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Censo Valinor Literatura 2023

Quando der manda uns exemplos. :lol:

É tipo Cornwell que sempre termina com um parágrafo tipo "E eles vieram."?
Tipo
Constantino precisava ser afastado da Gália. Precisava ser enviado para longe. Para o Egito. Para a Síria, quem sabe. Ou para a Britânia.

Sem problemas. O césar tinha a missão perfeita para ele.

A tarefa perfeita.

Irrecusável.

E é em quase todo capítulo, às vezes no meio tb.

E quanto ao outro ponto, supostamente o livro foi escrito por Eusébio de Cesaréia e pela Helena, mãe do Constantino. Então são pessoas que viveram à época e conheciam a estrutura do Império. Mas, ao mesmo tempo, todos os detalhes são explicados, não deixa muita coisa pro conhecimento de mundo do leitor, saca? E ainda é de um modo meio esquisito, no sentido de "Naquela época, o Império estava enfraquecido, etc...". Se é Eusébio que estava escrevendo, não tem sentido o "aquela época".
 
As malditas frases curtas. Curtíssimas. E somadas aos parágrafos minúsculos. De uma só frase. De uma só palavra.

Pra que isso?

É o que me pergunto. Me questiono. Me indago.

Sem resposta.
 
As malditas frases curtas. Curtíssimas. E somadas aos parágrafos minúsculos. De uma só frase. De uma só palavra.

Pra que isso?

É o que me pergunto. Me questiono. Me indago.

Sem resposta.
Bom, nesse seu texto mesmo teve um efeito interessante.
Eu li com pausas maiores entre cada trecho, dando uma cadência diferente do que se eu lesse tudo num parágrafo só. E tem pessoas que falam assim, então não me parece um mau recurso, sabendo usar, claro rs
 
Tem usos inteligentes, como uma frase do Machado: "Isso é isto." Começa assim um parágrafo dele claramente tentando nos ensinar o correto uso do demonstrativo. E mais não digo.
 
Bom, nesse seu texto mesmo teve um efeito interessante.
Eu li com pausas maiores entre cada trecho, dando uma cadência diferente do que se eu lesse tudo num parágrafo só. E tem pessoas que falam assim, então não me parece um mau recurso, sabendo usar, claro rs
Mas TODO fim de capítulo? E tipo, dava pra ter um efeito parecido muito mais sutil e bem utilizado.

"Constantino precisava ser afastado da Gália. Precisava ser enviado para longe, para o Egito ou Síria, quem sabe. Mas o césar tinha a missão perfeita para ele. Uma tarefa irrecusável."

Com o mínimo de esforço, muito mais natural. e ainda usa o recurso da frase curta, se você quer.
 
Finalmente inaugurando o meu censo. Como eu previa, as leituras obrigatórias da faculdade restringiram drasticamente o meu tempo para as leituras recreativas. Então nem vou separar por mês esse ano pra não passar vergonha. Hahaha

Mas vamos lá:

1) Vozes do Deserto, de Nélida Piñon (p. 320).

Gostei? Mixed feelings.

Eu entendo que, ao pretender uma releitura da história das Mil e Uma Noites, focada não nas histórias narradas, mas na própria agonia de Scherezade, tiranizada a cada dia com a ameaça do cadafalso caso falhasse em capturar o interesse do Califa; confinada a um universo muito restrito, prisioneira dos aposentos do monarca e das obrigações de ser violada sexualmente a cada noite, antes de ser obrigada a exercer todo o seu fascínio como contadora de histórias numa luta pela própria sobrevivência; numa rotina absolutamente cruel e excruciante... enfim, eu entendo que essa narrativa necessariamente teria de assumir uma forma circular. Capítulo após capítulo, o leitor é enredado nessa rotina e também se vê tiranizado por ela. A leitura entedia, mas talvez, de maneira um tanto paradoxal, o tédio ajude a compor a ambientação da história.

Lentamente, Nélida vai deixando ver as mudanças que as histórias de Scherezade operam nas disposições íntimas do Califa. E essas transições vão ocorrendo de maneira realmente sutil. Paralelamente, Scherezade, em seu esforço heroico, começa a soçobrar.
O final é bom, mas não surpreendente.

O texto é impecável e o tom épico compõe bem o drama da mais famosa contadora de histórias da literatura universal.

Daria nota 3,0 em 5,0.
 
JANEIRO
1. A louca de Maigret (Georges Simenon), 160 p.
2. Homem comum (Phillip Roth), 136 p.
3. Milênio (Manuel Vázquez Montalbán), 672 p.

FEVEREIRO
4. A velha senhora (Georges Simenon), 192 p.
5. O senhor do lado esquerdo (Alberto Mussa), 288 p.
6. A metade sombria (Stephen King), 464 p.

Acho que o maior motivo para ler esse último foi ter sido uma das principais referências para o Alan Wake. Como quase sempre acontece com livros do Stephen King, gostei mais da ideia do que da execução, sobretudo gostei mais dos capítulos introdutórios, do que da conclusão, especialmente pelas falas sofríveis do vilão, que parece uma versão maligna de um tiozão do pavê.
 
JANEIRO
1 -Harry Potter and the Goblet of Fire - J.K. Rowling 734 pp. (releitura)
2 - O Livro dos Contos Perdidos 1 - J.R.R. Tolkien. 329 pp. (releitura)
3 - O Caminho das Adagas - Robert Jordan. 580 pp. (releitura)
4 - O Livro dos Contos Perdidos 2 - J.R.R. Tolkien. 401 pp. (releitura)
5 - Harry Potter and the Order of the Phoenix - J.K. Rowling. 565 pp. (releitura)
6 - O Caminho dos Reis - Brandon Sanderson. 1238 pp.
7 - Violino - Anne Rice. 286 pp.
8 - La Belle Sauvage - Phillip Pullman. 398 pp. (releitura)

FEVEREIRO
9 - Harry Potter and the Half-Blood Prince - J.K. Rowling. 652 pp. (releitura)
10 - A Bússola de Ouro - Phillip Pullman. 365 pp. (releitura)
11 - Santo Guerreiro: Ventos do Norte - Eduardo Spohr. 584 pp.
12 - A Faca Sutil - Phillip Pullman. 300 pp. (releitura)
 
Janeiro
01. História do verdadeiro Simplício (George Sand) 127p.
02. Retratos de Fidelman (Bernard Malamud) 207p.
03. Seminário dos ratos (Lygia Fagundes Telles) 183p.

Fevereiro
04. A grande fuga (Sylvio Pereira) 96p.


Aquele livrinho infanto-juvenil da Série Vaga-Lume para engordar a lista malandramente... :hxhx:
Acho que esqueci de algum livro na lista; chegando em casa eu confiro meu caderninho.
 
Janeiro
01. História do verdadeiro Simplício (George Sand) 127p.
02. Retratos de Fidelman (Bernard Malamud) 207p.
03. Seminário dos ratos (Lygia Fagundes Telles) 183p.

Fevereiro
04. Matem e devorem! (Jean Teulé) 139p.
05. A grande fuga (Sylvio Pereira) 96p.


Sabia que eu estava esquecendo alguma coisa.
Esse pequeno grande livro. Muito, muito bom. Comprado a esmo numa dessas andanças pelo shopping, porque eu queria algo curtinho pra ir folheando no café... Brutal a reconstituição de Teulé para esse caso real de histeria coletiva que terminou na tortura e no desmembramento de um homem numa comunidade pacata da França... E todo o livro salpicado de referências a versos de Verlaine, além das próprias frases do Teulé que mantêm uma voltagem poética elevada em contraste com o horror que ali se narra. 5/5
 

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