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Diário Literário

Diário,

ainda estou com dificuldade para ler, mas já vi que A Biblioteca da Meia-Noite será um dos livros que eu vou reler todos os anos. Cê tá doido, o trem é bom demais da conta! Tô na página 160, e já amo o livro. Lembra, um pouco, a pegada de Being Erica (se vocês nunca viram a série, deem um jeito de ver, porque é maravilhosa! E, não, que eu saiba ela num tá em nenhum streaming, vi por "outros meios") e, de um jeito bonito e inteligente, funciona como um incentivo para revisitarmos nossa biblioteca mental e lançarmos um olhar honesto sobre nossas escolhas, nossos arrependimentos, sobre nossa vida, enfim.​
 
Diario literario,

Não sei se este é o tópico certo para pedir indicação de livros.

Mas, vejam bem, eu acabei de sair de uma sessão de terapia e tô um pouco desesperada.

Eu ando me cercando de coisas deprê. Sério. Esses dias eu falei, como se não fosse nada demais, para uma amiga que se for música ou filme e não for deprê, não me interessa. Tenho achado sem graça a não ser que venha com altas doses de niilismo ou apocalipse.

Estou pedindo para os amigos me estimularem aqui e ali a me cercar de coisas mais alegres e esperançosas.

Eu literalmente tô lendo 2 livros físicos de holocausto atualmente (diario de Anne Frank e man's search for reason). São os meus livros de cabeceira neste momento.

Meu audiobook do momento é how fascism works.

Toda minha pesquisa acadêmica é sobre desastre climático.

Até na música eu ando ouvindo música mais deprê.

Acho que eu preciso sair dessa, mas não adianta me recomendar algo "alegre" mais meh que eu não vou chegar nem na metade.

Então vocês conhecem algum BOM livro que seja mais esperançoso?

Grata


(obs já estou em tratamento para depressão e ansiedade, inclusive com remédios, agora o que eu busco é mais a parte de me cercar de coisas mais upbeat mesmo)
 
Então vocês conhecem algum BOM livro que seja mais esperançoso?
Putz, pior que também costumo ler mais coisas deprê tbm rsr
Mas tem algum tipo de história em específico?

Enquanto isso indico Emma, de Jane Austen, se ainda não leu. Não só é extremamente bem escrito, como é bem humorado (ri alto em várias passagens), e acaba em um ponto de mudança de caráter para algo mais positivo; então sim, diria que é esperançoso. É o que eu consigo pensar agora :)
 
Diario literario,

Não sei se este é o tópico certo para pedir indicação de livros.

Mas, vejam bem, eu acabei de sair de uma sessão de terapia e tô um pouco desesperada.

Eu ando me cercando de coisas deprê. Sério. Esses dias eu falei, como se não fosse nada demais, para uma amiga que se for música ou filme e não for deprê, não me interessa. Tenho achado sem graça a não ser que venha com altas doses de niilismo ou apocalipse.

Estou pedindo para os amigos me estimularem aqui e ali a me cercar de coisas mais alegres e esperançosas.

Eu literalmente tô lendo 2 livros físicos de holocausto atualmente (diario de Anne Frank e man's search for reason). São os meus livros de cabeceira neste momento.

Meu audiobook do momento é how fascism works.

Toda minha pesquisa acadêmica é sobre desastre climático.

Até na música eu ando ouvindo música mais deprê.

Acho que eu preciso sair dessa, mas não adianta me recomendar algo "alegre" mais meh que eu não vou chegar nem na metade.

Então vocês conhecem algum BOM livro que seja mais esperançoso?

Grata


(obs já estou em tratamento para depressão e ansiedade, inclusive com remédios, agora o que eu busco é mais a parte de me cercar de coisas mais upbeat mesmo)
Mais tarde se eu pensar num livro específico eu volto aqui, mas já de cara vou te dizer pra evitar consumir tanta coisa pesada de uma vez. Se você é alcoólatra e o álcool tá detonando seu fígado, não é uma boa ideia tomar uns goles sempre que tem a chance. Falando da minha própria experiência, se eu não estou bem, assistir ou ler coisas deprimentes só piora tudo. Não precisa interromper a leitura do livro do dr. Frankl e o Diário de Anne Frank (bons livros, by the way), mas escolha algo mais leve da próxima vez ou intercale livros mais pesados com outros mais tranquilos.

