natureza cósmica no início do Eä - O Universo físico. Ou seja, o mesmo utiliza-se de sua pluripotência e começa a gerar uma tendência entrópica pelo decaimento de tudo que existe no Universo. Lembrando que muitos fãs e leitores casuais veem Eä como se limitando ao Planeta Terra "rodeado de estrelas", mas eu discordo:

Entretanto, quando eles entraram no Vazio, Ilúvatar lhes disse: - Contemplem sua Música! - E lhes mostrou uma visão, dando-lhes uma imagem onde antes havia somente o som. E eles viram um novo Mundo tomar-se visível aos seus olhos; e ele formava um globo no meio do Vazio, e se mantinha ali, mas não pertencia ao Vazio, e enquanto contemplavam perplexos, esse Mundo começou a desenrolar sua história, e a eles parecia que o Mundo tinha vida e crescia
Tenho a impressão que o termo/denominação "Mundo" com o "M" maiúsculo venha a se tratar do Universo com seus vastos espaços, estrelas incontáveis, etc. Sim, existe (na minha opinião) uma distinção com o termo "mundo" com o "m" minúsculo que se refere à Arda/Planeta Terra. É só pegar o contexto presente no próprio Silma e algumas definições em cartas do próprio Tolkien, vide a carta 297 - "Rascunhos para uma carta para o 'Sr.Rang':

(...)
Os Valar deram ouvidos à súplica de Earendil em nome de Elfos e Homens (ambos seus parentes) e enviaram um grande exército em auxílio deles. Morgoth foi
derrotado e removido do Mundo (o universo físico).
Bem como a carta 212 - "Rascunho de uma continuação da carta acima (não enviado)":

Esses eram os Valar e seus servidores menores. São aqueles que se “enamoraram” pela visão e sem dúvida foram aqueles que desempenharam a parte mais “subcriativa” (ou, como poderíamos dizer, “artística”) na Música. * Por conseguinte os Elfos chamavam o Mundo, o Universo, de Eä — É.
E em meio a todos os esplendores do Mundo, seus vastos palácios e espaços e seus círculos de fogo, Ilúvatar escolheu um local para habitarem nas Profundezas do Tempo e no meio das estrelas incontáveis. E essa morada poderia parecer insignificante para quem leve em conta apenas a majestade dos Ainur, e não sua terrível perspicácia; e considere toda a área de Arda como o alicerce de uma coluna e a erga até que o cone do seu topo seja mais aguçado que uma agulha; ou contemple somente a vastidão incomensurável do Mundo, que os Ainur ainda estão moldando, não a precisão detalhada com que moldam todas as coisas que ali existem.
Então, aqueles dos Ainur que assim desejaram, levantaram-se e entraram no Mundo no início dos Tempos; e foi sua missão realizar esse Mundo e, com seus esforços, concretizar a visão que haviam tido. Foi longa sua labuta nas regiões de Eä, que são vastas para além do alcance de elfos e homens, até que, no momento previsto, foi criada Arda, o Reino da Terra.Eles então vestiram os trajes da Terra, desceram até ela e a habitaram.

Tolkien fala de vastos espaços como se falasse do Universo, imenso além do alcance do pensamento. De círculos de fogo como se fossem estrelas/galáxias e ao mesmo tempo fala de uma Morada nas Profundezas do Tempo "que poderia parecer insignificante para quem leve em conta apenas a majestade dos Ainur, e não sua terrível perspicácia". Ademais, a cronologia parecer ser a seguinte.

A corrupção feita por Melkor em cada aspecto do Universo começa a transformá-lo de uma força cósmica em um "Senhor de Escravos Mundano" - O Morgoth que queria aniquilar Arda no final das contas. Mesmo "enfraquecido" e já começando a "distribuir suas energias demoníacas" aos seus servos (pensar no que ele fez à Ungoliant, a Carcharoth, e no que Sauron fez ao Rei Bruxo - quando Tolkien numa das cartas fala em "demonic powers" ao Chefe dos Nazgûl no cerco a Minas Tirith) e na estrutura atômica da matéria - principalmente na Terra - Melkor em sua rebelião conseguiu vencer os demais Valar e apoderou de boa parte do Planeta. Mais uma vez se pautando em sua pluripotência:

Grande poder lhe foi concedido por Ilúvatar, e ele era contemporâneo de Manwë. Dispunha dos poderes e conhecimentos de todos os outros Valar, mas os desviava para objetivos perversos e desperdiçava sua força em violência e tirania.
Por ter todas as habilidade dos outros Valar, Melkor podia anular/atrapalhar os poderes dos seus pares. Por isso, Melkor conseguiu introduzir no início do Universo algumas leis que regem a realidade, ou seja, Varda colocou a luz no universo e Melkor introduziu as trevas; Yavanna introduziu o conceito de vida e Melkor introduziu o conceito de Morte/extinções em massa; Mandos dominava uma dimensão dos mortos e Melkor pôde ter corrompido o conceito e colocado a "dimensão dos espectros", o "Wraith World" citado nas obras:

Não te intrometas entre o nazgúl e sua presa! Ou ele te matará na tua hora. Vai levar-te embora para as casas de lamentação, além de toda a escuridão, onde tua carne será devorada, e tua mente murcha será desnudada diante do Olho Sem Pálpebra.
Podiam caminhar, se quisessem, sem serem vistos por nenhum olhar neste mundo sob o sol; e podiam enxergar coisas em mundos invisíveis para os mortais. Mas com enorme freqüência viam apenas os espectros e as ilusões de Sauron.
Lórien é um Vala do Mundo dos Sonhos - tipo um Sandman da Vertigo ou Hipnos da mitologia grega - controlando ou criando uma dimensão de sonhos. Uma "Dreamland" de Lovecraft ou o "Sonhar" de Sandman:

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Mas Melkor parece ter corrompido o conceito para uma dimensão de pesadelos horrendos, algo parecido com o Mundo de Sombras vivenciado por Eowyn ferida pelo Rei Bruxo:

— Talvez eu tenha o poder de curar-lhe o corpo, e de resgatá-la do vale escuro. M as para o que ela despertará: para a esperança, para o esquecimento ou para o desespero, não posso saber. Se for para o desespero, então morrerá, a não ser que lhe apareça uma outra cura que não posso trazer. Lamento, pois seus feitos a colocaram entre as rainhas de grande renome.

— Éowyn, filha de Éomund, desperte! Seu inimigo foi-se embora! Ela não se mexeu, mas agora começava outra vez a respirar fundo, de modo que seu peito subia e descia sob o linho branco do lençol. Mais uma
vez Aragorn esmagou duas folhas de athelas e as jogou na água fumegante; banhou então a testa da enferma com a infusão, como também o braço esquerdo, gelado e imóvel sobre a coberta.
Então, talvez porque Aragorn tivesse realmente algum esquecido poder do Ponente, talvez pelo efeito causado pelas palavras ditas sobre a Senhora Éowyn, todos os circunstantes tiveram a impressão de que, á
medida que a doce influência da erva se espalhava pelo quarto, um vento
penetrante soprava através da janela, sem trazer fragrância alguma, mas era
um ar inteiramente fresco, limpo e jovem, como se nunca tivesse sido
inspirado por qualquer criatura viva, e tivesse acabado de sair diretamente
de montanhas cheias de neve, altas sob uma abóbada de estrelas, ou de
praias de prata distantes, banhadas por mares de espuma.

— Desperte, Éowyn, Senhora de Rohan! — disse Aragorn de novo, tomando-lhe a mão direita com a sua e sentindo-a quente, voltando á vida. — Desperte! A sombra se foi e estamos livres da escuridão! – Depois pousou a mão da Senhora na de Éomer e deixou o quarto. — C hame-a! – disse ele do quarto em silêncio.

— Éowyn, Éowyn! — chamou Éomer em meio às lágrimas.
Mas ela abriu os olhos e disse:
— Éomer! Que ventura é esta? P ois disseram que estava morto. M asnão, essas foram apenas as vozes escuras no meu sonho. Quanto tempo fiquei sonhando?
Melkor seria então uma entidade cósmica que aplicou sua vontade entrópica em cada átomo que compóe o universo, capaz de rivalizar com todos os Valar:

Contudo, tão extraordinário era o poder de sua rebelião, que, em eras esquecidas, combateu Manwë e todos os Valar, e durante longos anos em Arda manteve a maior parte dos territórios da Terra sob seu domínio.
E poderia ter sido senhor de toda Eä:

“And as is known well, the prime among these is Melkor. Measureless as were the regions of Ea, yet in the Beginning, where he could have been Master of all that was done…”
Morgoth’s Ring

Isso levando em conta que existiam outros planetas com outros Valar e Maiar com suas formas de vidas inteligentes e alienígenas que não são conhecidos pelos elfos:

EXISTIAM OUTROS, INCONTÁVEIS PARA ALÉM DO NOSSO PENSAMENTO, EMBORA CONHECIDOS E NUMERADOS NA MENTE DE ILÚVATAR, CUJO LABOR JAZ EM OUTRO LUGAR E EM OUTRAS REGIÕES E HISTÓRIAS DO GRANDE CONTO, ENTRE ESTRELAS REMOTAS E MUNDOS ALÉM DO ALCANÇE DO MAIS LONGíNQUO PENSAMENTO. MAS DESSES OUTROS, NÓS NADA SABEMOS E PODEMOS SABER, AINDA QUE OS VALAR DE ARDA, TALVEZ, SE RECORDEM DE TODOS ELES”
e

MELKOR NÃO ERA APENAS UM MAL LOCAL NA TERRA, NEM UM anjo GUARDIÃO DA TERRA* QUE HAVIA SE CORROMPIDO, ELE ERA O ESPÍRITO DO MAL, SUBLEVANDO-SE ANTES MESMO DA CRIAÇÃO DE EÄ. SUA TENTATIVA DE DOMINAR A ESTRUTURA DE EÄ E DE ARDA EM PARTICULAR, E ALTERAR OS DESÍGNIOS DE ERU ( O QUAL GOVERNAVA TODAS AS OPERAÇÕES DOS VALAR FIÉIS) HAVIA INTRODUZIDO O MAL, OU UMA TENDÊNCIA ABERRANTE EM RELAÇÃO AO DESÍGNIO EM TODA A MATÉRIA FÍSICA DE ARDA.
Porém Melkor - um monstro cósmico - virou Morgoth, um tirano que se contentava em ter escravos de carne e osso; e foi-se enfraquecendo com a corrupção de Eä e Arda. Até ser derrotado por um exército de elfos, Eonwe e Eärendil na Guerra da Ira.

