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[Círculo da Lei VIII] Julgamento de Maeglin

  • Criador do tópico Criador do tópico VtBBC
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Fechado para novas mensagens.
OPA, chegou um pombo-correiro com os dizeres dos jurados que fizeram charminho da primeira fez.

pombos.jpg


Jurado 1:

Creio que acima de tudo o mundo se move devido a ações e reações. Maeglin não era composto por uma maldade imútavel. Sua reação foi caracterizada, acima de tudo, por medo. Medo da perda e da mudança das coisas que amava, sentimento que é inerente em todos nós. Será que todos a enfrentáriamos a ira de Morgoth com coragem e cabeça erguida? Acredito que não.


Jurado 4:

Devido ao exposto por ambas as bancadas, considero Maeglin uma vítima da sua própria sorte, a mão que puxa a guilhotina do cumprimento da profecia de Ulmo. Apesar de não ter o coração puro, ele agiu como tal como forma de realizar o destino de todos aqueles que estiveram em Gondolin.
 
Fica aberto o prazo pra recurso. A banca de ACUSAÇÃO tem direito a recorrer. O prazo se encerrará dia 04/04 às 23:59.

Quanto ao voto do jurado 3, que foi contestado pela Acusação, caberá ao juiz decidir se o mesmo é válido. Caso este opte por anular, decidirá se anulará o voto todo ou apenas a justificativa.
 
Excelentíssimo Juiz, membros deste tribunal, a banca de acusação inicia um recurso direcionado aos Jurados "1", "2" e "4", que declararam a inocência do réu.

A justificativa do Jurado 1, e o recurso correspondente, abaixo explicitados:
Jurado 1 disse:
Creio que acima de tudo o mundo se move devido a ações e reações. Maeglin não era composto por uma maldade imútavel. Sua reação foi caracterizada, acima de tudo, por medo. Medo da perda e da mudança das coisas que amava, sentimento que é inerente em todos nós. Será que todos a enfrentáriamos a ira de Morgoth com coragem e cabeça erguida? Acredito que não.
Conforme demonstrado nas peças de acusação, Maeglin voluntariamente desobedeceu a determinação de Turgon de não atravessar as fronteiras de Gondolin. Maeglin não foi submetido à suposta ira de Melkor sem que tenha tomado uma decisão voluntária que desrespeita as leis às quais ele, voluntariamente, desfrutou, e se submeteu. Não seria isto o suficiente para um processo inquisitório contra Maeglin? Entretanto, esta instância avalia outro aspecto.

Se Maeglin, através desta falha, aceitou a oferta de Melkor de assumir o lugar de Turgon, independente se voluntaria ou involuntariamente, ele não deve ser julgado por isto? Deve-se entender que o problema começou em uma transgressão absolutamente voluntária.

Heróis da nossa história enfrentaram a ira do maior dos Ainur. Alguns sucumbiram, alguns obtiveram sucesso, mas todos, incontestavelmente, foram valorosos. Maeglin sempre, acima de tudo, teve a opção incontestável, e acima de qualquer ser além de Eru, de aceitar a viagem aos salões de Mandos, no lugar de levar a morte e desgraça a todos que o acolheram em um momento de grande necessidade. Nunca foi exigido que o réu derrotasse Melkor, mas sim, que não colaborasse com seus planos essencialmente malévolos e destrutivos.

Se Maeglin fora submetido a escolha entre a própria vida e a traição, é porque ele decidiu transgredir as leis de Turgon. Se Maeglin optou pela traição, ele deve responder por esta escolha.

A justificativa do Jurado 2, e o recurso correspondente, abaixo explicitados:
Jurado 2 disse:
Diante de tudo exposto aqui no tribunal, os fatos, circunstâncias e consequências naquilo que envolveu Maeglin gostaria de destacar:

No meu entendimento esse elfo era muito infeliz, ingrato e arrogante, em muitos casos não digno de ser descendente dos elfos de Aman.

Era audacioso, habilidoso, inteligente e mau.

Mas mesmo assim, pelo infeliz captura pelos servos de Morgoth e por toda a tormenta, tortura, foi obrigado a identificar a exata localização do reino de Turgon.

Diante de sua história, a sua própria trajetória e fim por si só representa a pior das punições.

