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Diário Literário

Penso no Edgar Wallace, que escreveu muito pra pagar dívidas. :lol:
Lendo por alto aqui o Tratado de documentação, de Paul Otlet, e me deparo com esta anedota:

O sr. Edgard Wallace, autor inglês do gênero de aventuras policiais, morreu em 1932, com 56 anos, tendo deixado uma produção de 150 romances, 30 peças de teatro e inúmeros filmes. Com isso juntou uma fortuna de um milhão de libras em vinte anos. Wallace perdia imediatamente nas corridas o dinheiro que lhe rendiam os romances, mas ele gozava de uma prodigiosa facilidade para escrever. Um dia, segundo seu biógrafo, ele se esqueceu da data -- era um sábado -- em que deveria entregar a um jornal um romance de 120 mil palavras. Na terça-feira anterior, ele ainda era visto no hipódromo, onde perdeu até o último centavo. Foi sé então que se lançou à tarefa e começou a ditar, dia e noite, no ditafone, para suas secretárias, o conteúdo de seu romance. A cozinheira, o jardineiro, a camareira, o motorista, todo mundo foi chamado a colaborar para pôr em ordem as folhas do romance, à medida que eram datilografadas. Na manhã de sábado faltavam ainda 40 mil palavras, mas à noite estava tudo pronto. Na manhã seguinte, munido do cheque de mil libras que havia recebido, Wallace apareceu sorridente no hipódromo de Alexandra Park. (p. 392)​

:rofl:
 
Lendo por alto aqui o Tratado de documentação, de Paul Otlet, e me deparo com esta anedota:

O sr. Edgard Wallace, autor inglês do gênero de aventuras policiais, morreu em 1932, com 56 anos, tendo deixado uma produção de 150 romances, 30 peças de teatro e inúmeros filmes. Com isso juntou uma fortuna de um milhão de libras em vinte anos. Wallace perdia imediatamente nas corridas o dinheiro que lhe rendiam os romances, mas ele gozava de uma prodigiosa facilidade para escrever. Um dia, segundo seu biógrafo, ele se esqueceu da data -- era um sábado -- em que deveria entregar a um jornal um romance de 120 mil palavras. Na terça-feira anterior, ele ainda era visto no hipódromo, onde perdeu até o último centavo. Foi sé então que se lançou à tarefa e começou a ditar, dia e noite, no ditafone, para suas secretárias, o conteúdo de seu romance. A cozinheira, o jardineiro, a camareira, o motorista, todo mundo foi chamado a colaborar para pôr em ordem as folhas do romance, à medida que eram datilografadas. Na manhã de sábado faltavam ainda 40 mil palavras, mas à noite estava tudo pronto. Na manhã seguinte, munido do cheque de mil libras que havia recebido, Wallace apareceu sorridente no hipódromo de Alexandra Park. (p. 392)​


:rofl:

super entendo o edgar wallace, eu também consigo produzir muito mais rápido quando o prazo tá fazendo vuuursh na minha orelha.

(tenho um carinho enorme pelo wallace embora não tenha lido muita coisa dele. eu acho que tinha uns 11, 12 anos quando li o terror e me apaixonei completamente pelo livro. acho que foi a primeira vez que experimentei a sensação de ser surpreendida por um plot twist, embora na época eu ainda não soubesse que esse era o nome que a gente dava para a coisa)
 
Diário, de vez em quando, sou tomado por uma vontade de ler livros que sei que são ruins. Mas acho que agora a coisa desandou: estou com livros do Dan Brown no carrinho.
Acho que você precisa do conselho de uma especialista (leitora de Crepúsculo): compre e leia, logo, migo.

Não ajudei, mas também não atrapalhei. Na verdade, não ajudei e atrapalhei, mas estamos aí para isso.​
 
Diário,

tô relendo Grande Sertão: Veredas. Faz tempo que tô querendo reler, mas nunca que conseguia engatar a leitura. Aí aconteceu (Está acontecendo. Acho que estou quase na metade do livro). Não tô lendo "numa sentada", porque GSV não é um livro que se deve ler assim e porque eu preciso trabalhar. Além disso, acabo intercalando outras leituras. O fato é que, embora algumas coisas permaneçam como uma das melhores coisas que já li, como O JULGAMENTO, outras não estão me agradando tanto. Não sei se é o momento (estou num péssimo) ou se meu gosto literário mudou. Relutei em fazer este post, porque não é fácil admitir que as coisas que a gente ama (va?) podem ser fruto de uma profunda idealização.​
 
Diário,

tô relendo Grande Sertão: Veredas. Faz tempo que tô querendo reler, mas nunca que conseguia engatar a leitura. Aí aconteceu (Está acontecendo. Acho que estou quase na metade do livro). Não tô lendo "numa sentada", porque GSV não é um livro que se deve ler assim e porque eu preciso trabalhar. Além disso, acabo intercalando outras leituras. O fato é que, embora algumas coisas permaneçam como uma das melhores coisas que já li, como O JULGAMENTO, outras não estão me agradando tanto. Não sei se é o momento (estou num péssimo) ou se meu gosto literário mudou. Relutei em fazer este post, porque não é fácil admitir que as coisas que a gente ama (va?) podem ser fruto de uma profunda idealização.​
Cléo com mais alguns lustros de anos:

 
Só faltou um D...

Sexy Spider-Man GIF
 

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