Você pode ler livros de mistério que não envolvam coisas pesadas ("cozy mysteries"), crônicas, poesia, biografias, fantasia, etc. Estou pensando mais em gêneros do que em autores específicos. O mesmo vale pra TV. Cuidado com o que você assiste. Notícias também. Eu tenho evitado coisas deprimentes propositalmente, leio só as manchetes e isso apenas uma vez por dia, não tenho redes sociais (e até o fórum estou lendo pouco), não tenho paciência pros "dramas" da internet, onde toda discórdia vira briga e todo acontecimento vira controvérsia. Não tenho recomendações de séries porque estou sem Netflix, mas aposto que eles continuam tendo conteúdo leve no catálogo. Sinceramente, hoje em dia muito seriado e filme quer ser cínico e pessimista e acho isso uma droga, não entendo porque as pessoas gostam disso.

Ouça música instrumental suave, jazz (Bill Evans, John Coltrane, Lester Young), música clássica (Ravel, Chopin), especificamente composições que exaltam a beleza da vida, não o grotesco.

Evitar/cortar relacionamentos tóxicos. Cultivar relacionamentos com pessoas que você gosta e que te fazem bem. Uma boa refeição ouvindo música. Rever um filme favorito tomando sorvete. Passar tempo na natureza, um jardim talvez. Cheirar as flores. Respirar fundo o ar da manhã. Prestar atenção na voz de cada passarinho. Olhar o formato das nuvens deitada no chão. Olhar, ouvir, sentir o cheiro da chuva. Sentir o sol no rosto de olhos fechados. Cantar, falar sozinha em voz alta. Meditar de manhã cedo. Caminhar, correr, nadar, dançar. Brincar com um animal de estimação. Pintar arte abstrata. Conversar, gostar de pessoas. Chorar quando precisar. Pensar mais no agora (sempre).

Ainda estamos falando de livros? Anyway, leia gibis também.
 
Diario literario,

Não sei se este é o tópico certo para pedir indicação de livros.

Mas, vejam bem, eu acabei de sair de uma sessão de terapia e tô um pouco desesperada.

Eu ando me cercando de coisas deprê. Sério. Esses dias eu falei, como se não fosse nada demais, para uma amiga que se for música ou filme e não for deprê, não me interessa. Tenho achado sem graça a não ser que venha com altas doses de niilismo ou apocalipse.

Estou pedindo para os amigos me estimularem aqui e ali a me cercar de coisas mais alegres e esperançosas.

Eu literalmente tô lendo 2 livros físicos de holocausto atualmente (diario de Anne Frank e man's search for reason). São os meus livros de cabeceira neste momento.

Meu audiobook do momento é how fascism works.

Toda minha pesquisa acadêmica é sobre desastre climático.

Até na música eu ando ouvindo música mais deprê.

Acho que eu preciso sair dessa, mas não adianta me recomendar algo "alegre" mais meh que eu não vou chegar nem na metade.

Então vocês conhecem algum BOM livro que seja mais esperançoso?

Grata


(obs já estou em tratamento para depressão e ansiedade, inclusive com remédios, agora o que eu busco é mais a parte de me cercar de coisas mais upbeat mesmo)
Factfulness. É bom porque mostra que, apesar de muitas cagadas, ainda tem muita coisa boa acontecendo.
 
Se já não tiver lido, O novo Iluminismo, do Steven Pinker. Mas talvez você reclame que ele é ingenuamente otimista com a noção de progresso e tal. Tem os livros do Rutger Bregman também. Eu só li, por enquanto, o Utopia para realistas; mas a julgar pelo título do novo livro dele — Humanidade: uma história otimista do homem — pode ser que entre na vibe de que você precisa. Preciso comprar e ler também.

Isso tudo pensando em livros de não-ficção, apenas. :hihihi:
 
Diário de Anne Frank é muito ruim, sai dessa.

Recomendo alguns livros leves e prazerosos (resenhas retiradas do skoob):

As memórias de um jornalista mochileiro no melhor estilo bibliomania. Uma aventura literária na Paris da virada do milênio. Mais do que a fascinante história da livraria mais charmosa do mundo, a Shakespeare and Company, este livro conta, com um humor impagável, o dia-a-dia de seus personagens e a boemia cultural nas ruas. Com pouco dinheiro no bolso, Jeremy Mercer partiu para a França. Um dia aceitou o convite de uma balconista da Shakespeare and Company para uma xícara de chá. Descobriu que poderia dormir e viver na livraria em troca de prestar serviços diários no local. Fazia parte do trabalho ler pelo menos um livro por dia.

A fantasia e o encantamento deste livro seduziram gerações de leitores pelo significado e o humanismo profundo que encerra. Narrando os sofrimentos de um homem que se vê marginalizado e perseguido, depois de vender sua sombra ao Diabo, Chamisso criou uma das novelas mais singulares da literatura alemã.
Thomas Mann, o genial romancista de "A Montanha Mágica", analisa no posfácio as dimensões históricas e literárias desta obra inquietante, sempre a nos propor o enigma de um homem e, acima de tudo, uma leitura inesquecível.

