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[Desafio] Quanto vale uma imagem?

  • Criador do tópico Criador do tópico Palazo
  • Data de Criação Data de Criação
[align=justify]Chegou em casa, era uma sexta-feira, último dia do mês de Agosto, ou seja, trabalho em ritmo alucinado para entregar o relatório mensal, só queria entrar pela porta, aspirar o cheiro de limpeza deixado pela faxineira, entrar em seu quarto, tomar um banho e mergulhar na cama. Porém o que encontrou foi o caos, boquiaberto tentou em vão ligar para a agência e perguntar que espécie de diarista haviam lhe mandado, percebeu ao lado do telefone um bilhete: “olá, sou sua nova faxineira, mas como encontrei tudo arrumado, sem nada pra fazer, desarrumei tudo, para ter o que fazer na próxima semana”. Riu do que leu, havia gostado da ousadia da mulher e pagou pra ver na semana seguinte.[/align]

Palavras: 119

Oi gente, sou caloura por aqui :)
 
Esse é o espírito, LIne, esperamos contar com vc todas as semanas (e ninguém acredita que o quarto era limpo, só desorganizado...)
 
Escrevi meu texto... Tive dificuldades e apesar de ter tentado muito ficou meio (bastante) grande e acho que escapa um pouco do espirito do post (1000 e poucas palavras) Será?... e agora?
 
Vail disse:
Escrevi meu texto... Tive dificuldades e apesar de ter tentado muito ficou meio (bastante) grande e acho que escapa um pouco do espirito do post (1000 e poucas palavras) Será?... e agora?

Pode postar Vail, não tem nenhuma restrição de tamanho no desafio...
Poste e deixe a gente ler tua inspiração...
 
Palazo disse:
Vail disse:
Escrevi meu texto... Tive dificuldades e apesar de ter tentado muito ficou meio (bastante) grande e acho que escapa um pouco do espirito do post (1000 e poucas palavras) Será?... e agora?

Pode postar Vail, não tem nenhuma restrição de tamanho no desafio...
Poste e deixe a gente ler tua inspiração...

