imported_Wilson
Please understand...
Frajola pensa:
2 palavras
2 palavras
-
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[Desafio] Quanto vale uma imagem?
- Criador do tópico Palazo
- Data de Criação
imported_Franco
Usuário
- Dona Maria Luiza! O que foi que a senhora fez aqui!? - quando se chama a filha de dona, é por que a coisa ficou feia.
- (silêncio)
- Foi você quem comeu o pássaro!?- a voz saia esganiçada de espanto, raiva, ou sabe-se lá.
- (silêncio)
- Maria Luiza – suspirou, abaixou o tom como se percebesse que o outro tom de voz não estava ajudando -, diz pra mãe: você comeu o pássaro?
A resposta era óbvia, mas como é sabido, as mães não se contentam com o óbvio. Com cara que papel de parede, segurando as mãos frente ao corpo, a filha nada tenta negar.
- Sim. - responde.
- Ai, minha filha! - a mãe leva a mão no rosto e balança a cabeça. - Quantas vezes eu te falei, hein?
- (silêncio)
- Quantas vezes eu te pedi?
- (silêncio)
- Custa pegar um pratinho? Custa?
- Desculpa, mãe. - a bronca era tão velha quanto o costume da filha de comer tudo com as mãos – Eu esqueci.
- Poxa vida, filha! Eu chego cansada e ainda preciso ficar limpando sua sujeira? A diarista tinha limpado tudo ontem, agora vem você e me suja todo o carpete? Olha aí que porcariada nesse chão!
A mãe lamenta uma filha tão porca e desleixada, que custa a aprender bons modos.
- Anda, limpa esse chão. - diz saindo do quarto da filha. - E, por favor, vê se dá próxima vez usa os talheres, né!? - olha com reprovação a boca suja da filha. - Parece criança.
- Tá. Desculpa, mãe.
Palavras: 241
- (silêncio)
- Foi você quem comeu o pássaro!?- a voz saia esganiçada de espanto, raiva, ou sabe-se lá.
- (silêncio)
- Maria Luiza – suspirou, abaixou o tom como se percebesse que o outro tom de voz não estava ajudando -, diz pra mãe: você comeu o pássaro?
A resposta era óbvia, mas como é sabido, as mães não se contentam com o óbvio. Com cara que papel de parede, segurando as mãos frente ao corpo, a filha nada tenta negar.
- Sim. - responde.
- Ai, minha filha! - a mãe leva a mão no rosto e balança a cabeça. - Quantas vezes eu te falei, hein?
- (silêncio)
- Quantas vezes eu te pedi?
- (silêncio)
- Custa pegar um pratinho? Custa?
- Desculpa, mãe. - a bronca era tão velha quanto o costume da filha de comer tudo com as mãos – Eu esqueci.
- Poxa vida, filha! Eu chego cansada e ainda preciso ficar limpando sua sujeira? A diarista tinha limpado tudo ontem, agora vem você e me suja todo o carpete? Olha aí que porcariada nesse chão!
A mãe lamenta uma filha tão porca e desleixada, que custa a aprender bons modos.
- Anda, limpa esse chão. - diz saindo do quarto da filha. - E, por favor, vê se dá próxima vez usa os talheres, né!? - olha com reprovação a boca suja da filha. - Parece criança.
- Tá. Desculpa, mãe.
Palavras: 241
kika_FIL
Usuário
Aquele som de ouro de seu gorjear a encantava desde nova...
Trinados de pássaro noturno, belas canções enjauladas...e ela muda.
Quando sua mãe comprou o primeiro rouxinol, ela tentou o mimetismo. Passava horas na frente da gaiola a imitar os trejeitos da ave, seu bater de asas. Mas suas cordas vocais lhe eram inúteis. Nunca entendeu, nunca aceitou...
Lá pelo terceiro rouxinol, tinha aprendido dança, e performava, sempre em silêncio, nos mais badalados palcos da cidade grande. Para os colegas era apenas mais uma menina anti-social e workaholic, que nunca respondia seus cumprimentos.
Junto com o quarto rouxinol, chegou o papel de sua vida "Christine". Só tinha um problema. Ópera. Imediatamente aquele som de ouro engaiolado surgiu de sua mente. Seria perfeito...Mal pode esperar chegar em casa.
Sua mãe a encontrou ao lado da bela gaiola que um dia abrigou quatro rouxinóis. A boca cheia de sangue, a roupa de ensaio carmim, a pose de balé. Interrogou-a com os olhos...