Considero o réu inocente da acusação.
O argumento da defesa é que Maeglin intencionalmente apontou a localização de Gondolin, com o intuito de livrá-la da suposta tirania de Turgon. Em nenhum momento foi demonstrado nessa instância, factivelmente, que Maeglin fora submetido à tortura. Se a justificativa do teu voto é uma mera suposição que não tem como base nem os fatos aqui demonstrados, nem o argumento da defesa, recomendo que ela seja revisada. Um julgamento justo baseado em suposições individuais é impensável.

A justificativa do Jurado 4, e o recurso correspondente, abaixo explicitados:
Jurado 4 disse:
Devido ao exposto por ambas as bancadas, considero Maeglin uma vítima da sua própria sorte, a mão que puxa a guilhotina do cumprimento da profecia de Ulmo. Apesar de não ter o coração puro, ele agiu como tal como forma de realizar o destino de todos aqueles que estiveram em Gondolin.
O propósito da justiça dos homens e elfos é o de garantir, acima das forças do destino, que punições sejam aplicadas aos infratores da nossa moral. Contar com o destino para fazer justiça é indicar a desnecessidade deste tribunal.

Não existe sensatez em qualquer argumento determinístico que limite o escopo de aplicação da nossa lei e moral. Se esta justificativa for aceita, este tribunal deixará claro que, para todas as gerações posteriores, havendo um indivíduo que foi desfavorecido pelo destino, este estará acima da lei e portanto poderá executar qualquer ato, por mais malévolo que seja, sem ter que considerar as consequências. Este tipo de imunidade moral que aqui seria conferida, caso esta justificativa seja declarada como válida, é impensável e catastrófica. É isto que queremos, testemunhas deste tribunal?

A lei deve se aplicar a todos. Aos fortunados e aos desafortunados, igualmente - de outra forma, não reproduzimos justiça, mas sim análises absolutamente parciais, relativas e que não podem seguir um modelo jurídico objetivo.
 
Quanto ao voto do jurado 3, que foi contestado pela Acusação, caberá ao juiz decidir se o mesmo é válido. Caso este opte por anular, decidirá se anulará o voto todo ou apenas a justificativa.

Embora eu tenha ficado extremamente tentado a anular o voto 3, para terminar essa zona.

Boa tarde a todos. Peço que se levantem para ouvir minha decisão silenciosamente:

Julgo que o jurado 3 apresentou uma justificativa razoável. Não seria justo sua anulação. Todas as justificativas dadas pelo corpo de jurados foram aceitáveis.

A banca de acusação tem o seu direto a recurso mantido, e o julgamento continua normalmente.

E como a banca de acusação já apresentou seu recursos, e suas novas justificativas, cabe agora novamente ao corpo de jurados e sua presidente reenviar suas decisões. Sem mais nenhum recurso e protesto, de nenhuma das duas bancas. Ficamos todos no aguardo da decisão do jurí. Caso ainda não ocorra uma decisão unâmine, darei meu veredicto.

Atenciosamente, O Juíz.

PS: Sem choro, sem mimimi, sem confusão. Respeitem as regras nas quais concordaram ao se candidatarem para a participação desse julgamento. Tumultos são legais, mas já enjoamos de tudo isso.
 
Qual meu prazo de postar a decisão dos jurados? Um deles ainda não revotou.
 
Eonwë:
-Atenção senhores das bancas, do júri, organizadores e estimados espectadores. Peço que se levantem, pois o Juiz Neithan irá pronunciar sua decisão final.



Boa noite.

Após a primeira e segunda decisão dos jurados, ainda não temos uma unanimidade a respeito da inocência ou culpa do nosso réu, Maeglin, filho de Eöl. Com isso, coube a mim a difícil missão de definir o destino do acusado.

Por vários dias tenho pensado, e demorei muito a me decidir. Desde o fim da segunda peça de defesa e da primeira decisão do júri, pareceu claro que eu teria de opinar no final. Dificilmente recursos mudam tanto a decisão, normalmente já formada após as peças, e após as perguntas dos jurados. E por muitos dias não consegui chegar a uma conclusão. Li cada uma das peças muitas vezes, assim como as respostas às minhas questões.

