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Censo Valinor Literatura 2023

Janeiro
01. As veias abertas da América Latina - Eduardo Galeano (L&PM)
02. O planalto e a estepe - Pepetela (Leya)
03. As cavernas de aço - Isaac Asimov (Aleph)

Fevereiro
04. Os Imortalistas - Chloe Benjamin (Harper Collins)
05. O Leviatã - Joseph Roth (Sesc/Mojo)
06. Jurassic Park - Michael Crichton (Aleph)

Março
07. A luta corporal - Ferreira Gullar (Companhia das Letras) *
08. The midnight library - Matt Haig (Canongate Books) **
09. Mansfield Park - Jane Austen (Amazon) ***

* Lindo, lindo, lindo! Poesia no seu estado puro. Às vezes erra a mão? Erra. Mas em todas as vezes que acerta, que acerto!
** 🤮 Autoajuda travestida de literatura. Escrita fraca, superficial e clichê, com notas azedas de pseudociência.
*** Olha, a Fanny tá entre as personagens mais chatinhas que já li. Insossa e de um moralismo digno de fãs de Tolkien. Tudo pra ser um livro passável (e será), mas, como li junto com o do Matt Haig, acabou sendo um refresco, porque ao menos a escrita da Jane Austen é um primor.
 
Última edição:
Janeiro
01 - Razão e Sensibilidade - Jane Austen (407 páginas)
02 - O Castelo Animado - Diana Wynne Jones (368 páginas)
03 - A Abadia de Northanger - Jane Austen (270 páginas)
04 - O Castelo no Ar - Diana Wynne Jones (279 páginas)
05 - Mansfield Park - Jane Austen (532 páginas)
06 - Orgulho e Preconceito - Jane Austen (576 páginas)

Fevereiro
07 - Emma - Jane Austen (536 páginas)
08 - Grandes Esperanças - Charles Dickens (704 páginas)

Março
09 - O Deserto dos Tártaros - Dino Buzzati (176 páginas)
10 - O Menino que Descobriu o Vento - William Kamkwamba, Bryan Mealer (228 páginas)
11 - O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde (216 páginas)
12 - Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis (388 páginas)
 
JANEIRO
1. A louca de Maigret (Georges Simenon), 160 p.
2. Homem comum (Phillip Roth), 136 p.
3. Milênio (Manuel Vázquez Montalbán), 672 p.

FEVEREIRO
4. A velha senhora (Georges Simenon), 192 p.
5. O senhor do lado esquerdo (Alberto Mussa), 288 p.
6. A metade sombria (Stephen King), 464 p.
7. A sombra do vento (Carlos Ruiz Zafón), 464 p.

MARÇO
8. Os demônios (Fiódor Dostoiévski), 704 p.
9. O príncipe da névoa (Carlos Ruiz Zafón), 184 p.
10. Cai a noite em Hollywood (Michael Connelly), 328 p.
11. Manual de assassinato para boas garotas (Holly Jackson), 448 p.
12. Domingos de agosto (Patrick Modiano), 144 p.

ABRIL
13. O prisioneiro do céu (Carlos Ruiz Zafón), 272 p.

Acabei decidindo ler o terceiro livro do ciclo do "cemitério dos livros esquecidos" antes do segundo, porque era o mais curtinho e porque parecia ser o que menos se sustentava sozinho. De fato, parece ter sido abortado no meio do caminho, para ser concluído no quarto livro. Ainda assim é uma leitura bem agradável. Vou continuar o ciclo em breve.
 
Janeiro-Março
1. D. Pedro II - José Murilo de Carvalho
2. Deus, um Delírio - Richard Dawkins
3. A Biblioteca da Meia-Noite - Matt Haig
4. Rei Lear - William Shakespeare
5. Unfinished Tales of Númenor and Middle-earth - J.R.R. Tolkien
6. Harry Potter and the Half-Blood Prince - J.K. Rowling
7. As Vinhas da Ira - John Steinbeck
8. Quincas Borba - Machado de Assis

É uma pena que a gente não consiga valorizar Machadão ainda na escola. Talvez, em parte, pelo vocabulário meio arcaico, mas é uma delícia. Se eu tivesse um cachorro hoje, daria o nome de Quincas. Ô dó que eu fiquei do bichinho.
 