Já com seus "poderes" dispersos, Melkor já não conseguia evitar o contato físico direto com seus oponente. Tulkas como expoente dessa capacidade, deve de ter-se aproveitado dessa "brecha". Num dos escritos, Tolkien até comenta esta assertiva. Melkor não era capaz de ser controlado em seu auge, mas em seu declínio, já não conseguia mais essa capacidade:

Melkor deve ser feito muito mais poderoso em sua natureza original (cf. “Finrod e Andreth”). O maior poder abaixo de Eru (isto é, o maior poder criado).[1] (Ele devia criar/inventar/começar; Manwë (menos grandioso) devia aperfeiçoar, realizar, completar.

e

Apenas o total continha o antigo poder do Melkor completo; de modo que, se “o Morgoth” pudesse ser alcançado ou separado temporariamente de seus agentes, ele estaria muito mais próximo de ser controlável e em um nível de poder tal como o dos Valar. Os Valar percebem que podem lidar com seus agentes (isto é,
exércitos, Balrogs, etc.) gradualmente. De forma que eles chegam, por fim, à própria Utumno e descobrem que “o Morgoth” não possui no momento “força” suficiente (em qualquer sentido) para defender-se do contato pessoal direto.

O Morgoth então é um estado de acentuação deste declínio. Tanto que de um ser capaz de rivalizar com todos os Valar, o mesmo passou a ser "encarável" por seres poderosos, mas não tanto quanto os Inimigos de outrora. Mesmo assim, o "Ingrediente Morgoth" ou a "Mana" utilizada por Sauron pelo Um Anel parece ter uma capacidade de anular a eficiência dos "Poderes Alheio". Exemplo é o fato de Sauron ter "anulado" a proteção de Ulmo na fortaleza de Finrod na Ilha de Tol Sirion:

- Mas o principal feito na realizações da 1ª era não foi o embate contra Huan, nem as canções de poder com Finrod (habilidade angelical - divina originalmente feita para interagir com a realidade de Arda e seus fenômenos). Na minha opinião, a tomada da fortaleza de Tol-Sirion fora um evento pouco valorizado, uma vez que esta fortaleza estava sob proteção do próprio Ulmo, e Sauron foi capaz não só de suplantar a bênção do Senhor das Águas, como também expulsou e destruiu a guarnição élfica comandada por Orodreth. Sendo capaz disso, quem sabe ele teria capacidade de ir igual para igual com Ossë e Uinen em termos de poder:

Por quase dois anos depois da Dagor Bragollach, os noldor ainda defendiam a passagem ocidental
perto das nascentes do Sirion, pois o poder de Ulmo estava naquela água, e Minas Tirith resistia aos orcs. (...) Sauronagorase tornara um feiticeiro de poder tremendo, mestre das sombras e dos espectros, torpe na inteligência, cruel na força, deformando tudo o que tocava, confundindo o que governava, senhor de lobisomens.

Ou Sauron (imbuído de Ingrediente Morgoth) ter sobrevivido aos raios em Númeror. Um fenômeno da natureza com a temperatura cinco vez o da superfície do Sol!

Então os raios aumentaram e mataram homens nas colinas, nos campos e nas ruas da cidade. E uma faísca de fogo atingiu em cheio a cúpula do Templo e a fendeu, e ela ficou envolta em chamas. Mas o Templo em si não sofreu abalo, e Sauron ficou de pé em seu pináculo, desafiando os relâmpagos sem ser ferido.

Até mesmo a proteção do cinturão de Galadriel não seria páreo para essa energia demoníaca:

Três vezes Lórien fora atacada por Dol Guldur, mas, além da coragem dos elfos daquela região, o poder que lá morava era forte demais para ser derrotado por quem quer que fosse, a não ser que o próprio Sauron atacasse Lórien.

Por fim, locais com grande recipiente de Ingrediente Morgoth anula a existência da Magia Alheia:

Em sua extrema necessidade, puxou mais uma vez o frasco de Galadriel, mas ele estava pálido e frio em sua mão trêmula, e não jogava luz alguma naquela escuridão sufocante. Sam chegara ao coração do reino de Sauron, e ás forjas de seu antigo poder, as maiores da Terra-média; ali todos os outros poderes eram subjugados.

Para se ter uma ideia dos poderes exibidos por Melkor, principalmente como Morgoth, vai uma lista em estilo D&D das "Magias":

Tempestade Da Vingança

9º nível de conjuração




Abaixo deles, de repente, estourou o trovão, faíscas saltaram para o alto, e as montanhas sacudiram. As Thangorodrim soltaram fogo e fumaça, e raios flamejantes foram atirados ao longe, para cair sobre as terras, trazendo destruição; e os noldor em Hithlum tremeram.



Invulnerabilidade
9º nível de abjuração



De forma que eles chegam, por fim, à própria Utumno e descobrem que “o Morgoth” não possui no momento “força” suficiente (em qualquer sentido) para defender-se do contato pessoal direto.

(...)

Contudo, tão extraordinário era o poder de sua rebelião, que, em eras esquecidas, combateu Manwë e todos os Valar, e durante longos anos em Arda manteve a maior parte dos territórios da Terra sob seu domínio.

(...)

Quando as enormes colunas desmoronaram, terras fenderam-se e mares elevaram-se em turbulência. E, quando as lamparinas foram derrubadas, labaredas destruidoras se derramaram pela Terra. E a forma de Arda, além da simetria de suas águas e de suas terras, foi desfigurada naquele momento, de modo tal que os primeiros projetos dos Valar nunca mais foram restaurados.



Desejo
9º nível de conjuração



Melkor penetrara sozinho nos espaços vazios em busca da Chama Imperecível, pois ardia nele o desejo de dar Existência a coisas por si mesmo; e a seus olhos Ilúvatar não dava atenção ao Vazio, ao passo que Melkor se impacientava com o vazio. E, no entanto ele não encontrou o Fogo, pois este está com Ilúvatar. Estando sozinho, porém, começara a conceber pensamentos próprios, diferentes daqueles de seus irmãos. Alguns desses pensamentos ele agora entrelaçava em sua música, e logo a dissonância surgiu ao seu redor. Muitos dos que cantavam próximo perderam o ânimo, seu pensamento foi perturbado e sua música hesitou; mas alguns começaram a afinar sua música a de Melkor, em vez de manter a fidelidade ao pensamento que haviam tido no início. Espalhou-se então cada vez mais a dissonância de Melkor, e as melodias que haviam sido ouvidas antes soçobraram num mar de sons turbulentos. Ilúvatar, entretanto, escutava sentado até lhe parecer que em volta de seu trono bramia uma tempestade violenta, como a de águas escuras que guerreiam entre si numa fúria incessante que não queria ser aplacada. Ergueu-se então Ilúvatar, e os Ainur perceberam que ele sorria E ele levantou a mão esquerda, e um novo tema surgiu em meio à tormenta, semelhante ao tema anterior e ao mesmo tempo diferente; e ganhava força e apresentava uma nova beleza. Mas a dissonância de Melkor cresceu em tumulto e o enfrentou. Mais uma vez houve uma guerra sonora, mais violenta do que antes, até que muitos dos Ainur ficaram consternados e não cantaram mais, e Melkor pôde dominar. Ergueu-se então novamente Ilúvatar, e os Ainur perceberam que sua expressão era severa. Ele levantou a mão direita, e vejam! Um terceiro tema cresceu em meio à confusão, diferente dos outros. Pois, de início parecia terno e doce, um singelo murmúrio de sons suaves em melodias delicadas; mas ele não podia ser subjugado e acumulava poder e profundidade. E afinal pareceu haver duas músicas evoluindo ao mesmo tempo diante do trono de Ilúvatar, e elas eram totalmente díspares. Uma era profunda, vasta e bela, mas lenta e mesclada a uma tristeza incomensurável, na qual sua beleza tivera principalmente origem. A outra havia agora alcançado uma unidade própria; mas era alta, fútil e infindavelmente repetitiva; tinha pouca harmonia, antes um som uníssono e clamoroso como o de muitas trombetas soando apenas algumas notas. E procurava abafar a outra música pela violência de sua voz, mas suas notas mais triunfais pareciam ser adotadas pela outra e entremeadas em seu próprio arranjo solene. No meio dessa contenda, na qual as mansões de Ilúvatar sacudiram, e um tremor se espalhou, atingindo os silêncios até então impassíveis, Ilúvatar ergueu-se mais uma vez, e sua expressão era terrível de ver. Ele então levantou as duas mãos, e num acorde, mais profundo que o Abismo, mais alto que o Firmamento, penetrante como a luz do olho de Ilúvatar, a Música cessou. Então, falou Ilúvatar e disse: - Poderosos são os Ainur, e o mais poderoso dentre eles é Melkor; mas, para que ele saiba, e saibam todos os Ainur, que eu sou Ilúvatar, essas melodias que vocês entoaram, irei mostrá-las para que vejam o que fizeram E tu, Melkor, verás que nenhum tema pode ser tocado sem ter em mim sua fonte mais remota, nem ninguém pode alterar a música contra a minha vontade. E aquele que tentar, provará não ser senão meu instrumento na invenção de coisas ainda mais fantásticas, que ele próprio nunca imaginou.