_ Eu precisava daquela voz... - saiu da garganta de sua filha, num belo trinado de ouro...
172 Palavras
Trinados de pássaro noturno, belas canções enjauladas...e ela muda.
Quando sua mãe comprou o primeiro rouxinol, ela tentou o mimetismo. Passava horas na frente da gaiola a imitar os trejeitos da ave, seu bater de asas. Mas suas cordas vocais lhe eram inúteis. Nunca entendeu, nunca aceitou...
Lá pelo terceiro rouxinol, tinha aprendido dança, e performava, sempre em silêncio, nos mais badalados palcos da cidade grande. Para os colegas era apenas mais uma menina anti-social e workaholic, que nunca respondia seus cumprimentos.
Junto com o quarto rouxinol, chegou o papel de sua vida "Christine". Só tinha um problema. Ópera. Imediatamente aquele som de ouro engaiolado surgiu de sua mente. Seria perfeito...Mal pode esperar chegar em casa.
Sua mãe a encontrou ao lado da bela gaiola que um dia abrigou quatro rouxinóis. A boca cheia de sangue, a roupa de ensaio carmim, a pose de balé. Interrogou-a com os olhos...
_ Eu precisava daquela voz... - saiu da garganta de sua filha, num belo trinado de ouro...
172 Palavras
kika_FIL
Usuário
imported_Wilson
Please understand...
Quedo-me mudo. Vejo a bela. Descortina-se translúcida, resquício de um sonho apanhado invisível. Tremo a vista, ardo os olhos abertos. Sal. Ela estende a mão. Cospe-me bolhas. Por trás de rígida armação, seguro-me firme a barras de cristal. Agitam-me as guelras. O pé desliza por entre a areia. Flâmulas fotossintéticas acenam uma conversa. Alga. Algo vivo em transe meditacional. Ela me estende a mão. Ruge o aquecedor. Plasma consciente subatlântico me aquece. Dedos lentos distendem-se. Uma ostra.
76 palavras
76 palavras
kika_FIL
Usuário
Vem cá, deixa eu te contar um segredo? - Seus gestos parecem suaves como o toque da chuva, no momento em que a vislumbrei pela janela...
No meu quintal, lá estava aquela beldade, no quintal daquela minha casa sem paredes, tomando o sol refratado nas ondas...a indumentária pin-up só atiçava mais o meu desejo..
Pode, minha linda, conte seu segredo... Ela me olha com um jeito de sereia, como se um canto fosse me arrastar para as profundezas do mar...Sinto a água subindo por meus tornozelos, mas não consigo deixar de olhar... suas pernas, suas formas, o modo como quase levita em sua cadeira de praia...a água chega à cintura, mas eu nem ligo..
_Vamos, conte-me seu segredo... Ela sorri, um sorriso alvo, iluminado pelo batom de vermelho intenso... a água cobre minha cabeça... eu nem ligo..insisto novamente... ela finalmente me satisfaz a curiosidade:
- Eu não existo...
Mas já é tarde demais,... cá estou eu, no fundo do mar...
154 Palavras
No meu quintal, lá estava aquela beldade, no quintal daquela minha casa sem paredes, tomando o sol refratado nas ondas...a indumentária pin-up só atiçava mais o meu desejo..
Pode, minha linda, conte seu segredo... Ela me olha com um jeito de sereia, como se um canto fosse me arrastar para as profundezas do mar...Sinto a água subindo por meus tornozelos, mas não consigo deixar de olhar... suas pernas, suas formas, o modo como quase levita em sua cadeira de praia...a água chega à cintura, mas eu nem ligo..
_Vamos, conte-me seu segredo... Ela sorri, um sorriso alvo, iluminado pelo batom de vermelho intenso... a água cobre minha cabeça... eu nem ligo..insisto novamente... ela finalmente me satisfaz a curiosidade:
- Eu não existo...
Mas já é tarde demais,... cá estou eu, no fundo do mar...
154 Palavras
nessa_straioto
Usuário
Venha meu menino...
Venha me ajudar a aquecer essa imensidão infinita...
Flutue comigo...
13 palavras
Venha me ajudar a aquecer essa imensidão infinita...
Flutue comigo...
13 palavras
Ramalokion
Mecha-de-Folha
- Vem cá moço...
- Sim?
- Você soube?
- ... Do quê senhora?