Durante uma batalha contra os turcos, Medardo di Terralba é cortado em dois por uma bala de canhão. Suas duas metades continuam a viver separademente, uma fazendo o bem, a outra espalhando o terror a pequena aldeia toscana onde vive
O visconde partido ao meio, é o 1° volume da triologia Os Nossos antepassados, que trouxe celebridade ao autor de Se um viajante numa noite de inverno. Italo Calvino vale-se do absurdo para escrever esta fábula repleta de sonhos e poderosa imaginação, e usa a linguagem simbólica para falar de questões atemporais do ser humano.

Tratar a memória - sua memória pessoal e a nossa memória coletiva, da América - como coisa viva, bicho inquieto: assim faz Eduardo Galeano quando escreve. Ele mostra que a história pode - e deve - ser contada a partir de pequenos momentos, aqueles que sacodem a alma da gente sem a grandiloquência dos heroísmos de gelo, mas com a grandeza da vida.

Oscar Wilde narra-nos a história de um atormentado fantasma que há mais de trezentos anos habita no castelo dos Canterville, aterrorizando sucessivas gerações.
No entanto, quando uma família americana compra o castelo, tudo se altera: o fantasma perde o seu poder, mas acaba por encontrar o repouso eterno graças à coragem e à bondade da jovem Virgínia Otis.

Jorge Amado narra nesta novela deliciosa o duplo óbito de Joaquim Soares da Cunha, vulgo Quincas Berro Dágua, cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação ilibada para juntar-se à malandragem da cidade.

Vargas Llosa cria um contraponto perfeito entre o amor e a inocência, inspirado em situações da sua própria vida. O peruano revela no livro a volúpia da quarentona Dona Lucrecia, casada com Rigoberto e madrasta de Fonchito, com quem acabará se envolvendo.

Reflexões sobre a felicidade, suas motivações obscuras e o paradoxal poder da inocência podem ser achados em cada uma das páginas, sustentando uma intensa narrativa poética. Lucrécia e dom Rigoberto vivem em contínua felicidade. Ela, uma mulher que acaba de completar 40 anos, nada perdeu de sua elegância e sensualidade; ele, no segundo casamento, descobriu finalmente os prazeres da vida conjugal. Juntos, crêem que nada pode afetar esse idílio, cheio de fantasias e sexo. Alfonso, ou Fonchito, filho de dom Rigoberto, parecia ser o único empecilho; amava demais sua mãe, Eloísa, para aceitar a chegada de uma madrasta. Mas até ele foi conquistado pelos encantos de dona Lucrécia. O amor do menino por sua madrasta, entretanto, vai muito além do que se esperaria de uma criança, criando uma linha tênue entre a paixão e a inocência que mudará o destino de cada um deles.

Publicado no final da década de 1980, Elogio da madrasta é uma incursão bem-humorada e sutil de Vargas Llosa na literatura erótica e, ao mesmo tempo, uma sátira bem-humorada dos mitos e temas que consagraram esse estilo literário ao longo dos séculos.

E se tudo o que você sempre pensou saber a respeito das árvores estivesse errado? E se, apesar de tão diferentes de nós, descobríssemos que elas compartilham diversas características dos humanos?

Nos últimos anos a ciência tem comprovado que as árvores e o homem têm muito mais em comum do que poderíamos imaginar. Assim como nós, elas se comunicam, mantêm relacionamentos, formam famílias, cuidam dos doentes e dos filhos, têm memória, defendem-se de agressores e competem ferozmente com outras espécies – às vezes, até com outras árvores da mesma espécie. Algumas são naturalmente solitárias, enquanto outras só conseguem viver plenamente se fizerem parte de uma comunidade. E, assim como nós, cada uma se adapta melhor a determinado ambiente.

Em A vida secreta das árvores, o engenheiro florestal alemão Peter Wohlleben alia seus 20 anos de experiência às últimas descobertas científicas para examinar o dia a dia desses seres fantásticos. Com um ponto de vista surpreendente e inovador, o livro se tornou um fenômeno na Alemanha, entrou para a lista de mais vendidos do The New York Times e teve seus direitos negociados para 18 países. Essa viagem fascinante pela vida das árvores e florestas é um convite a repensarmos nossa relação com a natureza.

'Aconteceu em Woodstock' é uma história real escrita por Elliot Tiber, o homem que levou o maior festival de música da humanidade para a pequena cidade de Bethel, próxima à Nova York. Tiber conta no livro que 'Woodstock' aconteceu quase por acaso. Para salvar o hotel dos pais da falência, ele ofereceu o terreno para promover um show de rock e arrecadar dinheiro. Ele só não sabia das proporções que o evento tomaria.