Aprisionamento
9º nível de abjuração



- Você há de ver e há de confessar que não minto - disse Morgoth. E, levando Húrin de volta a Angband, colocou-o em um assento de pedra em um lugar alto de Thangorodrim, de onde podia ver ao longe a terra de Hithlum no oeste e as terras de Beleriand ao sul. Lá foi atado pelo poder de Morgoth; e Morgoth, de pé ao seu lado, o amaldiçoou novamente e pôs seu poder sobre ele, de forma que não podia se mexer daquele lugar, nem morrer, enquanto Morgoth não o libertasse.

- Agora fique aí sentado - disse Morgoth - e contemple as terras onde o mal e o desespero hão de acometer os que você me entregou. Pois ousou zombar de mim e questionou o poder de Melkor, Mestre dos destinos de Arda. Portanto, você há de ver com meus olhos e ouvir com meus ouvidos, e nada lhe será ocultado.



Rogar Maldição
9º nível de necromancia



- No entanto posso chegar a você e a toda a sua casa amaldiçoada - disse Morgoth, dominado pela ira -, e serão quebrados por minha vontade, mesmo que sejam todos feitos de aço. - E tomou um montante que jazia lá e o quebrou diante dos olhos de Húrin, e uma lasca lhe feriu o rosto; mas Húrin não se esquivou. Então Morgoth, estendendo o longo braço para Dor-lómin, amaldiçoou Húrin, Morwen e seus descendentes: - Olhe! A sombra de meu pensamento pesará sobre eles aonde quer que vão, e meu ódio há de persegui-los até os confins do mundo.

(...)

- Você o diz - afirmou Morgoth. - Eu sou o Rei Mais Velho: Melkor, primeiro e mais poderoso de todos os Valar, que era antes do mundo, e o fez. A sombra de meu propósito paira sobre Arda, e tudo que nela está se curva lenta e seguramente à minha vontade. Mas sobre todos os que você ama meu pensamento há de pesar como uma nuvem do destino, e há de afundá-los em trevas e desespero. Aonde quer que vão, o mal surgirá. Quando quer que falem, suas palavras hão de trazer mau conselho. O que quer que façam há de se voltar contra eles. Hão de morrer sem esperança, amaldiçoando tanto a vida quanto a morte.




Alterar Forma
9º nível de transmutação



Então os Valar assumiram formas e matizes; e, atraídos para o Mundo pelo amor aos Filhos de Ilúvatar, por quem esperavam, adotaram formas de acordo com o estilo que haviam contemplado na Visão de Ilúvatar, menos na majestade e no esplendor.

(...)

Mas as formas com as quais os Grandes se ornamentam não são sempre semelhantes às formas dos reis e rainhas dos Filhos de Ilúvatar; já que às vezes eles podem se revestir do próprio pensamento, tornado visível em formas de majestade e terror.

(...)

Cresceu-lhe então muito mais a inveja; e ele também assumiu forma visível; mas, em virtude de seu ânimo e do rancor que nele ardia, essa forma era escura e terrível. E ele desceu sobre Arda com poder e majestade maiores do que os de qualquer outro Vala, como uma montanha que avança sobre o mar e tem seu topo acima das nuvens, que é revestida de gelo e coroada de fumaça e fogo, e a luz dos olhos de Melkor era como uma chama que faz murchar com seu calor e perfura com um frio mortal.



Terremoto
8º nível de evocação



Então, os Valar cruzaram a Terra-média, e montaram guarda para vigiar Cuiviénen; e daí em diante os quendi nada souberam da grande Batalha dos Poderes senão que a Terra tremia e gemia sob seus pés, e as águas mudavam de lugar; e ao norte havia clarões como os de enormes fogueiras.

(...)

Naquela hora, o grito de Morgoth foi o maior e mais horrendo jamais ouvido no norte do mundo. Abalou as montanhas, a terra tremeu e rochas se fenderam.

Pois a Terra tremia ao norte com o estrondo das forjas subterrâneas de Morgoth.

Telepatia
8º nível de evocação



Os Encarnados possuem pela natureza da sáma as mesmas aptidões; mas a sua percepção é obscurecida pelo hröa, pois seu fëa é ligado ao seu hröa, e seu procedimento normal é através do hröa, que é em si parte de Eä, sem pensamento. O obscurecimento é de fato duplo; pois o pensamento tem que passar do manto de um hröa e penetrar em outro. Por essa razão, nos Encarnados, a transmissão de pensamento requer fortalecimento para ser efetiva. O Fortalecimento pode ser por afinidade, por urgência, ou por autoridade.

A Afinidade pode ser devido ao parentesco; pois isso pode aumentar a semelhança de hröa para hröa, e também dos interesses e modos de pensamento dos fëar residentes; o parentesco também é normalmente acompanhado por amor e simpatia. A Afinidade pode vir simplesmente do amor e amizade, que é a semelhança ou afinidade de fëa para fëa.

A Urgência é transmitida por grande necessidade do “remetente” (como em contentamento, pesar ou medo); e se essas questões forem comuns em qualquer grau ao “receptor”, o pensamento é o mais claro recebido. A Autoridade também pode conceder força ao pensamento de alguém que possui uma responsabilidade quanto a outro, ou de qualquer governante que tenha um direito a emitir comandos ou a buscar a verdade para o bem de outros.

Essas causas podem fortalecer o pensamento para passar os véus e alcançar uma mente receptora. Mas essa mente deve permanecer aberta, e ao menos passiva. Se, estando ciente que ele é endereçado, ela então se fecha, e nenhuma urgência ou afinidade permitirá o pensamento do remetente entrar.

Fortaleza Poderosa
8º nível de conjuração



Melkor iniciou então as escavações e a construção de uma enorme fortaleza nas profundezas da Terra, debaixo das montanhas escuras onde os raios de Illuin eram frios e pálidos. Esse reduto foi chamado Utumno.

(...)

E Melkor construiu também uma fortaleza e arsenal não muito distante do litoral noroeste, para resistir a qualquer ataque que viesse de Aman. Essa cidadela era comandada por Sauron, lugartenente de Melkor; e seu nome era Angband.

(...)

Ali, voltou a escavar seus enormes salões subterrâneos e calabouços; e, acima de seus portões, ergueu os picos tríplices das Thangorodrim, e uma densa nuvem de fumaça escura os envolveu eternamente.



Evaporação De Abi
8º nível de necromancia



E, embora os Valar ainda nada soubessem a respeito, mesmo assim a perversidade de Melkor e a influência maléfica de seu ódio emanavam de lá, e a Primavera de Arda foi destruída. Os seres verdes adoeceram e apodreceram, os rios foram obstruídos por algas e lodo; criaram-se pântanos, repelentes e venenosos, criatórios de moscas; as florestas tornaram-se sombrias e perigosas, antros do medo; e as feras se transformaram em monstros de chifre e marfim e tingiram a terra de sangue.


Escuridão Enlouquecedora
8º nível de evocação



E toda a floresta das encostas setentrionais daquela região foi aos poucos se transformando numa região de tamanho pavor e feitiços sinistros, que nem mesmo os orcs nela penetravam, a menos que a necessidade os forçasse, e ela se chamou Deldúwath, e Taur-nu-Fuin, a Floresta Sob a Sombra da Noite. As árvores que ali cresceram depois do incêndio eram negras e sinistras, com as raízes enroscadas, tateando no escuro como garras de animais. E aqueles que se desgarravam no meio delas ficavam perdidos e cegos, e eram estrangulados ou perseguidos até a loucura por espectros aterrorizantes.

(...)

Ered Gorgoroth, e a seus pés havia sombras ali dispostas antes do surgimento da Lua. Mais além, ficavam os ermos de Dungortheb, onde os feitiços de Sauron e o poder de Melian se enfrentavam, e o horror e a loucura andavam a solta.



Nuvem Incendiária
8º nível de conjuração



Contempla a neve, e o belo trabalho da geada! Melkor criou calores e fogo sem limites, e não conseguiu secar teu desejo nem sufocar de todo a música dos mares.

(...)

Começou desejando a Luz; mas, quando viu que não podia possuí-la só para si, desceu através do fogo e da ira, em enormes labaredas, até as Trevas.

(...)

E nas trevas habitava Melkor, e ele ainda saía com freqüência, sob muitos disfarces de poder e terror, brandindo o frio e o fogo, dos cumes das montanhas às fornalhas profundas que se encontram sob elas; e tudo o que fosse cruel, violento ou fatal naqueles tempos é a ele atribuído.



Dominar Monstro
8º nível de encantamento



Como caçador poderoso vinha com lança e arco, perseguindo até a morte os monstros e as criaturas impiedosas do reino de Melkor; e seu cavalo branco Nahar brilhava como prata nas sombras.

(...)

Os seres nefastos que ele havia pervertido andavam a solta, e os bosques escuros e sonolentos eram assombrados por monstros e formas pavorosas. E, em Útumno, reuniu ele ao seu redor seus demônios, aqueles espíritos que primeiro lhe haviam sido leais nos seus dias de esplendor e se tornado mais parecidos com ele em sua depravação Seus corações eram de fogo, mas eles se ocultavam nas trevas, e o terror ia à sua frente, com seus açoites de chamas. Balrogs foram eles chamados na Terra-média em tempos mais recentes. E, naquela época sombria, Melkor gerou muitos outros monstros de variados tipos e formas, que por muito tempo atormentaram o mundo. E seu reino cada vez mais se espalhava na direção sul, pela Terra-média.