** 🤮 Autoajuda travestida de literatura. Escrita fraca, superficial e clichê, com notas azedas de pseudociência.
:lol: Apesar de discordar fortemente, eu consigo entender que gosto é gosto... mas não consegui captar a parte da pseudociência.
 
É uma pena que a gente não consiga valorizar Machadão ainda na escola. Talvez, em parte, pelo vocabulário meio arcaico, mas é uma delícia. Se eu tivesse um cachorro hoje, daria o nome de Quincas. Ô dó que eu fiquei do bichinho.
Curiosamente eu gostei mais de memorias póstumas quando li na escola do que quando li depois de adulto rs
 
Curiosamente eu gostei mais de memorias póstumas quando li na escola do que quando li depois de adulto rs
Tem a circunstância do "ler à força" também. Talvez você tenha lido sem se importar com a imposição, mas eu - que era um leitor quase exclusivo de Harry Potter e O Senhor dos Anéis rs - já fui de má vontade.
 
Tem a circunstância do "ler à força" também. Talvez você tenha lido sem se importar com a imposição, mas eu - que era um leitor quase exclusivo de Harry Potter e O Senhor dos Anéis rs - já fui de má vontade.
Entendo. Realmente, eu não ligava muito pra imposição. Na verdade eu praticamente só li os livros que a escola exigia até ficar adulto e ter dinheiro pra comprar outros livros, então a experiencia pra mim foi diferente...

Ainda assim odiei capitães da areia, do jorge amado, com todas as forças rs E levei um bom tempo pra ver sua importância como critica social.
 
Quantico é a palavra cientifica da moda...


Quando querem dar a impressão que algo é especial ou tem propriedades superiores(especialmente quando não tem de verdade) ficam usando a palavra...

ja vi toque quantico, sal quantico, entre outras baboseiras por ai :lol:
 
Confesso que estou tendo dificuldade com o Machado de Assis. O Dorian Gray foi deslanchar só depois da metade, espero que isso aconteça com o livro atual também, embora a leitura seja rápida porque tem uns capítulos curtinhos, curtinhos.
 
Segundo dia do ano e eu já desisti de uma leitura. Sem chances. 30 páginas de 200, e nada me leva a crer que vai ficar bom. :flag: Próximo!
Quanto a mim, se dá no momento o oposto. Estou lendo “O Fiasco”, obra do escritor húngaro Imre Kertész, vencedor do Nobel de literatura, já falecido, que, ainda jovem, viveu experiência em campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. A literatura deste escritor gira em torno da experiência traumática que foi estar preso em campo de concentração. Pois bem, nesta obra, ele aborta uma personagem que é um escritor, já idoso. Enquanto narra o cotidiano dessa personagem a narrativa é cansativa, com o autor enfatizando muito certas situações pela repetição, o que não é muito adotado em obras literárias de ficção, fazendo a leitura não fluir e tornar-se de certo modo cansativa. Passadas cerca das primeiras 50 páginas iniciais, a personagem, cujo nome não é revelado, sendo somente tratado de “Velho”, começa ele próprio a escrever uma história, visando sua posterior publicação por alguma editora. À partir daí, a história passa a se desenrolar não mais no cotidiano do “Velho”, mas abordando a vida da personagem principal da história que vai sendo escrita por ele. E a leitura ganha outra dimensão, passando a ter fluidez e abrindo o interesse do leitor por esta nova personagem que é apresentado ao leitor, chamado Koves, um homem de meia-idade, jornalista, que retorna de viagem do exterior. Assim, a leitura difícil no início do livro dá uma guinada sob nova perspectiva, com outra dinâmica. Mais ainda não posso dizer, pois esse sucinto relato que aqui faço compreende não mais do que o primeiro terço do livro “O Fiasco”, cuja leitura foi uma aposta que me auto-determinei depois que, poucos anos atrás, li “Liquidação”, obra que gostei bastante deste mesmo autor.
Disso posto, aí vai uma provocação: será que o livro abandonado pela Béla van Tesma também não ganharia nova dinâmica após a trigésima página??
Nelson FM
 
