@Calib, recomendo bastante o Roth.
O primeiro livro dele que eu li foi O Animal agonizante, simpatizei bastante mas não achei tudo isso, de lá pra cá li também Humilhação, Indignação e Homem comum, qualquer um desses aí é de "muito bom" pra cima. São todos livros curtos (pouco mais de cem páginas) e dessa leva mais recente do autor. Entre esses quatro aí só o Indignação tem uma pegada um pouquinho diferente por ser um Roth mais contra-corrente abordando a juventude de um personagem e o ingresso dele na faculdade bem como alguns problemas de família, já os outros 3 fazem parte de uma espécie de trilogia sobre a velhice, sendo que talvez o mais dedicado a esse tema seja Homem Comum.
Entre os Roth menores tem também Patrimônio, Nêmesis e Entre nós, desses aí eu não li nenhum.
Outro dia no Twitter, alguém estava lendo a Marca Humana e reclamou que o problema com o Roth é que ele cria uma baita cena, você compreende o peso psicológico que a situação tem para cada personagem mas que o autor não se continha, ele tinha que parar e explicar o que estava acontecendo, meio que duvidando da inteligência do leitor. Quanto eu li esse comentário ainda estava nas primeiras páginas do Homem Comum e tentei prestar atenção nisso e, sinceramente, não reparei nada, pelo menos nada que incomodasse, ou vai ver também isso não estava tão presente naquele livro, né. O negócio é que com o Roth depois de umas 20 páginas eu já entro no modo de leitura desenfreada, e ao final sempre aquela sensação meio soco no estômago.
"A velhice é uma batalha, meu querido, quando não é uma coisa, é outra. Uma batalha implacável, justamente quando você está mis fraco e mais impossibilitado de enfrentar a luta como antes."
"A velhice não é uma batalha; a velhice é um massacre."