(...)

Passados mais de cem anos, Glaurung, o primeiro dos urulóki, os dragões de fogo do norte, saiu pelos portões de Angband à noite.

(...)

Na vanguarda desse incêndio vinha Glaurung, o Dourado, pai de todos os dragões, no apogeu de sua força. Atrás dele vinham balrogs, e atrás destes vinham os exércitos sinistros dos orcs, em multidões tais como os noldor nunca haviam visto ou imaginado.



Controlar O Clima
8º nível de transmutação



Contempla a neve, e o belo trabalho da geada! Melkor criou calores e fogo sem limites, e não conseguiu secar teu desejo nem sufocar de todo a música dos mares. Admira então a altura e a glória das nuvens, e das névoas em permanente mutação; e ouve a chuva a cair sobre a Terra! E nessas nuvens, tu és levado mais para perto de Manwë, teu amigo, a quem amas. Respondeu então Ulmo: - Na verdade, a Água tornou-se agora mais bela do que meu coração imaginava. Meu pensamento secreto não havia concebido o floco de neve, nem em toda a minha música estava contida a chuva que cai. Procurarei Manwë para que ele e eu possamos criar melodias eternamente para teu prazer! - E Manwë e Ulmo se aliaram desde o início, e sob todos os aspectos serviram com a máxima fidelidade aos objetivos de Ilúvatar.

(...)

No entanto, quando se aproximou o meio do inverno, a neve veio do norte mais pesada do que a conheciam nos vales dos rios, e o Amon Rûdh foi coberto por uma espessa camada. Dizia-se que os invernos estavam piorando em Beleriand à medida que crescia o poder de Angband.



Aura Sagrada
8º nível de abjuração



E essa morada poderia parecer insignificante para quem leve em conta apenas a majestade dos Ainur, e não sua terrível perspicácia; e considere toda a área de Arda como o alicerce de uma coluna e a erga até que o cone do seu topo seja mais aguçado que uma agulha; ou contemple somente a vastidão incomensurável do Mundo, que os Ainur ainda estão moldando, não a precisão detalhada com que moldam todas as coisas que ali existem.




Tempestade De Fogo
7º nível de evocação



E tão súbita e desastrosa foi a investida dessa terrível esquadrilha, que o exército dos Valar foi forçado a recuar, pois a chegada dos dragões veio acompanhada de fortes trovões, relâmpagos e uma tempestade de fogo.



Miragem
7º nível de ilusão



E então a terra adormecida tremia ao som de seus cascos dourados; e, no crepúsculo do mundo, Oromë costumava fazer soar a Valaróma, sua grande trompa, pelas planícies de Arda; nesse momento, as montanhas reverberavam o som, as sombras do mal fugiam, e o próprio Melkor tremia em Utumno, prevendo a ira que estava por vir. Porém, assim que Oromë passava, os servos de Melkor voltavam a se reunir; e as terras se cobriam de sombras e falsidade.



Forma Etérea

7º nível de transmutação



Pois ele ainda era um Valar, e podia mudar sua apresentação ou andar sem forma, como seus irmãos; embora esse poder ele logo perdesse para sempre.



Teletransporte
7º nível de conjuração


Mas, quanto aos próprios Valar, e os Maiar também em seu grau: eles poderiam viver a qualquer velocidade de pensamento ou movimento que eles escolheram ou desejassem. Podiam mover-se para trás ou para a frente em pensamentos, e voltar novamente tão rapidamente que para aqueles que estavam na presença deles, não pareciam se mudar.





Regeneração
7º nível de transmutação



Poder-se-ia esperar, portanto, que o espírito negro do ‘restante’ de Melkor, eventualmente e após longas eras crescesse novamente, e mesmo (como alguns defendem) recuperar para si alguma parte de seu poder anteriormente dissipado. Ele o faria (mesmo Sauron não poderia) devido à sua relativa grandeza. Ele não se arrependeu, ou finalmente se livrou de sua obsessão, mas mantinha ainda resquícios de sabedoria, de forma que ele ainda poderia buscar seu objetivo indiretamente, e não simplesmente cegamente. Ele descansaria, buscaria curar a si mesmo, se distrairia com outros pensamentos e desejos e aparatos – mas tudo simplesmente para recuperar força suficiente para retornar a atacar os Valar, e à sua antiga obsessão. Enquanto crescesse ele se tornaria, como fora, uma sombra escura, aguardando nos confins de Arda e a desejando.

Visão Da Verdade
6º nível de adivinhação



Ali, Beren, na forma de lobo, esgueirou-se para baixo do trono; mas Lúthien foi despida do disfarce pela vontade de Morgoth, que voltou seu olhar para ela. Ela não se intimidou com os olhos de Morgoth.



Sugestão Em Massa
6º nível de encantamento



Daquela época em diante, instigado por esse desejo, ele buscou, cada vez mais avidamente, um meio de destruir Fëanor e encerrar a amizade entre os Valar e os elfos; mas disfarçou seus objetivos com astúcia, e nenhuma malignidade podia ser vislumbrada no semblante que ele apresentava. Por muito tempo dedicou-se ele a esse trabalho, e a princípio lentos e estéreis eram seus esforços. Contudo, quem semeia mentiras no final não deixará de ter sua colheita; e em breve poderá descansar da labuta enquanto outros vão colher e semear em seu lugar. Melkor sempre encontrava ouvidos que lhe dessem atenção, e algumas línguas que aumentassem o que haviam escutado; e suas mentiras passaram de amigo a amigo, como segredos cujo conhecimento demonstra a sabedoria de quem os revela. Amargo foi o preço pago pelos noldor, nos tempos que se seguiram, pela tolice de manter os ouvidos abertos. Quando via que muitos se inclinavam em sua direção, Melkor costumava caminhar entre eles; e, em meio a suas belas palavras, eram entremeadas outras, com tanta sutileza, que muitos daqueles que as ouviam, ao procurar se lembrar, acreditavam terem elas brotado de seu próprio pensamento. Ele fazia surgirem visões em seus corações dos esplêndidos reinos que eles poderiam ter governado por si mesmos, em poder e liberdade, no leste; e então se espalharam rumores de que os Valar teriam atraído os eldar para Aman em decorrência de sua inveja, temendo que a beleza dos quendi e o poder criador que Ilúvatar lhes havia transmitido crescessem tanto, que os Valar não pudessem mais controlá-lo, à medida que os elfos crescessem e se espalhassem pelas terras do mundo.

(...)

Pois agora, mais do que nos tempos de Utumno, antes que seu orgulho sofresse humilhação, o ódio o devorava; e ele consagrava seu espírito a dominar seus servos e a inspirar-lhes o desejo do mal.


Mover Terra
6º nível de transmutação



Já as montanhas eram as Hithaeglir, as Torres de Névoa nas fronteiras de Eriador. Eram, entretanto, mais altas e mais terríveis naquela época e haviam sido erguidas por Melkor para impedir à cavalgada de Oromë.



Ataque Visual
6º nível de necromancia



E alguns ele amedrontou tanto com o terror de seus olhos, que eles não precisavam mais de correntes, mas viviam apavorados, fazendo sua vontade onde quer que estivessem.


Proteger Fortaleza
6º nível de abjuração



Melkor, porém, confiante na resistência de Utumno e no poder de seus servos, apresentou-se de repente para a luta e deu o primeiro golpe antes que os Valar estivessem preparados, atacou as luzes de Illuin e Ormal, arrasou suas colunas e quebrou suas lamparinas.

(...)

As terras do extremo norte tornaram-se ainda mais desoladas nesse período; pois lá Utumno havia sido escavada a enorme profundidade, e seus subterrâneos estavam cheios de fogos e de grandes contingentes de servos de Melkor.



Criar Homúnculo
6º nível de transmutação



Não tenho certeza sobre os Trolls. Acredito que sejam meras “imitações” e, portanto (embora aqui, é claro, eu esteja apenas usando elementos de antiga criação mítica bárbara que não possuía uma metafísica “consciente”), voltam a ser meras imagens de pedra quando não estão no escuro. Mas há outras espécies de Trolls além desses extremamente ridículos, ainda que brutais, Trolls-de-pedra, para os quais outras origens são sugeridas.

É claro que (visto que inevitavelmente meu mundo é por demais imperfeito mesmo em seu próprio plano, nem foi feito completamente coerente — nosso Mundo Real também não parece ser completamente coerente; e, na verdade, eu mesmo não estou convencido de que, embora em cada mundo em cada plano tudo deva estar, no final das contas, sob a Vontade de Deus, mesmo no nosso não haja algumas imitações subcriacionais “toleradas”!) quando você faz Trolls falarem, está lhes dando um poder que no nosso mundo (provavelmente) significa a posse de uma “alma”. Porém, não concordo (caso o senhor admita esse elemento de contos de fadas) que meus trolls apresentam qualquer sinal de “bem” estrita e não sentimentalmente observado.


Praga
5º nível de necromancia



Quando estava com três anos, porém, surgiu uma peste em Hith1um, trazida por um vento nefasto de Angband, e ela morreu.

(...)

E, no outono daquele ano, para confirmar suas palavras, veio um vento malévolo do norte sob céus de chumbo. Chamavam-no Hálito Maligno, pois era pestilento; e muitos adoeceram e morreram no outono, nas terras do norte que faziam limite com Anfauglith, e eram em sua maioria crianças ou jovens que cresciam nas casas dos homens.

Onda Destrutiva
5º nível de evocação



Morgoth então ergueu bem alto Grond, o Martelo do Mundo Subterrâneo, e o fez baixar como um raio. Fingolfin, porém, deu um salto para o lado, e Grond abriu um tremendo buraco na terra, de onde jorraram fumaça e fogo. Muitas vezes Morgoth tentou esmagá-la, e a cada vez Fingolfin escapava com um salto, como o relâmpago que sai de uma nuvem escura.