Maeglin era filho de um Sinda e de uma noldo de grande renome. Teve uma infância aprisionado em uma floresta, e sua vida adulta pôde conhecer e viver em Gondolin, sob o comando de seu tio, Turgon. É acusado de traição aos Noldor, e pela Queda de Gondolin, assim como da morte de Noldor durante a batalha, e ainda de uma tentativa de sequestro. A acusação baseou-se em fatos como o de não contar a Turgon a respeito da descoberta da localização de Gondolin por Melkor, demonstrando assim sua traição. Sua omissão foi responsável, de acordo com a acusação, de ter levado Gondolin a queda. A defesa rebateu, dizendo que, por culpa de Húrin, a localização já era conhecida, sendo questão de tempo a invasão e destruição da cidade élfica, então Maeglin, na verdade, não seria responsável por sua Queda, já anunciada pelos Valar como certa. Ambas as bancas foram muito bem enquanto trabalharam em suas peças.

Antes de postar a decisão, só quero dizer algo: Deixando claro um fato já amplamente divulgado, esse julgamento não se apóia em fatos narrados nas Obras. Deu às duas bancas o poder e a chance de "viajarem" mais, deixarem a liberdade de interpretação fluir em suas peças e respostas. Dito isso, e esquecendo de diálogos e trechos do Silma, e baseando apenas no que li dentro deste tópico, como se nunca tivesse ouvido falar em Maeglin, Gondolin, Tolkien ou Ecthelion, tomei minha decisão.

E a decisão do VIII Círculo da Lei é a de que Maeglin é:

Inocente.

Maeglin, ao final, não foi o responsável pela Queda de Gondolin. A cidade estava condenada graças a Húrin Thalion. Não pode condenar o elfo por tentativa de sequestro, já que não sabemos se essa foi sua real intenção, já que poderia ser considerado uma tentativa de salvar a vida de Idril. E o elfo, mesmo a cobiçando, nunca demonstrou tal afeto aos demais elfos, justamente por respeitar a decisão e a tradição de seu povo. Maeglin pode ter sido uma vítima de tempos escuros, de uma era trágica para a Terra-Média e seus habitantes, onde diversos heróis foram mortos e injustiçados ao longo de uma era escura. Para deixar claro, não sei se Maeglin era um herói. Não era essa a intenção do Julgamento. Mas não posso condenar um ser por acontecimentos que não eram ligados aos seus atos. Tudo o que ocorreu, toda a desgraça dos Noldor de Gondolin ocorreu por fatos que não estão relacionados as decisões de Maeglin. O mesmo realmente confessou a localização de sua cidade (que por fim, já era conhecida), mas o fez, julgo eu, mediante a tortura, fato que inocenta o elfo. Não seria justo puni-lo por ser torturado. E o fato de ter saído dos limites perseguidos, entendo que apenas descumpriu as ordens de seu rei pelo bem de seu reino.

Com essa decisão tomada, o Julgamento estão oficialmente encerrado. Não cabe a ninguém sua contestação, já que a decisão foi tomada pelo Juíz, e após um delicado e minucioso estudo do Caso.

Quero agradecer a todos que fizeram da brincadeira algo bem legal. Embora eu tenha perdido a paciência, percebi uma grande seriedade e vontade de ganhar de ambas as bancas. A organização opinou e mostrou sua força quando necessário, e nenhum tumulto chegou a tirar o brilho ou a graça da coisa toda.

Obrigado aos espectadores que souberam acompanhar tudo de boca fechada!

E obrigado pelo convite, Senhores do VtBBC! Espero ter correspondido. :dente:

PS: Podem cornetar. :obiggraz:
 
Muito bacana isso tudo! Parabens as duas bancas! Foram muito bem! Ao jurados também, apesar de ter achado que podiam ter elaborado um pouquinho mais as justificativas dos votos, mas tudo bem! Ficou muito bacana!!

O julgamento já acabou? Se sim, poderiam responder duas perguntas minhas? :mrgreen:

O mesmo realmente confessou a localização de sua cidade (que por fim, já era conhecida), mas o fez, julgo eu, mediante a tortura, fato que inocenta o elfo.
Mas aceitar tal fato não é sair desse "universo paralelo" do julgamento? Afinal a defesa propôs tal ideia (do Maegiln ter caído diante tortura) mas não existe "prova" nem evidencia alguma que comprove isso, pelo menos não que eu tenha lido aqui.

E o fato de ter saído dos limites perseguidos, entendo que apenas descumpriu as ordens de seu rei pelo bem de seu reino.
Uso do mesmo argumento que acima. Não seria apenas suposição dizer isso? Afinal, não sabemos de nenhuma "crise energética" em Gondolin que necessitasse de uma exploração pelas redondezas externas do Reino.
 