JANEIRO
1 -Harry Potter and the Goblet of Fire - J.K. Rowling 734 pp. (releitura)
2 - O Livro dos Contos Perdidos 1 - J.R.R. Tolkien. 329 pp. (releitura)
3 - O Caminho das Adagas - Robert Jordan. 580 pp. (releitura)
4 - O Livro dos Contos Perdidos 2 - J.R.R. Tolkien. 401 pp. (releitura)
5 - Harry Potter and the Order of the Phoenix - J.K. Rowling. 565 pp. (releitura)
6 - O Caminho dos Reis - Brandon Sanderson. 1238 pp.
7 - Violino - Anne Rice. 286 pp.
8 - La Belle Sauvage - Phillip Pullman. 398 pp. (releitura)

FEVEREIRO
9 - Harry Potter and the Half-Blood Prince - J.K. Rowling. 652 pp. (releitura)
10 - A Bússola de Ouro - Phillip Pullman. 365 pp. (releitura)
11 - Santo Guerreiro: Ventos do Norte - Eduardo Spohr. 584 pp.
12 - A Faca Sutil - Phillip Pullman. 300 pp. (releitura)
13 - Harry Potter and the Deathly Hallows - J.K. Rowling. 759 pp. (releitura)
14 - Os Contos de Beedle, o Bardo - J.K. Rowling. 103 pp. (releitura)
15 - Fogo e Sangue - George R.R. Martin. 593 pp.

MARÇO
16 - A Reforma da Natureza / O Minotauro - Monteiro Lobato. 296 pp. (releitura)
17 - A Luneta Âmbar - Phillip Pullman. 524 pp. (releitura)
18 - A Hora das Bruxas - Anne Rice. 989 pp.
19 - A Biblioteca Invisível - Genevieve Cogman. 367 pp.
20 - SPQR: Uma História da Roma Antiga - Mary Beard. 576 pp.
21 - A Cidade das Máscaras - Genevieve Cogman. 398 pp.
22 - A Comunidade Secreta - Phillip Pullman. 537 pp. (releitura)
23 - A Polícia Secreta para Crimes Mágicos - Emanoel Ferreira. 277 pp.
24 - A Ilha do Tesouro - Robert Louis Stevenson. 244 p. (releitura)
25 - A Página em Chamas - Genevieve Cogman. 415 pp.

ABRIL
26 - A Trama Perdida - Genevieve Cogman. 383 pp.
 
JANEIRO
1 -Harry Potter and the Goblet of Fire - J.K. Rowling 734 pp. (releitura)
2 - O Livro dos Contos Perdidos 1 - J.R.R. Tolkien. 329 pp. (releitura)
3 - O Caminho das Adagas - Robert Jordan. 580 pp. (releitura)
4 - O Livro dos Contos Perdidos 2 - J.R.R. Tolkien. 401 pp. (releitura)
5 - Harry Potter and the Order of the Phoenix - J.K. Rowling. 565 pp. (releitura)
6 - O Caminho dos Reis - Brandon Sanderson. 1238 pp.
7 - Violino - Anne Rice. 286 pp.
8 - La Belle Sauvage - Phillip Pullman. 398 pp. (releitura)

FEVEREIRO
9 - Harry Potter and the Half-Blood Prince - J.K. Rowling. 652 pp. (releitura)
10 - A Bússola de Ouro - Phillip Pullman. 365 pp. (releitura)
11 - Santo Guerreiro: Ventos do Norte - Eduardo Spohr. 584 pp.
12 - A Faca Sutil - Phillip Pullman. 300 pp. (releitura)
13 - Harry Potter and the Deathly Hallows - J.K. Rowling. 759 pp. (releitura)
14 - Os Contos de Beedle, o Bardo - J.K. Rowling. 103 pp. (releitura)
15 - Fogo e Sangue - George R.R. Martin. 593 pp.