(...)

Entretanto, a terra estava toda esburacada e rasgada ao seu redor, e ele tropeçou e caiu para trás aos pés de Morgoth.



Cúpula Antivida
5º nível de abjuração



Deixaremos então desoladas e repletas de maldade as terras de sua morada? Será que eles caminharão nas trevas enquanto nós temos a luz? Eles chamarão Melkor de senhor enquanto Manwë tem seu trono na Taniquetil?

(...)

Subiu bem alto pelos contrafortes das Thangorodrim e contemplou em desespero a desolação daquela terra; mas nenhuma passagem ou fenda conseguiu encontrar através da qual pudesse penetrar na fortaleza de Morgoth.

(...)

Essas torres eram negras, desoladas e extremamente altas. De seu cume saía fumaça, escura e repugnante para os céus do norte. Diante dos portões de Angband, a imundície e a devastação se espalhavam na direção sul por muitos quilômetros pela planície de Ard-galen.



Consagrar
5º nível de evocação



Auxiliado pela própria escuridão criada por Morgoth, chegou sem ser visto ao reduto dos inimigos.

(...)

De seu cume saía fumaça, escura e repugnante para os céus do norte.

(...)

Dizem que no início os anões foram feitos por Aulë na escuridão da Terra-média.

(...)

Enquanto as Lamparinas brilhavam, ali tivera início um crescimento que agora estava interrompido porque tudo voltara à escuridão.



Conhecimento Lendário
5º nível de adivinhação



A morte é seu destino, o dom de Ilúvatar, que, com o passar do tempo, até os Poderes hão de invejar. Melkor, porém, lançou sua sombra sobre esse dom, confundindo-o com as trevas; e fez surgir o mal do bem; e o medo, da esperança.

(...)

Melkor, porém, falou-lhes em segredo dos homens mortais, percebendo que o silêncio dos Valar poderia ser distorcido. Pouco sabia ele, ainda, dos homens, pois, absorto em seu próprio pensamento, na Música, prestara pouquíssima atenção ao Terceiro Tema de Ilúvatar; mas agora corriam entre os elfos rumores de que Manwë os mantinha cativos, para que os homens pudessem chegar e suplantá-los nos territórios da Terra-média, pois os Valar consideravam que poderiam influenciar com maior facilidade essa raça mais fraca e de vida curta, privando os elfos da herança de Ilúvatar.



Chamado Infernal
5º nível de conjuração



Morgoth deu então um grito terrível, que ecoou pelas montanhas. Por esse motivo, aquela região foi chamada de Lammoth, pois os ecos de sua voz permaneceram ali para sempre, de tal modo que quem desse um grito naquele lugar os despertava, e todos os recantos isolados entre os montes e o mar ficavam cheios de um clamor de vozes em agonia. Naquela hora, o grito de Morgoth foi o maior e mais horrendo jamais ouvido no norte do mundo. Abalou as montanhas, a terra tremeu e rochas se fenderam. Nas profundezas de lugares esquecidos, aquele grito foi ouvido. Muito abaixo dos salões destruídos de Angband, em subterrâneos aos quais os Valar, na pressa de seu ataque, não haviam descido, balrogs ainda estavam escondidos, sempre à espera do retomo de seu Senhor. E agora, velozes, eles se ergueram e, passando por Hithlum, chegaram a Lammoth como uma tempestade de chamas.

Já Sauron também passou por algumas situações parecidas. O mesmo Sauron capaz de suplantar a benção do Senhor das Águas na fortaleza de Tol Sirion, venceu Finrod Felagund numa disputa de Canções de Poder, mas perdeu para Huan e Lúthien. Neste caso, não creio que Lúthien (por mais poderosa que fosse) seria capaz de derrotar Sauron numa "disputa de magia" ou Huan (mesmo com um "spell" de invulnerabilidade) não deveria ter derrotado o Inimigo. Mas o que aconteceu? Minha opinião é a de que algumas "cordinhas do "Destino" estavam pendendo para o triunfo de Béren e Lúthien e a respectiva mudança que isso adviria (a origem de Númenor, Gondor, Elendil, Aragorn, etc). #ra como se o "Mundo" fizesse Sauron perder até que Huan enfrentasse o "Lobo mais poderoso de Arda".

O Sauron em seu auge energético e poder corporal não seria nem sequer controlável por uma das maiores forças que existiram em Arda: Númenor:

Então Sauron recorreu ao logro. Entregou-se e foi levado à Númenor como um refém-prisioneiro. Mas, é claro, ele era uma pessoa “divina” (nos termos desta mitologia; um membro menor da raça dos Valar) e, dessa forma, poderoso demais para ser controlado dessa maneira. A “rendição” pessoal de Sauron foi voluntária e astuta*: ele conseguiu livre transporte para Númenor!

Porém, o Sauron do final da 2ª era é derrotado por Gil Galad, Elendil e CIA. Motivo: enfraquecimento pelo gasto de energia na corrupção de Númenor e insuficiência de tempo na reconstrução de seu corpo:

Analisando os poderes exercidos por Sauron imediatamente após a queda de Númenor, verifica-se o uso inato de uma habilidade dos Ainur em geral, ou seja, o mesmo assumiu forma etérea e exerceu uma telecinesia para carregar o Um anel para Mordor, conforme dito nas Cartas de Tolkien - numa versão a lá poltergeist:

Apesar de reduzido a “um espírito de ódio levado por um vento sombrio”, não acho que seja necessário se espantar com esse espírito levando embora o Um Anel, do qual seu poder de dominação de mentes agora dependia amplamente.
e
Sauron, entretanto, não era de carne mortal; e, embora estivesse agora destituído dessa forma na qual havia cometido tamanho mal, para nunca mais voltar a parecer simpático aos olhos dos homens, mesmo assim seu espírito se elevou das profundezase passou como uma sombra e um vento escuro por cima do mar, voltando à Terra-média e a Mordor, que era seu lar.
Na Guerra da Última Aliança, o Inimigo passou menos de 2 séculos para assumir forma corpórea - em comparação à demora para gerar forma física na 3º era do Sol, razão pela qual, tendo em vista as análises passadas retratando os feitos e poderes de Sauron nas 1ª e 2ª era, percebe-se que o Inimigo é mais subestimado na 3ª era do que em qualquer outro momento. Mas lembrando, ele perdeu um corpo em Númenor, assumiu nova forma física e ainda exerceu poder o suficiente para gerar uma erupção vulcânica:

Ora, Sauron preparava a guerra contra os eldar e os homens de Ponente; e os fogos da Montanha foram mais uma vez atiçados. Motivo pelo qual, ao ver a fumaça de Orodruin ao longe e perceber que Sauron retomara, os númenorianos renomearam aquela montanha como Amon Amarth, o que significa Montanha da Perdição.
E sem contar que, mesmo com esse dispêndio de energia - houve ainda o exercício de telepatia a nível continental para reunir um contingente de servos dispersos em várias regiões longínquas - dos desertos de Harad às planícies de Rhûn - do longínquo leste ao litoral dos Númenorieanos Negros- imagino que tudo tenha sido por telepatia, pois o pesadelo logístico para mandar tantos mensageiros, para passarem as informações e reunir tantos exércitos - seria uma tarefa de nível mitológico, haja vista que as décadas em Númenor fez com que vários subordinados ficassem dispersos em vários territórios.

Sauron, é claro, foi “confundido” pelo desastre e diminuído (tendo despendido uma enorme energia na corrupção de Númenor). Ele precisava de tempo para sua própria reabilitação corpórea e para adquirir controle sobre seus antigos subordinados.
Verifica-se que o auge do nível de controle de mentes chegou à um nível monstruoso, pois não somente os seres racionais estavam dominados, mas as feras-bestas e demais animais estavam nos 2 lados no Campo de Dagorlad - sendo que o Silma fala que todos os seres estavam divididos, à exceção dos elfos:

De Imladris, eles atravessaram as Montanhas Nevoentas por muitos desfiladeiros e marcharam ao longo do Rio Anduin, chegando, afinal, a deparar com o exército de Sauron em Dagorlad, a Planície da Batalha, que se estende diante dos portões da Terra Negra. Naquele dia, todos os seres vivos estavam divididos; e alguns de cada espécie, mesmo entre os animais selvagens e as aves eram encontrados dos dois lados, à única exceção dos elfos Somente eles não se dividiram e seguiram a liderança de Gil-galad. Dos anões, poucos lutaram, fosse de um lado, fosse do outro. Mas a linhagem de Durin de Moria combateu Sauron.
Os números deveriam ser massivos, pois a batalha se estendeu não por horas, mas sim por dias e (quem sabe) até meses:

— É, sim — disse Gollum. — Todos mortos, todos podres. Elfos e homens e orcs. Os Pântanos Mortos. Houve uma grande batalha há muito tempo, sim, assim lhe disseram quando Sméagol era jovem, quando eu era jovem antes de o Precioso chegar. Foi uma grande batalha. Homens altos com grandes espadas, e elfos terríveis, e orcses gritando. Lutaram sobre a planície por dias e meses diante dos Portões Negros. Mas os Pântanos cresceram desde então, engoliram os túmulos, sempre se espalhando, se espalhando.
Sendo vitoriosos em Dagorlad, há uma série de vertentes/pontos de vistas que tentam trazer "à luz"/mais informações que não temos tanto no legendarium. Ora, o mesmo Sauron que ficou 7 anos "ruminando" na torre de Barad-dûr, enquanto os exércitos de homens, elfos e anões estreitavam o cerco à sua fortaleza, veio (lógico, é um exercício de imaginação ou "extrapolação") a utilizar seus "maquinários" e servos em suas contendas contra os seus inimigos, mas além disso há 2 pontos que me passavam despercebido outrora:

Sitiaram a fortaleza por sete anos e sofreram perdas pelo fogo, por lanças e setas do inimigo, e Sauron fez muitas investidas contra eles
Me parece que, além dos meios convencionais como o uso de máquinas de cerco, exércitos de orcs; creio que Sauron utilizou-se dos fogos advindos das entranhas da terra de Mordor; meio que "invocar"/requerer a saída do magma para atingir seus inimigos e lembrar que ele usou o magma em seus feitiços e em sua forja. Se isso realmente ocorreu, parabéns aos elfos-homens-anões (quem sabe estes últimos tenha sido a salvação dos exércitos por serem capazes de manter e pressionar o cerco à Sauron), mas mesmo com esse nível de destruição, o Inimigo fora obrigado a sair de seu reduto e lutar contra a Última Aliança. Interessante que numa visão superficial, parece que Sauron enfrentou "somente" Gil - Galad, Elendil, Cirdan, Elrond e Isildur nas encostas da Montanha da Perdição:

No final, porém, o cerco era tão rigoroso, que o próprio Sauron se apresentou; e lutou com Gil-Galad e Elendil, matando os dois; e a espada de Elendil quebrou quando ele tombou.
Mas poucos perceberam o que Isildur fez. Ele tinha ficado sozinho ao lado do pai no confronto final; e ao lado de Gil-galad aperias Círdan ficou, e eu. Mas Isildur não deu ouvidos ao nosso conselho.
O que faz com que muitos pensem que houve um duelo de 5 contra 1. Mas na verdade, é bem capaz que Sauron tenha enfrentado (junto com seu exército) todo o exército da Aliança, pois se levarmos em conta que o combate se estendeu até as encosta da Montanha da perdição, Sauron teria de ter andado toda a distância da Torre-Negra até o vulcão, ou seja, são quase 30 milhas de um local cercado até a montanha da perdição, enfrentando sabe se lá quantos elfos e Númenorianos até chegar ao seu destino:

Para quem curte um D&D, seguem os Poderes e Magias utilizados por Sauron na 3ª Era:

Poderes de Sauron na 3a era:


Controlar vulcão – erupção

Conjuração 10

Na obra:


E havia uma montanha de fogo naquela terra, que os elfos chamavam de Orodruin. Com efeito, por esse motivo, Sauron havia fixado moradia ali no passado remoto, pois usava o fogo que brotava das entranhas da terra em seus feitiços e em sua forja.

(...)

Sam estava olhando para Orodruin, a Montanha de Fogo. De vez em quando, as fornalhas bem abaixo de seu pico de cinzas despejavam, em meio a grandes ondas e convulsões, rios de rocha fundida, saídos de fendas em suas encostas. Alguns corriam reluzindo na direção de Barad-dûr por grandes canais; outros traçavam um caminho sinuoso e entravam na planície de pedra, até se resfriarem e se deitarem como formas retorcidas de dragões, o vômito da atormentada terra.

(...)

Tudo continuava escuro, não apenas por causa da fumaça da Montanha: parecia haver uma tempestade se aproximando, e na distância a sudeste havia um faiscar de relâmpagos sob os céus negros. Pior de tudo, o ar estava cheio de vapores; respirar era difícil e doloroso, e os dois foram dominados por uma tontura, de modo que cambaleavam e freqüentemente caíam. E mesmo assim sua força de vontade não cedeu, e eles avançavam com esforço

Tempestade da Vingança

conjuração 9

Correspondente nos livros:


A orla da tempestade se erguia, rasgada e molhada, e a batalha principal tinha passado, indo estender suas grandes asas sobre os Emyn Muil, onde os pensamentos escuros de Sauron se concentraram por um tempo. Desse ponto mudou de rumo, golpeando o Vale do Anduin com granizo e relâmpagos, e lançando sua sombra sobre Minas Tirith com a ameaça da guerra. Então, caindo sobre as montanhas, e se formando em grandes espirais, rolou lentamente por sobre Gondor e as fronteiras de Rohan, até que bem distante os Cavaleiros na planície viram suas torres negras se movendo atrás do sol, conforme cavalgavam para o oeste.



Terremoto

evocação 8

Na obra
:

Não sei — disse Frodo. — Está assim faz algum tempo. Algumas vezes parece que o chão treme, outras parece o ar pesado latejando em nossos ouvidos.

Nesse momento, um ruído retumbante soou de novo, agora mais alto e profundo. O chão pareceu tremer sob os pés deles.

Mas era tarde demais. Naquele momento a rocha se agitou e tremeu embaixo deles. O grande ruído retumbante, mais alto do que nunca, reboou sob o chão e ecoou nas montanhas.


Dominar Monstro

encantamento 8

Nas obras:


De todas as suas estratégias e teias de medo e traição, de todos os seus estratagemas e guerras sua mente se libertou, e todo o seu reino foi atravessado por um tremor, seus escravos vacilaram, seus exércitos pararam e seus capitães, subitamente sem liderança, desprovidos de vontade, hesitaram e se desesperaram. Pois foram esquecidos. Toda a mente e o propósito do Poder que os controlava concentravam-se agora com uma força arrasadora na Montanha.

O Poder que os fazia avançar e os enchia de ódio e fúria estava vacilando, sua vontade afastavase deles;

Como formigas que vagam sem destino e sem propósito, para depois morrerem exauridas, quando a morte golpeia o ser inchado e incubante que habita o formigueiro e a todas mantém sob controle, da mesma maneira as criaturas de Sauron, orcs ou trolls ou animais escravizados por encantamento, corriam de um lado para o outro sem rumo; alguns se matavam ou se jogavam em abismos, ou ainda fugiam gemendo para se esconderem em buracos e lugares escuros e sem luz, distantes de qualquer esperança.

Nem todos os seus servidores e empregados são espectros! Há orcs e trolls, há wargs e lobisomens. Todos os seres malignos se agitavam.


Enfraquecer Intelecto

encantamento 8

Na obra
:

Agora é fácil supor com que rapidez o olho errante de Saruman caiu e ficou preso na armadilha, e como, desde então, ele foi persuadido de longe, e intimidado, quando a persuasão não surtia efeito. O feitiço contra o feiticeiro, o falcão debaixo do pé da águia, a aranha numa teia de aço! Por quanto tempo, fico imaginando, foi ele forçado a procurar com frequência esta pedra para inspeções e instruções, e por quanto tempo a pedra de Orthanc foi de tal modo inclinada na direção de Barad-dûr que, se qualquer pessoa sem uma força de vontade extraordinária agora olhar dentro dela, a pedra levará sua mente e vista rapidamente para lá?

Ele não ficou preso por muito tempo, e os hobbits têm um poder de recuperação. A memória, ou o horror que a acompanha, provavelmente vão desaparecer depressa. Depressa demais, talvez. Você poderia, Aragorn, pegar a pedra de Orthanc e guardá-la? É uma tarefa perigosa.

Pippin soltou um suspiro e fez um esforço, mas permaneceu curvado, e depois ficou rígido; seus lábios se moveram sem fazer ruído por uns instantes. Então, com um grito estrangulado, caiu para trás e ficou imóvel no chão.

O grito foi agudo. Os guardas saltaram dos barrancos. Todo o

acampamento logo ficou em polvorosa.

— Então, este é o ladrão — disse Gandalf. Jogou depressa sua capa sobre o globo. — Mas você, Pippin! Este é um acontecimento lamentável! — Ajoelhou-se ao lado do corpo de Pippin: o hobbit estava deitado de costas, rígido, com olhos cegos na direção do céu.

— O feitiço! Que mal terá esse hobbit causado a si mesmo, e a todos

nós? — O rosto do mago estava contraído e lívido.

Pegou a mão de Pippin e curvou-se sobre seu rosto, tentando escutar-lhe a respiração; depois colocou a mão sobre a fronte. O hobbit estremeceu.

Seus olhos se fecharam.

Soltou um grito e sentou-se, olhando espantado para todos os rostos à

sua volta, pálidos ao luar.

— Isso não é para você, Saruman! — gritou ele numa voz aguda e fraca, afastando-se de Gandalf. — Vou mandar buscá-lo imediatamente. Está entendendo? Diga apenas isso! — Então Pippin esforçou-se para se levantar e escapar, mas Gandalf o segurou com delicadeza e firmeza.



— Tudo bem! — disse ele. — Não diga mais nada! Você não se tornou mau. Não há mentira em seus olhos, como eu receava. Mas ele não falou com você por muito tempo. Um tolo, mas um tolo honesto, você continua sendo, Peregrin Túk. Pessoas mais sábias poderiam ter-se saído pior numa situação dessas. Mas veja bem! Você foi salvo, e todos os seus amigos também, principalmente pela boa sorte, como se diz. Não pode contar com ela uma segunda vez. Se ele o tivesse interrogado, ali e naquela hora, é quase certeza que você lhe teria contado tudo o que sabe, para a ruína de todos nós. Mas ele foi ávido demais.



Telepatia

adivinhação 8

Na obra
:

No início, conseguiu ver pouca coisa. Parecia estar num mundo de névoa no qual só havia sombras: o Anel agia sobre ele. Então, aqui e ali a névoa cedeu e ele viu muitas imagens: pequenas e nítidas como se estivessem sob seus olhos numa mesa, e ao mesmo tempo remotas. Não havia sons, só imagens claras e vívidas. Parecia que o mundo tinha encolhido e silenciado. Ele estava sobre o Trono da Visão no Amon Hen, a Colina do Olho dos homens de Númenor. Ao Leste, examinou as terras selvagens que não estavam nos mapas, planícies sem nome, e florestas inexploradas.