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Meus sinceros parabéns ao Veda e à Pearl, vocês são fantásticos!!!!

Contribuí pouco para esta vitória, uma dica aqui, um pouco de trolling ali, os louros pertencem aos dois.

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Última edição:
Conforme eu já havia previamente consultado mods e organizadores a respeito de quando e como deveria fazer isso:

Agora que o julgamento acabou FAÇO QUESTÃO de postar meu direito de resposta!

Em primeiro lugar, ambas as bancas deveriam saber que os jurados, mesmo se sentindo atacados e ofendidos durante o julgamento NÃO poderiam se revelar para se defender!

Excelentíssimo Juiz, membros deste tribunal, a banca de acusação inicia um recurso direcionado ao "Jurado 2" que declarou o réu como inocente. Sugerimos que, em base do que abaixo será apresentado, o jurado em questão adapte o seu discurso para assumir harmonia com esta instância.

Jurado 2

Mas mesmo assim, pelo infeliz captura pelos servos de Morgoth e por toda a tormenta, tortura, foi obrigado a identificar a exata localização do reino de Turgon.

Se os jurados irão executar julgamentos próprios, ignorando o tribunal, temos uma situação problemática. O argumento da defesa é que Maeglin voluntariamente apontou a localização de Gondolin, com o intuito de livrá-la da suposta tirania de Turgon. Em nenhum momento foi demonstrado nessa instância, factivelmente, que Maeglin fora submetido à tortura. Se o fundamento desta posição é uma mera suposição que não tem como base, nem os fatos nesta instância demonstrados, nem o argumento da defesa, recomendamos que esta seja revisada.

1º O papel do Júri é julgar de acordo com o que leu. O julgamento de cada pessoa será, obviamente, pessoal e a interpretação relativa. Além do mais, a defesa USOU o argumento da tortura, SIM! (dê-se o trabalho der LER a peça do oponente) E é direito do jurado acatar o argumento de qualquer uma das bancadas ou não!


Jurado 2

Diante de sua história, a sua própria trajetória e fim por si só representa a pior das punições.

O propósito da justiça dos homens e elfos, é o de garantir, acima das forças do destino, que punições sejam aplicadas aos infratores da nossa moral. Contar com o destino para fazer justiça é indicar a desnecessidade deste tribunal.

Não há julgamento justo baseado em opiniões subjetivas.

Se você quer um julgamento com júri formado por VULCANOS, ou por robôs, aguarde até o ano 3.000 pelo menos!

Sem querer fazer xororô, mas o jurado 3 deu a entender que fez o julgamento pelos livros, e não pelas argumentações. Não sei se a organização entendeu assim, mas enfim.

Vou aqui desmembrar toda a minha justificativa citando as peças da acusação E da defesa nas quais me baseei. NÃO QUE EU TE DEVA SATISFAÇÃO DAS MINHAS CONCLUSÕES.... E se não aceita meus argumentos e nem sabe perder, O PROBLEMA É SEU!

Tanto a acusação, quanto a defesa tem razão em certo ponto. Sabemos, todos, que Morgoth tinha o poder de deturpar a visão de suas vítimas sobre a realidade e sobre o futuro. Sabemos, todos, também que Maeglin sofreu tortura psicológica em Angband, embora não se tenha certeza quanto à física.

Numa dessas incursões Maeglin foi capturado por servos de Morgoth Bauglir e levado até os Infernos de Ferro, que chamamos de Angband. Lá foi torturado física e mentalmente pelo próprio Senhor do Escuro, aquele que foi capaz de derrotar os demais Valar no início de Arda. Quem aqui tem coragem de dizer que suportaria tudo isso? Se Finrod Felagund, um nascido em Valinor durante a era das Árvores, fio derrotado por Sauron, quem seria capaz de derrotar Morgoth?

(...)

Os sábios dizem, com razão, que quem vê pelos olhos de Morgoth enxerga tudo deturpado. E com Maeglin não foi diferente. Este nobre noldo, Senhor da Casa da Toupeira, viu o futuro horrendo que engoliria Gondolin e sua população. A cidade seria destruída até sua fundação, a colina seria nivelada com a planície e nenhum vestígio restaria.