Posta! Posta! posta! :P
 
Rebecca 3.0

Quando abri a porta fiquei em duvida se agradecia a mãe de Kleber por me deixar esperar por ele aqui e não lá fora, na chuva.
Não sei dizer se o quarto estava bagunçado ou se era daquelas arrumações que só quem faz entende. Ainda assim, não há como negar que era um lugar deprimente.
Empilhadas num canto várias caixas de pizzas, numa pilha alta o suficiente para formar um novo móvel, serviam de cinzeiro. Havia garrafas de uísque, alguns de boa marca, e duas garrafas de pinga, que foram talvez compradas quando o dinheiro ficou escasso.
Eu e Kleber tínhamos uma daquelas amizades de infância que ninguém sabe direito quando ou como começam. Éramos felizes, talvez por não saber como na verdade era a felicidade.
Não à toa existe um furacão chamado Rebecca e assim ela chegou em nossas vidas. Acabou com namoros quase centenários, corações foram partidos indiscriminadamente, iniciou alguns, ridicularizou outros e fez parte dos sonhos e pesadelos de todos.
Assim como Kleber, me apaixonei por Rebecca.
Mas quando, inesperadamente, começou a namorar Kleber se tornou proibida para mim.
Felizmente, e infelizmente para Kleber, Rebecca se mostrou uma boa amiga, mas não boa namorada. Minha paixão por Rebecca se diluiu em amizade enquanto Kleber pirava com infidelidades e desculpas furadas.
Rebecca, pouco antes de desaparecer, confidenciou-me que iria acabar o namoro. Seu repentino desaparecimento poupou Kleber da dor do abandono, mas não a da separação.
Quando Rebecca sumiu, Kleber se fechou neste seu mundo apertado e mofado. Deixou de ir à faculdade, atender telefonemas e da vida.
Ontem a mãe de Kleber me chamou para estender-lhe a mão e puxá-lo do fundo desse atoleiro de desesperança em que ele se afundou, por isso estou aqui.
Numa tela no meio do quarto ainda era possível, onde ainda não havia tinta, ver o grafite riscando a superfície. Já se reconhecia o rosto inacabado.
A duvida que pairava sobre a Mona Lisa, se ela sorria ou não, me ocorria agora, se o que o rosto de Rebecca na pintura emanava era mesmo tristeza. Os olhos semi-acabados fitavam o pintor, e agora a mim, como se fossem capazes de ver, formulando perguntas que não poderiam, é claro, ser ditas.
Pergunto-me se Rebecca gostaria de ter seu rosto à disposição de uma pessoa tão visivelmente perturbada.
A tela parcialmente pintada em tinta óleo dividia o quarto em dois ambientes: o quadro e o resto.
No resto havia alguns equipamentos estranhos, aparelhos de informática e muitas anotações que, numa olhada mais próxima, pareceu-me linguagem binária de computador que não entendi, apesar de, como Kleber, estudar Ciências computacionais.
Liguei o computador na escrivaninha (ou algo parecido), por algum tempo nada aconteceu. Apenas uma barrinha piscava no canto da tela.
Deixei aquilo de lado. Explorei mais o quadro e a mórbida semelhança daquele rosto com Rebecca. Virei quando ouvi um bip vindo do Pc, na tela uma mensagem:
“O QUE VOCÊ QUER AGORA, KLEBER?”
A pergunta na tela não dava pista de como devia ser respondida. Tentei qualquer coisa, mas nada funcionou.
Type version _ digitei, e o que a máquina respondeu me pretificou.
_“VOCÊ SABE MEU NOME, KLEBER. POR QUE UMA PERGUNTA TÃO BOBA?.”
Perplexo digitei outros comandos, até que uma pergunta inesperadamente apareceu na tela.
_“O QUE ESTÁ FAZENDO¿ VOCÊ NÃO É O KLEBER. QUEM É VOCÊ?.”
“Samuel”, digitei.
_“POR FAVOR, SAMUEL, LIGUE A CAMERA E O SOM.”
Obedeci. Uma voz familiar apesar de robótica, irrompeu e me fez tremer. Recuei alguns passos, tropeçando na tela semi-acabada.
_POR FAVOR, SAMUEL. AJUDE-ME ANTES QUE O KLEBER VOLTE!
A voz, metálica e tomada de desespero, de aflição, tomou o quarto. Olhei para baixo, vi que pisei na tela da pintura, deixando nela uma irreparável marca escura de terra.
_Quem é você¿ _ perguntei.
_SOU EU, SAMUEL, REBECCA.
_Rebecca¿ Mas ela ...você... Mas ela não...
_SIM, SOU EU. NÃO HÁ TEMPO PARA EXPLICAR, POR FAVOR, SAMUEL, VOCÊ PRECISA ACREDITAR!
_Onde você está?
_AQUI!!! BEM AQUI!!!
_Me fala onde que eu vou te buscar Rebecca!
_EU NÃO SEI!!!...EU TE VEJO PELA CAMERA, FALO E OUÇO PELOS EQUIPAMENTOS. NÃO SINTO NADA ALÉM DE VERTIGEM, DE FRIO. SAMUEL, ACHO QUE ESTOU NO COMPUTADOR, QUE EU SOU O COMPUTADOR!
_Mas como, Rebecca¿ Você deve estar numa sala aqui perto, com microfones, câmera... Me diz onde!
_É ISSO QUE ESTOU TENTANDO LHE EXPLICAR. ÚLTIMA VEZ QUE ME LEMBRO, QUE ME LEMBRO AINDA COMO EU ERA ANTES, O KLEBER ME FEZ ALGUMA COISA. ALGUMA COISA ERRADA!
_O que ele fez? O que houve ?
_ ME TIRE DAQUI. ME DESLIGUE, ME MATE, ME TIRE DAQUI!!!
Não entendi o que estava acontecendo, e nem poderia, mas sabia o que devia fazer. Tirei meu notebook da mochila e liguei os cabos. Dez minutos e a transferência de Rebecca estava completa. E com ela segura, finalmente, o comando final:
_FORMAT SOURCE? (Y/N).
_ SAMUEL, ANTES PEGUE AQUELE ENDEREÇO, MEU CORPO ESTÁ NUM HOSPITAL NAQUELE ENDEREÇO.
Apertei a tecla, a tela do computador de Kleber apagou.
Me despedi da mãe de Kleber rapidamente, me desculpando por não poder esperar mais e prometendo voltar em breve.
Saí correndo pela rua o mais suavemente que pude pois, em minha mochila estava o que restava da mente de Rebecca.
* * *
Rebecca sentiu a corrente elétrica percorrer os sistemas. A diferença de potêncial elétrico entre os vários componentes a tencionava cada vez mais para cima, trazendo sua consciência à tona. Como sempre, em cada inicialização, o processo de trazê-la da onde quer que ela estivesse a fazia sentir algo parecido com vertigem.
_OLÁ SAMUEL! QUE BOM QUE CONSEGUIU ME TIRAR DAQUELE INFERNO! _ disse antes mesmo que a imagem ficasse nítida em sua câmera.
_Não agradeceça_ disse Samuel_ pra falar a verdade foi pura sorte você voltar a funcio... digo, acordar depois da transferência.
_SAMUEL, VOCÊ ENCONTROU MEU CORPO?
Samuel respondeu com silêncio.
_SAMUEL, O QUE HOUVE? VAI PODER ME COLOCAR DE VOLTA NO MEU CORPO, NAO É?
_Rebecca... Você sabe que eu sempre gostei de você, não é? Bem mais do que o Kleber ou qualquer outro...
__SAMUEL... O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO?...
_Foi uma sorte e até um milagre o Kleber ter conseguido preservar você intacta.
_SAMUEL!!! EU NÃO ESTOU INTACTA... ESTOU PRESA!!!
_ Eu não vou desperdiçar esta chance de ter você pra mim...
_SAMUEL... TUDO BEM... EU FICO COM VOCÊ... MAS EU PRECISO DO MEU CORPO, DEPOIS A GENTE...
_Eu tive que desligar as máquinas que mantinham seu corpo._Disse Samuel, expelindo a vergonha. _ Eu não podia correr o risco da ressonância entre o corpo e você te diluir e...
Um grito robótico, metálico, percorreu aquele prédio de apartamentos. Alguns vizinhos que o ouviram, acharam que Samuel estava apenas assistindo um filme.
* * *
Algum tempo depois, Rebecca conseguiu fugir. Ela escapou para a internet. Continua presa. Mas como numa casa com muitas janelas, nunca fica no escuro.