Olhou para o Norte e o Grande Rio jazia como uma fita embaixo dele; as Montanhas Sombrias se erguiam pequenas e rígidas como dentes quebrados. No Oeste viu as pastagens largas de Rohan, e Orthanc, o pináculo de Isengard, como um ferrão preto. Olhou ao Sul, e bem abaixo de seus pés o Grande Rio se enrolava como uma onda enorme e se jogava sobre as cachoeiras de Rauros num abismo de espuma; um arco -íris brilhante brincava na fumaça. E viu Ethir Anduin, o grande delta do Rio, e milhares de pássaros marinhos rodopiando como uma poeira branca ao sol, e debaixo deles um mar verde e prateado, encrespando-se em linhas intermináveis. Mas em todo lugar que olhava, via sinais de guerra. As Montanhas Sombrias se agitavam como formigueiros: orcs saíam de mil tocas. Sob os galhos da Floresta das Trevas havia contendas mortais entre elfos e homens e animais cruéis. A terra dos beornings estava em chamas; uma nuvem cobria Moria; fumaça subia das fronteiras de Lórien.

Cavaleiros galopavam sobre a relva de Rohan; de Isengard jorravam lobos.

Dos portos de Harad, navios de guerra saíam para o mar; e do Oeste saíam homens sem parar: espadachins, lanceiros, arqueiros, carruagens levando líderes e carroças carregadas. Todo o poder do Senhor do Escuro estava em ação. Então, voltando-se de novo para o Sul, Frodo viu Minas Tirith. Parecia distante e bela: com muralhas brancas, muitas torres, majestosa e linda sobre sua montanha; seus parapeitos reluziam como aço, e suas torres brilhavam com muitas bandeiras. A esperança renasceu em seu coração. Mas contra Minas Tirith erguia -se outra fortaleza, maior e mais forte.

Sentiu que seu olhar se dirigia para o Leste, sendo atraído contra sua vontade. Passou pelas pontes arruinadas de Osgiliath, pelos portões escancarados de Minas Morgul e pelas Montanhas assombradas, detendo-se sobre Gorgoroth, o vale do terror na Terra de Mordor. Lá a escuridão jazia sob o sol.

O fogo reluzia em meio à fumaça.

A Montanha da Perdição queimava e um cheiro insuportável

empesteava o ar.

Então, finalmente, seu olhar foi detido: muralhas e mais muralhas, parapeito sobre parapeito, negra, incomensuravelmente forte, montanha de ferro, portão de aço, torre de diamante, ele a viu: Barad-dûr, a Fortaleza de Sauron. Perdeu todas as esperanças.

E, de repente, sentiu o Olho. Havia um olho na Torre Escura que nunca dormia. Frodo sabia que ele tinha percebido seu olhar. Uma determinação feroz e ávida estava nele. Saltou na direção de Frodo, que quase como um dedo o sentiu, procurando-o. Muito em breve iria tocá-lo e saber exatamente onde estava.

Ouviu-se dizendo:

—Nunca, nunca!

Ou seria: Sim, eu irei, irei até você? Não saberia dizer. Então, como um relâmpago, de algum outro ponto de poder veio à sua mente um outro pensamento: Tire-o! Tire-o! Tolo, tire-o. Tire o Anel!

As duas forças lutavam nele.

E Sauron o forjou na Montanha de Fogo na Terra da Sombra. E, enquanto usava o Um Anel, ele conseguia perceber tudo o que era feito pelos anéis subalternos, e ler e controlar até mesmo os pensamentos daqueles que os usavam.

Digo a você, Frodo, que neste exato momento em que conversamos eu percebo o Senhor do Escuro e sei o que se passa na mente dele, ou pelo menos tudo que se relaciona aos elfos. E ele sempre se insinua para me ver e ler meus Pensamentos. Mas a porta ainda está fechada.



Controlar o Clima

transmutação 8

Na obra:


— Pergunto se isso não é um artifício do Inimigo — disse Boromir. Dizem na minha terra que pode governar tempestades nas Montanhas da Sombra, que ficam nas fronteiras de Mordor. Tem poderes estranhos e muitos aliados.

— O braço dele realmente cresceu — disse Gimli —, se ele pode trazer a neve do Norte para nos atrapalhar aqui, a trezentas léguas de distância.

— O braço dele cresceu — disse Gandalf.

Naquele dia, o tempo mudou de novo, quase como se estivesse sob o comando de um poder que não via mais utilidade na neve, já que a Comitiva tinha — se retirado da passagem, um poder que desejava agora uma luz clara, na qual os seres que se movessem nas terras desertas pudessem ser vistos de longe.

A escuridão se desfazia precocemente, antes da data que seu Mestre havia determinado:

— Não monte no monstro do mar! Se as tiverem, os homens do mar poderão nos trazer comida e outras coisas de que necessitamos, e vocês podem permanecer aqui até que o Rei dos Bruxos vá para casa. Pois no verão o poder dele míngua, mas agora seu hálito é mortal, e seu braço frio é comprido.

"Mas Arvedui não seguiu o conselho. Agradeceu ao chefe dos lossoth e na despedida deu-lhe seu anel, dizendo: — Este é um objeto que vale muito mais do que você possa imaginar. Simplesmente por ser antigo. Não tem poder algum, exceto a estima que lhe dedicam os membros de minha casa. Não vai ajudá-lo em nada, mas, se seu povo tiver qualquer necessidade, meus parentes podem resgatá-lo em troca de um grande

estoque de tudo o que vocês desejarem.

Apesar disso, por acaso ou devido a algum poder de previsão, o conselho dos lossoth tinha valor; pois o navio ainda não tinha alcançado o alto-mar quando uma grande tempestade de vento se ergueu, e chegou do norte com uma nevasca que não permitia enxergar nada; o navio foi arrastado de volta na direção do gelo, que se empilhou ate cobri-lo por completo. Até os marinheiros de Cirdan ficaram sem ação, e durante a noite o gelo rompeu o casco, e o navio afundou.



Campo Antimagia

abjuração 8

Na obra:


Três vezes Lórien fora atacada por Dol Guldur, mas, além da coragem dos elfos daquela região, o poder que lá morava era forte demais para ser derrotado por quem quer que fosse, a não ser que o próprio Sauron atacasse Lórien.

Em sua extrema necessidade, puxou mais uma vez o frasco de Galadriel, mas ele estava pálido e frio em sua mão trêmula, e não jogava luz alguma naquela escuridão sufocante. Sam chegara ao coração do reino de Sauron, e ás forjas de seu antigo poder, as maiores da Terra-média; ali todos os outros poderes eram subjugados.



Nível 8

Antipatia/Simpatia

encantamento 8

Na obra:


— Sim, a Mordor — disse Gandalf — Infelizmente, Mordor atrai todas as coisas malignas, e o Poder Escuro estava usando todas as forças para reuni-las ali. O Anel do Inimigo também cumpriria seu papel, fazendo Gollum ficar atento aos chamados. E todas as pessoas estavam na época sussurrando sobre a nova Sombra no Sul, e sobre seu ódio pelo Oeste. Ali estavam seus novos e bons amigos, que o ajudariam em sua vingança.



Estes eram homens de outra raça, vindos das selvagens terras do leste, reunindo-se ao chamado de seu Senhor Supremo; exércitos que tinham acampado diante de seu Portão durante a noite e agora marchavam para aumentar seu poder crescente.

Não obstante, não se pode duvidar de que, quando Denethor viu grandes forças reunidas contra ele em Mordor, e mais Outras se reunindo, ele viu o que realmente é.



Forma Etérea

transmutação 7

Na obra
:

Sauron, entretanto, não era de carne mortal; e, embora estivesse agora destituído dessa forma na qual havia cometido tamanho mal, para nunca mais voltar a parecer simpático aos olhos dos homens, mesmo assim seu espírito se elevou das profundezas e passou como uma sombra e um vento escuro por cima do mar, voltando à Terra-média e a Mordor, que era seu lar.

Então Sauron foi derrotado por algum tempo e abandonou seu corpo. Seu espírito fugiu para longe e se ocultou em local ermo. E por muitos anos ele não voltou a assumir forma visível.



Proteção Primordial (Primordial Ward)

6º nível de abjuração

Nas obras:


Talvez o Anel sinta falta do calor da mão de Sauron, que era negra e mesmo assim queimava como fogo, e assim Gil-galad foi destruído; e talvez, se o ouro for reaquecido, a inscrição fique visível outra vez.

Então os raios aumentaram e mataram homens nas colinas, nos campos e nas ruas da cidade. E uma faísca de fogo atingiu em cheio a cúpula do Templo e a fendeu, e ela ficou envolta em chamas. Mas o Templo em si não sofreu abalo, e Sauron ficou de pé em seu pináculo, desafiando os relâmpagos sem ser atingido.

E, quando os Capitães olharam para o sul na direção da Terra de Mordor, tiveram a impressão de que, negro contra a cortina de nuvens, erguia-se um enorme vulto de sombra, impenetrável, coroado de relâmpagos, enchendo todo o céu.



Visão da Verdade

adivinhação 6

Na obra:


No abismo negro apareceu um único olho que cresceu lentamente, até cobrir quase toda a extensão do Espelho. Tão terrível era aquela visão que Frodo ficou colado ao solo, sem poder gritar ou desviar o olhar. O Olho estava emoldurado por fogo, mas era ele mesmo que reluzia, amarelo como o de um gato, vigilante e atento, e a fenda negra de sua pupila era um abismo, uma janela que se abria para o nada.

Então o Olho começou a se movimentar, procurando algo de um lado e de outro, e Frodo percebeu, com medo e certeza, que ele próprio era uma das muitas coisas que estavam sendo procuradas. Mas também percebeu que não podia ser visto — por enquanto, a não ser que o desejasse.