Ora, diante desses fatos, Maeglin decide pela única opção capaz de salvar Gondolin da destruição total: ajudar o Sinistro Inimigo do Mundo.

É também de conhecimento geral que Turgon foi orgulhoso e insensato, tendo sua parcela de culpa na Queda de Gondolin, bem como que graças à Húrin Morgoth já desconfiava da localização da cidade.

Mas não foi o amor por suas obras que motivou Turgon a ficar na cidade e condenar seu povo? O mesmo amor que motivou Turgon a condenar seu povo, pois já fora avisado por Ulmo de que seu reino seria destruído, levou Maeglin a tentar salvar alguma coisa da destruição total.

Antes de prosseguirmos, gostaríamos de fazer um pequeno adendo. A promotoria acusa o réu de denunciar a localização de Gondolin, mas é sabido que Morgoth já sabia que Gondolin estava localizada próximo às Echoriath porque Húrin denunciou a localização ao bradar pela ajuda de Turgon e amaldiçoar seu antigo anfitrião.

É inaceitável alegar que a corresponsabilidade não deve ser analisada sendo que é a única forma de analisarmos os fatos com imparcialidade. A promotoria quer, na verdade, isolar Maeglin como responsável de traição sendo que os coautores da Queda de Gondolin traíram a cidade muito antes.

Turgon fora avisado de que Ulmo lhe enviaria um mensageiro e ignorou este mensageiro. Tuor, sendo o mensageiro, devia ter insistido no aviso de Ulmo SEMPRE, mas, vendo que ganharia mais ficando em Gondolin, decidiu calar-se. Tuor foi um vendido e todos os que assistem este tribunal podem ter certeza de que não descansarei até trazer estes dois assassinos ao banco dos réus.

No entanto, a acusação não foi pela Queda de Gondolin, mas pelo ato de traição ao aceitar a proposta de Morgoth e auxiliá-lo.

Igualmente impossível ao enquadramento na Lei seria apoiarmos a inocência do acusado na eventual culpa ou incompetência de outros personagens da História para a Queda de Gondolin. Se a defesa acredita que outros indivíduos devem ser submetidos a julgamento, que sejam constituídos tribunais paralelos; neste, porém, o réu está bem definido. Devemos entender que Maeglin não está sendo julgado pela Queda de Gondolin em si: Maeglin é acusado de torpe e imperdoável TRAIÇÃO, que culminou na aludida queda. Registre-se: esta Promotoria estaria operando tal acusação mesmo se a atitude de Maeglin houvesse sido inócua, sem que o Reino Outrora Oculto sucumbisse. Condena-se a conduta propriamente dita, praticada com dolo, consciente de suas possíveis consequências: a co-resposabilidade de outras pessoas para o resultado não possui qualquer relevância para o julgamento.

Não haveria, portanto, anulação desta acusação caso o crime não houvesse surtido efeitos. Pelo contrário: há (como há de haver, se bem entenderem os eminentes jurados) circunstância agravante pelo fato de os efeitos terem efetivamente se consumado - sob proporções terríveis, como todos bem sabeis.

Ainda que sob visão deturpada e abalado com visões aterradoras, o réu aceitou a oferta sem questionar, pois havia nelas muitas vantagens para si.

Traição: atormentado pelo Senhor do escuro, o réu é culpado de revelar a exata localização de Gondolin, bem como revelar como poderia ser atacada, oferecendo-se para ajudar na invasão de dentro. Maeglin cedeu ao egoísmo do desejo (quando Morgoth ofereceu a ele a posse de Idril), ao ódio e a inveja à Tuor (quando aceitou prestar serviços a Morgoth quando a invasão fosse anunciada), a ambição (ao aceitar o domínio de Gondolin, na condição de vassalo, após a tomada da cidade) e a fraqueza (a traição por si só). Maeglin manteve a postura de traidor mesmo depois que foi libertado por Melkor, e portanto o réu claramente tinha a intenção de desfrutar do que o Senhor do Escuro ofereceu.

Maeglin, como todos os filhos do Pai, foi dotado de livre-arbítrio. Ilúvatar concedeu a nós, seus filhos, a capacidade de sermos, de traçarmos o nosso próprio destino; outrossim, nada mais seríamos do que meras peças de Sua concepção egoística. E esta não é a natureza das criações de Ilúvatar, meus irmãos. Esta é a natureza das criações de Melkor, o último mestre do réu em vida.