MARÇO
16 - A Reforma da Natureza / O Minotauro - Monteiro Lobato. 296 pp. (releitura)
17 - A Luneta Âmbar - Phillip Pullman. 524 pp. (releitura)
18 - A Hora das Bruxas - Anne Rice. 989 pp.
19 - A Biblioteca Invisível - Genevieve Cogman. 367 pp.
20 - SPQR: Uma História da Roma Antiga - Mary Beard. 576 pp.
21 - A Cidade das Máscaras - Genevieve Cogman. 398 pp.
22 - A Comunidade Secreta - Phillip Pullman. 537 pp. (releitura)
23 - A Polícia Secreta para Crimes Mágicos - Emanoel Ferreira. 277 pp.
24 - A Ilha do Tesouro - Robert Louis Stevenson. 244 p. (releitura)
25 - A Página em Chamas - Genevieve Cogman. 415 pp.

ABRIL
26 - A Trama Perdida - Genevieve Cogman. 383 pp.
27 - Forma: a geometria oculta em todas as coisas - Jordan Ellenberg. 477 p.
28 - Cavalo de Troia 2: Massada - J.J. Benítez. 479 pp.
 
Meu censo:

1) Vozes do Deserto, de Nélida Piñon (p. 320).
2) O Diabo, de Marina Tsvetáieva (p. 138).
3) O Tribunal da Quinta-feira, de Michel Laub (p. 184).
4) À Paz Perpétua, de Immanuel Kant (p. 96).
5) K. Relato de uma Busca, de Bernardo Kucinski (p. 176)
6) Sísifo desce a montanha, de Affonso Romano de Sant'Anna (p. 136).

Sou bastante cru em matéria de poesia, mas essa leitura me emocionou, como se o poeta em diversos momentos conversasse com a minha alma. Talvez porque os temas que movem o poeta nesse livro guardem muita proximidade com algumas questões existenciais que me tenho colocado. Existencial. É este o tom da poesia de Affonso neste livro. Reflete como alguém que teve uma boa vida e que se encontra conciliado com a sua mortalidade, que se anuncia solenemente no epílogo de sua existência. Como viver é também acumular perdas, o poeta alude a um presente que despovoou a sua vida, deslocando muitos de seus afetos para o seu passado, que se adensa mais e mais. O poeta é aqui um homem com muito passado, que conversa com a vida e com a morte, que conta os grãos de areia de uma ampulheta prestes a se esvair de todo, toma consciência de sua finitude. Convive pacificamente com os enigmas irresolvidos, confronta a imensidão desde a sua pequenez e contempla o mistério. Deixa a sua poesia fluir até patamares que a razão não alcança. E tudo desde uma perspectiva absolutamente serena - e mesmo solar, como bem define o texto da orelha dessa edição.

Mostra-se consciente das dores do mundo. Mas julga não ter condições de permanecer o tempo todo no tempo que lhe coube viver. Refugia-se na memória, anseia pelo repouso em um campo de tulipas a fim de reaprender a ver o mundo como ele era antes de sentir que lhe cabia carregá-lo. Recolhe a vida dentro e fora dos museus - diz em um dos poemas. Quando o real o oprime, refugia-se na arte. Quando a arte o exaspera, volta-se para a vida, para o jardim, para as flores.

Lindo! Um livro cheio de alma e de beleza.

Certamente vou atrás da Poesia Reunida do Affonso, editada pela L&PM.
 

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