E, de repente, sentiu o Olho. Havia um olho na Torre Escura que nunca dormia. Frodo sabia que ele tinha percebido seu olhar. Uma determinação feroz e ávida estava nele. Saltou na direção de Frodo, que quase como um dedo o sentiu, procurando-o. Muito em breve iria tocá-lo e saber exatamente onde estava.

O olho: aquela horrível sensação crescente de uma vontade hostil que lutava com grande força para penetrar todas as sombras de nuvens, e a terra e a carne, para vê-lo: para cravá-lo sob seu olhar mortal, nu, imóvel. Tão tênues, tão frágeis e tênues estavam ficando os véus que ainda ofereciam proteção contra ele. Frodo sabia exatamente onde a moradia atual e o coração daquela vontade estavam: e com a certeza com a qual um homem diz a direção do sol com os olhos fechados. Ele a estava encarando, e sua potência pesava-lhe sobre as pálpebras.

Sem qualquer propósito claro, puxou o Anel e colocou-o de novo no dedo. Imediatamente sentiu o grande fardo de seu peso, e sentiu de novo, agora mais forte e opressiva que nunca, a malícia do Olho de Mordor, perscrutando, tentando penetrar as sombras que fizera para a própria defesa, mas que nesta hora o atrapalhavam em sua inquietude e dúvida.



Proteger Fortaleza

abjuração 6

Na obra


Eram como grandes figuras sentadas em tronos. Cada uma tinha três corpos unidos, e três cabeças olhando para fora, e para dentro, e através do portão. As cabeças tinham caras de abutres, e em seus grandes joelhos descansavam mãos em forma de garras. Pareciam ter sido entalhadas em enormes blocos de pedra, imóveis, e apesar disso estavam vigilantes: algum espírito terrível de vigilância maligna morava nelas. Conheciam quem era um inimigo. Visível ou invisível, ninguém poderia passar despercebido. Proibiriam sua entrada, ou sua fuga.

Forçando sua disposição, Sam lançou o corpo outra vez para a frente, e parou com um solavanco, cambaleando como se tivesse levado um murro na cabeça e no peito.



Mover Terra

transmutação 6

Na obra
:

— Sei pouco sobre Iarwain além do nome — disse Galdor. — Mas acho que Glorfindel está certo. O poder para desafiar o Inimigo não está nele, a não ser que esteja na própria terra. E, mesmo assim, podemos ver que Sauron tem o poder de torturar e destruir as próprias colinas.

As poças sufocantes estavam cheias de cinzas e lama que se espalhava, num branco-acinzentado repugnante, como se as montanhas tivessem vomitado a imundície de suas entranhas sobre as terras que as circundavam. Altos montes de pedra esmigalhada e esmagada, grandes cones de terra arruinados pelo fogo e manchados de veneno jaziam como um cemitério obsceno em fileiras intermináveis, lentamente reveladas na luz relutante.



Sam estava olhando para Orodruin, a Montanha de Fogo. De vez em quando, as fornalhas bem abaixo de seu pico de cinzas despejavam, em meio a grandes ondas e convulsões, rios de rocha fundida, saídos de fendas em suas encostas. Alguns corriam reluzindo na direção de Barad-dûr por grandes canais; outros traçavam um caminho sinuoso e entravam na planície de pedra, até se resfriarem e se deitarem como formas retorcidas de dragões, o vômito da atormentada terra.



De fato, toda a superfície das planícies de Gorgoroth estava salpicada de grandes buracos, como se, quando ela ainda era uma região coberta de lama mole, tivesse sido atingida por uma chuva de raios e pedras arrojadas por enormes fundas. Os buracos maiores eram contornados por bordas de rocha quebrada, e largas fissuras corriam deles em todas as direções.



Criar Mortos-Vivos

necromancia 6

Na obra:


Nove ele deu a Homens Mortais, orgulhosos e poderosos, e desse modo os seduziu. Há muito tempo caíram sob o domínio do Um, e se tornaram Espectros do Anel, sombras sob sua grande Sombra, seus mais terríveis servidores.

Uma sombra veio de lugares distantes e escuros, e os ossos se mexeram dentro dos túmulos. Criaturas Tumulares andavam pelas cavidades com um tilintar de anéis em dedos frios e correntes de ouro ao vento. Os anéis de pedra sorriam no chão como dentes quebrados ao luar. Os hobbits tremeram. Até no Condado, os rumores sobre as Criaturas Tumulares das Colinas dos Túmulos além da Floresta já tinham sido ouvidos

Há coisas mortas, rostos mortos na água disse ele cheio de terror.

— Rostos mortos!

Gollum riu.

— Os Pântanos Mortos, é, sim: esse é o nome deles — disse ele

gargalhando. — Você não deve olhar quando as velas estão acesas.

— Quem são eles? O que são eles? — perguntou Sam tremendo,

voltando-se para Frodo que agora vinha logo atrás.

— Não sei — disse Frodo numa voz que parecia saída de um sonho. Mas também os vi. Nas poças, quando as velas estão acesas. Jazem em todas as poças, rostos pálidos, nas profundezas das águas escuras. Eu os vi: rostos repugnantes e maus, e rostos nobres e tristes. Muitos rostos altivos e belos, e ervas em seus cabelos prateados. Mas todos nojentos, podres, todos mortos. Há uma luz terrível neles. — Frodo cobriu os olhos com as mãos. — Não sei quem são; mas tive a impressão de ter visto ali homens e elfos, e orcs ao lado deles.

— É, sim — disse Gollum. — Todos mortos, todos podres. Elfos e homens e orcs. Os Pântanos Mortos. Houve uma grande batalha há muito tempo, sim, assim lhe disseram quando Sméagol era jovem, quando eu era jovem antes de o Precioso chegar. Foi uma grande batalha. Homens altos com grandes espadas, e elfos terríveis, e orcses gritando.

Lutaram sobre a planície por dias e meses diante dos Portões Negros. Mas os Pântanos cresceram desde então, engoliram os túmulos, sempre se espalhando, se espalhando.

— Mas isso foi há uma ou duas eras — disse Sam. — Os Mortos não podem realmente estar lá. Isso é alguma feitiçaria criada na Terra Escura? — Quem pode saber? Sméagol não sabe — respondeu Gollum.











Doença Plena

necromancia 6

Na obra:


E, no reinado de Telemnar, o vigésimo terceiro da linhagem de Meneldil, trazida por ventos sinistros do leste, veio uma peste que se abateu sobre o Rei e seus filhos, e muitos do povo de Gondor pereceram.



Ataque Visual

necromancia 6

Na obra:


Uma imagem de perversidade e ódio tornados visíveis; e poucos conseguiam encarar o Olho de Sauron, o Terrível.



Onda Destrutiva

evocação 5

Na obra:




Teve uma visão rápida de nuvens rodopiando, e no meio delas torres e ameias, altas como colinas, fundadas sobre um poderoso trono de montanha acima de abismos incomensuráveis; grandes pátios e calabouços, prisões sem olhos, íngremes como penhascos, e portões escancarados feitos de ferro e pedra adamantina: e então tudo acabou. Torres caíram e montanhas deslizaram; paredes desmoronaram e derreteram, esboroandose; enormes espirais de fumaça e jatos de vapor subiam, subiam e se espalhavam, até formarem um teto semelhante a uma onda ameaçadora, e sua crista alucinada se crispou e veio descendo e cobrindo tudo, espumando sobre a terra. E então, por fim, através das milhas da planície chegou um ribombo, crescendo até se tornar um estrondo e um rugido ensurdecedores; a terra tremeu, a planície arfou, abriu-se em brechas e o Orodruín cambalcou. Chamas se lançavam de seu topo fendido. Os céus explodiram em trovão, cortados por relâmpagos.
 
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Detalhe que tanto Melkor e Sauron tiveram suas derrotas advindas de aspectos que fugiam de seus controles.

Exato, eles perderam para o inesperado.

Já Sauron também passou por algumas situações parecidas. O mesmo Sauron capaz de suplantar a benção do Senhor das Águas na fortaleza de Tol Sirion, venceu Finrod Felagund numa disputa de Canções de Poder, mas perdeu para Huan e Lúthien. Neste caso, não creio que Lúthien (por mais poderosa que fosse) seria capaz de derrotar Sauron numa "disputa de magia" ou Huan (mesmo com um "spell" de invulnerabilidade) não deveria ter derrotado o Inimigo. Mas o que aconteceu? Minha opinião é a de que algumas "cordinhas do "Destino" estavam pendendo para o triunfo de Béren e Lúthien e a respectiva mudança que isso adviria (a origem de Númenor, Gondor, Elendil, Aragorn, etc). #ra como se o "Mundo" fizesse Sauron perder até que Huan enfrentasse o "Lobo mais poderoso de Arda".

O Sauron em seu auge energético e poder corporal não seria nem sequer controlável por uma das maiores forças que existiram em Arda: Númenor

Sauron apenas perdeu para Lúthien e Huan porque foi com tudo, sem pensar, mesmo assim Huan não bateu de frente com ele, somente após Lúthien causar fadiga e cegueira, mas ela passou até mal com a presença de Gorthaur, foi a famosa perda "não pensou e por isso perdeu".

Porém, o Sauron do final da 2ª era é derrotado por Gil Galad, Elendil e CIA. Motivo: enfraquecimento pelo gasto de energia na corrupção de Númenor e insuficiência de tempo na reconstrução de seu corpo

Além de andar uma pá de milhas lutando sem parar.

O que eu estou dizendo é que Melkor e Sauron não são uma espécie de Tulkas e Ëönwë, que são lutadores invencíveis, eles são grandes guerreiros, mas não precisavam ser toda hora, tanto que Sauron só foi atacar Lúthien e Huan, após estes matarem um bando de lobisomens e Draugluin, Pai dos Lobisomens de Angband.
 
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