- Falaram que sofremos uma enchente!
- Por essas bandas? IMPOSSÍVEL!
Palavras: 18 (o pragama burro conta as reticências como palavras!)
- Sim?
- Você soube?
- ... Do quê senhora?
- Falaram que sofremos uma enchente!
- Por essas bandas? IMPOSSÍVEL!
Palavras: 18 (o pragama burro conta as reticências como palavras!)
Lana Lane
Usuário
Gentes, desculpa invadir o tópico de vocês, mas eu tinha que dizer que estou adorando o que estou lendo por aqui. Vocês todos são rock n' roll! Eu gostei demais desse último texto da Kika.
Clarinha, eu chorei de rir com isso! Pena que esses aqui não vão para a votação do destaque do mês. Mas só pra tu saber, meu voto é teu! :sim:
Clara V. disse:
Clarinha, eu chorei de rir com isso! Pena que esses aqui não vão para a votação do destaque do mês. Mas só pra tu saber, meu voto é teu! :sim:
Sou daqueles pescadores que adora contar uma história.
Comecei logo cedo, pescando nos múltiplos aquários do meu avô. Peixes de todos os tamanhos e com diferentes formas de pesca. Vara, iscas, arpão e até mesmo com a mão. A rede era excluida por tirar a beleza da pesca.
Meu primeiro grande feito foi pescar um golfinho em alto mar, façanha celebrada por todos exceto por uma bióloga, minha esposa, que veio com um papo que golfinhos não são peixes, são mamíferos. Malditas biólogas, se estão no mar são peixes ou pelo menos deveriam ser.
Mas não me dou por satisfeito e parti em busca de novos desafios. Querendo contrariar a lógica surrealista das biólogas fui atrás do único animal metade peixe, metade mamífero. A Sereia.
E em uma bela noite, quando minha esperança estava no fim, senti algo puxando minha vara. Ao puxá-la um peixe-mamífero estava na minha frente, o mais belo dos seres. Porém, contrariando a lógica das biólogas, mesmo sendo metade mamífero ela não resistiria se fosse retirada da água.
Ao chegar a casa, levei para a tal bióloga algumas provas concretas do meu feito: marcas de batom na minha camisa, de nadadeira nas minhas calças e um peculiar cheiro de peixe na minha cueca.
E você acredita que mesmo com todas essas evidências ela me chamou de mentiroso e me expulsou de casa?
219 palavras
Comecei logo cedo, pescando nos múltiplos aquários do meu avô. Peixes de todos os tamanhos e com diferentes formas de pesca. Vara, iscas, arpão e até mesmo com a mão. A rede era excluida por tirar a beleza da pesca.
Meu primeiro grande feito foi pescar um golfinho em alto mar, façanha celebrada por todos exceto por uma bióloga, minha esposa, que veio com um papo que golfinhos não são peixes, são mamíferos. Malditas biólogas, se estão no mar são peixes ou pelo menos deveriam ser.
Mas não me dou por satisfeito e parti em busca de novos desafios. Querendo contrariar a lógica surrealista das biólogas fui atrás do único animal metade peixe, metade mamífero. A Sereia.
E em uma bela noite, quando minha esperança estava no fim, senti algo puxando minha vara. Ao puxá-la um peixe-mamífero estava na minha frente, o mais belo dos seres. Porém, contrariando a lógica das biólogas, mesmo sendo metade mamífero ela não resistiria se fosse retirada da água.
Ao chegar a casa, levei para a tal bióloga algumas provas concretas do meu feito: marcas de batom na minha camisa, de nadadeira nas minhas calças e um peculiar cheiro de peixe na minha cueca.
E você acredita que mesmo com todas essas evidências ela me chamou de mentiroso e me expulsou de casa?
219 palavras
Ramalokion
Mecha-de-Folha
- Leve-os pra longe daqui!
- Mas mãe...
- Nada de "Mas"! FORA!!
- Eles não tem culpa se adoram crianças!
- Adoram?! A D O R A M?!?!
- É... mal-passadas e gritando... mas adoram sim!
Palavras: 27
- Mas mãe...
- Nada de "Mas"! FORA!!
- Eles não tem culpa se adoram crianças!
- Adoram?! A D O R A M?!?!
- É... mal-passadas e gritando... mas adoram sim!
Palavras: 27
imported_Wilson
Please understand...
And the killer awoke before dawn.
6 palavras
6 palavras
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