A fonte primária desta valoração é R17, onde é chamada de uso do “Qenya do alfabeto e símbolos Rúmilianos”. É descrita como a “aplicação especial ao Qenya”, em oposição à “forma Fonética” descrita no mesmo documento (veja A Forma Fonética).
Em R15, um sistema similar é dado. Em comparação com R17, esta fonte fornece valores sonoros diferentes para algumas letras, enquanto outras letras são completamente omitdas. Nesta, a valoração apresentada é referida como “uma seleção do sistema alfabético universal Eldarin — ‘o Alfabeto de Rúmil’”. Evidências internas e externas parecem indicar que R15 foi composto algum tempo antes de R17. Para os propósitos desta descrição, R17 é considerado com a versão mais “pura” do Uso do Quenya, e as práticas que são encontradas apenas em R15 são mostradas sobre um fundo cinza.
Quando estes documentos foram escritos (nos anos 1920), Tolkien usou uma ortografia para sua língua Alto-Élfica ligeiramente diferente daquela usada mais tarde em sua vida. O som [kw] era, por exemplo, pronunciado q, ao invés de qu como em O Senhor dos Anéis e escritos posteriores. Neste documentos eu optei por usar a ortografia do O Senhor dos Anéis, apesar do “Uso do Qenya” pertencer, propriamente, a uma fase mais antiga no desenvolvimento da mitologia de Tolkien.
O Uso do Quenya utiliza os sinais consonantais como visto na figura 1.
Note que o caratere aqui transcrito como h é mostrado como hw em R17. Isto foi um erro editorial, como declarado em Errata para Parma Eldalamberon.
De acordo com R15, as letras para mb, nd, ndy, ng, ngw somente representam estes valores sonoros quando “escritas sozinhas”, ou seja, quando não são diretamente precedidas por outra consoante. Quando escritas como parte de um encontro consonantal, as letras assumem os valores mais curtos b, d, dy, g, gw. Já que não há letras em R17 para encontros no Quenya como ld e rd, a convenção descrita aqui considera que, provavelmente, isto também era válido para estes casos naquele sistema.
No Uso do Quenya, as consoantes longas e s adjacente também podem ser indicados com diacríticos.
Consoante dupla ou longa é indicada por um traço na base do sarat.
É possível que o ponto duplo visto na Forma Fonética também possa ser usado;
em uma ocasião em R17, um diacrítico usado pode se interpretado como
um traço vago, ou como dois pontos em sequência.
S adjacente pode ser indicado por dois traços extendendo-se do sarati, de acordo com R15 e R17. Em R15, que omite um sarati combinatório especial representando ts, x, st etc, os traços são encontrados tanto antes como após o sarati, indicando s precedente e subsequente, repectivamente. Naquele documento também é mostrado o caracol omo um diacrítico alternativo.
Em R17, os traços são ligados somente às costas do sarati,
e usados para s precedente. Isto é consistente coma terceira variante da
Forma Fonética descrita no mesmo documento.
Os diacríticos vocálicos utilizados no Uso do Quenya são vistos na figura 2. De acordo com R17, os diacíritos são sempre colocados no topo das consoantes que eles seguem. Vogais iniciais são colocadas num suporte curto, que é um linha reta curta que pode ser tanto paralela ou perpendicular à direção de escrita.
Em R15, vogais são colocadas tanto no topo quanto na base do sarati. Vogais colocadas no topo são pronunciadas antes do sarati, vogais colocadas na base são pronuncidas depois.
Figura 2: Diacríticos vocálicos no Uso do Quenya
De acordo com R17, assume-se que todo sarat é seguido pela vogal a, a menos que outra vogal seja indicada por um sinal vocálico. A vogal a é escrita explicitamente apenas quando nenhuma outra consoante a precede, usualmente no início das palavras; ela é então coloca num suporte curto. Para indicar que uma consoante não é seguida por qualquer vogal, um ponto simples é colocado na base do sarat. (Cf. o Tratamento Quenya do a no Tengwar.)
As vogais longas são mostradas na figura 3. Como descrito em R17, vogais longas são indicadas por um traço entre o sarat e o diacrítico vocálico, semelhantemente ao traço usado para indicar consoantes longas. Já que a é normalmente omitido na escrita, o á longo é indicado simplesmente pelo diacrítico a, exceto no topo de suportes onde o diacrítico representa um vogal curta (neste caso o traço é adicioando).
De acordo com R15, vogais longas são indicadas de uma série de formas diferentes. O método padrão é repetir o diacrítico, colocando o primeiro diacrítico no topo da consoante precedente e o segundo no topo da subsequente. Entretano, ó e ú longos são “usualmente” indicados por um diacrítico duplo no topo do consoante subsequente. Além disso, í longo pode ser escrito iy, ú longo como uw, e é, á, ó podem ser escritos como eh, ah, oh. Este último sistema é comum em monossilábicas, e a “obrigatoriedade” para í, é, á em palavras longas é considerada “arcaica”.
Figura 3: Vogais longas no Uso do Quenya
Os ditongos do Quenya são iu, eu, au, ai, oi, ui. No uso do Quenya, u é tratado como w, e i é tratado como y, quando são o segundo elemento no ditongo. Em outros casos, as convenções padrão de cada documento são aplicáveis.
A seguir é mostrado um antigo texto Quenya transcrito seguindo o Uso do Quenya:
Valar empannen Aldaru mi con-alkorin ar sealálan taro ar sílankálan ve laure ve misil ...
Eldar ando cacainen loralyar Coivienenissen mennai Orome tanna lende i erenekkoitanie.— Fragmentos de um manuscrito sobre as Duas Árvores e o Despertar dos Quendi