Convém lembrar a valorosa resistência de Húrin Thalion, um homem que, mesmo observando a destruição sistemática da própria família, e, igualmente, conhecendo a localização de Gondolin, não se submeteu à vontade de Melkor, manifestando a referida dádiva de Ilúvatar. Inocentar Maeglin seria desprezar o sacrifício de Húrin, e admitir a sobrepujança de Melkor sobre os desígnios do Pai.


Foi, pela defesa, o réu Maeglin comparado a Túrin Turambar.

A promotoria cita ainda, numa atitude infeliz, o exemplo de Húrin Thalion. Pois bem, analisemos melhor esse mortal que, preferindo o ódio de Morgoth sobre sua família, ocasionou vários males, pois Túrin Turambar foi um dos maiores males de Beleriand graças à maldição de Morgoth. Ocasionou a destruição de Nargothrond, matou Beleg Cúthalion, condenou os remanescentes do povo de Hador a uma vida pior do que a que já tinham na condição de escravos ao matar um dos líderes orientais, provocando maior ódio deste povo para com os da casa de Hador. E o próprio Húrin, que a promotoria alega ser um exemplo de bom uso do livre arbítrio, denunciou a localização de Gondolin ao gritar pedindo ajuda a Turgon nas bordas das Echoriath estando sendo seguido por espiões de Morgoth.

Este tribunal já inocentou Túrin que, comparado com Maeglin, causou inúmeros males maiores.

Há, no entanto, uma diferença fundamental entre estes dois senhores. Maeglin tinha a maldade no coração e nada fez para combatê-la ou resistir aos seus impulsos. Ao contrário, ele nutriu por cerca de 14 anos em segredo sentimentos como ódio, cobiça e inveja contra o casal Idril e Tuor, bem como seu filho. Estes sentimentos não foram implantados em seu coração por Morgoth. Sua maldade já estava lá muitos anos antes que se conhecessem, consumindo-o e, por fim, deixou que tais sentimentos fossem facilmente usados por Morgoth para corrompê-lo.

Enquanto Túrin esforçava-se para fazer o bem, mesmo sob uma maldição que fazia com que tudo desse errado, Maeglin não estava sob nenhuma maldição e ainda assim só nutriu sentimentos vis e desobedeceu às ordens de seu soberano conscientemente.

Desde sua chegada ao Reino Oculto, o réu, de humor misterioso e conselhos oblíquos, jamais revelou seu coração e pensamentos (ainda que decifrasse os de outrem); e ainda assim conseguiu renome e a confiança de Turgon, rei de Gondolin, e a liderança de uma das doze casas do Reino oculto, sempre procurando fazer valer sua vontade.

(...)

A idoneidade duvidosa do réu fica clara na inveja que Maeglin dedicou a Tuor, récem-chegado em Gondolin: Ao chegar com a mensagem do Senhor das Águas e em seguida estabelecer residência no Reino Oculto, Tuor, filho de Huor, logo passou a ser muito estimado por Turgon e por todos, pois continha em si uma força e esplendor verdadeiros e sólidos. Ora, o réu estava acostumado a ser o segundo no comando de Gondolin e, ao ver-se ofuscado por um homem, sua inveja ficou imensurável. O réu, sempre, e até mesmo além da razão, posicionava-se contra os conselhos de Tuor perante o Rei e até mesmo desprezava a mensagem de Ulmo, Senhor das Águas.

Outro exemplo que demonstra a perversidade natural do réu é o desejo criminoso a Idril Celebrindal, filha de Turgon, e consequentemente, sua prima legítima. E o ódio a Tuor cresceu mais ainda quando foi celebrado o casamento dele com Idril e intensificado com o nascimento de Ëarendil.

Para atingir seus objetivos através de Maeglin, no entanto, Morgoth só precisou da própria natureza vil do réu: enxergou o seu ódio, a inveja, a ganância, os desejos impuros, e usou-os. Maeglin não agiu sob tortura, feitiço ou qualquer tipo de coação, senhoras e senhores: Maeglin agiu sob sua própria consciência pérfida e abominável, sabiamente detectada pelo Senhor do Escuro, a que se fez voluntariamente aliado. Desnecessário lembrá-los, ainda, que tal oportunidade só foi possível devido à desobediência do acusado à regra máxima de Gondolin, em exemplo de sua notável predisposição à conduta criminosa.