Palavras : 1080
 
Caraca Vail, muito bom o texto...
O número de palavras não é importante, mas sim o resultado... e o seu resultado é admirável!! Parabéns!
 
Depois desse texto da Vail acho que pode fechar e colocar outra imagem.
Eu não to escrevendo nada, porque não vem vindo ideias legais junto com as imagens.
 
Palazo disse:
Caraca Vail, muito bom o texto...
O número de palavras não é importante, mas sim o resultado... e o seu resultado é admirável!! Parabéns!

Que bom que gostou...
Brigado, cara!
É... tinha ficado muito grande, meio out post. Esse é o resumo do resumo... Cai na real quando vi que a história teria que ser organizada em três capitulos pelo menos... ai tive que parar de viajar e podar aqui e ali.
Pra vc ter uma idéia a história ia até 300 anos adiante, quando Rebecca passou seu espirito para um andróide e...
Bom... E pensar que tudo começou com a foto da KIka... Aonde a gente não pode chegar com uma boa sugestão não é mesmo?!?
 
Line disse:
Oi gente, sou caloura por aqui :)

Seja bem-vinda, Line! Espero vê-la por aqui toda semana =)

Vail disse:
Pra vc ter uma idéia a história ia até 300 anos adiante, quando Rebecca passou seu espirito para um andróide e...
Bom... E pensar que tudo começou com a foto da KIka... Aonde a gente não pode chegar com uma boa sugestão não é mesmo?!?

Sugiro que você adapte a ideia de levar a historia 300 anos adiante para a próxima figura. Podia render um bom resultado.

Muito legal mesmo a história, Vail.
 
Muito bom Vail.... fiquei curiosa pra ver a história até 300 anos adiante....

E Breno, a próxima foto vem amanhã...se alguém ainda quiser postar algo, ainda dá tempo...
 