Eu, particularmente, gosto de ler mitologia. Acho sempre agradável.
Poesia também, mas aí vai muito do momento, porque engloba um pouco de tudo. Se quiser posso tentar recomendar algo. A princípio, eu diria Tagore.
Nas crônicas, além do Galeano, Rubem Alves é sempre uma boa pedida.
E se quiser notícias: Só Notícia Boa
 
baahhh vocês são demais! tem muita dica legal aí!

obrigada 😘😘😘

winnie the pooh hug GIF
 
lembrando agora de um livro que eu adorei que é upbeat: o castelo animado, o livro que inspirou o filme dos estúdios ghibli. aliás, os filmes do ghibli sempre me alegram, especialmente ponyo, que é basicamente rivotril em forma de filme.

Me recomendaram também Luca, da Disney.

o @Bartleby recomendou Emma - eu já li tudo da Jane Austen, adoro ela, inclusive quero ver de novo o filme do northanger abbey, que é na minha modesta opinião o único quase tão bom quanto a adaptação de 2005 de orgulho e preconceito. ok, eu gosto da versão mais recente de persuasão também. mas a adaptação de northanger abbey para mim é uma espécie de tesouro secreto.

(não sei se pode linkar)
 
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lembrando agora de um livro que eu adorei que é upbeat: o castelo animado, o livro que inspirou o filme dos estúdios ghibli. aliás, os filmes do ghibli sempre me alegram, especialmente ponyo, que é basicamente rivotril em forma de filme.
Esse é ótimo mesmo! As continuações também. Aliás, lê os livros do Crestomanci que são ótimos. Artemis Fowl eu acho que tem uma pegada boa também, e os livros da Corneia Funke.

Desventuras em Série, apesar do nome, eu acho muito divertido, pra ler e ver a série. Bem levinho, e o narrador é bem sarcástico.
 
Esse é ótimo mesmo! As continuações também. Aliás, lê os livros do Crestomanci que são ótimos. Artemis Fowl eu acho que tem uma pegada boa também, e os livros da Corneia Funke.

Desventuras em Série, apesar do nome, eu acho muito divertido, pra ler e ver a série. Bem levinho, e o narrador é bem sarcástico.

Fazendo coro com o Meneldur, dê uma chance para alguma obra infanto-juvenil, algumas costumam ter umas mensagens bem bonitas.

Edit. Obras de fantasia, mesmo adultas, podem ter uma mensagens legais também.
 
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Fazendo coro com o Meneldur, dê uma chance para alguma obra infanto-juvenil, algumas costumam ter umas mensagens bem bonitas.

Edit. Obras de fantasia, mesmo adultas, podem ter uma mensagens legais também.

Comprei no kindle a trilogia do Howl da Diana Wynne Jones, que eu nem sabia que tinha continuações!!!!

A edição que eu tinha do primeiro era física e ficou no Brasil. Agora comprei no digital mesmo então provavelmente vou ler rapidinho.

Li o castelo animado lá em 2010 - lembro que adorei, e o fator nostalgia também vai ajudar a tornar essa leitura leve e agradável. (uma das coisas que mais me lembro, mesmo 12 anos depois, é a Sophie reclamando sempre dizendo "confound it all!")


Melhor ainda sabendo que tem mais duas continuações depois 😍

Já estou mais animada 🥰😘

Vou tratar de ver uns filmes mais alegres também...


update:

eu estava com créditos acumulados no audible (compreensivelmente, eu não andava muito empolgada para ouvir o how fascism works, apesar de estar gostando muito do livro, estava me afetando demais).

então já comprei 2 dos que o Calib falou:

O novo Iluminismo, do Steven Pinker. E, do Rutger Bregman, Humanidade: uma história otimista do homem.

Depois comento o que eu achei. Preciso começar a fazer o censo seriamente.
 
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Tem também os livros do George MacDonald que costumam ser uma fantasia leve e divertida. Ano passado li o Phantastes (influenciou bastante Tolkien e C. S. Lewis) e gostei muito! Na minha lista de leituras futuras também está o The Day Boy and the Night Girl.
 
Bom saber, estava procurando novas histórias policiais divertidas pra quando terminar os da Agatha Christie, vi a série desse autor e tava querendo saber se valia a pena. =]
Só recomendo não começar pelo primeiro, é o mais fraquinho.

Outro autor policial divertido é o Rex Stout. Também sempre recomendo os livros da Fred Vargas, principalmente se for ler em português, porque a Companhia das Letras está tirando os livros dela do catálogo (por enquanto, restam 3).
 

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