Por isso, culpado!

não estou inventando nada, lol, é um recurso previsto nas regras. enfim, encheu o saco já isso aí. repito: organização de vcs, interpretem como quiserem. meu recurso diz que o juri efetuou um julgamento que não foi endogeno a arda, se não fui claro o suficiente.

Você quer uma resposta endogena a Arda, então: VÁ PARA ANGBAND!!!

Ai meu saco...

Legal que tem gente que só sabe dar FAIL sem dar direito de resposta, mas enfim, se certas pessoas não querem nem ler a argumentação alheia não posso fazer nada.


Quem não me deu direito de resposta ao ME ATACAR por meio extra-oficiais ao julgamento foi VOCÊ, uma vez que sabia que os jurados NÃO PODEM se identificar antes da sentença! E não havia como eu dar a resposta que digitei acima sem me identificar como autora desta justificativa e voto.

Não sei se alguém reparou, mas não fiz nenhum pedido de recurso. Só pedi para que a organização analisasse uma coisa, mas parece pedir muito.

Se um jurado analisar tudo sob um ponto de vista onisciente, eu só perdi tempo elaborando as peças, assim como a organização e a acusação.

Tivesse então seguido as regras e esperado o momento certo de fazer o recurso e não ficar importunando a organização através de outro tópico, no intuito de criar um recurso extra-oficial.


Quanto ao FAIL, pela milésima vez: as ferramentas do fórum estão aí para serem usadas à vontade à critério do usuário que usar os botões. Não há NADA nas regras do fórum ou do julgamento que exija justificativa para o uso de FAIL ou péssimo.

O próximo que postar me perseguindo pela forma que usei os botões - pois não é nem de longe a 1ª vez que acontece, sendo que eu já fui até ofendida por um usuário sendo chamada de "retardada" - eu irei reportar o post à moderação e darei - 5 karma! Pois eu nunca ofendi ninguém com palavreado grosseiro e nem muito menos fiquei fazendo #mimimi quando alguém me deu FAIL ou péssimo!
Se eu cliquei em 1 dos botões, foi porque achei merecido!

Dá a entender que o jurado fez o julgamento pelos livros, dizendo que a maldade praticamente nasceu com Maeglin, coisa que nem a acusação disse. Mas se ne o juiz, nem a organização acharem isso, beleza.

A resposta à sua acusação está no desmembramento que fiz acima.

Tô nem aí se vocês se estressam fácil, se tem alguém na TPM ou se tá com o diabo no corpo, só pedi para analisarem, sendo que nem no tópico do julgamento eu falei isso pra não bagunçar ainda mais aquilo lá.

Claro, quando não se tem argumentos, use machismo pra provar que é superior!!!! :clap: Fantástico!!! Realmente...

aí brota indily e aranel (a provável autora da justificativa que ataquei com o recurso)

Pois errou feio... Eu fui a autora da justificativa da qual o Veda reclamou!

Mas eu defendi - com razão - o direito de todo o júri de se manisfestar conforme interpretou as peças.





E espero que dá próxima vez o Juiz NÃO leve em consideração um recurso extra-oficial de anulação de um voto do júri, fora do tópico e fora do tempo estipulado, principalmente se a banca em questão nem sequer tinha direito a recurso segundo as regras do jogo, já que a maioria dos votos foi a seu favor!!!

Taquem pedras se quiserem... tudo que eu tinha pra dizer - e estava impossibilitada de fazê-lo até agora - está aí em cima!
Não tenho nada mais a acrescentar...
 
Olha. Desde que entrei aqui na Valinor, o CL foi o que mais gostei de me envolver. Quando o Edu me mostrou eu me apaixonei de cara. Quando o ALF me envolveu então nem se fala. A partir daí pra ser enxerida e tomar conta, me tornando "dona" do Pub foi um passo.
Desde que assumi tive minhas desavenças com um ou outro por avacalharem o projeto, ou por querer muito fazer na hora que ele estava em andamento mas na hora de contribuir para sua melhoria ou para que o próximo saísse, os seres sumiam.
Muitos se interessaram, poucos contribuíam de verdade.

"Internet is not serious business" ou "isso aqui é pra ser divertido e não levado a sério" pra mim servem em todas as partes da internet e da Valinor. Afinal, se num for divertido e prazeroso não tem porque de ser. ENTRETANTO, eu que pouco tenho postado levo a AT um pouco mais a sério, e o VtBBC e o CL então mais ainda. Não pq não quero que brinquem, mas pq a ideia era criar uma "brincadeira séria" baseada em fatos reais.