(Visita ao analista) Sexta, 7 de setembro - 15:30
Doutor, você tem mãe? É claro que o senhor tem mãe, todo mundo tem uma. O problema mesmo é que nao podemos escolher, saimos do ventre delas e somos apenas apresentados, "Toma, ela é tua mãe!". Não há nem uma apresentação, e só pelo fato que nos carregaram por míseros nove meses acham que mandam em tudo, mal sabem que nós, os filhos, temos que carregá-las pelo resto da vida.
Elas sim que tem sorte, podem escolher os filhos e mandar.
Você não sabe qual foi a última doutor, me dá raiva só de pensar.
Tenho meu canto, meu quarto na casa dela. Mas é o meu quarto, meu canto em que leio, desenho, fofoco, rabisco, danço, ando pelada, e se quiser até faço sexo com meu namorado.
Não, eu nao namoro, mas se por acaso namorar eu usarei aquele cantinho que é meu.
Voltando... eu viajei esse fim de semana, e ela cismou de arrumar meu quarto. Então inventou de desorganizar minha bagunça. Sinceramente, eu me acho ali e é assim que me entendo. Sou uma pessoa criativa, e é nesse espaço que crio doutor. Mas ela veio, com toda a pompa só por que me carregou por 9 meses, e arrumou e organizou meu quarto. Fiquei "P" da vida, louca. Acredita que até os livros ela arrumou por sobrenome de autor? Até parece que estou numa livraria ou biblioteca e preciso achar livros prontamente. Gosto da minha bagunça organizada e me encontro lá.
Isso sem falar nas inumeras folhas com citações que eu tinha, e as paredes cheias de traços e frases de livros, e que agora são apenas um borrão branco na parede.
Até levei um garoto ontem no meu quarto. Não doutor, ele não é meu namorado. É um gato, muito gostoso. Mas aquilo tudo branco, tudo organizado, tudo no lugar me broxou. Dispensei ele, e tudo por que? Me responda doutor, me dê respostas.
Eu sei, eu sei que elas também tem mães. Mas devem se vingar nos filhos de tudo que sofreram, os meus que esperem para ver o que sofrerão.
Ah, e mande a conta da consulta para minha mãe.

Palavras: 356
 
Resumo da Semana - 4ª imagem : 2325 palavras, sendo (em ordem de postagem)

Wilson - 361 palavras
Kika - 120 + 13 palavras
Tia May - 5 Palavras
Palazo - 271 + 356 palavras
Line - 119 palavras
Vail - 1080 palavras
 
Desafio - 5ª Semana

ryanshude.jpg

Fonte: Photo by Ryan Shude

Resumo das Regras
1. Imagens serão publicadas semanalmente (Quartas-feiras)
2. Qualquer um pode participar, com o texto no tamanho que sua imaginação e inspiração permitirem. Liberdade é a palavra de ordem aqui (pegando carona na idéia do JLM)
3. Publique somente textos inspirados nas imagens e em prosa.
4. Lembre-se de indicar o número de palavras que contém o seu texto.
5. Para contar o numero de palavras do texto clique aqui.
 
Tenho no peito um pássaro encarnado que anda sem jeito a mim amarrado. Enjaulei o pobre danado, que de asas a bater um tanto desenfreado, terminou por se engasgar nas barras da jaula que uma vez fora aprisionado. Espirraram-se penas soltas e ossos finíssimos que se dobravam, arqueando no ar parábolas que outrora não seriam calculadas, nem jamais dispostas em gráficos. Pobre coitado de peito vermelho, penugem amarela, olhos trescolucados e gambitos desajeitados, mas que de asas formosas, em seu universo cerceado, alegremente circundava o ambiente disperso, de picos de mínimo louvor a vales de máximo estupor, por uma curva vida vivida, quadri-dimensionada em três dimensões assim dividida.

107 palavras
 
- Apartir de hoje você está proibida de tomar sangue humano.
- Como assim?
- Com esse nível de colesterol, é melhor você esquecer o sangue humano.
- Mas que tipo de sangue eu vou tomar?
- Qualquer um! Escolha um animal qualquer, roube um banco de sangue.
- Animal? Banco de sangue?
- O importante é mudar sua dieta.
- Hum.. meu namorado tem um passarinho.
- E seu namorado é...
- Não, ele não precisa de sangue.
- Então ele é normal.
- Sim.
- Então podes começar pela passarinho do seu namorado normal.
- Mas como eu faço?
- Coma-o.
- E o que digo a ele?
- Você não vai precisar dizer nada, ele vai entender.

87 palavras
 

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