BASEADA, vejam. Não cópia literal.

Julgamentos são dinâmicos, são orais, tem a emoção do olhar, do flertar, do induzir. Tem a resposta automática de quem é interrogado, tem as contradições e ironias dos promotores e tem a intervenção do juiz e se necessário da polícia. Mas isso não pode ser passado para o fórum. Então criamos o "Julgamento em um tribunal de juri que segue os ritos processuais de cartório".
A ideia era legal. julgar personagens pelo que conhecíamos mas sem usar literalmente o que Tolkien falava. Pegar o fato e formar e deformar para convencer um ser qualquer a decidir o que queríamos. E dava certo. Espero que ainda dê certo.

Mas pela primeira vez conseguiram me fazer ter vontade de largar tudo. Sério. Fiquei irritada e chateada.
A falta de vontade de seguir as regras, as picuinhas desnecessárias em horas mais desnecessárias ainda, a fixação em retrucar tudo, a mania de se prender só na ideia inicial sem olhar que ao longo do período ela foi se alternando para tentar sempre melhorar. Mas o que mais me chateou foi o descaso com o trabalho da organização.
E não to falando só de mim não. Mas estou sim falando POR mim, e apenas por mim. Afinal, não fiz sozinha. Não comecei nada, apenas dei continuidade. Mas a impressão que passava era de descaso com o trabalho em que tivemos ao longo desse tempo em criar, arrumar, melhorar, implantar, retirar, pesquisar para fazer algo que ficasse interessante e legal e que passou por várias mãos. Algumas mãos que não estão mais no fórum, outras que aparecem quase nunca, umas que vem e vão, além das que ainda fazem algo.

Achar que é legal chegar e ir falando e fazendo acontecer e passar por cima de tudo o que nos esforçando e o pior, fazer isso e depois ficar de mimimi "mas deixa pra lá", "já abri mão" e coisas com intuito de demonstrar que não se importa.

NÃO ESTOU AQUI COMO MODERADORA, e sim como usuária e organizadora do projeto. E como membro do forum como qualquer outro, acho que tenho direito também de expressar.

Sim, toda essa ladainha é direcionada ao Amon. Não sou hipócrita.

Achei simplesmente RIDÍCULA tua atuação. Não nas peças, das quais admito que gostei bastante, não sei quem as fez, se sozinho, se realmente em equipe, se deu palpite maior ou menor. Pra mim não vem ao caso. Quanto a apresentação das peças foi exemplar. Mas o comportamento aparentemente exibicionista, pra mim foi irritante, imaturo, desnecessário e ridículo.

Podem falar que exagero, que seja... críticas estão aí para serem feitas mesmo. Mas se dependesse só de mim, como organizadora, vc Amon, não participaria mais mesmo que quisesse, (coisa que duvido que queira já que te criticamos tanto) de tanto que conseguiu irritar. Ainda assim repito o que disse no outro tópico do Julgamento: as ideias por ti apresentadas são interessantes, mas para que deixem de ser ideias e passem a ser aplicadas, devem passar pelo VtBBC, que está sim de portas abertas, mas chegar chegando e bancando de galo, nesse projeto vc não faz mas não. E isso sim eu falo pelo Pub. Participar não posso barrar. Primeiro pq não faço nada sozinha, mas barrar certas atitudes posso, e a partir desse julgamento, vou.

Agora podem falar mal de mim se quiserem. pela frente ou pelas costas. Foram chuvas de Gostei, LoL, Ótimo e Péssimos mesmo, tanto para mim quanto de mim, que o que pensarem num afeta mais.

Boa noite, e até o próximo daqui alguns meses, se menel e avast ainda se interessarem pq eu ainda pensarei mais sobre isso.
 
Se você quer um julgamento com júri formado por VULCANOS, ou por robôs, aguarde até o ano 3.000 pelo menos!
eu até queria hein. pq um julgamento baseado em emoções pessoais.....enfim

sobre o resto, n vou me dar o trabalho de responder :lol:

@indily
bom, sobre falar nas costas, acho que essa não é uma preocupação. mesmo pq isso tudo rolou unicamente pq falei o que tinha pra falar. se querem levar pro pessoal, azar o de vcs.
 
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